CELEBRAÇÃO PAGÃ DA ARMÉNIA RECRUDESCE EM VIGOR
Fartos do calor abrasador que nos últimos tempos tem vindo a fustigar a Arménia, os Arménios dedicaram-se recentemente à celebração da Vardavar, festejo em que se atira água para cima das pessoas e que tem uma origem religiosa.
O Vardavar realiza-se no terceiro domingo de Julho (este ano, calhou a 15) e constitui de facto uma festa de adoração da Natureza. O seu nome deriva da palavra «vard» que em Arménio significa «rosa».
Este festival iniciou-se na época pagã, quando o Povo prestava culto a Astghik, Deusa do Amor e da Beleza. Esta adoração era tão forte que nem o Cristianismo a destruiu (a cristianização oficializou-se no ano 301), antes a tentou adaptar, tal como fez com outros rituais pagãos.
Assim, a Vardavar foi incluída no calendário da Igreja da Arménia com o nome de «festa da Transfiguração», grande celebração cristã que tem lugar catorze semanas após a Páscoa.
Diz o mito que a Deusa Astghik dissemina o amor em toda a terra da Arménia ao aspergi-la com água de rosas.
Devido à sua origem pagã, este ritual costuma ser praticado junto ao único templo pagão da Arménia que sobreviveu aos tempos, sito em Garni, local onde é talvez mais fácil e intenso o culto à(s) antiga(s) Divindade(s). (clique neste link para ler outro artigo referente ao tema)
São as crianças quem mais se envolve na actividade, divertindo-se à grande ao atirarem baldes água para cima de toda a gente, mas alguns adultos entram também na festa - e a ninguém é admitido sentir-se ofendido.
Etiquetas: Religião
8 Comments:
O certo é a Arménia estar repleta de belas mulheres!...
Sim, parece que a Arménia, e outras regiões do Cáucaso, tem mulheres de finas e refinadas feições.
Desta vez vou falar a sério.
Tenho andado a ler umas coisas (o saber não ocupa lugar) sobre o paganismo indo-europeu e começo a compreender (penso eu) o fascínio que a Índia e o hinduísmo exercem sobre o Caturo.
Fiquei com a ideia de que ele (e respectivos acólitos) gostava era de ver instituído um sistema de castas, qualquer coisa como o “Clero, Nobreza e Povo” do tempo da monarquia.
Estou certo ou estou errado?
Fiquei com a ideia de que ele (e respectivos acólitos) gostava era de ver instituído um sistema de castas, qualquer coisa como o “Clero, Nobreza e Povo” do tempo da monarquia
Eu não. Prefiro uma sociedade mais igualitária e flexível. E suspeito, sem certezas, que as mais arcaicas sociedades indo-europeias seriam menos hierarquizadas do que a da Índia - aparentemente, a forte estratificação indiana resultou da combinação entre a tradição indo-europeia (das três ordens funcionais, mas sem rígida hierarquização inferiorizante/superiorizante) e a sujeição dos Drávidas, povo não indo-europeu que, tendo sido batido pelos Arianos, terá ficado relegado aos níveis sociais mais baixos. Mas isto é apenas uma teoria.
viva o pcp
Não se esqueçam da falar da civilização Suméria,a mais antiga das civilizações.
"Abrindo os seus dois olhos(Rá,o deus Sol)lançou a luz sobre o Egipto,separou a noite do dia.Os deuses saíram da sua boca e a humanidade dos seus olhos.Todas as coisas nasceram dele,da criança que brilha no lótus e cujos raios fazem com que todos os seres vivam."
Cântico do Egipto ptolomaico
"Toda a prosperidade e adversidade vêm ao Homem e ás outras criaturas através do sete e do doze.Os doze signos do Zodíaco,como diz a religião,são os doze comandantes do lado da luz e os sete planetas diz-se que são os sete comandantes do lado das trevas.E os sete planetas oprimem toda a criação,entregando-a à morte e a todas as formas do mal.
Os doze signos do Zodíaco e os sete planetas governam o destino do mundo."
O último livro zoroastriano,Menok i Xrat
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