DESTRUIÇÃO CRISTÃ DO PATRIMÓNIO TRADICIONAL PAGÃO NIGERIANO OU PAU QUE NASCE TORTO TARDE OU NUNCA SE ENDIREITA
Ou «onde é que já ouvi isto?»
Ou «uma vez cristão, sempre cristão.»
Na Nigéria, os missionários cristãos incitam os indígenas recém-convertidos ao Cristianismo a destruírem os ídolos pagãos... Desde 2005 que se destruíram neste país mais de cem santuários da religião étnica desta gente.
Aos missionários não basta ordenar aos seus conversos que rejeitem os antigos Deuses, agora equiparados a demónios - exigem ainda que os símbolos e vestígios rituais destas Deidades sejam integralmente destruídos.
Mil e seiscentos anos depois de andarem em Roma a destruir os objectos religiosos pagãos - nomeadamente as estátuas - andam agora a fazer exactamente o mesmo, na medida das suas possibilidades, junto dos povos ainda pagãos.
Pode chamar-se a isto intolerância religiosa, que o é de facto; e chama-se-lhe também aniquilação cultural, lavagem cerebral antropológica, globalização em versão beata - aliás, o Cristianismo foi a primeira globalização totalitária do planeta.
A variedade de cristãos que está a promover esta acção culturalmente destruidora é a da Igreja Pentecostal; quanto aos católicos e anglicanos, até foram tolerando certas práticas, incorporando-as por vezes na liturgia cristã local - mas quando os indígenas se tornaram cristãos, deixou de haver espaço na sua religiosidade para os seus antigos Deuses.
No norte do país, os muçulmanos fazem exactamente o mesmo, como sempre fizeram.
Entretanto, os negociadores, os traficantes e os ladrões de arte vão aproveitando a situação para transaccionar peças de carácter religioso local, saqueando-as por vezes nos santuários.
Ou «uma vez cristão, sempre cristão.»
Na Nigéria, os missionários cristãos incitam os indígenas recém-convertidos ao Cristianismo a destruírem os ídolos pagãos... Desde 2005 que se destruíram neste país mais de cem santuários da religião étnica desta gente.
Aos missionários não basta ordenar aos seus conversos que rejeitem os antigos Deuses, agora equiparados a demónios - exigem ainda que os símbolos e vestígios rituais destas Deidades sejam integralmente destruídos.
Mil e seiscentos anos depois de andarem em Roma a destruir os objectos religiosos pagãos - nomeadamente as estátuas - andam agora a fazer exactamente o mesmo, na medida das suas possibilidades, junto dos povos ainda pagãos.
Pode chamar-se a isto intolerância religiosa, que o é de facto; e chama-se-lhe também aniquilação cultural, lavagem cerebral antropológica, globalização em versão beata - aliás, o Cristianismo foi a primeira globalização totalitária do planeta.
A variedade de cristãos que está a promover esta acção culturalmente destruidora é a da Igreja Pentecostal; quanto aos católicos e anglicanos, até foram tolerando certas práticas, incorporando-as por vezes na liturgia cristã local - mas quando os indígenas se tornaram cristãos, deixou de haver espaço na sua religiosidade para os seus antigos Deuses.
No norte do país, os muçulmanos fazem exactamente o mesmo, como sempre fizeram.
Entretanto, os negociadores, os traficantes e os ladrões de arte vão aproveitando a situação para transaccionar peças de carácter religioso local, saqueando-as por vezes nos santuários.
27 Comments:
Iguaizinhos aos talibã, quando destruiram as estátuas mienárias...
Sem tirar... nem por!!!
Como não se vê bem, repito:
Iguaizinhos aos talibã, quando destruiram as estátuas milenárias...
Sem tirar nem por!!!
