CHEFE DO GOVERNO DA MALÁSIA INCITA MUÇULMANOS DO REINO UNIDO A REGEREM-SE PELA LEI ISLÂMICA

O primeiro-ministro da Malásia Abdullah Badawi apela aos muçulmanos para que passem a reger-se todos pela lei islâmica ou charia.
Não, não foi bin Laden ou qualquer outro terrorista/extremista quem o disse, com o intuito de incitar à desobediência civil no seio duma das maiores potências do Ocidente, ou de fazer a apologia da rejeição das leis ocidentais por parte das comunidades muçulmanas que vivam em países europeus... não.
Quem o disse foi o líder do governo dum país muçulmano... «moderado».
Badawi chega mesmo a deixar uma ameaça velada, à laia de «aviso», ao Estado britânico: ou o governo e a sociedade aprendem a entender o Islão, ou então o extremismo muçulmano vai aumentar...

Será isto a famosa «moderação» da esmagadora maioria dos muçulmanos?...

Para reforçar o seu discurso, Abdullah Badawi não se esquece de apelar ao complexo de culpa colonialista europeu - afirma que o passado imperial britânico dificulta a capacidade inglesa de estimar e compreender a sua minoria populacional islâmica.
Esta gente de Mafoma sabe-la toda... conhecem os pontos fracos dos actuais ocidentais, percebendo por isso que basta apontarem o dedo a lembrar o colonialismo/racismo/xenofobia, para os Europeus se encolherem logo, «culpadíssimos» de todo...

Diz o sujeito que o Reino Unido tem de saber lidar com o facto de ser agora o lar de imigrantes vindos de países que antes eram colónias britânicas: «o Império Britânico expandiu-se na Ásia, em toda a parte, através de território muçulmano, através de território de hindus e de território dos budistas. Quando estavam a mandar, era diferente porque queriam manter a paz e para isso tinham de usar a diplomacia. Agora, talvez o governo pense que o pode esquecer.»

Escapa ao líder malaio o pequeno pormenor de que a Grã-Bretanha não é território colonial na Ásia, mas sim a terra dos Britânicos... e que, por isso mesmo, a verdade é que, ao contrário do que diz o primeiro-ministro da Malásia, o Estado Britânico não tem qualquer obrigação de «ser diplomático» para com as minorias étnicas que deixou entrar nas suas fronteiras. O Estado Britânico, tal como qualquer outro Estado Europeu, ou do mundo, tem simplesmente de fazer respeitar a sua própria lei na sua própria terra.
Não tem de negociar nada.
Não tem de oferecer nada em troca.
Não tem de «convencer amigavelmente» seja quem for a cumprir a Lei.

Disse acima que Badawi sabe-la toda e sabe mesmo - depois de ter usado o argumento do colonialismo, utiliza posteriormente o argumento da raça, afirmando que os muçulmanos do Reino Unido são relativamente mais fáceis de radicalizar do que as outras minorias porque sentem-se ignorados e discriminados: «é por causa da pobreza, da inquietação social, da miséria, da discriminação, de pensarem que ninguém se importa com eles por causa da sua cor de pele. Isso pode fazer com que decidam tornar-se extremistas, não necessariamente a sua religião.»

Alto... mas afinal não é verdade que os hindus (quase sempre indianos) têm pele tão ou mais escura que os muçulmanos (paquistaneses e indianos)? Porque será então que os hindus não controlam bairros com base na intimidação, não põem bombas, não criam problemas em geral?
Estranhamente, toda esta violência é cometida em nome do Islão... mas enfim, como diz Badawi, o problema é o racismo, ou seja, a culpa é dos Britânicos...