CARTAZ ANTI-CHARIA DO SVP GERA POLÉMICA NA SUÍÇA

Na Suíça, o SVP (Partido do Povo Suíço) tem um novo cartaz de propaganda no qual se pode ver uma mulher branca de cabelo longo, num dos lados, e uma mulher a usar o véu islâmico, no outro, estando no meio uma frase-força de significado inequívoco: «Maria em vez de Charia», querendo com isto dizer que a liberdade que a mulher ocidental tem de exibir a sua beleza é um valor civilizacional essencial, oposto à opressão em que as mulheres muçulmanas vivem. O mesmo slogan foi usado pelo ÖVP (Partido do Povo Austríaco) há três anos.

Acto contínuo, a Igreja Católica condenou o SVP, acusando-o de estar a querer polarizar a sociedade e acicatar as emoções xenófobas. Desta feita, a tropa de Pedro alega que os trinta mil muçulmanos do cantão onde o cartaz surgiu estão bem integrados e não querem substituir a lei em vigor pela charia.
Nesse caso pode perguntar-se qual será o problema do cartaz, afinal quem é que enfia a carapuça?

Ou seja, mais uma vez os representantes principais da Cristandade estão na linha frente contra o combate nacionalista feito em prol da verdadeira civilização europeia, como não podia deixar de acontecer, dada a natureza intrinsecamente universalista da doutrina cristã. Todavia, não são raros os destacados clérigos que gostam de dizer em público que «é preciso preservar a identidade europeia», querendo por «identidade» referir a submissão ao Crucificado judeu, bem entendido... e por mais que da Igreja se oiçam agora vozes a glorificar a «liberdade humana», do que não há dúvida é que o Estado papal nunca mostrou especial simpatia pela liberdade individual quando esta foge à moral cristã, daí que mal disfarce uma fundamental concordância com o Islão no que respeita à limitação da exposição pública da beleza feminina.