quarta-feira, março 05, 2008

CONTRA UM ESBOÇO DE APOLOGÉTICA ANTI-PAGÃ

Ainda o Neo-Paganismo está a nascer, e já há, nas hostes do Crucificado, quem com isso se preocupe. Exemplo disto é este
texto de apologética anti-pagã, da autoria de um certo Jimmy Akin.

O autor começa por explicar o que é o Neo-paganismo, em traços gerais. A respeito da Asatru - culto dos Deuses nórdicos - embora o considere como mais historicamente fundamentado do que outras formas de neo-paganismo, tais como a Wicca e o Neo-Druidismo, começa por lançar a primeira farpa, de modo subtil, «informando» que a religião Asatru esteve viva até à Idade Média, quando o Cristianismo a derrubou ao «espalhar a literacia» no norte escandinavo, como se a escrita não fosse conhecida pelos antigos Noruegueses, Suecos e Dinamarqueses, ou como se as Eddas não constituíssem em si um monumento literário...

Diz entretanto que os pagãos, embora sendo ainda muito poucos, têm adquirido um estatuto desproporcionalmente elevado, visto que a Wicca já conseguiu, nos EUA, que o governo reconhecesse capelães militares wiccanos, e que já antes do Onze de Setembro, os asatruares andassem a ser vigiados pelo FBI devido à militância política de alguns deles. E em qualquer grande livraria há toda a espécie de livros dedicados ao culto da «Deusa».

Uma vez que o Neo-Paganismo é um fenómeno recente, a apologética cristã ainda não teve tempo de pôr em prática as estratégias mais efectivas para «tirar almas» ao Neo-Paganismo, diz o autor... esta gente está sempre a querer destruir religiões alheias, e depois queixa-se de que é odiada...
O problema, diz o sujeito, é que o Neo-Paganismo é muito individualista, o que significa que o beatame, se quiser evangelizar os neo-pagãos, tem de adaptar as suas tácticas a cada pessoa, caso por caso.

Mas, independentemente disso, Jimmy Akin acha que se pode começar já a delinear linhas de procedimento anti-pagão.

Um deles é baseado na estratégia passiva do «espera e vê»: acreditando que o fascínio pelo Neo-Paganismo é algo de juvenil, diz ele que é só esperar que após a novidade do primeiro choque, o indivíduo amadureça e comece a retornar ao monoteísmo judaico-cristão... por esse motivo, pode não ser aconselhável evangelizar abertamente os neo-pagãos, especialmente se este for muito jovem e pouco inclinado a ouvir.
Ou seja, a habitual arrogância cristã do costume - e arrogância particularmente descarada, pois que o Cristianismo infantiliza muito mais o homem do que qualquer religião europeia (ou seja, pagã).

Outra estratégia é a apresentação dos aspectos positivos do Cristianismo - se o neo-pagão se mostrar receptivo ao monoteísmo, o cristão pode, «gentil, educada, mas firmemente» apontar os problemas do Paganismo e os benefícios do monoteísmo. A este título, dá como exemplo o apóstolo Paulo no Areopagus, em Atenas.
Tem piada, este exemplo, visto que a população ateniense rejeitou as palavras deste judeu converso...
Diz Akin que esta táctica pode ser usada um dia mais tarde com as crianças filhas de pais neo-pagãos, para que retornem ao seio da Cristandade...

Ainda outro caminho é o de apontar os alegados aspectos negativos do Neo-Paganismo e, segundo o autor, deve ser aplicada aos pagãos que se mostrem particularmente hostis ao monoteísmo.
Vejamos quais...

Argumenta Akin que a Europa foi de tal modo convertida ao Cristianismo que não restam quaisquer liturgias pagãs. As Deidades do paganismo europeu não conseguiram garantir a sobrevivência do Seu próprio culto. Perderam, e perderam de tal maneira que os neo-pagãos são obrigados a inventar as suas próprias liturgias e teologias.

