segunda-feira, dezembro 12, 2005

GALEUSCAT

27 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Arrr mas tu insistes nesses teus sonhos.
"reunindo assim o que nunca deveria ter sido separado..."
A Galiza nunca se separou de Portugal, apenas se separou da parte Sul da Galiza que é o norte de Portugal.
Galiza não tem nada a ver com Algarvios, não desejes essa triste anexação, coitados dos Galegos. Os racialistas Galegos até te davam um tiro.
E não me venham dizer que os Algarvios sao iguais ao resto de Portugal, que por essa ordem de ideias então a Peninsula Iberica ficava toda junta.

12 de dezembro de 2005 às 14:44:00 WET  
Blogger Caturo said...

A Galiza tem tudo a ver com os Algarvios, não só devido a uma comum ancestralidade céltica, mas também romana e também visigótica (não esquecer que os Visigodos bateram os Suevos e se apoderaram de toda a Ibéria); depois, a maior parte dos Algarvios descende das gentes do norte que desceram durante a Reconquista. A língua que falam é o Português, não é o Castelhano. É por isso que a Ibéria não pode ficar toda junta.

Já basta de confundir regionalismos com nacionalismos.

Cada vez que me falam no vosso bairrismo nortenho, lembro-me sempre das palavras de um certo psicólogo-sexólogo ou lá o que é, Machado Vaz, que contou o seguinte: o seu filho, que, tal como o pai, é do Porto, tinha ido visitar a Catalunha. Em Barcelona, meteu conversa com um taxista que tinha pendurado no retrovisor um símbolo da Catalunha. Disse:
- Nós, portuenses, lá na nossa terra, também somos muito regionalistas...

Ao que o taxista respondeu, com desdém:
- Pois, mas eu não sou regionalista. Sou nacionalista.

12 de dezembro de 2005 às 15:18:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Os algarvios são descendentes de moçárabes de ascendência lusitana, ao paso que os nortenhos são descendentes dos antigos habitantes da Galécia aprende-se isso no primeiro ano de Antropologia.
Aliás, isso de os nortenhos terem conquistado o Algarve, que me perdoem os meus conterâneos, mas é uma aldrabice: quem conquistou tudo, ou praticamente tudo, a sul do Tejo, foram cruzados importados da Europa Central, sem que os locias tivessem grande interferência no que ia sucedendo. Leiam José Mattoso, que é uma autoridade nesta matéria.
Quanto ao blogger, sempre queria saber que formação académica tem, se é que a tem...

12 de dezembro de 2005 às 19:25:00 WET  
Blogger Caturo said...

A mensagem de mdlp foi apagada por engano, mas reposta na medida do possível.

12 de dezembro de 2005 às 19:25:00 WET  
Blogger Caturo said...

Os algarvios são descendentes de moçárabes de ascendência lusitana, ao paso que os nortenhos são descendentes dos antigos habitantes da Galécia

Já foi explicada em que consiste essa ancestralidade. Já agora, não havia nenhuma diferença importante entre Lusitanos e Galaicos, pelo contrário, eram em tudo similares, como Estrabão observou.




aprende-se isso no primeiro ano de Antropologia.

É pena que não se aprenda o resto, acima exposto. Ou então aprende-se mas é no segundo ano, ao qual nem toda a gente chega, pelos vistos.




Aliás, isso de os nortenhos terem conquistado o Algarve, que me perdoem os meus conterâneos, mas é uma aldrabice: quem conquistou tudo, ou praticamente tudo, a sul do Tejo, foram cruzados importados da Europa Central, sem que os locias tivessem grande interferência no que ia sucedendo. Leiam José Mattoso, que é uma autoridade nesta matéria.

Ou muito me engano, ou é precisamente na obra de José Mattoso que está expressa a ideia de que a maior parte dos reconquistadores do Algarve eram portugueses do norte. Aliás, a genética comprova-o em estudo recente.



Quanto ao blogger, sempre queria saber que formação académica

A suficiente para desfazer mal entendidos de quem se fica pelo primeiro ano de Antropologia.

12 de dezembro de 2005 às 19:26:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Os algarvios são descendentes de moçárabes de ascendência lusitana, ao passo que os nortenhos são descendentes dos antigos habitantes da Galécia"

«Já foi explicada em que consiste essa ancestralidade.»

Diga-me onde, e por lá o verificarei.

«Já agora, não havia nenhuma diferença importante entre Lusitanos e Galaicos»

Alguma diferença teriam, e não seria pequena, ou não se tinham constituído em dois povos diferentes.

«Estrabão observou»

Estrabão observava o que lhe agradava observar, gostava de fazer a sua península natal um sítio mais importante do que de facto era, não tinha grande rigor no que escrevia - iso diz-lho qualquer historiador a sério, não um blogger obscuro com umas luzes sobre o assunto.

"aprende-se isso no primeiro ano de Antropologia."

«É pena que não se aprenda o resto, acima exposto.»

Como se viu, até se aprende. Isso, e a ver quando alguém está a mentir com descaro ou usar uma fonte que é reputadamente pouco credível, com ares de intelectualóide de trazer por casa.

«Ou então aprende-se mas é no segundo ano, ao qual nem toda a gente chega, pelos vistos.»

Está a falar das suas vivências pessoais, com as quais nada tenho a ver, e que nada contribuem para a discussão presente (antes a desviam do seu propósito, como muito lhe agradaria).
De resto, não pense que isso me fará ter pena de si.

"Aliás, isso de os nortenhos terem conquistado o Algarve, que me perdoem os meus conterâneos, mas é uma aldrabice: quem conquistou tudo, ou praticamente tudo, a sul do Tejo, foram cruzados importados da Europa Central, sem que os locias tivessem grande interferência no que ia sucedendo. Leiam José Mattoso, que é uma autoridade nesta matéria."

