segunda-feira, julho 09, 2007

OS PORTUGUESES QUEREM PODER ESCOLHER - E AGORA, O QUE VAI A ELITEZINHA FAZER?...

Portugueses querem referendo sobre Tratado
É o que diz o estudo da Eurosondagem para a SIC, Expresso e RR

A esmagadora maioria dos portugueses é a favor da realização de um referendo sobre o Tratado constitucional europeu. É o que revela o estudo da Eurosondagem feito para a SIC, Expresso e Rádio Renascença.
O Governo português já disse que só tomará uma decisão sobre a eventual realização de uma consulta popular sobre o Tratado constitucional europeu quando tiver o texto. Uma posição contestada pela oposição que, ao que parece, não está sozinha.
O estudo da Eurosondagem é claro: a maioria esmagadora dos portugueses quer ter uma palavra a dizer sobre o Tratado.O Tratado vai ser uma das tarefas principais da presidência portuguesa da União Europeia que agora se inicia. Mas os portugueses estão confiantes na capacidade dos nossos políticos patrocinarem um acordo entre os Estrados-membros com vista ao futuro Tratado.
Aliás, as expectativas da maioria dos portugueses sobre o desempenho do nosso país na presidência da União Europeia são bastante positivas. E a maioria dos portugueses é da opinião de que o governo português não defraudará as expectativas.
Claro que, a par de tudo isto, existe a sensação de que o trabalho exigido a Portugal vai fazer com que o Governo fique mais distante da governação do país. É esse pelo menos o entendimento da maioria dos inquiridos da Eurosondagem.
Um dos conceitos de que muito se vai ouvir falar nos próximos meses é o da Flexissegurança. E, apesar da complexidade do conceito, a verdade é que a maioria dos portugueses sabe o que é.
E não só sabe o que é, como é peremptório em considerar que não existem condições em Portugal para ser aplicado o conceito da flexissegurança.
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Ficha Técnica
Estudo de Opinião efectuado pela Eurosondagem, S.A. para o Expresso, SIC e Rádio Renascença, de 28 de Junho a 03 de Julho de 2007.
Entrevistas telefónicas, realizadas por entrevistadores seleccionados e supervisionados, entre as 19 horas e as 22 horas.
O Universo é a população com 18 anos ou mais, residente em Portugal Continental e habitando em lares com telefone da rede fixa. A amostra foi estratificada por Região (Norte - 20,6%; A.M. do Porto - 13,0%; Centro - 30,2%; A.M. de Lisboa - 26,3%; Sul - 9,9%), num total de 1.021 entrevistas validadas.
Foram efectuadas 1.269 tentativas de entrevistas e, destas, 248 (19,5%) não aceitaram colaborar no Estudo de Opinião. Foram validadas 1.021 entrevistas, correspondendo a 80,5% das tentativas realizadas.
A escolha do lar foi aleatória nas listas telefónicas e o entrevistado, em cada agregado familiar, o elemento que fez anos há menos tempo.
Desta forma aleatória resultou, em termos de sexo, (Feminino - 52,0%; Masculino - 48,0%) e, no que concerne à faixa etária, (dos 18 aos 25 anos - 12,7%; dos 26 aos 35 - 19,8%; dos 36 aos 45 - 19,6%; dos 46 aos 59 - 22,5%; com 60 anos ou mais - 25,4%).
O erro máximo da Amostra é de 3,07%, para um grau de probabilidade de 95,0%. Um exemplar deste Estudo de Opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

O Responsável Técnico da Eurosondagem
Rui Oliveira Costa
Lisboa, 05 de Julho de 2007

16 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"O estudo da Eurosondagem é claro: a maioria esmagadora dos portugueses quer ter uma palavra a dizer sobre o Tratado."

A maioria esmagadora não diz é que só uma minoria esmagadora lê e entende, efectivamente, o texto da coisa para poder opinar com conhecimento de causa.

Somos os maiores a querer opiniar sobre o que desconhecemos. Ai, ai, esta nossa Alma Lusa Taxista! :)

E já que o Caturo pergunta o que vai a elitezinha agora fazer, eu deixo uma ideia: poderia, pelo menos para o disfarce, imprimir e distribuir pelo povo uma edição de bolso (preferencialmente em BD) da coisa, mais ou menos ao estilo do que já se usa para a estudantada passear Os Maias ou Os Lusíadas, mas sem as partes chatas. :):(

Com consideração.
Livia Drusilla

9 de julho de 2007 às 18:53:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Qual é a credibilidade de um estudo de opinião que tem como responsável um lagartão como o Rui Oliveira Costa. É do pior que há.

