quarta-feira, agosto 27, 2008

HERANÇA ESPIRITUAL E TECNOLOGIA

Hefaistos
Ferreiro Divino, Deus grego do Fogo, dos Metais e da Forja


Guillaume Faye, um dos principais senão mesmo o principal pensador do Identitarismo a nível mundial, tem uma perspectiva muito actual e actualizada, e urbanamente viva, do Paganismo. O trecho que a seguir se reproduz é traduzido desta página e constitui parte duma entrevista concedida pelo próprio ao pagão Christopher Gerard:

«Para mim - e esta abordagem surpreende ou choca certos pagãos - o Paganismo não está somente associado a uma estética da "Natureza ameaçadora", a uma visão de Divindades como entidades duma certa brutalidade, duma selvageria vingadora (a «Caçada Selvagem» imbuída duma aura de sortilégios e de imprecações, o fantástico romance de Machen "O Grande Deus ", onde os Deuses antigos reaparecem, transfigurados e vingadores, em plena Inglaterra moderna), mas também ao desencadeamento prometeico dum orgulho tecnocientífico - não se trata aqui de falar de um ponto de vista sócioideológico - que sempre me pareceu portador duma parte essencial da alma pagã (pensa-se em Vulcano/Hefaistos, Deus da Forja) , na medida em que, pela «técnica-da-pujança», distinta da «técnica-do-conforto», o homem europeu sempre quis inconscientemente concorrer à potência divina e dela se apoderar. De resto, a tradição judaico-cristã não se enganou: o homem é proibido por Deus de revelar o seu «orgulho de potência», proibido de se aproximar da árvore do conhecimento, de criar artifícios concorrentes à natureza imutável e perfeita concebida pelo Criador.
De resto, retomam-se o nome dos foguetes ou programas espaciais americanos do tempo em que Von Braun os baptizou: Thor, Atlas, Titan, Jupiter, Delta, Mercury, Apollo… Nenhum se chama “Jésus”, “Paz e Amor” ou “Bíblia”. E isto num país onde o Cristianismo é, de facto, religião de Estado. Do mesmo modo, o foguete europeu é Ariane, os mísseis nucleares do exército de terra francês, Pluton e Hadès, e, os do exército indiano, Agni. Os navios de guerra britânicos têm tradicionalmente nomes da mesma origem: Hermes, Ajax, Hercules… Existe por conseguinte uma relação, um fio mental entre reminiscências mitológicas pagãs e esta “tecnociência-da-potência”.
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Guillaume Faye - A Europa Pagã (entrevista com Christopher Gérard)

Esboço alusivo ao Projecto Thor, sistema norte-americano de armas de energia cinética para bombardeamento orbital

20 Comments:

Anonymous Anónimo said...

pois é, os nomes das missoes e satelites da nasa tem tido todos nomes europeus, de deuses ou cientistas ou sei la que mais.
Ate nomearam uma lua de Europa.

Agora com a ascençao do esquerdismo, multiracialismo, islamismo, etc, presumo que os nomes dos proximos satelites, missoes, etc, terao a ver com nomes muçulmanos, africanos e por ai adiante.

28 de agosto de 2008 às 01:20:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

EVROPA :)

28 de agosto de 2008 às 01:29:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caturo,

http://www.opendoorsuk.org/events/calltoprayer.htm

«Around the world millions of Christians face persecution for their faith, many in Muslim societies. Brother Andrew, the founder of Open Doors, pioneered the way for Church in the West to reach out to its persecuted family in love, prayer and commitment. Brother Andrew advocates a fresh and dynamic approach to Muslims characterised by the acronym, I.S.L.A.M. — I Sincerely Love All Muslims.»

28 de agosto de 2008 às 06:07:00 WEST  
Blogger Inês said...

Por acaso, está bem visto. Nunca tinha pensado nisto. Parece que há mesmo uma dimensão conceptual na tecnologia que se liga ao paganismo. Era interessante fazer um estudo sobre esta temática e averiguar a questão de modo mais aprofundado. Talvez o pensamento ocidental nunca tenha estado conceptual e arquetipicamente muito distante do ancestral paganismo europeu. Descobrir as razões deste facto seria uma mais valia para o conhecimento da estrutura de pensamento dos povos ocidentais. E avançar-se-ia um grande passo no estudo do seu processo identitário.