Caro Caturo,aqui estou,de regresso,após umas revigorantes férias no distrito de Viseu,mais exactamente em Penedono.De volta ao barulho e á "salada" multi-nacional,mas paciência...Nem sempre as coisas são como sonhamos.Espero que esteja tudo bem.A propósito deste tema,hoje trago uma abordagem diferente,de natureza literária.Retirei,do 50º e último capítulo do "Kalevala",uma epopeia dos antigos Finlandeses,(que não são Indo-Europeus como nós,mas cuja história e cultura admiro particularmente).Então,é assim:vou brindá-lo com um trecho que se aplica na perfeição com o assunto que propôs:"The old man quickly christened and briskly baptized the child king of Karelia guardian of all power.At that Vainamoinen was angry-he was angry and ashamed and he stepped away towards the shore of the sea and there he started singing-sang for the last time-sang a copper boat a coppery covered craft and he sits down in the stern he cast off on the clear main and he uttered as he went declared as he departed:´Just let the time pass one day go,another come and again I´ll be needed looked for and longed for to fix a new Sampo,to make a new music convey a new moon set free a new sun when there´s no moon,no daylight and no earthly joy.`
***
Then the old Vainamoinen goes full speed ahead in the copper boat in the coppery punt to where Mother Earth rises and heaven descends and there he stopped with his craft with his boat he paused;but he left the kantele behind the fine music for Finland for the folk eternal joy the great songs for his children.
***
Now I should shut up and bind my tongue fast make an end of tale-singing and have done with striking up."
Nota:Kantele é uma espécie de harpa tradicional da Finlândia.
Conhece este livro?Posso assegurar que foi uma das obras de mitologia que mais me marcaram.Infelizmente,não existe edição na nossa língua.
A beleza e força muito próprias deste épico influenciaram o criador de "O Senhor dos Anéis",J.R.R.Tolkien.Descubra esta obra,é inesquecível.
Já que estou com a mão na massa,queria aproveitar para referir que as influências que Tolkien teve para compor não só "O Senhor...",mas os outros trabalhos relacionados "O Silmarillion","Contos Inacabados de Númenor e da Terra Média",bem como,talvez,"O Hobbit",foram a "Edda" Islandesa e o "Beowulf",assim como o "Kalevala",presente em diversos aspectos,para mencionar só um exemplo:a língua Élfica.Muitos Finlandeses,quando assistiram ao filme,disseram que os Elfos falavam puro Finlandês...
O próprio Gandalf assemelha-se muito a Vainamoinen nos seus traços fundamentais,e não só físicos.A história de Turin,do "Silmarillion" foi inspirada,em parte,na tragédia do jovem herói Kullervo,e mais aspectos,ainda.O amor à Mãe Natureza e o respeito pelas entidades que povoam os espaços naturais é outro traço comum a ambas as epopeias.As descrições da Natureza e do ambiente rural estão também,presentes.E que dizer de Louhi,a Dama do Norte,uma espécie de Sauron feminino?
Ainda estudante,Tolkien decidiu aprender Finlandês para abarcar o "Kalevala" na sua dimensão original.
O.K.,é tudo,por agora.
Saudações Europeias
Excelentes contribuições, caro treasureseeker... e gostei de ver essa atitude de resistência e promessa de Vainamoinen.
Uns Europeus não arianos perfeitamente aceitáveis, o povo Suomi...
Saudações Gentias Europeias
Excelentes contribuições. Se não for pedir muito, gostaria que o Caturo e o Tesouro-não-sei-das-quantas publicassem uns trechos do último livro da Marion Zimmer Bradley ou do Harry Potter, e se possível que incluíssem os seus doutos ensinamentos no programa político do PNR. Eu e o povo português ficaríamos gratos e sem dúvida mais esclarecidos. Precisamos de literatura infanto-juvenil como do pão para a boca. Talvez mais, até. Menos Paul Samuelson e mais Dungeons&Dragons!
Silvério rola um dado de 20.
Excelentes contribuições. Se não for pedir muito, gostaria que o Caturo e o Tesouro-não-sei-das-quantas publicassem uns trechos do último livro da Marion Zimmer Bradley ou do Harry Potter, e se possível que incluíssem os seus doutos ensinamentos no programa político do PNR
Quem pretende meter no mesmo saco livros infanto-juvenis e obras literárias épicas que fundamentam e condensam a memória étnica de povos inteiros, já mostra, só por isso, que a sua opinião não tem valor que se veja.
Mostra também que não entende a verdadeira essência do Nacionalismo.
Ou talvez preferisse que, em vez de se falar da literatura infanto-juvenil finlandesa, se falasse da literatura infanto-juvenil hebraica, condensada na Bíblia... também pode ser esse o caso...