«Ou muito me engano, ou é precisamente na obra de José Mattoso que está expressa a ideia de que a maior parte dos reconquistadores do Algarve eram portugueses do norte.»

Muito se engana, o que é natural e recorrente nos habilidosos sem preparo académico.

«Aliás, a genética comprova-o em estudo recente»

Aponte o estudo.

"Quanto ao blogger, sempre queria saber que formação académica"

«A suficiente para desfazer mal entendidos de quem se fica pelo primeiro ano de Antropologia»

Talvez: mas para quem como eu tem a licenciatura feita, falta-lhe o engenho e a arte.
Já agora, uma coisa lhe digo: isso de achar que a capacidade dialéctica é directamente proporcional à instrução, só não é ridículo porque é grotesco.
Mas vindo de quem vem desculpa-se...

12 de dezembro de 2005 às 19:47:00 WET  
Blogger Caturo said...

"Os algarvios são descendentes de moçárabes de ascendência lusitana, ao passo que os nortenhos são descendentes dos antigos habitantes da Galécia"

«Já foi explicada em que consiste essa ancestralidade.»

Diga-me onde, e por lá o verificarei.

Informe-se sobre a semelhança entre Lusitanos e Galaicos e sobre os Celtici do Alentejo e de parte do Algarve.




«Já agora, não havia nenhuma diferença importante entre Lusitanos e Galaicos»

Alguma diferença teriam,

Eu não disse que não havia - disse que não era importante, ao ponto de um importante filólogo como Jürgen Untermann ter afirmado que em todo o noroeste hispânico da margem sul do Tejo até ao extremo norte da Galiza, haver um só idioma com vários dialectos.
De resto, já Estrabão afirmava que Lusitanos e Galaicos eram irmãos.




«Estrabão observou»

Estrabão observava o que lhe agradava observar,

Estrabão é uma das poucas fontes escritas, e das melhores, sobre o mundo antigo. Portanto, tem mesmo de se cingir ao que lhe agradava e não ao que lhe agrada a si.




gostava de fazer a sua península natal

Mas qual península natal, se ele nasceu longe da Ibéria?
Começa mal...
Além do mais, o que é que observar a semelhança de Lusitanos e Galaicos tem a ver com dar importância seja a que terra for?...



um sítio mais importante do que de facto era, não tinha grande rigor no que escrevia - iso diz-lho qualquer historiador a sério,

O qual não diria de certeza que Estrabão estava a querer exaltar a sua península natal que afinal era outra.




não um blogger obscuro com umas luzes

Que, pelos vistos, sabe mais do que quem o critica, que navega na escuridão.



"aprende-se isso no primeiro ano de Antropologia."

«É pena que não se aprenda o resto, acima exposto.»

Como se viu, até se aprende.

Como se viu, não se compreende.



Isso, e a ver quando alguém está a mentir com descaro ou usar uma fonte que é reputadamente pouco credível,

Só não ensina é a saber o mínimo do assunto para poder discutir, e também não ensina a evitar ser facilmente rebatido devido à sua própria ignorância, por mais ares doutorais que assuma (e quantos mais ares assume, pior).




«Ou então aprende-se mas é no segundo ano, ao qual nem toda a gente chega, pelos vistos.»

Está a falar das suas vivências pessoais,

Não, estou a calcular as suas, a avaliar pelo que escreve.
E não em engano muito.



com as quais nada tenho a ver, e que nada contribuem para a discussão presente

Talvez devesse ter pensado nisso quando perguntou que grau académico é que eu tinha, se é que tinha algum. Mas agora é tarde para se armar em objectivo.



De resto, não pense que isso me fará ter pena de si.

Isso sei eu - o que você tem não é pena, é mais uma dor a meio do braço.




"Aliás, isso de os nortenhos terem conquistado o Algarve, que me perdoem os meus conterâneos, mas é uma aldrabice: quem conquistou tudo, ou praticamente tudo, a sul do Tejo, foram cruzados importados da Europa Central, sem que os locias tivessem grande interferência no que ia sucedendo. Leiam José Mattoso, que é uma autoridade nesta matéria."

«Ou muito me engano, ou é precisamente na obra de José Mattoso que está expressa a ideia de que a maior parte dos reconquistadores do Algarve eram portugueses do norte.»

Muito se engana,

Você é que muito se engana - e muito quer enganar os outros.


«Aliás, a genética comprova-o em estudo recente»

Aponte o estudo.

Não o tenho de momento. Mas é no mínimo estranho que um suposto estudante de Antropologia não tenha ouvido falar de um estudo que comprovava a proximidade entre todos os Portugueses.

Entretanto, há outro estudo que demonstra a proximidade genética entre o norte e o sul de Portugal:
http://kanobeleg.com.sapo.pt/Gonzalez2003.pdf



"Quanto ao blogger, sempre queria saber que formação académica"

«A suficiente para desfazer mal entendidos de quem se fica pelo primeiro ano de Antropologia»

Talvez: mas para quem como eu tem a licenciatura feita,

O que não abona nada a favor do sistema educacional actual.

E, de facto, não me enganei muito quando lhe atribui o primeiro ano da universidade...



falta-lhe o engenho

Falta-lhe o engenho para entender sequer o que é engenho.



Já agora, uma coisa lhe digo: isso de achar que a capacidade dialéctica é directamente proporcional à instrução,

Isso deve ter sido um problema seu, o qual, pelos vistos, ainda não corrigiu, daí que se estique ao comprido a tecer comentários perfeitamente saloios sobre as motivações de Estrabão, típicos de quem quer evidenciar uma erudição que nunca teve. E se não aprendeu que de um erro se trata, talvez mais esta achega que aqui recebeu o ajude a pensar melhor no caso.

12 de dezembro de 2005 às 20:18:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

«Já foi explicada em que consiste essa ancestralidade.»

"Diga-me onde, e por lá o verificarei."