Ora a verdade é que este desaparecimento do Paganismo aconteceu por via da força, da intimidação, da violência, da perseguição. A Cristandade usou a repressão e a força militar para massacrar milhares de pagãos e persuadir vários líderes locais a vergar-se ao jugo cristão. E fê-lo graças ao poder político-militar que adquiriu, não devido a qualquer suposta superioridade doutrinal, pois que se esta superioridade natural fosse real, não precisariam de publicar leis e mais leis, de encetar perseguições e mais perseguições, para aniquilar os cultos pagãos.
De notar que esta «derrota» de que Akin fala só aconteceu quando a Cristandade era militarmente mais forte do que o oponente pagão... sucedeu na Europa e nas Américas, e em África, mas, curiosamente, falhou redondamente na Índia, na China e no Japão. É que as forças cristãs não dispunham de poder militar suficiente para fazer com que «os Deuses nativos fossem incapazes de garantir a sobrevivência do Seu próprio culto»...
Há ainda dois outros aspectos a considerar neste caso.
Um deles, é o da arrogância descarada do autor, pois que ao fim ao cabo acaba por se estar a gabar do crime cometido pelos seus antepassados «em espírito» contra o Paganismo europeu.
Outro, é o modo irónico como o argumento se volta contra si mesmo - pois que se os factos indicam por si próprios quem deve morrer e quem deve viver, então o facto de o Neo-Paganismo ter surgido no Ocidente moderno e estar em crescimento indica, muito simplesmente, que afinal os Deuses não perderam para sempre, como Akin queria que acontecesse...

Pergunta Akin aos pagãos «porque é que vocês prestam culto a tão impotentes Deidades? Se elas não puderam proteger os seus antigos adoradores no auge do Seu poder, então como podem vocês confiar Nelas?»

Este argumento, vindo dum cristão, é particularmente engraçado, visto que traz à memória os milhões e milhões de cristãos que pelo mundo todo foram massacrados, ao longo da História... onde estava Jeová/Jesus/Espírito Santo quando a Cristandade perdeu o norte de África e a Ásia Menor, por exemplo? Isto com a agravante de que os Deuses pagãos nunca foram tidos como omnipotentes, ao contrário do que sucede com o Deus cristão... fica assim claro que o Deus cristão, mesmo tendo poder para salvar o seu rebanho, por demasiadas vezes não o fez.


Outra pergunta de Akin, muito frequente da parte dos cristãos, é a seguinte:

«Porque é que os seguidores dos antigos Paganismos se tornaram cristãos? O que é que eles encontraram de deficiente no Paganismo que os levou a rejeitá-lo e em vez disso a confiar em Cristo?»

Bem, em primeiro lugar cada qual sabe de si. Do mesmo modo que outrora vários pagãos terão decidido tornar-se cristãos, sucede agora que um crescente número de supostos cristãos resolvem retornar à herança religiosa pagã. Assim, a pergunta dá para os dois lados.

Quanto à resposta em si, houve várias causas para o fenómeno, entre as quais se salientam as seguintes:
- abastardamento das populações por meio de grandes migrações e consequente desenraizamento - o Cristianismo era sobretudo popular entre os escravos e os libertos de Roma, particularmente entre os de origem oriental (síria e afins), os quais, não se sentindo identificados com a tradição nacional romana, aderiam facilmente a um credo que pregava o amor universal e o fim das barreiras entre os homens; o Cristianismo funcionou assim como religião «kitsch», isto é, pimba - forma simplista de espiritualidade feita para as massas sem referências nem cultura própria;
- conversões em massa de tribos inteiras, visto que, no fim do mundo antigo, as populações eram convertidas pela decisão do seu rei, e os reis e líderes tribais, deixando-se conquistar pela maravilha e opulência de Roma, queriam fazer parte da sua civilização, que, note-se, foi construída por pagãos e tomada por cristãos;
- conversões forçadas, por intimidação e/ou uso de violência, incluindo massacres quase genocidas, como foi o caso da campanha sanguinária que Carlos Magno levou a cabo contra os Saxões pagãos, exterminando dois terços dos mesmos, que recusavam converter-se à religião do amor obrigatório.

Nenhuma destas realidades abona a favor do valor do Cristianismo como fé, muito menos indica qualquer espécie de superioridade cristã sobre os Paganismos, antes pelo contrário.

Julga o beato que consegue a seguir provar o carácter ilógico dos novos paganismo.

Para isso, enuncia uma série de argumentos teológicos a respeito da natureza dos Deuses.