28 de agosto de 2008 às 13:27:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Sim, é precisamente nisso que consiste o cerne da identidade verdadeiramente europeia.

28 de agosto de 2008 às 13:51:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

vcs conhecem algum site, blog ou forum anti-chavez?

agradeceria essa informação s.f.f
obrigada

28 de agosto de 2008 às 13:57:00 WEST  
Blogger Treasureseeker said...

O que é um ponto mais que assente é o facto de a essência do pensamento europeu nunca se ter desligado da sua vertente primeira,ou seja,dos fundamentos vindos das religiões originais europeias,apesar de quase dois mil anos de influência judaico-cristã nas ciências humanas.Este tema é muito interessante e dá pano para mangas.
O Luce tem uma perspectiva muito bem definida a este respeito,e não posso deixar de lhe dar razão,embora ele seja mais Mircea Eliade e Julius Evola,e eu mais Bertrand Russell e Hannah Arendt.
De resto,não é preciso pesquisar assim tanto para se chegar à conclusão de que o pensamento filosófico de tradição clássica,sobretudo greco-romana,nunca deixou de seduzir e impregnar os tratados escritos pelos eruditos cristãos medievais.
Quem viu "O Nome da Rosa" percebe do estou a falar.
O Cristianismo europeu,numa fase inicial,pouco depois de ter chegado ao poder na Roma Imperial,tinha uma feição,digamos,mais "semita",mais ligada à sua origem geográfica e cultural,pese embora o facto de se ter diferenciado,nas circunstâncias que se sabe.
Esse mesmo Cristianismo,baptizado de "Católico",com o significado de "Universal",entrou em confronto com uma miríade de facções que advogavam quadros doutrinais muito diferentes:os chamados Gnósticos,do grego "Gnosis"-"Conhecimento",que mais não eram que cristãos que mantinham a sua ligação às religiões ancestrais,numa simbiose doutrinária muito específica,com uma vertente esotérica e mística,influenciada pelo Oriente.
Um pouco mais tarde,os católicos vão se debruçar,numa redescoberta apaixonada,sobre os autores clássicos,como Platão,Aristóteles,Sócrates,Ovídio,Demócrito,Séneca,Epicuro,entre outros.
Essa atitude de alargar os horizontes do Saber foi algo ambivalente,por parte das hierarquias cristãs:a verdade é havia por ali muito que aprender;já não se tratava,como dantes,de simples Apologética.Era muito mais que isso.
Os homens do pensamento europeus,i.e.,os membros do Clero,voltavam-se,agora,para as verdadeiras fontes da Cultura ocidental,culminando essa busca nas obras de S.Tomás de aquino ou Roger Bacon,por exemplo.
E faz todo o sentido o baptizar-se com nomes de deidades antigas,os corpos celestes,embora existam alguns nomes como "Estrada de Santiago" ou "Tau Ceti".Apenas para projectos de natureza bélica é que não,mas eu digo isto porque guerra não é comigo;nem nomes mereciam,mas isto sou eu a falar!
Se calhar,os "aliens",caso existam,é que não vão achar muita piada...

28 de agosto de 2008 às 14:02:00 WEST  
Blogger Caturo said...

vcs conhecem algum site, blog ou forum anti-chavez?

Não conheço.
Houve apenas alguns tópicos neste blogue que o referiram. O maior, e que resume o essencial dos outros, tendo links para esses outros, é este:
http://gladio.blogspot.com/2008/07/confirmao-da-ligao-entre-hugo-chavez-e.html

Amanhã publicar-se-á no Gladius mais uma notícia sobre este assunto, nomeadamente o da presença de forças terroristas islâmicas em solo venezuelano:
http://www.jihadwatch.org/archives/022408.php

28 de agosto de 2008 às 14:04:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Se calhar,os "aliens",caso existam,é que não vão achar muita piada...

