terça-feira, agosto 01, 2006

COMEÇA AGOSTO, MÊS DE CERES...



Ceres, Deusa do Crescimento, dos Grãos, da Fertilidade, da Agricultura...





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O nome «Agosto» deriva de «Augustus», «Excelente», cognome do primeiro imperador de Roma, Octávio César Augusto.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Caro Caturo, uma resposta que me faltava dar. Desculpe estar tão fora do tema.

“Não é verdade que estejamos ao mesmo nível de coerência que os nossos oponentes.” – Opinião perfeitamente coerente com a sua posição.

“... ao passo que as esquerdas são apenas contra uma globalização, a capitalista, embora digam que são contra a globalização em si e não deixem de se armar em defensores dos «povos oprimidos», quando aquilo que querem é eliminar a própria existência desses povos enquanto identidades autónomas.” – A esquerda, como qualquer direita-volver, só quer fazer impôr as suas estratégias geo-político-económicas e visões do mundo. Só eliminam povos quando esses povos não pactuam e se submetem à sua visão do mundo, tal como os nacionalistas o fizeram, ou quando por eles nutrem um qualquer ódio feroz, como os nacionalistas o farão se voltarem a ter essa ocasião (alguma dúvida sobre o que os seus camaradas nazis fariam aos Judeus em Israel?). Já o nacionalista e Primo Inter Pares Sr.Hitler tinha um quintal muito grande, não tinha? E parece que todo o arsenal bélico que usou para chegar à Polónia era só para limpar o quintal de formigas e poder fazer um piquenique sem bicharada!

“Claro que ambos os lados têm os seus argumentos - mas cabe a quem é de fora julgar por si mesmo, e escolher um dos lados, em vez de dizer que «somos todos iguais» só porque «os extremismos vão todos dar ao mesmo». Espero, francamente, coisa melhor, quando falo consigo.” – Caturo, o mundo não é de “ambos os lados”. O mundo tem muitos mais lados, graças à imaginação humana. E também eu espero mais de mim, do que limitar-me a julgar e a escolher um destes 2 lados. Em todo o caso, limitando-se a opção entre 2 extremas, que escolha pode ser racionalmente feita? Por norma é a própria experiência de vida que se encarrega de fazer a escolha. Quando finalmente a razão entra em campo, a escolha já está naturalmente feita, e tudo o que racionalizamos é à luz da opção emocionalmente tomada.

“Creio entretanto que não entendeu o conceito de «resistência sem líder» - não se trata de formar grupelhos, cada qual com o seu líder e ideias próprias, mas sim de que cada militante faça o que tem a fazer, como se fosse um exército de um só homem, sem estar à espera de ordens ou de líderes iluminados. E entre os seus deveres, pode estar, e está decerto, a necessidade de se aliar a outros da sua ideologia, consciente de que só os grupos coesos e extensos é que podem ser ouvidos em larga escala, por toda a população. E, aí, tornam-se necessários os «líderes» - mas estes «líderes» mais não serão do que administradores, primus inter pares, ou primeiros entre iguais, úteis no seu devido lugar enquanto servirem para dinamizar o Movimento e disseminar a Causa.” – Penso ter entendido esse seu conceito. Nem me parece novo, sequer. Mas, grupelhos já existem; Líderes, cada qual com a “sua”, já existem; Militantes, a fazer e dizer o que lhes apetece, também já existem. Eu referia-me à forma de os fazer todos remar na cadência certa, tendo para isso, na minha opinião, de ser através de líderes capazes. O Caturo ou tem muita fé nos seu pares em condição humana, ou acredita mesmo no poder milagroso dos seus Deuses. Nenhum movimento, a uma escala nacional ou internacional, forte e coeso se limita a seguir coerente e pacificamente um bando de “funcionários públicos”. Primus Inter Pares resulta à força de muito poder, controlo, influência e dinheiro. O ideal de militância e sociedade que o Caturo descreve lembra-me, sem ofensa :), os primórdios do cristianismo. Tudo muito puro, muito singelo, muito pouco favorável às grandes acumulações de riqueza. E, depois, também surgiu uma ígnea cruz.

A título de pequeno exemplo, pergunto-lhe: sem líder e sem resistência, com o coração aberto, sem ódios e interesses, quem vai aliar-se a quem nesta pequenininha questão de posicionamento entre aliados dos Judeus e dos Países Islâmicos. Dir-me-á que a suástica chegará para unir estes corações?

”É, ao fim ao cabo, uma democracia, aquilo de que falo - todo o líder tem de ser reconhecido pelo Povo e só existe enquanto cumprir a vontade do Povo.” – Pois, mas primeiro a vontade do Povo tem de ir ao encontro do que preconizam os nacionalistas. Certo? E como acha que isso ocorrerá? O Povo um dia acorda inteligente e puro e endovélico e a cantar hossanas pagãs a todos os seus catétara avós ancestrais, enquanto se rebola à volta de castanheiros? Para além de que dificilmente algumas das teorias que defendem os nacionalistas poderão ser compatíveis com um regime democrático. A não ser que se continue a linha das pseudo-democracias, em que democracia pode ser qualquer coisa.

Cumprimentos.
Livia Drusilla

1 de agosto de 2006 às 16:56:00 WEST  

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