SUPREMO TRIBUNAL HOLANDÊS DETERMINA QUE INSULTAR O ISLÃO NÃO É INSULTAR OS MUÇULMANOS

Na Holanda, o Supremo Tribunal decidiu que insultar o Islão não é o mesmo que insultar todos os muçulmanos.

Eis uma conclusão óbvia, fundamental para que haja verdadeira liberdade de expressão, uma conclusão que demasiados muçulmanos (e uns quantos cristãos, também...) não conseguem perceber.

Eis, também, um relampejo de esperança para que o político Geert Wilders consiga escapar à condenação no processo em tribunal que contra ele está a decorrer.

O veredicto referido no primeiro parágrafo diz respeito ao caso de um indivíduo que colocou um poster na sua janela a dizer «Alto ao tumor chamado Islão». De acordo com o tribunal distrital, e, em apelo, o tribunal Den Bosch, esta afirmação foi vista como «insultuosa para um grupo de pessoas devido à sua religião (artigo 137 c), considerando a forte ligação entre o Islão e os seus crentes.» Mas o Supremo Tribunal ilibou o referido cidadão, pelo motivo acima apresentado.

Ora uma das acusações que neste momento pende sobre Wilders no tribunal de Amsterdão é precisamente a de «insultar um grupo de pessoas por causa da sua fé.»
Significa isto que o juiz do caso de Wilders terá de examinar com cuidado os textos do político para encontrar aí qualquer ataque específico aos muçulmanos. Porque, se tudo o que o líder da Liberdade disse foi apenas contra o Islão, então não haverá bases para o condenar.

Acresce que, entretanto, Wilders tem também contra si uma acusação por «incitar ao ódio». O que, por seu turno, também tem que se lhe diga, pois que uma coisa é mandar alguém matar outrém, outra, bem diferente, é dizer que outrém é mau, distinção que a politicagem correcta, tratando o Povo de modo particularmente ovino, não quer que se entenda.