terça-feira, abril 04, 2006

VIRIATO EM SELO ESPANHOL


O espírito de Viriato paira sobre a Lusitânia...


Filatelia - Série emitida pelos correios do país vizinho

Viriato lusitano em selo espanhol

Em Portugal, Viseu reivindica o local de nascimento do herói lusitano, tendo--lhe erigido uma estátua.

Viriato, chefe militar lusitano que combateu o invasor romano, faz parte da História da Península Ibérica. Figura disputada por portugueses e espanhóis, surge agora num selo – no valor de 20 cêntimos – integrado numa série dedicada à ‘História de España’ lançada pelos correios do país vizinho.
Ao longo dos séculos, a origem do pastor nos altos montes da Lusitânia, actual Serra da Estrela, tem levantado as maiores dúvidas e não são poucos os portugueses e os espanhóis que reclamam para o seu país a nacionalidade de Viriato (c.190 a.C.–139 a.C.). No entanto, a História é uma e este herói ibérico pertence aos dois países.
“É evidente que Portugal e Espanha têm o mesmo direito. Viriato é um herói hispânico”, disse ao CM o historiador José Hermano Saraiva.
“A sua acção desenvolve-se tanto em território actualmente português como em território actualmente espanhol, mas ele é uma figura anterior à definição das várias nações penínsulares”, referiu ainda, acrescentando: “Na época de Viriato não havia dois países. A separação de Portugal e os reinos de Espanha deu--se no século XII e ele pertenceu ao século I.”
Na opinião de João Aguiar, autor do livro sobre o herói lusitano ‘A Voz dos Deuses’, tudo não passa de uma “confusão de palavras” e uma “questão literária sem grandes razões históricas”.
Viriato nasceu numa província hispânica à qual os romanos chamaram Lusitânia e cuja delimitação exacta continua a ser polémica.
“A Hispânia antiga não corresponde ao actual Estado espanhol. De igual modo, temos o hábito de associar Portugal à Lusitânia mas este território também fazia parte do que hoje é Espanha”, acentuou João Aguiar para quem Viriato é um “legado dos dois países” e “uma herança partilhada”.
“Não há certezas quanto ao local exacto onde terá nascido o herói lusitano, mas os espanhóis têm tanto direito a Viriato como os portugueses. Portugal diz que ele nasceu pelos lados da Serra da Estrela e Viseu reivindica este facto. Mas sobre isso não há certezas”, acrescentou.
Comentando o selo dedicado a Viriato, João Aguiar só tem pena de que os portugueses não se tenham lembrado de o emitir, muito antes de os espanhóis...
Viriato foi o chefe dos lusitanos que resistiram à invasão romana na Península Ibérica. Traído por dinheiro, foi morto enquanto dormia
.



Fazem eles bem, os Castelhanos. Ao menos, que haja alguém a exaltar os heróis da Hispânia Ancestral.

Mas não foram os primeiros a ter essa ideia:
Em 1926, a Comissão Central 1.º de Dezembro de 1640 ( actual SHIP - Sociedade Histórica da Independência de Portugal ) propôs a emissão de selos onde se reproduzissem os vultos e factos mais notáveis da Fundação, Consolidação e Restauração da Independência.
A proposta foi aprovada e iniciaram-se as emissões de selos comemorativos da Independência de Portugal.
No primeiro selo destas emissões figurou naturalmente D. Afonso Henriques, o Conquistador, fundador de Portugal, com uma bela reprodução da famosa estátua em Guimarães do mestre escultor Soares dos Reis. A primeira emissão prolongou-se com D. João I e Mosteiro da Batalha, D. Filipa de Vilhena armando seus Filhos, D. João IV, Monumento dos Restauradores de Portugal e concluiu-se com a Batalha de Aljubarrota.
A segunda emissão contou com Gonçalo Mendes da Maia, Castelo de Guimarães, João das Regras, Batalha do Montijo, Padeira de Aljubarrota e finalizou-se com João Pinto Ribeiro.
Na terceira emissão, que viria a ser última, honrou-se Gualdim Paes, Batalha dos Atoleiros, Joana de Gouveia, Conquista de Santarém, Batalha da Roliça e fechou com Matias de Albuquerque.
A quarta série já estava aprovada e nela figurariam Viriato, Castelo de Almourol com D. Pedro Peres Correia, D. Leonor de Menezes, Castelo de Leiria, D. António Prior do Crato e concluiría-se com Marquês de Castelo Melhor.
Infelizmente um decreto de 25 de Novembro de 1929 determinou que terminassem as emissões comemorativas, levando em consideração a desorganização dos serviços postais, as confusões e prejuízos para o público, acabando por impedir o lançamento de um selo português com Viriato que sairia no valor de dois centavos, setenta e sete anos antes do espanhol.

(Mensagem recolhida no Fórum Nacional).

Já agora... se Viriato era realmente lusitano... então pertence mais a Portugal do que a Espanha, já que os limites orientais da Lusitânia dos Lusitanos (e não da província romana da Lusitânia, que essa ia além além de Mérida) coincidiam relativamente com os de Portugal. Mas enfim, não deixa de ser uma iniciativa meritória, a dos Castelhanos.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Então mas Hispânicos somos todos(Portugueses e Espanhois).
Não é à toa que eles escolheram o nome de Espanha para o pais deles.
Pois sempre pensaram que mais dia menos dia Portugal iria fazer parte do reino de Espanha.
Agora não queiramos dar de bandeja um héroi Nacional como Viriato.
Apesar de alguns maus Portugueses tentarem dizer que o mesmo foi um mito e que os Lusitanos nunca existiram. Que somos mas é galáicos e "arabes"(apesar de os arabes só invadirem a Península muitos séculos depois).
Para esses existe uma boa frase.

MORTE AOS TRAIDORES.

Celta 88

6 de abril de 2006 às 13:33:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Apesar de alguns maus Portugueses tentarem dizer que o mesmo foi um mito e que os Lusitanos nunca existiram. Que somos mas é galáicos e "arabes"(apesar de os arabes só invadirem a Península muitos séculos depois).
Para esses existe uma boa frase."

O palhaço, tudo o que o Suevo e os outros gajos disseram é baseado em factos históricos.
É preciso ser-se mesmo lunático para continuares a dizer esses disaparates. Refugia-te então la na tua realidade alternativa e sê feliz com as mentiras em que acreditas.

10 de abril de 2006 às 17:00:00 WEST  

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