9 de julho de 2007 às 19:34:00 WEST  
Blogger Silvério said...

"Só nós é que temos inteligência para compreender alguma coisa, o nosso vizinho é sempre estúpido como uma porta", enfim...

Acho que esta questão se coloca em todas as eleições, não estou a ver o que é diferente no caso da constituição europeia.

10 de julho de 2007 às 09:02:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não a sabia tão anti-democrática, cara Lívia Drusilla...;)

Não lhe parece que o essencial pode ser exposto ao Povo e que o homem comum saberá decidir o que quer ou não para o seu futuro? Acha que uma opção de cariz ideológico é por exemplo mais difícil ou exige mais conhecimentos do que a bagagem necessária para fazer o dia-a-dia do pagamento da renda da casa, do selo do imposto automóvel, dos outros impostos todos, dos problemas bancários?


Atentamente,

C.

10 de julho de 2007 às 11:16:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

O Povo Português (que somos todos nós) tem o direito de decidir do Seu destino e do Destino do seu País, porque estão interligados um no outro) E o que decidir... está decidido!

Por isso não só sou a favor do Referendo sob o Tratado, como o exijo!

- Depois de me inteirar, do que trata o Tratado, voto a favor ou contra, mediante o meu conhecimento e entendimento sobre as coisas.

- Se não me "derem" as folhinhas para ler (eu não acredito nestes Políticos e o que eles dizem, entra-me por um ouvido e sai disparado pelo outro...) o mais provável é Votar mesmo:

Não!

Estou à espera do calhamaço e depressinha para ter tempo de o ler até ao Refrendo a que tenho direito.

Por Portugal e pelos Portugueses!

(SolAzul)

10 de julho de 2007 às 12:00:00 WEST  
Blogger Silvério said...

- Se não me "derem" as folhinhas para ler (eu não acredito nestes Políticos e o que eles dizem, entra-me por um ouvido e sai disparado pelo outro...) o mais provável é Votar mesmo:

Não!


Falaste bem Solazul, a UE é que quer vender o seu peixe, têm de ser eles a fazer prova da coisa, não os europeus a fazerem fé.

Todos queremos Europa, mas há que ver a Europa que se quer. Eu desconfio muito quando existe uma "chantagem" de querer empurrar o rebanho para um precipício usando os cães do mundo globalizado, dos blocos continentais e outras coisas mais. Os perigos podem ser reais, pode ser necessária uma Europa, mas não me parece que seja esta. Pelo menos não como se está a mostrar.

10 de julho de 2007 às 12:19:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Concordo com o que o Silvério diz.

Além disso não entendo porque receiam eles o Referendo.

Será que têm medo que os Portugueses votem Não! E, porquê?!

É só dar-nos os papelinhos e vamos todos votar Sim. Já que é tudo BOM para Portugal e para os Portuguses.

Quem esconde, esconde, esconde... é porque o que tem a mostrar, não são só rosas para emblezar o nosso jardim. Deve ter uns espinhitos à mistura.

Mas não existem rosas sem espinhos.

Nós portugueses, percebemos de flores! Ou acham-nos tão ignorantes, assim?!

- A não ser... que não sejam uns inofensivos espinhos e sim Grilhões! Duros! Duros de roer.

E a gente não gosta cá de ossos! Queremos carninha e fresca!

Que mudem o Tratado até a gente ficar satisfeitinhos e Nós votaremos...

SIM!

(mas que não nos tentem enganar porque não somos burros. Um pouquito ignorantes mas burros não!

Até!

10 de julho de 2007 às 12:31:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Não a sabia tão anti-democrática, cara Lívia Drusilla...;)"

Oh sim, Caturo, sou democrática p.b.. Mas também sou um pouco ditadora, passo por alguns momentos de totalitária e no outro dia tive um ataque de anarquia completa. :)

Mas já que nos dizem que vivemos na melhor democracia possível, sim, sou a favor do referendo. Só me chateia é saber que iremos ser todos usados e que no fim este referendo vai ser usado pelos usados para premiar ou amolar os fígados do Sr.Sousa & Cª.

Bem, em última instância poder-se-á dizer que até a ignorância ou o desvio de utilização do voto é sinónimo de democracia. Pois, por ora, que seja!

Cumprimentos
Livia Drusilla

10 de julho de 2007 às 13:14:00 WEST  
Blogger Vera said...

