quarta-feira, agosto 27, 2008

BRITÂNICAS ABANDONAM A IGREJA E ADEREM CADA VEZ MAIS AO CULTO DA(S) DEUSA(S)

Brígida
Deusa Tríplice da Irlanda céltica


Na nebulosa e pálida Albion, um recente estudo académico indica que as mulheres estão cada vez mais a abandonar a Igreja.
Ao longo das duas últimas décadas, verifica-se que, a cada ano, mais de cinquenta mil mulheres deixam as suas congregações porque sentem que a Igreja deixou de ser relevante nas suas vidas. Desde 1989 até agora, mais de um milhão de mulheres saiu das igrejas inglesas.

A mesma pesquisa diz que em substituição do Cristianismo, as jovens estão a ser atraídas pelo Paganismo, nomeadamente pela Wicca, religião na qual a mulher desempenha um papel central e vital e que é cada vez mais popular, à medida que a bruxaria é representada de forma positiva em filmes, séries (como a célebre «Buffy, Caçadora de Vampiros») e livros.



A Igreja bem tenta estancar esta sangria desatada, chegando já a aceitar mulheres como bispos, mesmo que os bispos tradicionalistas protestem veementemente contra tal «modernice».

Segundo uma das autoras do estudo, «as jovens tendem a expressar valores igualitários e não gostam do tradicionalismo e das hierarquias que imaginam serem parte integral da Igreja. E, assim, afastam-se das igrejas cristãs duas vezes mais depressa do que homens. Há agora mais rapazes do que raparigas nos coros de igreja.

Para este fenómeno tem concorrido o feminismo, que abalou a crença cristã tradicional sobre o papel das mulheres e sobre a sexualidade.
Acresce que a vida das mulheres actuais está muito mais tomada pelo trabalho do que antes, daí que lhe sobre menos tempo para frequentar as igrejas.

27 Comments:

Blogger Silvério said...

"Há agora mais rapazes do que raparigas nos coros de igreja."

Meninos de coro. :D
A continuar assim ainda vamos acabar por ter uma sociedade matriarcal, muito pior que isto não pode ser.

27 de agosto de 2008 às 22:13:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Ai pode pode... uma sociedade patriarcal islâmica seria seguramente pior do que uma matriarcal europeia.

28 de agosto de 2008 às 11:20:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

olha-me so para essas porcas!
Com o PNR era tudo para a catequese.

28 de agosto de 2008 às 13:25:00 WEST  
Blogger Inês said...

Não há dúvidas de que o paganismo está a ressurgir. Depois do cristianismo ter alargado as laçadas do medo, através do qual subjugava os povos, já não há razões para que estes continuem a ser cristãos. Pois o cristianismo com os seus milenarismos sempre se impôs ao povo através do medo do inferno, do medo do juízo final, do medo de cometer pecado, etc.. Depois destas técnicas de controle do pensamento dos povos (com o seu período áureo na época inquisitorial) terem sido afrouxadas por um lado, e por outro, de já ninguém dar ouvidos a esse tipo de conversa, já não há nenhuma razão para se continuar a ser cristão. O cristianismo é uma religião que se impôs desde sempre pela negativa, que é como quem diz "se não fizeres isto, acontece-te aquilo". Nunca ninguém se portou bem, por o céu ser um lugar maravilhoso; mas mais por medo de ir parar ao inferno. Este foi provavelmente o maior trunfo do cristianismo na antiguidade, mas que actualmente se revela ineficaz. Portanto o cristianismo está condenado a desaparecer à medida que o Homem se liberta das garras do medo, e tende para a sua auto-realização como verdadeiro ser humano, superando-se a si mesmo nas suas limitações. O cristianismo é uma religião castradora nas suas próprias bases - Cristo é um homem castrado, sempre se relacionou mais com homens do que com mulheres e a sua sexualidade é inexistente (Maria Madalena foi apenas um caso esporádico em toda a sua vida). Este foi o exemplo que deixou aos homens. O exemplo da virtude pela contenção, diria mesmo castração física e psicológica. Foi isto que tivemos no Ocidente durante os dois últimos milénios. Contudo, em nada este arquétipo se adequa à nossa estrutura mental, já que os ocidentais não são a água (cristo - peixes)que tanto estrutura as crenças orientais. Os ocidentais caracterizam-se mais pelo fogo (paixão). A nossa forma de amar sempre foi, em termos gerais, mais dionísiaca do que apolínea. E não seria de todo descabido tentar perceber em que medida o êxito do consumismo capitalista e a busca do prazer imediato, baseado na satisfação do desejo, surgiram no Ocidente primeiramente e encontraram aqui um tão apropriado campo de incubação e crescimento. Diria mesmo que quem corta de um lado, precisa de aumentar de outro. Toda a contenção de alma, toda a castração de espírito que o cristianismo nos impôs não foram suficientes para que mudasse-mos esse desejo e prazer todo que sentimos em viver. Toda a humildade apregoada pelo cristianismo, toda a subjugação ao Outro, não foram suficientes para que as nossas mulheres deixassem de usar roupas exuberantes deixando mostrar o corpo sem vergonha. E agora as mulheres estarem a regressar ao paganismo? nada mais natural do que isso. o paganismo sempre possuiu os mitos e os rituais com que as mulheres ocidentais se identificam. Mas isso seria outro capítulo :D

