O CRISTIANISMO COMO RAIZ DA MENTALIDADE PÁRIA
«A. Causse, professor na Faculdade de Teologia protestante na Universidade de Estrasburgo, escreveu: "Não foi exclusivamente por uma sábia política missionária que os apóstolos implantaram o Evangelho nas encruzilhadas dos povos, mas porque a nova religião era mais favoravelmente acolhida por esses ambientes novos do que pelas velhas raças agarradas ao passado e à terra. Os Gregos puros iriam permanecer muito tempo estranhos e hostis ao Cristianismo. Paulo tinha sido acolhido pelos Atenienses com irónica indiferença: «Viremos ouvir-te para a próxima!» E foram precisos muitos anos para que os velhos Romanos abandonassem o seu aristocrático desprezo pela «superstição detestável». A primeira Igreja de Roma foi o menos latina possível. Só se falava Grego. Mas os Sírios, os Asiáticos, e toda a multidão dos Graeculi sem tradições municipais, recebiam com entusiasmo a mensagem cristã.
(...)
Na época [do início do Cristianismo] nenhuma outra ideia era mais odiosa para os cristãos do que a noção de pátria: como poderiam servir ao mesmo tempo a terra dos antepassados e a terra dos céus? A salvação não depende do nascimento, nem da relação com a Cidade, nem da antiguidade da linhagem, mas apenas da conformidade aos dogmas. Nessa perspectiva, a única distinção é entre crentes e não crentes, desaparecendo as outras fronteiras. Paulo sublinha-o insistentemente: "não há judeus, nem gregos, nem homens, nem mulheres..." Hermas, que em Roma tinha grande autoridade, condena os convertidos a viverem para sempre no exílio: "Vós, servidores de Deus, habitais numa terra estrangeira. A vossa cidade fica longe desta cidade."
Porém, como diz Renan, "quando o patriotismo enfraquece, o socialismo ganha espaço." Disso se deram conta os velhos romanos, o que explica o tom das suas apóstrofes. Celso, patriota romano, preocupado com o bem-estar do Estado que o perigo espreita, e que pressente o enfraquecimento do imperium e a diminuição do sentimento cívico que resultarão inevitavelmente do triunfo do igualitarismo cristão, começa com estas palavras o seu livro: "Há uma nova raça de homens nascidos ontem, sem pátria nem tradições, conluiados contra todas as instituições religiosas e civis, perseguidos pela justiça, universalmente cobertos de infâmia, mas glorificando-se com a execração comum: são os cristãos."»
Alain de Benoist no prefácio à obra «O Conflito Entre o Cristianismo Primitivo e a Civilização Antiga», de Louis Rougier, editora Vega.
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Na época [do início do Cristianismo] nenhuma outra ideia era mais odiosa para os cristãos do que a noção de pátria: como poderiam servir ao mesmo tempo a terra dos antepassados e a terra dos céus? A salvação não depende do nascimento, nem da relação com a Cidade, nem da antiguidade da linhagem, mas apenas da conformidade aos dogmas. Nessa perspectiva, a única distinção é entre crentes e não crentes, desaparecendo as outras fronteiras. Paulo sublinha-o insistentemente: "não há judeus, nem gregos, nem homens, nem mulheres..." Hermas, que em Roma tinha grande autoridade, condena os convertidos a viverem para sempre no exílio: "Vós, servidores de Deus, habitais numa terra estrangeira. A vossa cidade fica longe desta cidade."
Porém, como diz Renan, "quando o patriotismo enfraquece, o socialismo ganha espaço." Disso se deram conta os velhos romanos, o que explica o tom das suas apóstrofes. Celso, patriota romano, preocupado com o bem-estar do Estado que o perigo espreita, e que pressente o enfraquecimento do imperium e a diminuição do sentimento cívico que resultarão inevitavelmente do triunfo do igualitarismo cristão, começa com estas palavras o seu livro: "Há uma nova raça de homens nascidos ontem, sem pátria nem tradições, conluiados contra todas as instituições religiosas e civis, perseguidos pela justiça, universalmente cobertos de infâmia, mas glorificando-se com a execração comum: são os cristãos."»