Se os «aliens» extra-terrestres existirem e tiverem bom gosto, o mais provável é que apreciem...

28 de agosto de 2008 às 14:08:00 WEST  
Blogger Treasureseeker said...

"Se os «aliens» extra-terrestres existirem e tiverem bom gosto, o mais provável é que apreciem..."

Sim.Não quis dizer o contrário...
O que estava a querer dizer é que,na volta,eles já terão nomes próprios,na algaraviada lá deles...
Direitos de autor,pronto.
Os nomes que lhes demos são bonitos,não haja dúvidas.

28 de agosto de 2008 às 14:13:00 WEST  
Blogger Caturo said...

embora ele seja mais Mircea Eliade e Julius Evola,e eu mais Bertrand Russell e Hannah Arendt.

Os dois primeiros conheço, dos dois últimos só ouvi falar (e foi aqui publicado um comentário longo dum autor americano a uma obra de Bertrand Russel). O que dizem estes «teus» dois autores sobre o tema?

28 de agosto de 2008 às 14:31:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

anti-chavez disse...
vcs conhecem algum site, blog ou forum anti-chavez?

agradeceria essa informação s.f.f
obrigada

Quinta-feira, Agosto 28, 2008 1:57:00 PM

http://web.sumate.org/index.asp

mas é feita por venezuelanos radicados no próprio país. como tal, é preciso ler nas entrelinhas. é que lá existe mesmo ditadura e censura, ao contrário do que muitos putos e dhimiescos apregoam

28 de agosto de 2008 às 14:45:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

EXISTEM!

É-LHES INDIFERENTE!


A LINGUAGEM DE ALGUNS DELES (dependendo da raça) É INAUDÍVEL!

28 de agosto de 2008 às 15:22:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Acredito.

28 de agosto de 2008 às 15:55:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Bwaawahaahahahaaahahahaaaaa!!!

No passaran!!!

28 de agosto de 2008 às 19:59:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Ai passaran passaran. É que até passaran por cima de ti se preciso for. ;)

28 de agosto de 2008 às 20:02:00 WEST  
Blogger Silvério said...

Este comentário foi removido pelo autor.

28 de agosto de 2008 às 20:32:00 WEST  
Blogger Silvério said...

Eu gosto mais do paganismo da "Natureza ameaçadora" talvez por não apreciar muito este mundo tecnológico, mas tenho dar razão ao homem. O que não me parece é que toda a técnica ou engenho seja necessariamente pagã, ou seja faz sem duvida parte da "natureza", porque tudo o que existe faz, mas não é necessariamente positiva. Não me parece que a linha de montagem do Ford seja muito pagã, visto que mecaniza e como tal vicia e desmonta, é apenas uma utilização dos seres, não valor por si própria, o valor que tem é obtido à custa dos seres que nelas trabalham. É um exemplo, não sei se explica muito bem a parte mais parasitária da tecnologia.

28 de agosto de 2008 às 20:34:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Depende do modo como se encarar essa linha de montagem.

À partida, a mecanização parece típica dum mundo dessacralizado, é verdade.

Todavia, podes ver a mecanização como um esforço para atingir a perfeição, sendo a perfeição material um reflexo da busca do Espírito pela excelência e pela beleza; e a evolução tecnológica, para além do aspecto de potência em direcção às alturas que Faye refere, pode ainda ser relacionada com o rigor intelectual e o gosto pelo trabalho bem feito, e com a sofisticação intelectual também, inspiradas por Divindades muito urbanas, que regem domínios muito familiares ao homem contemporâneo e que são por isso muito capazes de re-sacralizar a sociedade, tais como Minerva, Mercúrio e Vulcano.

28 de agosto de 2008 às 20:44:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Talvez usem termos alusivos ao paganismo por este ser uma fortíssima raíz da civilização ocidental, que marcou todo o seu início...nunca optando por termos cristão por, hoje em dia, comprometer a "liberdade" e pluralidade, a política..e por o paganismo ter sido muito mais voltado para o desenvolvimento científico que o castramento cristão que arrasou a europa...

29 de agosto de 2008 às 22:37:00 WEST  

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