«Informe-se sobre a semelhança entre Lusitanos e Galaicos e sobre os Celtici do Alentejo e de parte do Algarve.»

"Informo-me"? Então você não tem uma fonte que me possa apontar? «Instrui-te», diz o ignorante quando vê que sobre o assunto que discute não tem conhecimentos que cheguem.

«Já agora, não havia nenhuma diferença importante entre Lusitanos e Galaicos»

"Alguma diferença teriam"

«Eu não disse que não havia»

Já recua.

«disse que não era importante»

O que é importante ou não é muito discutível. No que toca aos povos, então, nem você imagna a volatilidade do conceito.

«ao ponto de um importante filólogo como Jürgen Untermann ter afirmado que em todo o noroeste hispânico da margem sul do Tejo até ao extremo norte da Galiza, haver um só idioma com vários dialectos.»

Dá-me um autor: dar-lhe-ia dúzias de outros dizendo que o romance da Galécia é totalmente diferente do romance da Lusitânia, e nem precisava disso, bastava que verificasse as diferenças de sotaque entre Norte e Sul, derivante de diferenças linguísticas mal resolvidas.

«De resto, já Estrabão afirmava que Lusitanos e Galaicos eram irmãos.»

De Estrabão já se disse o que havia a dizer.

12 de dezembro de 2005 às 22:03:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

«Estrabão observou»

"Estrabão observava o que lhe agradava observar",

«Estrabão é uma das poucas fontes escritas, e das melhores, sobre o mundo antigo.»

Óptimo: então entre uma profusão de mediocridades você escolhe a mediocridade menor e dá-se por servido. Nunca lhe explicaram o que era hermemêutica, ou você está a ser desonesto? Ou ignorante?

«Portanto, tem mesmo de se cingir ao que lhe agradava e não ao que lhe agrada a si.»

A mim, tanto se me dá. Não estou a falar com base no que me é agradável, ao contrário de uns e outros que até gostavam de pertencer a um povo ao qual nunca pertenceram, mas enfim, azares da vida...

"gostava de fazer a sua península natal"

«Mas qual península natal, se ele nasceu longe da Ibéria?»

Reconheço o erro, mas isso não muda nada: Estrabão, de acordo com os historiadores actuais, era um aldrabão que romanceava muito mais do que historiografava.
Terá de cingir-se àquilo que os historiadores a sério dizem, e não áquilo que lhe agrada a si.

«Além do mais, o que é que observar a semelhança de Lusitanos e Galaicos tem a ver com dar importância seja a que terra for?...»

Dava aideia de uma grande continuidade etno-cultural ao longo da Hispânia: ajudava ao enredo romanesco...

"não tinha grande rigor no que escrevia - iso diz-lho qualquer historiador a sério",

«O qual não diria de certeza que Estrabão estava a querer exaltar a sua península natal que afinal era outra.»

Não duvido.

"aprende-se isso no primeiro ano de Antropologia."

«É pena que não se aprenda o resto, acima exposto.»

"Como se viu, até se aprende."

«Como se viu, não se compreende.»

Até se compreende...

«Ou então aprende-se mas é no segundo ano, ao qual nem toda a gente chega, pelos vistos.»

"Está a falar das suas vivências pessoais"

«Não, estou a calcular as suas»

Mal

«a avaliar pelo que escreve.»

Então não queira que eu avalie as suas pela mesma bitola.

«E não em engano muito.»

Está a entender porquê?

12 de dezembro de 2005 às 22:16:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Já foi explicada em que consiste essa ancestralidade.»

"Diga-me onde, e por lá o verificarei."

«Informe-se sobre a semelhança entre Lusitanos e Galaicos e sobre os Celtici do Alentejo e de parte do Algarve.»

"Informo-me"?

Sim. Faz-se com uma coisa composta de folhas chamada «livro». Não é demonstrada com duas palavras.
E, apesar disso, até lhe dei boas pistas a seguir. Vejamos se as aproveitou (duvido).




«Instrui-te», diz o ignorante quando vê que sobre o assunto que discute

Descaramento ridículo o seu. Vem aqui largar postas de pescada sem prova alguma e quer que o levem a sério.



«Já agora, não havia nenhuma diferença importante entre Lusitanos e Galaicos»

"Alguma diferença teriam"

«Eu não disse que não havia»

Já recua.

Volta a mostrar que não sabe interpretar o que lê.
E, como não tem argumentos, tenta lançar fogo de artifício como se estivesse a provar alguma coisa além da sua desonesta imbecilidade.




«disse que não era importante»

O que é importante ou não é muito discutível. No que toca aos povos, então, nem você imagna

Não é uma questão de imaginação, é uma questão de conhecimento. Se um povo fala uma língua similar, se não a mesma, vive de modo similar, adora alguns dos mesmos Deuses, que não são adorados em mais lado nenhum da Ibéria a não ser na área do noroeste, se os que os observaram repararam na sua semelhança, então não há volatilidade nem relativismo da treta que lhe valha, por mais erudito que se queira mostrar.



«ao ponto de um importante filólogo como Jürgen Untermann ter afirmado que em todo o noroeste hispânico da margem sul do Tejo até ao extremo norte da Galiza, haver um só idioma com vários dialectos.»

Dá-me um autor

Uma das maiores autoridades existentes sobre línguas paleo-hispânicas. E que, por acaso, nem é contestado no essencial pelos outros investigadores.



dar-lhe-ia dúzias de outros dizendo que o romance da Galécia é totalmente diferente do romance

Mais ignorância. Eu não falei do romance, falei das línguas indígenas anteriores e contemporâneas da imposição do Latim, línguas essas que atestam a comum raiz de ambos os povos.



da Lusitânia, e nem precisava disso,

De resto, a referência ao Romance torna-se inútil porque todo o território português foi unificado linguisticamente, a ponto de não haver em Portugal mais de um idioma (ou talvez dois, se se considerar que o Mirandês é um dialecto leonês e não uma variante do Galaico-Português).




bastava que verificasse as diferenças de sotaque entre Norte e Sul,

Diferenças de sotaque há em todas as nações, genericamente falando. Até entre o Minho e Trás-os-Montes tem diferença de sotaque. Até entre o Porto e Braga há diferenças de sotaque, mesmo que sejam ambos Galaicos (ah, mas os Bracarenses são Brácaros e os Portuenses são Gróvios ou outra coisa similar... já só falta esse «argumento»).