28 de agosto de 2008 às 14:11:00 WEST  
Blogger Caturo said...

O cristianismo é uma religião que se impôs desde sempre pela negativa, que é como quem diz "se não fizeres isto, acontece-te aquilo".

Sim, sempre a hoste cristã utilizou o medo como arma de conversão, fosse o medo da punição além-túmulo ou o medo das represálias a nível social (e ainda no final do século XX o faziam, eu próprio encontrei um padre com esse discurso).

Há ainda outro instrumento de conversão cristã: o da chantagem moral juntamente com o complexo de culpa: «Ele morreu para nos salvar, foram os nossos pecados que o mataram...»

28 de agosto de 2008 às 14:41:00 WEST  
Blogger Inês said...

Sim, também a chantagem moral e os complexos de culpa. Pior do que o cristianismo só mesmo a religião muçulmana...

28 de agosto de 2008 às 15:06:00 WEST  
Blogger Caturo said...

exemplo da virtude pela contenção, diria mesmo castração física e psicológica. Foi isto que tivemos no Ocidente durante os dois últimos milénios. Contudo, em nada este arquétipo se adequa à nossa estrutura mental, já que os ocidentais não são a água (cristo - peixes)que tanto estrutura as crenças orientais. Os ocidentais caracterizam-se mais pelo fogo (paixão). A nossa forma de amar sempre foi, em termos gerais, mais dionísiaca do que apolínea. E não seria de todo descabido tentar perceber em que medida o êxito do consumismo capitalista e a busca do prazer imediato, baseado na satisfação do desejo, surgiram no Ocidente primeiramente e encontraram aqui um tão apropriado campo de incubação e crescimento. Diria mesmo que quem corta de um lado, precisa de aumentar de outro. Toda a contenção de alma, toda a castração de espírito que o cristianismo nos impôs não foram suficientes para que mudasse-mos esse desejo e prazer todo que sentimos em viver. Toda a humildade apregoada pelo cristianismo, toda a subjugação ao Outro, não foram suficientes para que as nossas mulheres deixassem de usar roupas exuberantes deixando mostrar o corpo sem vergonha. E agora as mulheres estarem a regressar ao paganismo? nada mais natural do que isso.

Exactamente. Queria ter seleccionado um trecho mais curto, mas não pude escolher uma parte mais importante do que outra.

E acrescento: o surgimento em força do materialismo ateu na Europa teve muito a ver com isso.

E porquê?

Porque, devido à intolerância e opressão cristãs, os paganismos foram destruídos; logo, ao homem europeu, só restava o Cristianismo como caminho religioso autorizado.

Ora a natureza do ocidental é incompatível com a do Cristianismo, que é essencialmente oriental, pelo que o resultado foi este: incapaz de se afirmar numa esfera espiritual que lhe era essencialmente estranha, o Ocidental aproximou-se a pouco e pouco duma posição anti-espiritual, precisamente porque, na sua mente, Espiritual=cristão. Qual efeito bola de neve, de afastamento em afastamento, tomou forma uma rejeição por vezes militante de tudo quanto esteja relacionado com a Religião.

28 de agosto de 2008 às 15:13:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Adoro bifas e alemoas descascadas, mas se for moura também marcha.

28 de agosto de 2008 às 15:38:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

amigos celsinho e inês,
e que tal saírem de casa de vez em quando e conviverem com as pessoas em carne e osso, conhecer os seus anseios e angústias,de que vivem, de que comem, como se deslocam para o trabalho, quanto gastam de material escolar e logo hoje que está um dia tão bonito :)

acordem e desçam, à terra

saudações nacionalistas
para quem for nacionalista

28 de agosto de 2008 às 16:05:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Anónimo incomodado, seguramente que não és tu quem me diz o que é a vida real. Fazia-te bem perceberes que a coscuvilhice não é a única maneira de se estar devidamente informado (e, já agora, que encher a mioleira com pormenores da vida alheia só te rebaixa, coisa que perceberias se tivesses honra).

