DOIS ANOS DE FÓRUM NACIONAL
Por falta de tempo, não pude noticiar a comemoração do segundo aniversário do Fórum Nacional, realizada no dia vinte e dois do corrente mês.
Mas mais vale tarde do que nunca (e nem é assim tão tarde como isso, enfim...).
Podem ler-se mais pormenores aqui.
Tal como disse quando me coube a oportunidade de discursar, foi para mim uma grande honra ter sido convidado para dizer umas palavras em tal evento. Fiquei também satisfeito por constatar a presença de tantos camaradas a participar na celebração da existência do Fórum Nacional, o qual é, quanto a mim, o segundo maior projecto nacionalista neste momento (a seguir ao PNR, evidentemente, não se compara um fórum de internet com um partido político) em termos de dimensão, dado que constitui um ponto de encontro de nacionalistas de todas as tendências, que ali podem discutir ideias, debater novas abordagens aos problemas que afectam a Nação com mais gravidade, informar-se sobre assuntos de importância crucial para o combate nacionalista, anunciar e combinar encontros e acções políticas, e, genericamente, conviver, reforçando assim os laços de camaradagem. Como diz o Povo, da discussão nasce a luz e um fórum é potencialmente mais vivificante do que qualquer site, dado que, numa página ou blogue (sem caixa de comentários), o autor, por mais brilhante que seja, nunca pode saber o real efeito que as suas palavras têm sobre os seus leitores, os quais, por sua vez, não podem contra-argumentar ou sequer tirar dúvidas sobre o que lêem. Já Platão, um dos fundadores da Filosofia ocidental, apresentava quase todos os seus trabalhos em forma de diálogo...
É realmente isto que mais atemoriza os inimigos do Nacionalismo - a vida cultural do movimento. Todo e qualquer combate político começa pela guerra de ideias e o Fórum Nacional constitui precisamente um bastião e um difusor do pensamento nacionalista aplicado a todas as actividades da existência humana. Com efeito, as suas secções cobrem toda a vivência actual, desde o quotidiano mais imediato até às questões mais puramente filosóficas - notícias, opiniões, política e sociedade, identidade e raça, História, cultura e património, Filosofia e Religião, desporto, música, arte e espectáculos.
É preciso ter em mente que o Nacionalismo é, antes de ser uma ideologia, uma mentalidade - um modo de ver o mundo, uma mundivisão. Opõe-se completa e simetricamente ao internacionalismo, o qual controla hoje a política e a comunicação social. É este o verdadeiro motivo pelo qual o Nacionalismo é proibido - porque os seus inimigos de princípio estão no poder e não toleram que possa haver todo um modo diferente de ver a realidade, como que um universo paralelo com leis próprias e, pànico dos pânicos, coerente. Meia dúzia ou três centenas de skinheads, ou três milhares, a bater em negros pelas ruas fora, não metiam tanto medo aos internacionalistas como a constatação de que é de facto possível defender e promover todo um modo alternativo de ver a realidade, com lógica. Os internacionalistas, educados na convicção de que o «bem» é a abolição de fronteiras de todos os tipos e que o mal é a discriminação, não podem compreender que exista uma ética que se lhes opõe visceralmente, ponto por ponto. Costuma dizer-se que se proibe o «nazismo» e o «racismo» por causa dos alegados crimes de há sessenta anos. No entanto, também os comunistas cometeram crimes, em maior escala até, e, no entanto, não são proibidos em país algum - por uma razão muito simples: porque o comunismo é um internacionalismo.
E aqui está a utilidade do Fórum Nacional - furar o bloqueio informativo, o boicote imposto pelo sistema, o silenciamento, mais ou menos subtil, do modo de pensar nacionalista. É por isso que muita gente anda incomodada com a internet: porque a internet constitui alternativa, cada vez mais forte e presente, à comunicação social, maciçamente controlada por internacionalistas de várias tendências, todos de acordo tácito em calar a voz do Nacionalismo. E, de facto, o movimento nacionalista conheceu uma prodigiosa expansão por meio da rede computadorística, não apenas em Portugal mas no resto do mundo.