Assim, perante o argumento neo-pagão de que não deve existir apenas uma religião para toda a gente, mas que, em vez disso, cada grupo humano deve adorar os Deuses dos seus ancestrais, ou os da sua preferência (dependendo da orientação dos neo-pagãos), diz Akin que há neste caso quatro possibilidades:
1) Os Deuses dos diferentes povos não são realmente diferentes uns dos outros, pelo que devem ser identificados Uns com os Outros (por exemplo, Zeus = Júpiter = Odin);
2) Há muitos Deuses individuais a governar diferentes Povos;
3) os Deuses são projecções criadas de algum modo pelos Povos que Os adoram;
4) Os Deuses são meros símbolos ou aspectos de outra coisa.
De facto, estas hipóteses costumam ser defendidas por pagãos - por pagãos diferentes uns dos outros, note-se.

A partir daqui, argumenta Akin que:
1 - Se os Deuses de diferentes religiões devem ser identificados Uns com os Outros, então isto significa que afinal não devem existir diferentes religiões no mundo mas apenas diferentes ritos usados para adorar os mesmos Deuses.

Ora isto não passa dum jogo de palavras tipicamente cristão, visto que o verdadeiro sentido da palavra «Religio» é precisamente o de conjunto de ritos e prescrições. A Religião como moral e doutrina dogmática é, no contexto ocidental, uma inovação cristã.

Diz Akin que esta concepção diferencialista seria especialmente problemática para os asatruares (adeptos do Asatru, culto dos Deuses nórdicos), que frequentemente optam por considerar os seus Deuses como sendo diferentes dos Deuses dos outros Povos. Um problema para todos os neo-pagãos é que seria altamente implausível que as Deidades de muitos Panteãos pudessem ser identificadas Umas com as Outras.
Por exemplo, no paganismo grego e romano, o rei dos Deuses (Zeus e Júpiter) controla o Trovão, mas o Deus do Trovão germânico é Thor, que não é o rei dos Deuses (na religião germânica, o rei é Odin).
Similarmente, nos paganismos indo-europeus o Deus do Céu é normalmente masculino e a Divindade da Terra é feminina, mas o inverso observa-se na mitologia egípcia. Parece assim impossível estabelecer um paganismo universal tratando cada Panteão individual como simples expressão diferenciada do mesmo grupo de Seres reais e independentes.

A resposta para este problema (mais aparente do que real) é a seguinte: cada Panteão constitui um sistema fechado, completo, com um sentido próprio - uma visão do mundo religiosa, uma «weltanschaung» teísta. É, digamos, uma linguagem para compreender o Divino.
Ou seja, o Divino existe e manifesta-Se - e cada Povo compreende-O à sua própria maneira. Uns vêem cinquenta Deuses, outros vêem só trinta e três, outros vêem apenas um com várias facetas, sem que haja alguém que, na sua condição humana, se possa gabar de apreender a totalidade do Divino em Si, nem pode sequer presumir, à partida, que tem do Divino um conhecimento mais profundo do que o seu vizinho. Efectivamente, se o homem é sempre limitado, e está naturalmente abaixo do Divino, não é lógico supôr-se que algum dia O possa compreender integralmente, pelo menos enquanto estiver neste mundo, em que nada é absoluto. Ao mesmo tempo, não há qualquer motivo para que considere a sua experiência pessoal do Divino como sendo menos válida do que outra qualquer.
Quer isto dizer que a cada qual se adequa a sua própria visão e sensação do Sagrado, tanto ao nível do indivíduo como, sobretudo, ao nível da Estirpe no seio da qual nasce o indivíduo.
À luz deste ponto de vista, as equivalências entre os Deuses de diferentes Panteãos serão sempre ou quase sempre limitadas, visto que, do mesmo modo que um Povo difere de outro, também a sua visão do Divino terá de ser diferente. A cada Povo a sua Religião, e a cada Religião o seu Povo.

Posto isto, convém lembrar, quanto ao primeiro exemplo dado, que a soberania no Panteão nórdico não é tão simples e estável como possa parecer, dado que, nalgumas versões mais tardias da mesma, é Thor Quem reina supremo sobre todos os Deuses.
No que respeita ao segundo, o do contraste entre duas concepções de Divino urânico, a indo-europeia, masculina, e a egípcia, feminina, pois que cada qual fique com as suas noções, qualquer delas poderá estar certa, não há necessidade de se impor uma delas a outrem, e duvida-se fortemente que alguém perca a sua alma ou seja condenado ao suplício eterno só porque não viu bem o género sexual duma Divindade...