Hm..o grande problema, no meio disto tudo, é a falta de informação de muitos, a ignorância de outros tantos e o desinteresse generalizado de uma maioria, que se iria traduzir numa elevada abstenção.

Quantos aos espinhos, não estou muito informada sobre o tratado, mas também não podemos esperar que seja tudo ao nosso agrado...já imaginar o que não dizem os holandeses, por exemplo, que contribuem mais do que o que recebem para o orçamento comunitário? Bem, se estivéssemos no lugar deles, aí então teríamos vontade de meter umas bombinhas em Bruxelas, não?
Não digo que o Tratado seja perfeito, mas poderão haver coisas que não nos sejam 100% favoráveis, necessárias à integração política...não podemos esperar que um tratado agrade totalmente, em todos os pontos, a 27 países...isso seria fantasiar.

10 de julho de 2007 às 13:18:00 WEST  
Blogger Silvério said...

Vendo dessa perspectiva, se os holandeses estão contra, é possível que o tratado seja bom. :)

10 de julho de 2007 às 13:29:00 WEST  
Blogger Silvério said...

Só me chateia é saber que iremos ser todos usados e que no fim este referendo vai ser usado pelos usados para premiar ou amolar os fígados do Sr.Sousa & Cª.

Não vale a pena lutar, porque já está perdido à partida. Mais vale muito bem entregarmos o pescoço ao cepo.

10 de julho de 2007 às 13:35:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Não vale a pena lutar, porque já está perdido à partida. Mais vale muito bem entregarmos o pescoço ao cepo."

Mas qual quê!!!! Vale sempre a pena lutar pelos nossos direitos. Mesmo que sejam direitos tortos. Mas são nossos!

Meter o pescoço num cepo è espera de um machado afiado?! Não! Que recuo..... Temos é que acabar com os cepos e erguer os machados para eles nos verem bem! (será que ainda temos disso cá?!)


Referendo Já!

Palpita-me que eu vou pôr NÃO!
(não confio neles!!!!!!!!!!!)

10 de julho de 2007 às 14:03:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Temos é que acabar com os cepos e erguer os machados para eles nos verem bem! (será que ainda temos disso cá?!)»

Claro que sim

10 de julho de 2007 às 14:36:00 WEST  
Blogger Silvério said...

O meu está sempre erguido.

10 de julho de 2007 às 15:30:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Hm..o grande problema, no meio disto tudo, é a falta de informação de muitos, a ignorância de outros tantos e o desinteresse generalizado de uma maioria, que se iria traduzir numa elevada abstenção."

Este é o verdadeiro estado da nossa democracia, onde o objectivo máximo a alcançar na vida é a quinzena de férias em "Búzius". Tudo à nossa volta é aparência, vazio, tásse. Somos uma sociedade socialmente amorfa e com fracos níveis de cultura cívica.

Que venha o referendo, para eu aparentemente sentir ter voto democrático na matéria. Que venha a Europa, para eu aparentemente sentir fazer parte do "batalhão".

"Não vale a pena lutar, porque já está perdido à partida. Mais vale muito bem entregarmos o pescoço ao cepo."

A luta será sempre de referendo em referendo até ao referendo final! E o referendo final será aquele que convir aos dirigentes Europeus no momento.

"Não lhe parece que o essencial pode ser exposto ao Povo e que o homem comum saberá decidir o que quer ou não para o seu futuro?"

Mas, sim, claro! Eu, como mulher comum, gosto mesmo de decidir o quero para o meu futuro. Mas para isso é preciso que o essencial me seja devidamente exposto e que eu me interesse. Duas condições que andam, há muito, nuns níveis muito fraquitos.

Cumprimentos.
Livia Drusilla

10 de julho de 2007 às 15:30:00 WEST  
Blogger Caturo said...

A luta será sempre de referendo em referendo até ao referendo final! E o referendo final será aquele que convir aos dirigentes Europeus no momento.

Por isso é que temos de estar sempre atentos, e despertar outros, de modo a evitar o dilentatismo referendário da parte dos votantes...



"Não lhe parece que o essencial pode ser exposto ao Povo e que o homem comum saberá decidir o que quer ou não para o seu futuro?"

Mas, sim, claro! Eu, como mulher comum, gosto mesmo de decidir o quero para o meu futuro. Mas para isso é preciso que o essencial me seja devidamente exposto e que eu me interesse. Duas condições que andam, há muito, nuns níveis muito fraquitos.

Aí já está a pôr a responsabilidade sobre a elite governativa... agora já concordamos. :)

Cordiais Saudações

C.

10 de julho de 2007 às 18:14:00 WEST  

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