Não foi minha intenção,caro anónimo,fazer qualquer tipo de propaganda política ao publicar estes ensaios,sómente com isto realçar a enorme riqueza cultural e literária da Europa,que eu,por acaso,gosto e sinto orgulho em amar e cultivar.Nem sei quem é Paul Samuelson,nem acho que o Harry Potter seja mau objecto de entretenimento,apenas isso.Também não vejo qual o mal de gostar de literatura épica,pode sempre haver alguma lição do passado para a vida presente e futura.Agora,se alguém quiser pegar nisso,já não é problema meu.
Cumprimentos.
Ali-Larijani DeathBringer: Attacks Silvério.
Ali-Larijani DeathBringer: Eat Steel, scum!
Ali-Larijani DeathBringer: Casts Melf's Acid Arrow.
Silvério: Takes 21 Damage.
Silvério: Death.
Também não vejo qual o mal de gostar de literatura épica,
Pois tem muito mal, treasureseeker. Se você é adulto e gosta disso, mostra que não é uma pessoa madura e séria. Tem é de se concentrar no que diz um economista, porque a política a sério já se sabe que tem de ser economicista, como Marx dizia, é assim mesmo. Economicismo é que é bom, é por isso que estamos no Nacionalismo, é mesmo por sermos economicistas.
Portanto tem de se concentrar na Economia quando pensa a sério; e, nos seus tempos livres, trate mas é de ler a Bola e de discutir a merda do futebol até à exaustão, porque isso de mitos étnicos é coisa para putos, passar horas e horas a ver vinte e dois marmanjos de calções a correr atrás duma bola é que é coisa de adulto maduro e realista.
Já agora, treasureseeker, note que nunca a Ilíada, a Odisseia ou a Eneida tiveram qualquer espécie de relevância para entender o cerne da cultura ocidental.
Aliás, nunca na vida se estudou qualquer dessas obras em universidade alguma, e nunca uma das figuras fundadoras da Filosofia ocidental, Platão, se referiu à Ilíada. É tudo mentira.
Entretanto, o economista Paul Samuelson é que tem o segredo para a salvação de Portugal, e do Ocidente, e o resto são brincadeiras.
Primo: A evolução da ciência e da cultura gregas só pôde realizar-se tendo sido atingido o equilíbrio dos diversos factores económicos e sociais interiores. Secundo: O ditado "Sapateiro, não passes do teu chinelo" aplicasse-te na perfeição quando pretendes comparar a filosofia a mitologia.
"Money makes the world go round
The world go round
The world go round
Money makes the world go round
It makes the world go round
Money,money,money,money,money,money,money..."
Maynard Keynes(Economista e "Músico")
Uma coisa é certa: Até agora não conheci ninguém que vivesse do ar.
E alguém duvida que a Economia não faz parte da grande teia de relações humanas?
Primo: A evolução da ciência e da cultura gregas só pôde realizar-se tendo sido atingido o equilíbrio dos diversos factores económicos e sociais interiores
Tio: nunca os Gregos colocaram a Economia a dirigir a sociedade; e nunca a sua sociedade se regeu mais por critérios económicos do que propriamente políticos.
O predomínio da mentalidade economicista só surge com o advento da burguesia na Idade Moderna.
O ditado "Sapateiro, não passes do teu chinelo" aplicasse-te na perfeição quando pretendes comparar a filosofia a mitologia
O ditado «Quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão» parece ter sido feito a pensar em ti, porque quem não sabe que a Ilíada é uma das bases da educação da Grécia clássica, e que Platão discutiu seriamente, na sua maior obra - «A República» - o ensino das obras de Homero na sua cidade ideal, e que os mitos fundam sempre a visão do mundo das sociedades tradicionais (a helénica inclusivamente), quem não sabe nada disto, não tem qualquer preparação intelectual e cultural para discutir nada que tenha a ver com a Grécia antiga.
Uma coisa é certa: Até agora não conheci ninguém que vivesse do ar.
E eu não conheci ninguém que fosse genuinamente capaz de vender a mãe em troca de um bucho cheio.
E alguém duvida que a Economia não faz parte da grande teia de relações humanas?