Convém salientar que os Deuses podem nalguns casos serem os mesmos e noutros não. Já os Romanos e os Gregos antigos sabiam disto, ou na teoria ou pelo menos na prática, visto que os primeiros, por exemplo, ao entrarem em contacto com a cultura helénica, souberam identificar o seu Júpiter com o Zeus grego - de facto, trata-Se das versões latina e grega do mesmo Pai do Céu indo-europeu - mas, ao mesmo tempo, adoptaram o culto do grego Apolo, visto que não encontraram, no próprio Panteão latino, nenhum Deus que pudesse ser considerado Seu equivalente.

Por conseguinte, em resposta à questão «Os Deuses são todos os mesmos, de Povo para Povo?», poder-se-á dizer que nalguns casos sim, noutros não.

Akin prossegue o seu périplo argumentativo considerando que, se a resposta à pergunta for negativa, então «haverá múltiplas Deidades para cada aspecto da natureza. Cada povo terá o seu próprio Deus do Trovão, o seu próprio Deus da Vegetação, etc.. Isto leva a uma situação implausível em muitos casos. Se Thor controla o trovão na Escandinávia, porque é que os neo-pagãos de ascendência nórdica localizados na América Lhe deveriam rezar? Porque não optariam por um Deus do Trovão índio, isto é, local? Além disso, o nosso sistema solar tem apenas um Sol. Quantos Deuses do Sol podem existir?»

A resposta dada acima já resolveria a questão, mas, ainda assim, vale a pena retrucar que se calhar a Divindade índia não ouviria/aceitaria um pedido feito por um estrangeiro... no que toca ao caso do Sol, enfim, um indivíduo pode ter vários primos e chamar «primo» a cada um deles...


Avançando para a terceira possibilidade, a de que os Deuses seriam criados no Algures pela mente e pela repetição dos rituais, diz Akin que «se os Deuses são apenas projecções, então os Deuses da actualidade teriam pouco poder, dado o escasso número dos Seus adoradores. Seria difícil imaginar tais Seres como sendo dignos de culto.»

A isto pode-se responder que, dum modo ou doutro, sendo fracos ou fortes, os nossos são os nossos. E, quem sabe, o facto de sermos poucos até pode fazer com que os pedidos sejam mais bem atendidos, numa espécie de descentralização e regionalização do Divino...
Enfim, não sou adepto de nenhuma espécie de regionalização, nem desta, e não acredito seriamente nesta possibilidade. De lembrar que, como Akin faz notar, os pagãos do passado não tinham esta concepção das suas Deidades.


Chega-se finalmente à quarta alternativa observada por Akin, a que consiste em atribuir um carácter meramente simbólico a cada Divindade.
Não tenho interesse particular em defender este ponto, visto que não concordo com esta definição puramente simbólico-cultural-psicológica da Deidade, mas, de qualquer modo, mesmo que as Divindades não passem de símbolos culturalmente criados, ainda assim merecerão culto, pois que de qualquer modo o Seu valor identitário é verdadeiramente inultrapassável, constituindo cada Deus uma espécie de Bandeira Maior, de estandarte sagrado, de Arquétipo étnico, um pouco na linha do pensamento de Carl Gustav Jung.

Argumenta Akin que, se as Divindades são símbolos de forças naturais, não tem sentido adorá-Las, do mesmo modo que não terá sentido adorar a electricidade quando se acende uma lâmpada.
Para isto, a resposta é simples - do ponto de vista pagão, nada é puramente físico, pelo que a «Natureza» não é, ao contrário do que pretendem os cristãos, desprovida de sacralidade em si. Assim, o culto das forças naturais não tem um carácter meramente exterior, mas sim de contacto, ligação, sintonia, com o aspecto superior, metafísico, de cada aspecto da realidade.
Um ateu perguntará para que raio servirá isto - mas o mesmo ateu fará a mesma pergunta para a questão da comunhão «em Cristo»...

Diz ainda o beato que «a evidência empírica parece mostrar que o universo em si próprio não tem uma mente ou uma personalidade. Só olhando para além da Natureza - para Deus, que fez a Natureza - se pode encontrar uma transcendência digna de culto.»

Ora aqui a objecção do argumentador cristão cai estrepitosamente por terra, sabendo-se que muitos dos cientistas ateus que acabam por se tornar crentes, acreditam precisamente, não num judeu que dizia ser filho de um Deus fora da Natureza, mas sim na Inteligência que Se revela, não num livro judaico, mas sim na maravilhosamente misteriosa e complexa harmonia da Natureza.