«De resto, já Estrabão afirmava que Lusitanos e Galaicos eram irmãos.»

De Estrabão já se disse o que havia a dizer.

Mas «disse-se» com diferentes níveis de qualidade, note-se... como bem se demonstrou.

12 de dezembro de 2005 às 22:17:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"De resto, não pense que isso me fará ter pena de si."

«Isso sei eu - o que você tem não é pena, é mais uma dor a meio do braço.»

Explique lá porquê.

"Aliás, isso de os nortenhos terem conquistado o Algarve, que me perdoem os meus conterâneos, mas é uma aldrabice: quem conquistou tudo, ou praticamente tudo, a sul do Tejo, foram cruzados importados da Europa Central, sem que os locias tivessem grande interferência no que ia sucedendo. Leiam José Mattoso, que é uma autoridade nesta matéria."

«Ou muito me engano, ou é precisamente na obra de José Mattoso que está expressa a ideia de que a maior parte dos reconquistadores do Algarve eram portugueses do norte.»

"Muito se engana",

«Você é que muito se engana - e muito quer enganar os outros.»

Você é que muito se engana, muito queria enganar os outros, muito se queria enganar a si próprio, mas não é bem-sucedido em nenhum destes pontos.

12 de dezembro de 2005 às 22:21:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

«Aliás, a genética comprova-o em estudo recente»

"Aponte o estudo."

«Não o tenho de momento. Mas é no mínimo estranho que um suposto estudante de Antropologia não tenha ouvido falar de um estudo que comprovava a proximidade entre todos os Portugueses.»

É estranho, não é? Muito mais estranho seria se, imagine, um homem que quer provar a todo o custo que toda a costa ocidental da Ibéria tem a mesma raíz etno-cultural o tivesse visto e lhe não soubesse apontar nem o nome nem o autor. Se estivessemos em presença disso, toda a suaargumentação federia a aldrabice...

«Entretanto, há outro estudo que demonstra a proximidade genética entre o norte e o sul de Portugal:
http://kanobeleg.com.sapo.pt/Gonzalez2003.pdf»

Vou vê-lo e avaliá-lo. Depois falamos.

"Quanto ao blogger, sempre queria saber que formação académica"

«A suficiente para desfazer mal entendidos de quem se fica pelo primeiro ano de Antropologia»

"Talvez: mas para quem como eu tem a licenciatura feita"

«O que não abona nada a favor do sistema educacional actual.»

Pronto: sabe a dor que sentiu agora que viu que eu tenho licenciatura e você não? ISSO é que é dor de cotovelo.
Está esclarecido?

12 de dezembro de 2005 às 22:28:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Estrabão observou»

"Estrabão observava o que lhe agradava observar",

«Estrabão é uma das poucas fontes escritas, e das melhores, sobre o mundo antigo.»

Óptimo: então entre uma profusão de mediocridades

Isso não passa de ignorância mas com um saborzinho a snob, embora saloio. Mas qual mediocridade, qual é o seu termo de comparação, Estrabão é das melhores senão mesmo a melhor e mais extensa fonte sobre os Lusitanos. E muito do que diz é bem mais importante, em termos étnicos, do que você supõe.



Nunca lhe explicaram o que era hermemêutica,

Tenha mas é juízo e deixe-se de armar ao pingarelho. Até você já deve ter percebido que esse ar afectado de quem manda para o ar com coisas que não têm nada a ver, aqui, não pega.



«Portanto, tem mesmo de se cingir ao que lhe agradava e não ao que lhe agrada a si.»

A mim, tanto se me dá.

Olha, já recua (agora sim, está a ver a diferença?).



Não estou a falar com base no que me é agradável, ao contrário de uns e outros que até gostavam de pertencer a um povo

Ao contrário desses, há quem queira demonstrar que ninguém pertence a povo nenhum, porque, metendo-se os pés pelas mãos e baralhando as cartas, chega-se à conclusão de que «somos todos uma grande misturada...».

É truque rasca que já não pega. Topa-se à distância. Escusa por isso de estar armado em «imparcial», que quanto mais imparcial se declara, mais desonestidade esconde. Olhe, até se aprende em História (e provavelmente em Antropologia também) que ninguém é imparcial.




"gostava de fazer a sua península natal"

«Mas qual península natal, se ele nasceu longe da Ibéria?»

Reconheço o erro,

Pois bem. Está por demonstrar onde é que os erros supostamente apontados por si mudam seja o que for no que tenho dito.

E o pior, para si, é que nem demonstrou que de erros se tratassem.



mas isso não muda nada: Estrabão, de acordo com os historiadores actuais, era um aldrabão

Não há absolutamente nenhum indício de que tivesse aldrabado a respeito da Lusitânia - antes pelo contrário. As informações que fornece são fascinantemente intrigantes, embora desagradáveis na medida em que, por escassez, deixam o intérprete em suspenso.



Terá de cingir-se àquilo que os historiadores a sério dizem,

Que confirmam tudo o que diz Estrabão, mesmo que isso não lhe agrade (o que, como deve calcular, muito preocupa os historiadores).



«Além do mais, o que é que observar a semelhança de Lusitanos e Galaicos tem a ver com dar importância seja a que terra for?...»

Dava aideia de uma grande continuidade etno-cultural ao longo da Hispânia: ajudava ao enredo romanesco...

