POSTO A NU O ÓDIO DAS ELITES CONTRA A DEMOCRACIA NA EUROPA
Vale a pena dar uma vista de olhos a esta recolha de citações de vários líderes europeus a respeito do referendo da Irlanda sobre o Tratado de Lisboa. É bem patente o desprezo da elite pelo Povo e a sincera vontade de dar a volta à vontade popular, uma praticamente confessa atitude de querer fazer pela secretaria o que a elite tem medo de não conseguir fazer com a aprovação do Povo.
As afirmações e observações do primeiro-ministro luxemburguês Jean-Claude Juncker foram particularmente emblemáticas:
- «Claro que vai haver transferências de soberania. Mas será inteligente chamar a atenção da opinião pública para esse facto?»
- «Estou surpreendido com aqueles que têm medo do povo: podemos sempre explicar-lhes que o que é do interesse da Europa é do interesse dos nossos países».
O que vai ao encontro do que Durão Barroso disse, em jeito de de pergunta de retórica: «Se tivesse de ter havido um referendo para a criação duma Comunidade Europeia ou para a introdução do Euro, pensam que estas coisas se teriam feito?»
O fosso que separa os diferentes níveis sociais é pois (ainda) mais político e ideológico do que propriamente económico, o que se evidencia não apenas nesta questão da União Europeia, mas também no que à imigração diz respeito, como se pode ler aqui.
«E se este encarniçamento dos de cima para obrigar os de baixo a «abrir os braços» à imigração não fosse mais do que uma nova modalidade de desprezo de classe? A questão da imigração expressa em toda a sua profundidade o divórcio entre as elites e a Nação.»
Christine Clero “Le cri étouffé des petits blancs”, na Revista Marianne, 24-XI-06
As afirmações e observações do primeiro-ministro luxemburguês Jean-Claude Juncker foram particularmente emblemáticas:
- «Claro que vai haver transferências de soberania. Mas será inteligente chamar a atenção da opinião pública para esse facto?»
- «Estou surpreendido com aqueles que têm medo do povo: podemos sempre explicar-lhes que o que é do interesse da Europa é do interesse dos nossos países».
O que vai ao encontro do que Durão Barroso disse, em jeito de de pergunta de retórica: «Se tivesse de ter havido um referendo para a criação duma Comunidade Europeia ou para a introdução do Euro, pensam que estas coisas se teriam feito?»
O fosso que separa os diferentes níveis sociais é pois (ainda) mais político e ideológico do que propriamente económico, o que se evidencia não apenas nesta questão da União Europeia, mas também no que à imigração diz respeito, como se pode ler aqui.
«E se este encarniçamento dos de cima para obrigar os de baixo a «abrir os braços» à imigração não fosse mais do que uma nova modalidade de desprezo de classe? A questão da imigração expressa em toda a sua profundidade o divórcio entre as elites e a Nação.»
Christine Clero “Le cri étouffé des petits blancs”, na Revista Marianne, 24-XI-06
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