Tudo isto sucede porque, como se pode facilmente compreender pelo que acima está exposto, o Nacionalismo é hoje a única resistência à globalização.
O poder dos globalizadores é de tal modo presente e actuante, que conseguiram impor, através de uma maciça campanha me(r)diática, a ideia de que a discriminação era um horror - o moderno substituto do pecado medieval, ou seja, a maldade máxima, que causa mácula no indivíduo só de ser pensada...
Para o Nacionalismo, pelo contrário, a discriminação é boa - é, mais do que um direito, um dever. Não discriminar, tratar todos por igual, isso sim, é caminho para a monstruosidade da diluição das lealdades e das identidades, aberração última.
Quando se pensa em globalização, é comum falar-se de imediato no capitalismo, nas multinacionais, na América, no Bush, etc.. Pois de facto, o capitalismo internacional é uma globalização - mas não é de modo algum a única.
De facto, o esquerdismo é e sempre foi uma globalização. Não é por acaso que até já o BE fala em «alter-globalização» (globalização alternativa). O ideário esquerdista em geral sempre preconizou a abolição de fronteiras de todos os tipos (inclusivamente as que existem em virtude dos laços familiares).
Mas, como se sabe, a globalização não começou apenas com estas duas correntes - de facto, poder-se-á dizer que a primeira grande globalização ideológica (no sentido igualitário) foi o Cristianismo (alguns, poderiam ainda falar no Império Romano, mas o carácter internacionalista do mesmo é muito discutível). Uns séculos depois, surgiu o outro grande projecto globalizador do mundo actual - o Islão.
Os globalizadores tentaram sempre aniquilar as resistências, fosse de que maneira fosse, pela palavra ou pela espada. O globalizador está firmemente convencido de que:
- possui a verdade única;
- as pessoas são todas iguais;
donde se segue que,
a verdade que é boa para eles, globalizadores, também é boa para os outros, mesmo que estes outros não saibam disso ou pura e simplesmente com ela não concordem.
É assim que começam as guerras totalitárias. E tem interesse que comemoremos a existência de um orgão de resistência precisamente na proximidade do Primeiro de Maio, dado que esta data foi brutalmente reprimida pela Cristandade, dado que se trata de uma celebração pagã que envolvia todo o povo em sessões de grande libertinagem sexual. Uma vez que, desde os alvores da Idade Média, o poder cristão se baseava sobretudo nos centros urbanos e influenciava sobretudo as classes mais elevadas (porque mais próximas do centro de poder político-cultural), as populações rurais mais afastadas das cidades eram as que mais resistiam à cristianização e menos influência recebiam da onda cristianizante. E, assim, uma das suas principais celebrações ficou associada ao trabalho do povo, do trabalhador rural. O Primeiro de Maio é pois uma festa da fertilidade, a celebração da chegada da Primavera, das forças da luz e da vida. Em Roma, honrava-se Maia, Deusa da Fertilidade, que, como o próprio nome indica, nomeou Maio; no mundo céltico, realizava-se a festa do Beltaine («Fogo Brilhante»), que, na Irlanda (nação céltica cuja tradição mitológica é mais bem conhecida do que as outras do mesmo ramo indo-europeu), era a comemoração da chegada dos Tuatha de Danann, uma raça luminosa, divina, que, retornando à Irlanda (donde os seus antepassados, os Filhos de Nemed, tinham sido expulsos), entra em confronto com os Fomor, raça de gente feia e monstruosa, acabando por vencê-la e por expulsá-la. É de notar que, a princípio, foi estabelecida uma aliança entre ambas as estirpes – mas, com o tempo, as incompatibilidades vieram ao de cima e o Povo de Dana acabou por bater os Fomor, pondo-os fora da Ilha Esmeralda.
2 Comments:
Excelente análise, mas claro que tinhas de ir parar ao cristianismo, ehehheh ;)
Um abraço
Obrigado, caro camarada.
Quanto ao Cristianismo... mas se foi o Amigo que me pediu para dizer qualquer coisa sobre o Primeiro de Maio e até me forneceu um link sobre as perseguições feitas pela Igreja...;)
Braço ao Alto
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