Aduz finalmente, Akin, que «se os Deuses são símbolos de uma realidade espiritual que transcende o mundo físico, então parece que ao fim ao cabo se fica com uma espécie de monoteísmo fundamental representado por símbolos politeístas. Se for este o caso, porquê adorar os símbolos? Porque não adorar o Criador directamente e explorar a questão de saber se ele Se importa e se falou com o homem, como o monoteísmo afirma historicamente?»

A resposta, já o filósofo romano Celso a deu, no século II d.c. - porque não prestar culto também a esses símbolos, se for útil? Mais - se este culto sempre existiu, e tudo correu bem, porquê acabar com ele?

E, pergunto eu, quem disse que o monoteísmo só pode ser cristão? Antes de Jesus nascer, e independentemente das aventuras de Moisés, já Zaratustra era monoteísta...

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40 Comments:

Anonymous Anónimo said...

sim, senhor.

6 de março de 2008 às 13:38:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Falam em mulatos e mestiços dentro do Nacionalismo.
Mas nos skins além de muitos mestiços também há judeus,como é o caso do tal P.Isaac que é skin e anti-judeu, mas é descendente de judeus.
hahaha.

6 de março de 2008 às 13:42:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

oh caturo! mas tu pensas que alguém se dá ao trabalho de ler isso tudo?! :D
em todo caso não deixas de ter razão, aliás como sempre o chefe é que sabe

6 de março de 2008 às 13:51:00 WET  
Blogger Caturo said...

Evidentemente que o texto não é para todos...
De resto, também não é toda a população do mundo que se vai dar ao trabalho de ler o teu comentário, e no entanto escreveste-o.

6 de março de 2008 às 14:03:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

mestiços,mulatos,judeus,sarolhos,marrecos,seja o que for todos são bem vindos ao mundo virtual do Nacionalismo , com anonimato garantido.

6 de março de 2008 às 14:04:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Por falar em zarolhos que é feito do zarolho do Abrantes ?

6 de março de 2008 às 14:06:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Deve estar na multiópticas

6 de março de 2008 às 14:07:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

cadê o grupo da copofonia?
tão amigos que eles eram?

6 de março de 2008 às 18:24:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

as aparências iludem

6 de março de 2008 às 18:25:00 WET  
Blogger Silvério said...

"O problema, diz o sujeito, é que o Neo-Paganismo é muito individualista, o que significa que o beatame, se quiser evangelizar os neo-pagãos, tem de adaptar as suas tácticas a cada pessoa, caso por caso."

Vamos ver os padres por aí de bíblia debaixo do braço a tocar às campainhas e a darem umas secas descomunais.

6 de março de 2008 às 20:45:00 WET  
Blogger Caturo said...

Primeiro é preciso que consigam que a maior parte das pessoas os oiçam...

6 de março de 2008 às 20:54:00 WET  
Blogger Silvério said...

"1 - Se os Deuses de diferentes religiões devem ser identificados Uns com os Outros, então isto significa que afinal não devem existir diferentes religiões no mundo mas apenas diferentes ritos usados para adorar os mesmos Deuses."

Ás vezes penso que o "renascimento espiritual" new age de que se fala vai muito de encontro ao que este diz. É o caso daquele pessoal que não gosta da igreja mas gosta de cristo e depois arranja mil e uma teorias esotéricas. Também acontece dentro do paganismo.

6 de março de 2008 às 20:55:00 WET  
Blogger Treasureseeker said...

Caturo,escutei um cd de um grupo vocal feminino,chamado Cramol,que faz uma recolha de canções tradicionais portuguesas e tem um cd intitulado "Vozes de Nós".A descobrir,vale a pena.

6 de março de 2008 às 20:57:00 WET  
Blogger Inês said...

Caturo, excelente artigo. O detalhe da informação e validade crítica dos teus comentários contrapõem-se e sobrepõem-se fortemente à falta de rigor alarmante do Akin. Infelizmente existem muitos Akin(s) por esse mundo dispostos a publicar as suas diarreias cerebrais. E o pior é que estes akin(s, lambe-botas do sistema, invariavelmente encontram tanto editoras como leitores que lhes dão crédito, quando nós sabemos que imensos trabalhos rigorosos e de qualidade ficam fechados na gaveta, se não para sempre, pelo menos até aparecer uma geração capaz os descobrir.

