segunda-feira, dezembro 29, 2008

A ONU PERANTE A QUESTÃO DA PALESTINA - DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS

Observe-se a notória dualidade de critérios no modo como as Nações Unidas tratam Israel, por um lado, e os Palestinianos, por outro.
A 13 de Dezembro deste ano, o líder da equipa negociadora da Autoridade Palestiniana, Ahmed Qurei, declarou o seguinte:
«Todos estes ataques provam que os colonos são perigosos e que é impossível viver com eles. Se estes colonos tiverem permissão para ficar, isso significará mais fricção e confrontação. A paz só pode ser alcançada se Israel retirar até ao último centímetro dos territórios palestianianos ocupados em 1967».

Este apelo a que se tire todo e qualquer judeu a viver na faixa de Gaza - meio milhão de homens, mulheres e crianças - foi aceite em total silêncio pela ONU. Não se realizaram reuniões urgentes da Assembleia Geral, nem os seus comités de direitos humanos condenaram esta acusação de carácter étnico contra os Judeus por parte do anterior primeiro-ministro da Autoridade Palestina e chefe da delegação negocial com Israel.

Não está sequer em causa se tem razão ou não - o que realmente interessa focar é que não choveram contra ele acusações de racismo e xenofobia ao declarar que é preciso evitar o contacto com toda uma estirpe...
Claro que quando se diz que os muçulmanos são um perigo para o Ocidente, a politicagem correcta atira-se ao ar, «indignada», gritando que não se pode generalizar, porque nem os todos os muçulmanos são culpados de terrorismo e tal, e porque os terroristas estão na verdade a «desviar o Islão» da sua verdadeira natureza pacífica e tolerante. Mas proceder exactamente do mesmo modo para com os Judeus, eis o que pelos vistos não escandaliza ninguém...

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Noa últimos dias,anónimos e conhecidos acusaram-me de estar contra a vitória de Obama e,o que será ainda pior,de estar contra a felicidade deles pela vitória de Obama.Permitam-me duas rectificações:não e não.É verdade que,ponderada a boçalidade da sra. Palin,eu talvez tivesse optado por McCain.Mas nem isto é um campeonato da bola nem os pormenores que separavam os candidatos chegaram para me incomodar.Obama é o novo presidente dos EUA?Serve.Numa democracia assim vigorosa,a escolha popular encontra-se,por definição,acima da crítica.Os inquilinos da Casa Branca são,evidentemente e em graus diversos,respeitáveis.O que a América representa não é,pelo menos para quem acredita nas prosaicas virtudes da Liberdade,apesar de tudo (e o "tudo" levaria páginas a inventariar) sempre mais palpável lá do quem qualquer alternativa que me ocorra.
A princípio,admito,estranhei a alegria de gente,que,desde bem antes de Bush,não costuma alegrar-se com os ventos que sopram da América,a menos que soprem do infantil universo pop ou das franjas da contracultura.Obama,produto dilecto do "sistema",não é infantil,não veio das franjas e certamente não caminhará rumo a elas,donde a surpresa que muitos dos seus apoiantes portugueses (e não só) suscitam.
Entretanto,a surpresa passou.Agora contento-me em aplaudir tamanha aderência de anti-americanos típicos a uma ideia da América que não nasceu com Obama e que Obama está longe de simbolizar em exclusivo.A julgar pelos regimes que os (ex) anti-americanos tinham por hábito celebrar,é,sem dúvida,uma evolução notável.Confessem:para variar,consola defender uma nação essencialmente decente,não consola?Viram os discursos de conciliação do vencedor e do vencido?Viram Bush,a opção do povo em 2004,a iniciar Obama,opção em 2008,na transmissão de poderes?Viram Obama convocar Hillary e McCain a Chicago para debater o futuro?Em Cuba,digamos,não há disto,pois não?Cair de velho e passar o trono ao irmão não conta,pois não?E as eleições usurpadas do caudilho venezuelano també não,pois não?Em comparação,mesmo sufrágios genuínos como o sueco ou o português não são demasiado excitantes,pois não?
Claro que não.Por isto e por aquilo,a América é diferente.Os que a abominavam converteram-se ao que ela tem de melhor,e os que,na medida sensata,já a admiravam não encontram razões para conter a admiração.Em suma,estamos todos felizes.E se Obama é o pretexto do radiante consenso,lancemos três demorados vivas a Obama,na presunção,meramente hipotética,de que ninguém desista ao segundo.

29 de dezembro de 2008 às 20:37:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

a elite anda borrada de medo, são uns cagões lol

29 de dezembro de 2008 às 23:50:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Pois é a técnica do polícia bom, polícia mau levada para a política americana.

30 de dezembro de 2008 às 02:22:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Ou então do pau e da cenoura.

30 de dezembro de 2008 às 02:23:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Como o pau(Bush)falhou em toda a linha sai a cenoura(obama).

30 de dezembro de 2008 às 02:25:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

A merda é toda a mesma!

30 de dezembro de 2008 às 02:26:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Anónimo disse...
Como o pau(Bush)falhou em toda a linha sai a cenoura(obama).

Terça-feira, Dezembro 30, 2008 2:25:00 AM



É essa a nova teoria da conspiração?!

LOL

30 de dezembro de 2008 às 15:20:00 WET  

Enviar um comentário

<< Home