Alain de Benoist no prefácio à obra «O Conflito Entre o Cristianismo Primitivo e a Civilização Antiga», de Louis Rougier, editora Vega.
8 Comments:
" nem da antiguidade da linhagem, mas apenas da conformidade aos dogmas."
O que esclarece muito a respeito da conversão e dos rituais de baptismo.
Enquanto que os cristãos acreditam que todos os homens têm de ser convertidos à sua religião, no paganismo a religião nasce com os seres, não há possibilidade de conversão, e se muitos se consideram cristãos, para mim se pertencem à minha raça e à minha étnica, pertencem também ao mesmo divino do que eu, apenas não o sabem, também não é preciso que o saibam, porque isso é imutável, nenhuma conversão lhes vai mudar isso.
Sim, é exactamente isso - cada Estirpe tem a sua própria religião, daí que todo o indivíduo tenha, à partida, os seus próprios Deuses. A religião nacional é pois uma questão de herança e de lealdade à sacralidade da estirpe.
Já agora, recomendo a leitura deste exaltante artigo:
http://gladio.blogspot.com/2008/08/o-ressurgir-do-culto-aos-deuses.html
Ó Caturo, por acaso já leste o artigo publicado ontem no Publico sobre o ADN peninsular? Não? Então lê e dá-nos a tua opinião.
http://jornal.publico.clix.pt/default.asp
http://jornal.publico.clix.pt/default.asp
O link não mostra qualquer artigo, mas acho que já li algo sobre isso. É interessante que afinal o sangue mouro na população portuguesa seja muito menor do que se andou por aí a dizer... não vai além dos 11%.
Quando o Papa Alexandre III reconheceu, em 1179, D. Afonso Henriques como rei de Portugal, fez-lhe o elogio:
"Está claramente demonstrado que, como bom filho e príncipe católico, prestaste inumeráveis serviços à tua Mãe, a Santa Igreja, exterminando intrépidamente em porfiados trabalhos e proezas militares, os inimigos do nome cristão."
É verdade que o sangue mouro afinal é inferior ao que muito "boa" gente dizia, agora parece que que o sangue judeu sefardita atinge 36% na população abaixo do sistema montanhoso, Montejunto-Estrela.
Já que tu resolveste não responder à questão, talvez o teu amigo Duarte ou mesmo o pobre coitado do "Ariano" o queiram fazer.
A minha resposta já incluia os Judeus, para quem lesse com atenção.
Repare-se nisto:
http://www.geocities.com/littlednaproject/Y-MAP.GIF
Se o haplogrupo J representa o elemento judaico da população portuguesa (digo isto porque é maioritário na região do Próximo Oriente, como se vê no mapa), então some-se o que se vê ao elemento norte-africano (E3B) e tem-se aproximadamente o resultado que agora se viu. Por isso, a «novidade» não é assim tão grande como alguns querem fazer crer.
Curiosamente, o modo como tentam fazer crer que se trata de uma novidade, dá-lhe mais destaque... claro que cá pelo burgo a elite passou a vida a dizer que éramos todos mouros e judaicos, e que cada português (e espanhol...) era metade mouro, metade judeu. Afinal os sucessivos estudos mostram que não é nada disso, mas se se disser assim à laia de grande descoberta que «isto é muito mais do que se pensava!» pode ser que o abalo seja forte e os portuguesinhos se deixem de ser racistas... que conveniente.
"Já que tu resolveste não responder à questão, talvez o teu amigo Duarte ou mesmo o pobre coitado do "Ariano" o queiram fazer."
não, meu caro palhaço. não tenho que responder a nada, pela razão de que nunca afirmei que não houvesse mouros e judeus em Portugal.
por isso, aquilo que tu sabes já a mim me esqueceu.
a mim não me aquece nem arrefece, por isso vai mostrar esses dados a quem nega a presença de Judeus em PT.
o que não é, claramente, o meu caso...
percebes ou queres um desenho?!?
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