6 de março de 2008 às 21:05:00 WET  
Blogger Inês said...

Este comentário foi removido pelo autor.

6 de março de 2008 às 21:08:00 WET  
Blogger Silvério said...

"A isto pode-se responder que, dum modo ou doutro, sendo fracos ou fortes, os nossos são os nossos."

Nem mais, fica patente o interesseiro que o gajo é. Mas pode ser também o fascínio que a força exerce nas pessoas, os padres podem ter visto como isso funcionava na antiguidade através da figura dos heróis e aplicaram ao cristianismo porque já sabiam que ia funcionar. Eles são todos virados para essas artimanhas. Já agora mais, se o deus cristão é omnipotente porque é que não converte toda gente de enfiada, porque é que precisa que andem os messionariozecos por aí a salvar almas? Ainda gostava de ver um cristão responder a esta já que gostam tanto de discutir isto.

6 de março de 2008 às 21:14:00 WET  
Blogger Caturo said...

É o caso daquele pessoal que não gosta da igreja mas gosta de cristo e depois arranja mil e uma teorias esotéricas.

Pois. Esses se calhar até têm uma natureza mais cristã do que a maioria dos cristãos - aquilo que rejeitam na Igreja é a hierarquia, o fausto, a riqueza, ou seja, precisamente a parte menos cristã da dita.

No fundo, são neo-cristãos sem o saberem.

6 de março de 2008 às 21:19:00 WET  
Blogger Caturo said...

Cramol,que faz uma recolha de canções tradicionais portuguesas e tem um cd intitulado "Vozes de Nós"

Muitíssimo obrigado, cara Treasureseeker. E, já agora, recomendo mui vivamente o álbum «Sjofn», dos Gjallarhorn. O grupo é da Finlândia, mas faz música da minoria sueca desse país. Eu já conhecia a primeira faixa, «Suvetar», mas há outras verdadeiramente excelentes. Raramente fico positivamente surpreendido com um cd novo, e esta é uma dessas vezes.

6 de março de 2008 às 21:21:00 WET  
Blogger Caturo said...

Muito obrigado pela apreciação, cara Inês. Quanto a este Akin, ou muito me engano ou é apenas uma patente média... À medida que o Paganismo for crescendo, vai haver mais e mais atenções de teólogos cristãos viradas para as hostes pagãs, e é possível, até provável, que tenhamos de enfrentar muitos ataques deste género.

6 de março de 2008 às 21:24:00 WET  
Blogger Treasureseeker said...

Gracias.Quanto à questão das novas correntes religiosas,isto,na verdade,não é de agora.O Gnosticismo dos primeiros séculos do Cristianismo já se dividia e sub-dividia em numerosas facções,sendo exemplos disso os Priscilianistas,os Sabelianos,os Adamitas ou Ofiolatras,entre os mais conhecidos.O fenómeno parece-me simples de explicar:em cada região,conforme a sensibilidade e formação intelectual dos mentores desses movimentos,o fundo doutrinal que emanava dos ensinamentos de Cristo e seus discípulos tranfigurava-se,adquirindo diferentes formas.Entregues a si próprios,esses seguidores do Cristianismo professavam-no à sua própria maneira,com as suas idiossincrasias,nascidas da cultura local,da mentalidade e dos acasos políticos.Para ser mais sucinta ainda,os cristãos de Roma,que ainda não tinham ascendido ao poder,chamavam a esses grupos "hereges" ou "heréticos",palavra deivada do Grego e que significa "escolha".Eles tinham,portanto,feito a sua própria escolha,expressando a sua fé de uma forma que o catolicismo centrado em Roma não aceitou e perseguiu,mais tarde,depois de ele próprio ter sido alvo de perseguição por parte do Estado Romano.

A legislação anti-herética só foi codificada,ainda que de modo ténue,pelo imperador Constantino,e reforçada por Teodósio.O código jurídico teodosiano previa,inclusivamente,em alguns casos,a pena de morte para os Maniqueus e outros grupos,por serem considerados como ameaça à estabilidade social do Império.
O caso do Arianismo teve outros contornos.No século IV,esta corrente religiosa,fundada por Ario chegou a atingir alguma preponderância na política imperial:houve imperadores Arianos e a facção gozou de apoios e bom acolhimento na corte.Além disso,certos povos germânicos,como os Visigodos,eram Arianos,tendo mais tarde,sido convertidos ao Catolicismo.