É que, como uma desgraça nunca vem só, além de cusco és enjoativo. A ideia de que a compreensão de realidades ideológicas e espirituais impede o entendimento do que se passa no dia a dia não passa dum lugar-comum especialmente pobrezinho. O que te faz ficar incomodado com uma simples discussão de ordem cultural e espiritual é pois um sinal claro de pequenez, aliás, de castração mental. Bate certo com o teu estilo, de resto - pessoas pequenas discutem pessoas; e pessoas pequenas deficientes por natureza têm raiva ao que não é tão pequeno como elas, daí que as discussões sobre assuntos que ultrapassam a tua mediocridade e mesquinhez te façam sentir mal.
Enfim, é uma questão de gosto. Do mesmo modo que tu não gostas que estas discussões tenham lugar, eu também não gosto que as pessoas como tu existam. Mas a vida é mesmo assim, tu vais continuar a existir até morreres e eu, a Inês e outros, vamos continuar a ter estes diálogos.

28 de agosto de 2008 às 16:21:00 WEST  
Blogger Treasureseeker said...

"Sono ritornata"!Peço desculpa se parecer pedante da minha parte,mas o idioma italiano encanta-me...
Prefiro a musicalidade das línguas românicas às germânicas.Já é de nascença,digamos assim.
Bem,vou responder à tua questão.Não pude fazê-lo na altura,mas vou tentar ser o mais clara possível.
Então é assim:no que toca ao assunto que postaste,não disse o que disse por estar directamente relacionado com ele,ou seja,quando demonstrei duas referências minhas na área da Filosofia,não era com nenhuma conexão patente,em relação à questão das identidades nacionais.Não estabeleci nehuma relação causa-efeito.

Posso te dizer que o Russell já é uma "paixão" antiga,tal como a Arendt,e o que me aproximou de ambos foi a lucidez e ausência de constrangimentos de cada um na formulação das suas teorias filosófico-políticas.
Do Russell,que viveu uma vida longa e cheia de peripécias,incluíndo várias detenções,posso-te dizer que,de início,a orientação do senhor iria ser a Matemática,que estudou a fundo e na qual foi "barra".Publicou ensaios sobre esta matéria,onde começou a efectuar uma ligação entre ela e a Filosofia,estruturada através da Lógica,e em que dava preponderância à Semântica,como termo explicativo presente no método de compreensão das interrogações.Não é muito fácil dissecar em poucas palavras a forma russelliana.Ela exigia muito mais tempo para isso,mas adiante.

Contactou de perto com a realidade política da União Soviética de Estaline,que o decepcionou profundamente,após perceber o que estava para ali sendo montado.Repugnou-lhe,sempre,qualquer tipo de totalitarismo,quer de esquerda,quer de direita,quer de centro,e o pacifismo foi uma imagem de marca sua,até á sua morte.
Da mesma maneira,nos anos 30,analisou as bases doutrinárias da Alemanha Nacional-Socialista,e defendeu uma política de bom entendimento com os alemães,por forma a evitar uma guerra,mas mais tarde tornou-se acérrimo anti-Hitler.Já nos anos sessenta,assistiu à escalada militar americana no Vietname e,mais uma vez,manifestou o seu descontentamento com a política externa dos E.U.A.,tendo ainda,pelo caminho,fundado uma instituição anti-nuclear pela paz no Mundo.Conheceu a prisão,por mais que uma vez,alguma delas na companhia da sua mulher.É óbvio que se torna redutor considerar Russell apenas um pacifista.O seu percurso é demasiado rico para se ficar por aí.Ele teve o mérito de reinventar a Filosofia contemporânea,por intermédio do ênfase posto numa utilização adaptada do Logicismo,o que o afasta muito de um Leibniz,por exemplo.Para ele,a pergunta vale mais que a resposta,no campo da metodologia científica.
Era um personagem fascinante-para mim-,sem constrangimentos,objectivo e extremamente perpicaz.Foi,e é,um "guru" do pacifismo a nível global.
Quanto a obras importantes...são tantas,que é complicado,mas posso adiantar algumas,que já li,inclusivé nos meus tempos do ISPA:

1)- "Os Princípios da Matemática"

2)-"A Educação e o Mundo Moderno"

3)-"Os Problemas da Filosofia"

4)-"Porque Não Sou Cristão"

5)-"Educação e o Mundo Moderno"

E vou ficar por aqui.Desculpa não continuar,mas vai ter que ficar para a próxima.
A Hannah Arendt fica,então,adiada para breve.