Ele não fala de continuidade etno-cultural nenhuma.
Se diz isso é porque nem sequer leu a Geografia III.
Estrabão diferencia bem os povos da montanha (norte, ocidente, centro da Ibéria) relativamente aos outros, meridionais, mais próximos do Mediterrâneo em termos civilizacionais.






«Ou então aprende-se mas é no segundo ano, ao qual nem toda a gente chega, pelos vistos.»

"Está a falar das suas vivências pessoais"

«Não, estou a calcular as suas»

Mal

Nada mal...

12 de dezembro de 2005 às 22:31:00 WET  
Blogger Caturo said...

"De resto, não pense que isso me fará ter pena de si."

«Isso sei eu - o que você tem não é pena, é mais uma dor a meio do braço.»

Explique lá porquê.

Porque vai falando e falhando, sendo rebatido nas suas pretensões.

É só por isso, não é por mais nada. Não fique a pensar que há aqui segundas intenções.




"Aliás, isso de os nortenhos terem conquistado o Algarve, que me perdoem os meus conterâneos, mas é uma aldrabice: quem conquistou tudo, ou praticamente tudo, a sul do Tejo, foram cruzados importados da Europa Central, sem que os locias tivessem grande interferência no que ia sucedendo. Leiam José Mattoso, que é uma autoridade nesta matéria."

«Ou muito me engano, ou é precisamente na obra de José Mattoso que está expressa a ideia de que a maior parte dos reconquistadores do Algarve eram portugueses do norte.»

"Muito se engana",

«Você é que muito se engana - e muito quer enganar os outros.»

Você é que muito se engana, muito queria enganar os outros, muito se queria enganar a si próprio,

Você é que muito se engana, muito queria enganar os outros, mas já não engana ninguém.

12 de dezembro de 2005 às 22:34:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Aliás, a genética comprova-o em estudo recente»

"Aponte o estudo."

«Não o tenho de momento. Mas é no mínimo estranho que um suposto estudante de Antropologia não tenha ouvido falar de um estudo que comprovava a proximidade entre todos os Portugueses.»

É estranho, não é?

De facto, é mesmo estranho que não tenha ouvido falar num estudo que até foi divulgado na comunicação social e que nos classificava a todos, Portugueses, como «primos».



Muito mais estranho seria se, imagine, um homem que quer provar a todo o custo que toda a costa ocidental da Ibéria tem a mesma raíz etno-cultural

Agarre em qualquer mapa pré-romano e veja os povos que habitavam nesta faixa - todos célticos, incluindo, em certa medida, os Lusitanos, embora a etnicidade dos Lusitanos seja por vezes considerada como proto-céltica ou mesmo pré-céltica, mas seguramente indo-europeia. Depois, num cantito, há os Cónios, eventualmente indo-europeus, e, no litoral, os Túrdulos, dos quais poucos vestígios ficaram e que acabaram absorvidos por Romanos e Lusitanos.

Não é à toa que Leite de Vasconcellos declara que a etnicidade portuguesa é luso-romana.




«Entretanto, há outro estudo que demonstra a proximidade genética entre o norte e o sul de Portugal:
http://kanobeleg.com.sapo.pt/Gonzalez2003.pdf»

Vou vê-lo e avaliá-lo. Depois falamos.

Ui, que autoridade...
Já agora, veja lá se o autor do estudo nasceu mesmo na Ibéria ou se afinal veio ao mundo na Turquia.




"Quanto ao blogger, sempre queria saber que formação académica"

«A suficiente para desfazer mal entendidos de quem se fica pelo primeiro ano de Antropologia»

"Talvez: mas para quem como eu tem a licenciatura feita"

«O que não abona nada a favor do sistema educacional actual.»

Pronto: sabe a dor que sentiu agora que viu que eu tenho licenciatura e você não?

Pueril criatura, tristonho fedelho... mas você acha que eu ia estar aqui a comparar licenciaturas completamente a despropósito?...

Cresça e apareça, criatura.

12 de dezembro de 2005 às 22:41:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

«Já foi explicada em que consiste essa ancestralidade.»

"Diga-me onde, e por lá o verificarei."

«Informe-se sobre a semelhança entre Lusitanos e Galaicos e sobre os Celtici do Alentejo e de parte do Algarve.»

"Informo-me"?

«Sim. Faz-se com uma coisa composta de folhas chamada «livro». Não é demonstrada com duas palavras.»

Nem com as duas palavras, ou três, ou poucas mais, da fonte onde leu essa baboseira?
A sua incapacidade de memorizar as fontes onde vê as coisas que apregoa chega a ter qualquer coisa de patológico... Tome cápsulas de fósforo, homem, que esse miolo está fraco.

"«Instrui-te», diz o ignorante quando vê que sobre o assunto que discute"

«Descaramento ridículo o seu. Vem aqui largar postas de pescada sem prova alguma»

Quanto a largar postas de pescada sem prova alguma, descanse: é campeonato em que está a ganhar por muitos pontos.

«Já agora, não havia nenhuma diferença importante entre Lusitanos e Galaicos»

"Alguma diferença teriam"

«Eu não disse que não havia»

"Já recua."

«Volta a mostrar que não sabe interpretar o que lê.»

Escrever que «[Galaicos e Lusitanos] eram em tudo similares» é significativo.
E além de significativo, de fácil compreensão.

«E, como não tem argumentos, tenta lançar fogo de artifício como se estivesse a provar alguma coisa além da sua desonesta imbecilidade.»

Isto escrito, em desespero de causa, por uma pessoa que não consegue explicar como é que sendo as diferenças entre lusitanos e galaicos residuais se reuniram estes em dois povos distintos (não é por ter truncado este argumento qu ele desapareceu), só não é ridículo porque é grotesco.

13 de dezembro de 2005 às 10:34:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

«disse que não era importante»

O que é importante ou não é muito discutível. No que toca aos povos, então, nem você imagina

«Não é uma questão de imaginação, é uma questão de conhecimento.»