Hoje em dia,assiste-se a um incessante produzir de novas religiões,ou "seitas",num vasto "melting pot" confessional.
Sou da opinião que muitos desses grupos são herdeiros do Gnosticismo do século I,que assimilava os ensinamentos cristãos e filtrava-os numa espécie de crivo originalmente de matriz pagã greco-romana,mas não só,conceitos emprestados às religiões orientais (Mazdeísmo e Mitraísmo)juntavam-se num todo,com novas tonalidades,muito diferentes do cristianismo original,surgido na Judeia.Não sendo exactamente igrejas,no sentido estrito da palavra,os Raelianos ou os membros da Antropologia Gnóstica incluem elementos adquiridos um pouco por várias latitudes religiosas,sendo ainda perpassados os conceitos por um profundo misticismo esotérico,sem que nenhuma destas "seitas" tenha o que quer que seja que ver com uma Maçonaria,por exemplo.Trata-se de uma situação causa-efeito totalmente diferente.Nem se pode afirmar que algum deste movimentos sejam religiões,apesar da importante componente que a religião tem nas suas bases.

6 de março de 2008 às 21:54:00 WET  
Blogger Treasureseeker said...

Os Hedningarna têm coisas interessantes.A respeito do cd da banda finlandesa de origem sueca de que falaste,não conhecia ainda.
A Finlândia foi um país onde a língua oficial foi durante muito tempo,o sueco.Depois,ainda se falou russo,mas por menos tempo,durante o Grão-Ducado.
O próprio Sibelius falava sueco.

6 de março de 2008 às 22:00:00 WET  
Blogger Silvério said...

""hereges" ou "heréticos",palavra deivada do Grego e que significa "escolha"."

Sempre me pareceu que a heresia havia de ser uma coisa boa.

6 de março de 2008 às 22:04:00 WET  
Blogger Treasureseeker said...

Pois é.A escolha deve ser respeitada e aceite:faz parte do que deve ser a verdadeira liberdade,mas os exemplos da História,infelizmente,mostraram o contrário.A atitude da Igreja Romana para com a diferença de pensamento não tem sido a mais justa,é um facto.Isto já é tão bem sabido,seja em relação ao Judaísmo,seja em relação ao Paganismo,ou ainda ao Cristianismo dissidente ou herético.Acresce a isto o facto de que,nos países Protestantes,os Católicos foram,por sua vez,objecto de perseguições e violências.A seita dissidente protestante dos Anabaptistas,por seu turno,foi,também,preseguida,mas pelos Luteranos e Calvinistas,que provocaram mais de 100.000 vítimas,entre os séculos XVI e XVII.São as duas faces da mesma moeda.

6 de março de 2008 às 22:20:00 WET  
Blogger Treasureseeker said...

Errata: perseguida.

6 de março de 2008 às 22:25:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

http://www.nsbm.org/faq/

7 de março de 2008 às 00:39:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Anónimo disse...

Falam em mulatos e mestiços dentro do Nacionalismo.
Mas nos skins além de muitos mestiços também há judeus,como é o caso do tal P.Isaac que é skin e anti-judeu, mas é descendente de judeus.
hahaha.

Quinta-feira, Março 06, 2008 1:42:00 PM




Não vás tão longe anónimo, o que não falta no nacionalismo é mestiços.
São todos a bem dizer.
Muitos deles no verão parecem marroquinos ahaha

7 de março de 2008 às 00:42:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

assim o ultimo que se nota é o tal jose castro o advogado do mario machado skinhead hammer.

deve ter escolhido um advogado marroquino para nao ser condenado por racismo hahaha

7 de março de 2008 às 01:47:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

os nazis dizem que esse nome isaac é no nome proprio, de qualquer forma nao deixa de ser curioso nao....

7 de março de 2008 às 01:49:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Viva o Partido Nacionalista Português!

7 de março de 2008 às 02:32:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

http://www.minutodigital.com/actualidad/2008/03/07/palestinos-asesinan-a-ocho-ninos-en-un-colegio-de-israel/

7 de março de 2008 às 10:01:00 WET  
Blogger Caturo said...

os exemplos da História,infelizmente,mostraram o contrário.A atitude da Igreja Romana para com a diferença de pensamento não tem sido a mais justa,é um facto.Isto já é tão bem sabido,seja em relação ao Judaísmo,seja em relação ao Paganismo,ou ainda ao Cristianismo dissidente ou herético.Acresce a isto o facto de que,nos países Protestantes,os Católicos foram,por sua vez,objecto de perseguições e violências.

