MARCHAS NACIONALISTAS NO MAIOR PAÍS DA EUROPA

Bandeiras com símbolos de origem pagã

Realizaram-se ontem, 4 de Novembro, várias marchas nacionalistas em várias partes da Rússia.

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A data escolhida marca o aniversário da tomada de Moscovo de resistentes russos contra tropas de ocupação polacas em 1612.

Durante a época soviética, este dia foi dominado por manifestações em prol da solidariedade internacional dos trabalhadores, mas desde 2005 que os Nacionalistas apoderaram-se do que era seu por direito, manifestando-se neste dia para glória da identidade russa.

A manifestação em Moscovo teve este ano duas partes, uma delas autorizada, outra proibida. Ao todo, cerca de duas mil e quinhentas pessoas participaram no evento.

Na primeira parte, a União Nacional e a Via Russa, duas organizações nacionalistas, reuniram cerca de mil e quinhentos activistas, contando-se entre eles porta-tambores e indivíduos trajados com antigas vestimentas de guerreiros eslavos organizados em colunas. Bradaram-se palavras de ordem tais como «Glória à Rússia!», «Glória à Nação Russa!», entre outras. Fizeram-se várias reivindicações a exigir o endurecimento das leis da imigração, a luta pela pureza da língua russa, a liberdade de manifestação e procissão, a criação de equipas de protecção da lei e da ordem com permissão de uso de armas, e a luta contra a russofobia.

Na segunda parte, cerca de oitocentos nacionalistas reuniram-se no centro de Moscovo, bradando «Moscovo é cidade russa» e «O Poder Russo - para o Povo Russo», mas foram travados pelas forças policiais e quinhentas pessoas acabaram detidas.

Outras cidades onde os brados nacionalistas se fizeram ouvir, particularmente contra a imigração e pela salvaguarda da identidade russa, foram Krasnoyarsk, Kirov, St.-Petersburgo, Samara, Nizhni Novgorod; em Vladivostok, as forças nacionalistas deixaram claro que «Não é a Nação para o Estado, é o Estado para a Nação!»; e, em Novosibirsk registou-se um confronto com anti-fascistas, que saíram ao caminho da marcha nacionalista apenas para serem por ela atropelados e cilindrados, e postos em fuga, daí que os seus slogans «Alto à marcha fascista!» e «A nossa pátria é o mundo!» tivessem sido esmagados pelo clamor «Rússia para os Russos!» e pelas vozes em glorificação da Pátria e da ordem russa para uma terra russa.

Voltando a Moscovo, é de notar que um dos grupos que se manifestou foi o Rússia Unida, partido de Putin.

No Primeiro de Novembro, a ala jovem deste partido lançou uma campanha contra a imigração ilegal intitulada «O nosso dinheiro para o nosso povo», que incluiu patrulhas dos estaleiros navais em busca de imigrantes ilegais.