Uma coisa decorre da outra.

«Se um povo fala uma língua similar, se não a mesma»

Essa diferença faz toda a diferença: ou se fala a mesma língua, e se é do mesmo povo, ou se fala outra língua, e é-se dum povo diferente.

«vive de modo similar»

Explique o que é "viver de modo similar": será viver em vida, de igual modo? Será ser criança na infância e velho na velhice?
Isso é muito nebuloso.

«adora alguns dos mesmos Deuses»

Outra coisa que faz brutal diferença, adorar alguns deuses ou os mesmos: aliás, podem até orar ao mesmo Deus e, por lhe darem nome diferente, são desde logo povos diferentes (caso dos fenícios e dos hebreus).

«que não são adorados em mais lado nenhum da Ibéria a não ser na área do noroeste, se os que os observaram repararam na sua semelhança, então não há volatilidade nem relativismo da treta que lhe valha»

A não ser que a pessoa que nisso reparou seja um mentiroso reputado, como é o caso de Estrabão

«por mais erudito que se queira mostrar.»

Eu não me quero mostrar erudito, estou a apontar o erro grosseiro que constitui o seu argumento de que Lusitanos e Galaicos eram a mesma coisa, e que o povo português de hoje tem todo a mesma ancestralidade étnica.

"dar-lhe-ia dúzias de outros dizendo que o romance da Galécia é totalmente diferente do romance"

«Mais ignorância. Eu não falei do romance, falei das línguas indígenas anteriores e contemporâneas da imposição do Latim»

Regista-se.

«línguas essas que atestam a comum raiz de ambos os povos.»

Comum raiz? Que comum raiz?
Argumentos desesperados já ouvi muitos, mas esse bate recordes!
Home, comum raiz tem você com uma petinga, posto que a vida nasceu nos mares: quererá porventura dizer-me que uma petinga e um lusitano são a mesma coisa???

"da Lusitânia, e nem precisava disso"

«De resto, a referência ao Romance torna-se inútil porque todo o território português foi unificado linguisticamente, a ponto de não haver em Portugal mais de um idioma»

Isso é que fugir para diante, da Lusitânia para Portugal, uma porrada de séculos!

«(ou talvez dois, se se considerar que o Mirandês é um dialecto leonês e não uma variante do Galaico-Português).»

Ou talvez mais, se formos ver que no século XII um trasmontano não se conseguia entender com um lisboeta, mesmo moçarabe, nem a tiros de caçadeira, tal era a diferença linguística.
Sabe onde se descobrem estas coisas? Em coisinhas com folhas chamadas «livros».
Mas é preciso abri-los, porque livros cerrados nunca fizeram letrados.

13 de dezembro de 2005 às 10:53:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

«De resto, já Estrabão afirmava que Lusitanos e Galaicos eram irmãos.»

"De Estrabão já se disse o que havia a dizer."

«Mas «disse-se» com diferentes níveis de qualidade, note-se... como bem se demonstrou.»

Ah pois demonstrou...

«Estrabão observou»

"Estrabão observava o que lhe agradava observar",

«Estrabão é uma das poucas fontes escritas, e das melhores, sobre o mundo antigo.»

"Óptimo: então entre uma profusão de mediocridades"

«Isso não passa de ignorância mas com um saborzinho a snob, embora saloio.»

Deu-lhe para adjectivar o seu discurso sem razão de ser? Discuta, mas é, não se ponha com digressões a ver se foge com o rabo à seringa.

«Mas qual mediocridade»

A mediocridade geral que tem a qualidade dos escritos antigos sobrea península ibérica. Está esclarecido?

«qual é o seu termo de comparação»

Não são comparações: é hermenêutica, aquela coisinha ue se aprende em Tipologia de Fontes Históricas ao fim de 3 aulas.
Coisas que um pacóvio que nunca pôs os pés numa reparatória sequer sabe o que é...

"Nunca lhe explicaram o que era hermemêutica"

«Tenha mas é juízo e deixe-se de armar ao pingarelho. Até você já deve ter percebido que esse ar afectado de quem manda para o ar com coisas que não têm nada a ver»

Então a hermenêutica não tem nada a ver com o assunto? Como conta você fazer a mais mísera investigação histórica sem a fazer, logo depois da heurística?
Lá lhe caiu a máscara de historiador, e ficou só o saloio, ele sim, «armado ao pingarelho».

«Portanto, tem mesmo de se cingir ao que lhe agradava e não ao que lhe agrada a si.»

"A mim, tanto se me dá."

«Olha, já recua»

Você afirma que eu disse que os nortenhos eram galaicos só porque isso me agradava: e eu disse-lhe que tanto se me dava se os nortenhos fossem galaicos, ou áricos, ou semitas.
O que afirmo não é porque me agrada, é porque é verdade: não estou a recuar, você é que está mandar fogo de artifício, a ver se se safa no meio da derrocada, e até paraece que está a ganhar uma discussão na qual o cilindro já lhe pesa sobre os ossos,deixando-o liso como uma folha de papel.

2Não estou a falar com base no que me é agradável, ao contrário de uns e outros que até gostavam de pertencer a um povo"

«Ao contrário desses, há quem queira demonstrar que ninguém pertence a povo nenhum, porque, metendo-se os pés pelas mãos e baralhando as cartas, chega-se à conclusão de que «somos todos uma grande misturada...».»

Mas quem tal afirma é uma besta. E eu não afirmo isso, repudio-o com veemência, se quer saber.

13 de dezembro de 2005 às 11:09:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Já foi explicada em que consiste essa ancestralidade.»

"Diga-me onde, e por lá o verificarei."

«Informe-se sobre a semelhança entre Lusitanos e Galaicos e sobre os Celtici do Alentejo e de parte do Algarve.»

"Informo-me"?