Numa sociedade normal, nunca a Economia dirige a sociedade. Nunca. Isto é uma das bases de toda a extrema-direita, desde o Nacionalismo até ao Fascismo. Mussolini, por exemplo, afirmava-o categoricamente. E não consta que se morresse à fome na Itália fascista ou na Alemanha NS.
É capaz de não vir a propósito, mas era só para relembrar que Tolkien conseguiu escrever o que escreveu, apesar de ser... católico.
Quanto aos cristãos terem espaço espiritual apenas para um Deus (embora com três pessoas), é tão indiscutível como as batatas nascerem arredondadas e não quadradas (enquanto alguém não se lembrar de as manipular geneticamente para assim acontecer).
A Grécia antiga apenas tinha uma economia incipiente,no período Clássico,e realmente,não foi esse o motor civilizacional da sua sociedade.Era,julgo eu,um complemento,mas não a matriz da sociedade Grega.
No meu entender,não é positivo assentar-se o projecto social apenas na Economia:ela existe,o.k.,mas o mais importante é o Homem.Se se vão sacrificar valores e conceitos humanistas em prol da fortuna e glória monetárias,isso já não será positivo.Caturo,eu vejo assim esta questão.A sociedade moderna está a assistir ao surgimento de uma nova espécie: o "Homo Oeconomicus".
É capaz de não vir a propósito, mas era só para relembrar que Tolkien conseguiu escrever o que escreveu, apesar de ser... católico
Pois, mas a sua obra é de puro entretenimento, não de fundamento de crenças e de referências espirituais.
Quanto aos cristãos terem espaço espiritual apenas para um Deus (embora com três pessoas), é tão indiscutível
Claro que é indiscutível - e é por isso que não tem cabimento dizer que «o Catolicismo acabou por integrar harmoniosamente o Paganismo» como alguns pretendem, para dourar a pílula.
A Grécia antiga apenas tinha uma economia incipiente,no período Clássico,e realmente,não foi esse o motor civilizacional da sua sociedade.Era,julgo eu,um complemento,mas não a matriz da sociedade Grega
Evidentemente. Quem sabe alguma coisa sobre a Grécia antiga percebe isso.
Numa sociedade tradicional e normal, é a Economia que serve o Homem e nunca o contrário. A Economia está sempre subordinada à Política.
"Quanto aos cristãos terem espaço espiritual apenas para um Deus (embora com três pessoas), é tão indiscutível
Claro que é indiscutível - e é por isso que não tem cabimento dizer que «o Catolicismo acabou por integrar harmoniosamente o Paganismo» como alguns pretendem, para dourar a pílula."
Será que o Paganismo Ocidental era assim tão politeísta e não-integrável numa doutrina religiosa monoteísta, ainda para mais carregada de "deuses menores" (os santos)? Sabe-se que os Druídas consideravam todos os deuses como uma única face do mesmo espírito. A partir daí compreende-se muita coisa sem ter de se recorrer a teorias mirabolantes.
Será que o Paganismo Ocidental era assim tão politeísta e não-integrável numa doutrina religiosa monoteísta, ainda para mais carregada de "deuses menores" (os santos)?
Sem dúvida que não é integrável, ou então não tinha sido perseguido a ferro e fogo, por todo o continente, com proibições e ameaças de morte a rodos. Porque o cerne do politeísmo é o Cultus Deorum, ou culto dos Deuses, e esse é interdito pelas autoridades cristãs.
Subalternizar estes Deuses, transformando-os em «santos», é uma blasfémia contra Eles e é um insulto contra a tradição étnica europeia.
E, note-se, é uma aldrabice pegada, porque depois dessa transformação, a Igreja sabe muito bem demarcar-se do politeísmo, fazendo questão de afirmar que «o culto dos santos não é politeísmo, mas sim pedir aos santos para intercederem junto de Deus».
Já agora, afastarem a mãe de uma criança e darem a essa criança uma madrasta, isso é «preservar o essencial da maternidade»?
Não creio.
Sabe-se que os Druídas consideravam todos os deuses como uma única face do mesmo espírito
Sabe-se, não, pensa-se. Não há certezas sobre isso. O que é certo é que tinham uma prática politeísta de culto a várias Divindades, que não eram os santos; e o alegado Divino unitário que supostamente adoravam, não era seguramente o mesmo que o dos cristãos e não tinha nada a ver nem com Jesus nem com a Bíblia.
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