É a isto, ao totalitarismo intolerante, que leva o universalismo de quem está absolutamente convencido ser o dono da verdade - acreditando que todos são iguais, independentemente do Povo, do local ou da profissão, trata de impor a todos o mesmo princípio, porque se tem a certeza absoluta que esse princípio é inequivocamente certo.

7 de março de 2008 às 10:53:00 WET  
Blogger Caturo said...

A Finlândia foi um país onde a língua oficial foi durante muito tempo,o sueco.

E, além disso, tem uma minoria cuja língua-mãe é o Sueco. É no seio dessa minoria que surgem os Gjallarhorn.
Portanto, a banda é, na realidade, sueca.

7 de março de 2008 às 11:34:00 WET  
Blogger Caturo said...

Realmente bom:

http://br.youtube.com/watch?v=l0TCgBsLkp0&feature=related

7 de março de 2008 às 12:00:00 WET  
Blogger Silvério said...

A música é boa mas aquilo parece um daqueles Didjeridoos australianos que o pessoal das rastas usa.

7 de março de 2008 às 20:40:00 WET  
Blogger Silvério said...

Ou então é uma corneta europeia muito grande. :D

7 de março de 2008 às 20:41:00 WET  
Blogger Caturo said...

Sim, acho que é. Um deles andou pela Austrália.

7 de março de 2008 às 20:44:00 WET  
Blogger Caturo said...

Mesmo assim, o som é porreiro...

7 de março de 2008 às 20:44:00 WET  
Blogger Silvério said...

É mesmo, com mulheres a cantar assim os padres vão ter muito que fazer.

Já agora que andamos nisto, uma coisa um bocado diferente, mas que vi por aí no youtube e gostei foi Drudkh.

http://youtube.com/watch?v=SvWQQaCpte4

7 de março de 2008 às 21:24:00 WET  
Blogger Shivafaa said...

"Apologética" no Dicionário = parte da Teologia que ensina a refutar todas as objecções que se podem levantar contra o catolicismo.

Inacreditável!! Também se ensina a refutar objecções e opiniões. Esta igreja católica é o máximo da cretinice!

9 de março de 2008 às 01:34:00 WET  
Blogger Unknown said...

Akin Ignorante , o Paganismo nao tem nadaaa a ver com o que ta escrito ai , os pagaos acreditam em duas forças , duas polaridades, Masculino e Feminino , Deus e Deusa , Dia e Noite , Sol e Lua, os outros Deuses dos diversos panteaos que surgiram na História sao apenas facetas dessas duas Grandes Divindades , Um Completa o Outro , Criando o Universo , Quanto a os Deuses nao terem salvado a sua religiao antigamente , isso é outra questao , a Igreja perseguiu amargamente todos os pagaos , e as vezes nem pagaos eram , e eram perseguidos e queimados, a Nossa Religião nao funciona assim, o paganismo nunca deixou de existir , o Culto á Natureza e ás Polaridades sempre continuou e se revelou agora nesse seculo depois do fim da perseguiçao , hoje o nosso culto é protegido por lei , e , os Panteões criaram Deuses Solares , mas cada um é so uma face diferente do outro , Apolo = Iugh e muitos outros, voce devia pesquisar mais um pouco sobre o paganismo antes de sair escrevendo essas coisas , isso é horrivel , o nosso culto é para as forças da Natureza , a Nossa Grande Mãe , nós nao nos prostramos , morrendo de medo das Deidades , nos as respeitamos e convivemos com Elas, elas fazem o que deve ser feito ,o Paganismo sao ensinamentos que levam a atingir o espiritual , a paz , vc devia pesquisar muito mais e vcs q lerem esse lixo , por favor nao acreditem , pesquisem , antes de repugnarem a Nossa Religiao; Influenciar as Crianças pagas a mudar de religiao ? isso é muito mal; elas sao educadas , sao ensinadas sobre a Religiao mas sao livres para escolher o que quiserem ; qualquer estupido q escreveu isso devia segurar mais a lingua antes de escrever sobre o que nao sabe.

8 de fevereiro de 2009 às 21:04:00 WET  

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