«Sim. Faz-se com uma coisa composta de folhas chamada «livro». Não é demonstrada com duas palavras.»

Nem com as duas palavras, ou três, ou poucas mais, da fonte onde leu essa baboseira

Baboseiras diz você, como se tem provado. Vá ler os autores antigos - vá ler Plínio, para o qual os Celtici do Alentejo vieram da Lusitânia; vá ler Estrabão, segundo o qual as populações da margem norte do Douro foram em tempo chamadas lusitanas, antes de, quando os Romanos chegaram, serem chamadas galaicas. Você já demonstrou não perceber peva de antropologia pré-romana; mas, como a ignorância é atrevida, continua a largar imbecilidades.



A sua incapacidade de memorizar as fontes onde vê as coisas que apregoa chega a ter qualquer coisa de patológico... Tome cápsulas de fósforo, homem, que esse miolo está fraco

Mais fraco está o seu... é que eu, pelo menos, não me engano nas referências nem meto os pés pelas mãos, nem dou mostras de ignorância crassa a respeito das coisas de que falo, como você dá, a fazer-se erudito e a, inevitavelmente, demonstrar a sua incompetência.




«Instrui-te», diz o ignorante quando vê que sobre o assunto que discute"

«Descaramento ridículo o seu. Vem aqui largar postas de pescada sem prova alguma»

Quanto a largar postas de pescada sem prova alguma, descanse: é campeonato em que está a ganhar por muitos pontos

Não, é você, mas sem rival. Eu faço afirmações que são sustentadas pelas fontes; você atira para o ar bacoradas que depois lhe caem na mona, eventualmente enfraquecida pelo excesso de medicamentos de fósforo, os quais, pelos vistos, já deixaram de fazer efeito. Tanto fósforo aí meteu que ardeu.



«Já agora, não havia nenhuma diferença importante entre Lusitanos e Galaicos»

"Alguma diferença teriam"

«Eu não disse que não havia»

"Já recua."

«Volta a mostrar que não sabe interpretar o que lê.»

Escrever que «[Galaicos e Lusitanos] eram em tudo similares» é significativo.

Pois é. E a sua citação disso mesmo também é significativa - significativa da sua falta de compreensão do contexto - «similar» significa «parecido». Além do mais, escrevi, com todas as letras, que não haveria diferenças importantes entre Galaicos e Lusitanos, o que significa que havia diferenças, embora não fossem garantes de uma grande diferença étnica.



E além de significativo, de fácil compreensão.

Não para todos, pelos vistos.



«E, como não tem argumentos, tenta lançar fogo de artifício como se estivesse a provar alguma coisa além da sua desonesta imbecilidade.»

Isto escrito, em desespero de causa,

Está-se a ver que o desespero é todo seu, apanhado em falso mais de uma vez.



por uma pessoa que não consegue explicar como é que sendo as diferenças entre lusitanos e galaicos residuais se reuniram estes em dois povos distintos

Do mesmo modo que também havia similitude entre Lusitanos e Vetões, e, no entanto, eram dois povos distintos; do mesmo modo que também havia similitude entre Lusitanos, Celtici e Celtiberos (leia Plínio) e, no entanto, eram povos distintos, embora a proximidade entre Lusitanos e Galaicos fosse provavelmente bem maior do que entre Lusitanos e Celtiberos. O facto de serem povos similares não significa que fossem os mesmos. E até no seio desses povos havia tribos diferentes. Quanto ao que separava Galaicos de Lusitanos, é ainda hoje pouco claro - em termos linguísticos, por exemplo, pouco ou nada os distingue.

só não é ridículo porque é grotesco.

Ridículo é você, e também grotesco, duas palavras que até são sinónimas. Já é a segunda vez que usa essa expressão mentecapta, num estilo copiado de algum dos seus mentores, ou mentecaptores. Nessa onda, garanto-lhe: você seria um desonesto e pouco instruído desinformador se não fosse tão evidentemente ignorante (aprenda ao menos como é que se usa o «seria... se não fosse...»).

13 de dezembro de 2005 às 11:13:00 WET  
Blogger Caturo said...

«disse que não era importante»

O que é importante ou não é muito discutível. No que toca aos povos, então, nem você imagina

«Não é uma questão de imaginação, é uma questão de conhecimento.»

Uma coisa decorre da outra.

Não, a imaginação não é para aqui chamada. Tenha paciência, mas não pode meter aqui a sua colherada «relativista».



«Se um povo fala uma língua similar, se não a mesma»

Essa diferença faz toda a diferença: ou se fala a mesma língua, e se é do mesmo povo, ou se fala outra língua, e é-se dum povo diferente.

Precisamente. Deve ser a única coisa certa que você disse. Ora as actuais investigações linguísticas a respeito do tema mostram a similitude essencial entre Galaicos e Lusitanos. Untermann garante que a língua é a mesma, embora com diferenças dialectais.

Por conseguinte, a diferenciação entre Galaicos e Lusitanos é altamente problemática. Quase tudo os une; aquilo que os diferencia não é claro.



«vive de modo similar»

Explique o que é "viver de modo similar"

Pastorícia, sociedade guerreira, comunitária; objectos similares; habitações semelhantes.



«adora alguns dos mesmos Deuses»

Outra coisa que faz brutal diferença, adorar alguns deuses ou os mesmos

Não é assim tão evidente essa diferença, até porque alguns Deuses parecem ser locais, mesmo no contexto da Lusitânia. Uma das maiores autoridades nacionais no assunto afirma que, no noroeste hispânico, incluindo a Lusitânia, há três níveis de Divindades:
- Divindades nacionais, comuns aos Lusitanos e aos Galaicos, tais como Band, Reva e Nábia;
- Divindades tribais, só dos Lusitanos, tais como Trebaruna, ou só dos Galaicos, tais como Coronus, ou só dos Zoelae (Galaicos?), tal como Aernus;
- Divindades locais, de uma só tribo lusitana, tal como Trebopala, ou de uma só tribo galaica.



