quarta-feira, novembro 28, 2007

O PARADOXO DA TOLERÂNCIA INGÉNUA - NA HOLANDA E EM TODO O OCIDENTE

Vale a pena dar uma vista de olhos a este artigo sobre a crise identitária na Holanda visível na polémica despoletada por uma declaração da princesa Máxima, esposa de origem argentina do princípe Willem Alexander, segundo a qual «a Holanda é demasiadamente complexa para ser resumida num cliché» e «o típico holandês não existe

O conteúdo essencial do texto aplica-se ao resto da Europa: a excessiva abertura de fronteiras bem como o politicamente correcto abananado leva a que esteja em risco a tradição holandesa, e genericamente europeia, plenamente democrática e ao mesmo tempo milenar (pré-cristã) de viver e deixar viver. É isto que a somali Hirsi Ali salienta pertinentemente, afirmando que não se pode tolerar os intolerantes, pelo que o multiculturalismo holandês está simplesmente a permitir a instalação do fanatismo muçulmano.

Sucede pois na Holanda e em toda a Europa Ocidental actual o mesmo que há mil e setecentos anos aconteceu em Roma: a tolerância ingénua generalizada permitiu que se infiltrasse no Ocidente uma doutrina altamente intolerante e militantemente imperialista, que viria a aproveitar a relativa abertura romana para se disseminar e impor em toda a Romanidade, acabando assim com a tolerância pagã vigente.

A semelhança está à vista, quer no espaço e estilo europeu, quer na natureza étnica e doutrinal do agente de infiltração: tanto o Islão como o Cristianismo são religiões de origem semita e mentalidade intolerantemente universalista, pregando o enfraquecimento ou desvalorização dos laços étnicos e uma moral de submissão interior total à Autoridade revelada.


Como diz um dos autores citados no artigo, uma coisa é aceitar que todos tenham direito à sua opinião, outra é ter de respeitar cada uma dessas opiniões. Efectivamente, em Democracia toda a gente deve ser livre de expor os seus pontos de vista - e de criticar os pontos de vista dos outros - e de ter aceitar que outros critiquem os seus pontos de vista.

Ou seja, a vivência democrática permite a livre expressão de ideias, ao mesmo tempo que exige que se esteja disposto a aceitar que outros critiquem ou mesmo ridicularizem essas ideias.

É precisamente isto que demasiada gente não entende, sobretudo, mas não exclusivamente, a hoste islâmica que se assenta de armas e bagagens em terras do Ocidente e começa a exigir um estatuto de intocabilidade para a sua religião, como se o Islão devesse à partida estar acima de toda a crítica.

Naturalmente que o respeito deve ser garantido, mas este diz respeito às pessoas, não às ideias. Uma pessoa merece respeito só por ser pessoa, porque tem uma identidade, uma vida, uma personalidade e uma vontade próprias, mas isso não significa que tudo o que essa pessoa pense ou faça seja igualmente respeitável. Aqui, a vivência democrática exige que se seja capaz de distinguir entre pessoas e ideias, distinção que não é compreendida por demasiados ocidentais, quanto mais por muçulmanos...

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Oh Caturo,estava agora a ver a bola.Sabes me dizer a que etnia pertence o Lucho Gonzalez?

28 de novembro de 2007 às 20:52:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O POMBAL JÀ ESTÀ A FRENTE DO MACHADO NA LISTA DO SIS(ver dn de 26 de novembro)????

28 de novembro de 2007 às 22:01:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Caturo, que me dizes disto? http://dn.sapo.pt/2007/11/26/opiniao/um_escritor_de_livre_mesmo_para_crit.html

Conta-me coisas, rapazola!

28 de novembro de 2007 às 22:29:00 WET  
Blogger Caturo said...

Um bom artigo. Esperemos que «faça escola»...

29 de novembro de 2007 às 12:13:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Caturo, o gajo chama-te rapazola e tu nem reages?
Estranho!

29 de novembro de 2007 às 16:19:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Caturo, o gajo chama-te rapazola e tu nem reages?"

Hoje é 5º feira, por isso só amanhã

29 de novembro de 2007 às 22:38:00 WET  

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