sexta-feira, novembro 07, 2008

A NACIONALIDADE ENTRE OS INDO-EUROPEUS, PRINCIPAIS ANCESTRAIS DA EUROPA


Não é anacrónico falar de um «vínculo nacional» entre os Indo-Europeus.
Sem dúvida que, mesmo na época histórica, este laço surge muitas vezes enfraquecido no plano político. Isócrates na presença do rei persa e Vercingetórix perante César tentaram em vão estreitá-lo. Contudo, apesar de todas as divergências e rivalidades, Gregos e Gauleses tinham a sensação de pertencer a uma nação separada dos «Bárbaros» pela língua, embora unidos por cultos comuns. Certamente, na época indo-europeia não se devia passar de modo diferente. Entre os Arianos, esta comunidade nacional, Ari-, foi simbolizada, personificada, por uma Entidade designada em védico Aryaman: Aryaman preside a todas as relações que ultrapassam o quadro familiar, como por exemplo, a hospitalidade ou o casamento, e o que de certa maneira podemos chamar bem-estar geral. Ele é também o Deus dos Caminhos. No seu conjunto, isto sai do âmbito familiar mas permanece no interior do panorama nacional. Cabe principalmente ao rei respeitar e personificar a ligação que simboliza Aryaman: o rei é o «pai do povo». Por nascimento, faz parte do núcleo mais autêntico da comunidade. É o «homem da linhagem» (em Germânico *Kuningaz). Quando Dário enumera a sua genealogia, «filho de Vistaspa, neto de Arsama», acrescenta, para melhor se caracterizar, Arya Aryacissa, «Ariano de origem ariana». Quer pela sua conduta quer pelo seu nascimento, o rei não deve ter outro vínculo. Desconfia-se dos Loki e dos Syrdon, e O'Brien sustentou mesmo que no mito escatológico indo-europeu tudo tem o seu início numa personagem «cujo pai é de origem estrangeira ou baixa» e que se transforma num mau rei, amigo dos estrangeiros.
Pelo contrário, o Deus védico Indra lembra a sua fidelidade aos Arianos: «Eu não entreguei o Povo Ariano ao Dasyu*» (estrangeiro) (Rig Veda, 10.49.3).

In «Os Indo-Europeus», Jean Haudry, Rés Editora, página 78.

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* Dasyu, gente de pele escura e «sem nariz», inimigos dos Árias na Índia.

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O Barack HUSSEIN Obama agora lidera o pais mais poderoso do mundo.

Um presente para ti de quem luta pelo amor universal.

7 de novembro de 2008 às 02:38:00 WET  
Blogger Caturo said...

Isso... tentas retribuir-me com um presente, depois de todos os dias levares aqui uma data de presentes em série... :)

7 de novembro de 2008 às 03:06:00 WET  
Blogger betoquintas said...

meu conhecimento em antropologia e história discorda dessa opinião. SE os indo-europeus tivessem formado uma unidade etnica, não haveriam tantos conflitos entre os povos que foram originados por essa mescla étnica. portanto, não há do que ter esse falso orgulho, tudo é mero xenofobismo estrábico, racismo neonazista.

15 de novembro de 2008 às 20:53:00 WET  
Blogger Caturo said...

Por essa lógica, não haveria conflitos no seio das famílias...

É bem sabido que existem guerras entre irmãos, mas estes não deixam de ser irmãos por causa disso. E não deixam de ter uma identidade similar. E não deixam de dever ter orgulho na sua identidade.

Só genocidas é que, com ódio eunuco, podem querer destruir o orgulho étnico dos Povos, como etapa prévia para que os Povos se deixem dissolver, isto é, aniquilar.

18 de novembro de 2008 às 10:25:00 WET  
Blogger betoquintas said...

discussões "em família" não podem sequer ser comparadas às guerras internas que existiram entre os diversos povos que habitaram a Europa. Seria útil ver o caso dos Normandos que, embora fossem "irmãos" tanto dos Anglos quanto dos Saxões (segundo sua teoria), não tiveram pena nem misericórdia ao invadir a Bretanha. Eu recomendo a leiturado tópico em meu blog "Gens e Ethnos"
http://betoquintas.blogspot.com/2008/11/gens-e-ethnos.html

22 de novembro de 2008 às 19:43:00 WET  

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