terça-feira, janeiro 15, 2008

NOVO TRIBUNAL DO SANTO OFÍCIO ACTUA NO CANADÁ, AMEAÇANDO EDITOR DE CARICATURAS ANTI-ISLÂMICAS

No Canadá, em Calgary, Alberta, o editor Ezra Levant está a braços com a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos por ter usado publicado os mesmos desenhos caricaturando o profeta Maomé que foram publicados pelo jornal dinamarquês Jylland Posten, depois de o líder do Conselho Supremo Islâmico do Canadá ter apresentado queixa contra o Western Standard, jornal do supramencionado editor.

Levant sustenta firmemente que não tem de se arrepender de coisa alguma, visto que não cometeu crime algum - «não fiz nada de mal», garantiu.
Quando questionado sobre os seus motivos para publicar as caricaturas, argumentou que «não preciso de ser razoável. Tenho todo o direito de liberdade de expressão. Tenho o direito de publicar isto pela razão mais ofensiva, pelos motivos menos razoáveis.»
Isto é uma das coisas que muito boa gentinha não percebe, mesmo em Portugal...

Entretanto, o líder do grupo islâmico que tinha apresentado queixa, Syed Soharwardy, aproveitou a deixa para se fazer de vítima, alegando que teme pela segurança da sua própria família depois das «mentiras» que o editor canadiano terá dito a seu respeito. Levant acusou Soharwardy de ser um imã radical treinado por sauditas que apelou publicamente para que a chária fosse aplicada no Canadá; acusou-o também de ser anti-judaico.
Syed Soharwardy desafia Levant a provar que ele, Soharwardy, tenha treino saudita, e diz também que a sua mesquita celebra o Hannukah (festival judaico) com a comunidade judaica local. E diz também que «Esta gente tem o intuito de incitar ao ódio contra os muçulmanos. Deus não permita que alguém lei o seu site - se algum fanático o ler - e me ataque, nessa altura quem será o responsável? Se algum crime for cometido contra mim ou contra a minha família, irei considerar o senhor Ezra Levant como responsável.»

O muslo ainda não percebeu bem a diferença entre denunciar fanatismos e apelar directamente à matança... enfim, um vício de formação da sua mentalidade, um pressuposto muito típico da sua própria cultura, visto que quando os seus pares muslos emitem fatwas, partem do princípio que algum dos lacaios de Mafoma vai tentar matar o indivíduo «fatwado»...

Ezra Levant, por seu turno, mantém a sua indignação contra a instituição que neste momento o persegue, afirmando que «uma burocracia dum governo secular foi basicamente tomada por um imã radical e está a ser usada para aplicar a sua fatwa contra estas caricaturas. Temos uma grande tradição de liberdade de expressão no Canadá. Quanto à minha liberdade de publicar uma caricatura que alguns muçulmanos radicais não apreciam, bem, isto é o Ocidente Livre.»

Pode ver-se e ouvir-se aqui uma parte do seu interrogatório e respostas.