Fica bem.

28 de agosto de 2008 às 17:02:00 WEST  
Blogger Treasureseeker said...

Tenho um título repetido,eu sei.O que eu queria colocar era este:"Retratos da Memória e Outros Ensaios".

28 de agosto de 2008 às 17:05:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Cá fico à espera então de mais prosa ... :)

28 de agosto de 2008 às 17:05:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Do Anónimo incomodado :D

frio, frio, frio

28 de agosto de 2008 às 17:16:00 WEST  
Blogger Silvério said...

"uma sociedade patriarcal islâmica "

Era isso que queria dizer com o "isto", já que ainda estamos sobretudo sob influencia da patriarcal cristã.

28 de agosto de 2008 às 20:18:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Prefiro a musicalidade das línguas românicas às germânicas.Já é de nascença,digamos assim.

E eu, tanto quanto me lembro, e exceptuando o Português, que me parece diferente na sonoridade relativamente às outras línguas latinas, sempre preferi a sonoridade das línguas germânicas, mais inspiradoras, dinâmicas, vigorosas, não sei bem.

28 de agosto de 2008 às 20:47:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

De nascença?
Mas toda a gente sabe que nasceste na terra dos pretos.
Por acaso é mentira senhor Celso?

28 de agosto de 2008 às 23:45:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Não me digam que o Caturo nasceu na sanzala :)

29 de agosto de 2008 às 09:37:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Na terra dos pretos em que nasci, cusco anónimo, vivia-se quase lado a lado com Ingleses e Afrikaners...

29 de agosto de 2008 às 10:00:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

nasceste na africa do sul?
o importante não é local de nascimento

29 de agosto de 2008 às 11:38:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

e o outro identitonto nasceu em moçambique
enfim recalcamentos de infância , os pretinhos devem-lhes ter roubados os brinquedos

29 de agosto de 2008 às 11:44:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

bem feito! e a culpa é dos paizinhos que foram Emigrantes lol
ou será que tratou-se de um caso de migração heheheheh

29 de agosto de 2008 às 12:24:00 WEST  
Blogger Caturo said...

e o outro identitonto nasceu em moçambique
enfim recalcamentos de infância ,


Recalcamento, e frustração, e estupidez, é o que leva um bardamerda impotente que, como não tem nem carácter nem argumentos para rebater ideias que lhe desagradam, opta por andar no anonimato a falar do local de nascimento de terceiros, como se tivesse alguma coisa a ver com isso...
Gentalha tão cobarde, nojenta e invertebrada só podia mesmo era odiar os Identitários. :)

29 de agosto de 2008 às 12:43:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"E eu, tanto quanto me lembro, e exceptuando o Português, que me parece diferente na sonoridade relativamente às outras línguas latinas, sempre preferi a sonoridade das línguas germânicas, mais inspiradoras, dinâmicas, vigorosas, não sei bem."

Tu és é um complexado. Vai para a Alemanha, ó cabrão, que os skinheads lá do sítio te mostrem a boa "hospitalidade" alemã aos estrangeiros. Principalmente aos parecidos com turcos, como tu.

29 de agosto de 2008 às 13:16:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Complexado és tu, meu filhadaputa iletrado. A mediocridade intelectual, a somar à deprimente pequenez de espírito, de gentalha como tu faz com que qualquer apreciação duma cultura nórdica vos pareça um crime nazi, e vai daí tentam partir daí para uma «acusação» de «estrangeirismo», num truque de «esperteza» saloia. Isso é mesmo típico de ralé cheia de complexos de inferioridade perante os nórdicos, complexos esses que se transformam em inveja e raiva frustrada.

29 de agosto de 2008 às 13:38:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

é gótico, anglófono,nasceu em africa, não trabalha...hummm
será que este "português dos sete costados" vive do rendimento minino? lol

29 de agosto de 2008 às 14:22:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Tudo suposições, perante uma só certeza: a de que o zé bacalhau que chupa no pipo ou lá a merda que é continua a ser um cusco impotente ao qual só resta atirar com o barro à parede para ver se consegue sujar o que não consegue deitar abaixo... :)

É pois um alegado bacalhau armado em carapau de corrida que na verdade não passa duma cabeça de boga.

29 de agosto de 2008 às 14:31:00 WEST  

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