«CHAMEM ALÁ A DEUS PARA OS MUÇULMANOS SE ENTENDEREM BEM COM VOCÊS»...

Na Holanda, o bispo de Breda, Tiny Muskens, declarou recentemente que os cristãos do seu país deviam começar a chamar «Alá» a Deus, como forma de se aproximarem dos muçulmanos.

Muskens vale-se da sua experiência na Indonésia, argumentando que aí as igrejas cristãs já chamam Alá a Deus, sucedendo o mesmo, genericamente, em todo o mundo árabe, visto que, em Árabe, «Alá» significa simplesmente «Deus», e, de resto, as teologias cristã e islâmica são unânimes em afirmar que o Deus dos cristãos é o mesmo que o dos muçulmanos.

Diz este bispo que a Holanda há-de um dia seguir o exemplo da Indonésia, nem que leve cem anos, e, assim, as igrejas cristãs holandesas usarão um dia o nome «Alá» para se referirem ao seu Deus cristão, o que irá promover uma aproximação entre as duas religiões.

Já não é a primeira vez que Muskens diz isto; e, há uns anos atrás, até sugeriu que se abolisse um feriado nacional cristão para o substituir por um feriado muçulmano.

No passado, este mesmo clérigo afirmou que o Islão não tinha futuro devido ao seu carácter violento.
Afirmou entretanto, mais recentemente, que os pobres tinham o direito de roubar pão para comer e que o Vaticano devia apoiar o uso de contraceptivos em vez de os proibir, isto como forma de travar o SIDA.


Claro que um sacerdote que manda bocas (assaz lugar-comuns, diga-se) como as duas últimas referidas (a do preservativo e a do direito ao furto), tem garantidos os coraçõezinhos da cambada me(r)diática que controla a comunicação sucial...

E, pelo meio, a ideia de vergar os cordeiros de Cristo perante os sequazes de Mafoma até parece lindíssima, surge em jeito de brinde gracioso, ideal para «contrabalançar» a horrível «guerra ao terror» desse malandro do Bush, e também para contrariar essa bizarria do «choque de civilizações», coisa que, como se sabe, nunca existiu, visto que nunca os muçulmanos atacaram e oprimiram o norte de África, o Império Romano do Oriente, as Balcãs, a Península Ibérica, a Índia, nunca fizeram nada disso, os Ocidentais e os Judeus é que têm sido uns canalhas ao atacarem Jerusalém (previamente ocupada à força pelos muçulmanos, mas essa parte não interessa referir...) e ao porem na Palestina o Estado de Israel, como se os Judeus tivessem direito a retornar à terra dos seus ancestrais, até fazem lembrar os bandidos dos Gótico-Hispano-Romanos que a partir das Astúrias reconquistaram a Ibéria, que tinha pertencido aos seus ancestrais Gótico-Hispano-Romanos...

Enfim - este bispo, saliento, bispo (não é um diácono, um sacristão, sequer um padreco de província, mas um bispo) faz de facto jus ao seu credo, que manda aproximar-se fraternalmente do inimigo, se necessário dando a outra face...

E, ao mesmo tempo, parece que há aqui uma admissão implícita, da parte do bispo, de que os muçulmanos só ficam contentes quando a outra parte se verga de algum modo perante os seus costumes...