VITÓRIA DA LIBERDADE E DO POVO NA IRLANDA
Os eleitores irlandeses rejeitaram o Tratado de Lisboa por 53,4 por cento dos votos, reabrindo a crise institucional que a União Europeia acreditava ter ultrapassado em Outubro passado. Os resultados oficiais divulgados por Dublin estão a gerar uma onda de decepção entre os líderes europeus.
Segundo os resultados finais oficiais, divulgados esta tarde em Dublin, 53,13 por cento dos eleitores irlandeses (pouco mais de três milhões de inscritos) participaram na consulta popular de ontem, confirmando as previsões de que uma abstenção elevada beneficiaria o campo do “não”.
Confirma-se assim a excelência da Democracia - mas da Democracia a sério, ou seja, a soberania da autêntica vontade popular, sem «mediação» dos líderes criados e domesticados pela elite intelectual apátrida. Elite esta que, como se viu, ficou quase tão mal vista como há muito o merece - primeiro, demonstrou a sua flagrante desonestidade ao recusar, descaradamente, a realização de referendos em todos os países europeus, só se salvando a Irlanda (como dizia o poeta, «há sempre alguém que diz não!»); agora, porque, apesar da sua descarada e desanvergonhada batota, acabou por ser derrotada pela vontade popular (pelo menos nesta batalha...).
Segundo os resultados finais oficiais, divulgados esta tarde em Dublin, 53,13 por cento dos eleitores irlandeses (pouco mais de três milhões de inscritos) participaram na consulta popular de ontem, confirmando as previsões de que uma abstenção elevada beneficiaria o campo do “não”.
Confirma-se assim a excelência da Democracia - mas da Democracia a sério, ou seja, a soberania da autêntica vontade popular, sem «mediação» dos líderes criados e domesticados pela elite intelectual apátrida. Elite esta que, como se viu, ficou quase tão mal vista como há muito o merece - primeiro, demonstrou a sua flagrante desonestidade ao recusar, descaradamente, a realização de referendos em todos os países europeus, só se salvando a Irlanda (como dizia o poeta, «há sempre alguém que diz não!»); agora, porque, apesar da sua descarada e desanvergonhada batota, acabou por ser derrotada pela vontade popular (pelo menos nesta batalha...).
Cá pelo burgo, o grande derrotado foi o primeiro-ministro José Sócrates, que ainda ontem dizia na Assembleia da República que o Tratado de Lisboa era para ele uma questão de carreira política...
Três Vivas à Democracia, à Liberdade e ao verde Eire
24 Comments:
«Questão de carreira política»? Quer dizer que o Zé Sousa se vai embora? Ohhhhhhhhhh, estou desolado...
Go raibh maith agat, Eire.
Também eu digo «muito obrigado, Eire»... eu e, creio, todos os Europeus que apreciam a liberdade popular e as soberanias nacionais.
Como li algures nos comentários do Público, "nunca tantos, deveram tanto, a tão poucos".
Bem, de qualquer maneira, eu ainda não faço a minima ideia do que trata o Tratado. Já procurei na net mas nem aí consigo obter respostas claras.
E agora, o que vai acontecer?
Caturo, e agora vamos ver a "democracia", porque a UE de certeza que não vai ficar por aqui, vão mostrar as fuças para todos verem a ditadura que isto é. Pelo menos aqueles que ainda tiverem olhos, que muitos já ficaram sem eles encantados pelo canto das sereias de Bruxelas.
Penso que o tratado andava por aí na net na altura em que andava a ser discutido, ninguém percebe é o que quer queria dizer. Mesmo assim, uns acham que o mais normal é comer uma coisa que não se sabe o que é, sem saber se não é venenoso.
Vão-se reunir no dia 16 para ver quais as alternativas...
http://www.wiseupjournal.com/?p=285
Vamos aproveitar a conjugação do Euro de Futebol e da moda das bandeiras, para colocar bandeiras da Irlanda nas janelas. Não é preciso que deixem o povo fazer referendos, podemos começar uma onda que sirva de sufrágio, unidos em torno desse símbolo que é a bandeira da Irlanda, e que a partir de hoje fica de alguma forma ligada à vontade popular.
Agora, há que marcar mais referendos até ganhar o sim, como aconteceu na Holanda ou na Dinamarca com Maastricht.
Não está mal pensado, Silvério...
http://www.telegraph.co.uk/news/newstopics/politics/2038813/European-Parliament-to-ban-Eurosceptic-groups.html
Porreiro Pá! Hoje vou beber até às quinhentas para comemorar. Alguém quer ir até ao irlandês beber uns copos?
http://www.libertas.org/
Anónimo muito preocupante. Vai-se começar a ver muito eles a revelarem o seu verdadeiro rosto.
cerveja irlandesa é boa :D :D
http://devilskitchen.me.uk/2007/12/how-liberty-dies.html
E o Whisky também!...
Tarde ou cedo, as máscaras dos pseudo-democratas caem sempre. É entretanto preciso que os verdadeiros democratas se ergam e se preparem para oferecer alternativas aos Povos.
E pensar que o Primeiro-Ministro disse,há tempos,que muito do seu futuro político passaria pela ratificação plena do Tratado Europeu!...
A posição dos restantes parceiros,não posso ainda afirmar,mas espero que não seja a mesma da altura do referendo na Dinamarca,em que,pura e simplesmente,"asfixiaram" esse país,até levarem a água ao moinho deles.O acto de,sem mostrar que se estava a pressionar,com a capa do "reconsiderar","pensar melhor",revelou uma certa dose de défice democrático.
A Irlanda,através de um direito democrático,parte da sua Constituição,também democrática,disse de sua justiça,nada mais,e não é de bom senso estar-se a protelar mais isto.Podem ter as suas razões.A Inglaterra não faz parte da Zona Euro,e nem está para aí virada,então para quê mais tinta?
Interpelada sobre a vitória do "Não",a classe política nacional dividiu-se,como seria de esperar,com sociais-democratas a incidirem na necessidade urgente de negociações,bloquistas a aplaudirem,como aliás,também,comunistas,acontecendo o mesmo com os populares.
Entre europeístas convictos e eurocépticos a esgrimirem argumentos,que a Europa é a 27 e ninguém pode ficar de fora,ou que a soberania fica sériamnte comprometida,a ilação maior que daqui retiro é a de que o "sonho europeu" já foi mais sedutor que nos dias que correm.A Europa,como aglomerado multinacional que é,terá dificuldades em se apresentar e assumir como verdadeiro bloco coeso,nos próximos tempos.
Errata:´sériamente´.
A posição dos restantes parceiros,não posso ainda afirmar,mas espero que não seja a mesma da altura do referendo na Dinamarca,em que,pura e simplesmente,"asfixiaram" esse país,até levarem a água ao moinho deles.O acto de,sem mostrar que se estava a pressionar,com a capa do "reconsiderar","pensar melhor",revelou uma certa dose de défice democrático.
Bem observado. Esperemos que agora os «democratas» do costume tenham mais respeito e pudor, ou que, do lado oposto, haja quem seja capaz de armar estardalhaço, por assim dizer, para ver se a elite criptocrática euroditatorial ganha ao menos vergonha na cara.
O público publicou um resumo das medidas do tratado, claro que não deve dar para ter uma ideia muito correcta.
Mas por exemplo:
Cidadãos europeus
Podem propor à Comissão Europeia uma dada iniciativa legislativa, precisando para tanto
de reunir um milhão de assinaturas.
Quem é que consegue arranjar um milhão de assinaturas.
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