sexta-feira, dezembro 07, 2007

NEGRO FUTURO COM A PRESENÇA DOS DEMOCRATAS NA CADEIRA PRESIDENCIAL DOS EUA

É sintomático aquilo que os candidatos democratas à presidência dos EUA dizem do problema islâmico - quando lhes perguntam porque é que os muçulmanos odeiam os Norte-Americanos, as respostas são as seguintes, por candidato:

«Porque temos pouca credibilidade.» - Joe Biden

«Por causa do comportamento abusivo, egoísta e agressor do presidente Bush e da sua administração.» - John Edwards

«O que o John diz é verdade, mas eu quero alargar o seu âmbito. Se tu fosses um muçulmano além-mar a ouvir o Rudy Giuliani a dizer que eles querem vir para cá e matar-te, terias a impressão de que não queremos falar.» - Barack Obama

«Tem havido aqui um grande vácuo. Não conhecemos a cultura deles.» - Chris Dodd


Ora esta gente é, de certo modo, «ocidento-centrista»: em vez de lhes passar pela mona que «se calhar» o motivo do ódio deles pelos EUA e pelo Ocidente em geral advém da sua doutrina islâmica, resolvem pôr o ónus da culpa em si próprios:


- nós é que devíamos conhecer a cultura deles,


- nós é que temos a maldade de pensar que quando eles atiram aviões contra prédios e matam milhares de pessoas é porque nos querem matar (raciocínio racista e criminoso...),


- nós é que temos um presidente que é mau, mesmo que o ódio deles já antes desse presidente ser eleito tivesse dado sobejos sinais de vida.

São «ocidento-centristas» sim, os que assim falam - mas ocidento-centristas pela negativa. Chamar-se-ia a isto etnocentrismo suicida, ou seja, etnomasoquismo, se um dos candidatos não fosse mulato...


Trata-se aqui da ideia de que a culpa está sempre em nós, que todo o mal vem de nós, que todo o mal é por nós provocado.


Isto é a encarnação política do doentio mandamento cristão de dar a outra face ao agressor e de amar o inimigo.