O RETORNO DOS «CAMISAS NEGRAS»? OU SIMPLESMENTE O DIREITO À AUTO-DEFESA DOS INDÍGENAS?

Em Itália, o primeiro-ministro Sílvio Berlusconi deu oficialmente a sua aprovação ao plano da Lega Nord de constituir patrulhas de cidadãos para auxiliar a polícia e os soldados nas ruas no combate à criminalidade.
A Esquerda italiana e vários grupos de «direitos humanos» opõem-se, dizendo temer o aumento da discriminação racial e da violência.
Perante acusações esquerdistas de que se trata aqui de um retorno dos famosos «camisas negras», corpo paramilitar urbano que serviu como braço executor do governo fascista de Mussolini, o ministro do Interior Roberto Maroni alega que só quer permitir que os cidadãos participem na sua própria defesa.
Um dos grupos que se voluntaria para tomar parte neste projecto é a Guarda Nacional Italiana, que quer agir, usando um fardamento de aspecto militar. Fontes judiciais afirmam que se abriu um inquérito para determinar a natureza deste colectivo, que tem relações com o MSI (Movimento Social Italiano, de cariz neo-fascista).

Quaisquer que sejam os temores ou ideais que alguns alberguem, do que não há dúvidas é que impedir a população de se defender a si mesma constitui uma das maiores aberrações dos castradores sistemas modernos.