Aliás, podem até orar ao mesmo Deus e, por lhe darem nome diferente, são desde logo povos diferentes (caso dos fenícios e dos hebreus).

Nesse caso, nem os Galaicos seriam um só povo, dado que no litoral Galaico se presta culto a Cosus, bem como numa zona específica a nordeste da actual Galiza, ao passo que noutras partes da Galécia, tal como na Lusitânia, venera-se Band. No actual estado da investigação, crê-se que se trata da mesma Divindade, embora com nomes diferentes, o que pode de facto indicar uma diferenciação tribal ou, quem sabe, até pode dever-se a alguma espécie de tabu religioso.




«que não são adorados em mais lado nenhum da Ibéria a não ser na área do noroeste, se os que os observaram repararam na sua semelhança, então não há volatilidade nem relativismo da treta que lhe valha»

A não ser que a pessoa que nisso reparou seja um mentiroso reputado, como é o caso de Estrabão

Estrabão pode ter de ser tomado com prudência, devido ao conhecido etnocentrismo dos autores clássicos, mas a respeito do tema é perfeitamente idiota estar a dizer que o homem mentiu. Nunca se provou que fosse um mitómano, nem tinha qualquer interesse em falsificar os dados sobre a Ibéria. Pelo contrário - no tempo em que escrevia, estava sujeito a ser desmentido por quem observasse os referidos povos e lhe apontasse as falhas.



«por mais erudito que se queira mostrar.»

Eu não me quero mostrar erudito,

Já evidenciou que sim.



estou a apontar o erro grosseiro

Está a apontar mal, como se tem visto.



que constitui o seu argumento de que Lusitanos e Galaicos eram a mesma coisa,

Em desespero de causa (agora sim, é que se pode usar a expressão), até já mente.



e que o povo português de hoje tem todo a mesma ancestralidade étnica.

E, no essencial, tem mesmo.



"dar-lhe-ia dúzias de outros dizendo que o romance da Galécia é totalmente diferente do romance"

«Mais ignorância. Eu não falei do romance, falei das línguas indígenas anteriores e contemporâneas da imposição do Latim»

Regista-se.

Vá registando.



«línguas essas que atestam a comum raiz de ambos os povos.»

Comum raiz? Que comum raiz?

Comum raiz indo-europeia, eventualmente céltica, proto-céltica ou, talvez, pré-céltica e derivada de uma migração indo-europeia anterior à dos Celtas.



Argumentos desesperados já ouvi muitos,

Mas os seus superam-nos sempre. É preciso franca estupidez, ou desonestidade saloia, para continuar a insistir na nebulosidade do tema, quando já expliquei que as diferenças entre o Lusitano e o Galaico são tão poucas que dir-se-ia tratar-se da mesma língua.
Mais uma vez lhe digo - instrua-se.




"da Lusitânia, e nem precisava disso"

«De resto, a referência ao Romance torna-se inútil porque todo o território português foi unificado linguisticamente, a ponto de não haver em Portugal mais de um idioma»

Isso é que fugir para diante, da Lusitânia para Portugal,

Você é que fugiu, por ignorância, quando falou em Romance. Ora o Romance é o antecessor imediato do Galaico-Português, hoje falado em toda a faixa ocidental ibérica, sem diferenças maiores do que as que se localizam ao nível do dialecto (se e só se o Galaico for hoje considerado um dialecto diferente do Português, o que é discutível).



«(ou talvez dois, se se considerar que o Mirandês é um dialecto leonês e não uma variante do Galaico-Português).»

Ou talvez mais, se formos ver que no século XII um trasmontano não se conseguia entender com um lisboeta, mesmo moçarabe,

Mais não porque, hoje em dia, um lisboeta entende-se perfeitamente com um transmontano, dado que falam a mesma língua. Já lhe tinha dito que essas diferenciações linguísticas medievais estavam desactualizadas, mas não percebeu.

Já agora, apresente a fonte dessa informação. Para já, imagino (agora é que se aplica a faculdade da imaginação, aprenda) que não põe em causa o facto de ter havido Moçárabes que se juntaram aos reconquistadores do norte, ainda antes da conquista de Lisboa, dado que não saber isso seria mais um exemplo da sua ignorância patega de quem quer dar um passo maior do que a perna.

Acredito portanto que já se tenha informado disto naquelas coisinhas com folhas encadernadas (coisinhas com folhas, só assim, até podem ser árvores) que servem para serem lidas, e não citadas d’alto como se se tivesse andado com o seu autor na escola e se soubesse muito bem que o sujeito «sim, conheço muito bem!, era um grande aldrabão, nasceu na Península Ibérica e comia sandes coiratos ao jantar…».

13 de dezembro de 2005 às 11:45:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Estrabão observou»

"Estrabão observava o que lhe agradava observar",

«Estrabão é uma das poucas fontes escritas, e das melhores, sobre o mundo antigo.»

"Óptimo: então entre uma profusão de mediocridades"

«Isso não passa de ignorância mas com um saborzinho a snob, embora saloio.»

Deu-lhe para adjectivar o seu discurso sem razão de ser?

Está de tal modo atarantado que, já não sabendo às quantas anda, não entende sequer o que lê?


Discuta, mas é, não se ponha

Sossegue. Só teve o que mereceu - foi você quem se pôs com observações estilísticas (é preciso citá-lo ou cala-se já?), como que a querer fazer ataques ad hominem para colmatar a sua insuficiência intelectual e argumentativa. Agora que levou em dobro com a mesma dose, podemos continuar. Que lhe sirva de emenda.

Adiante.



«Mas qual mediocridade»

A mediocridade geral que tem a qualidade dos escritos antigos sobrea península ibérica

A mediocridade está mais nalguns dos que os lêem do que neles próprios. Os progressos na Linguística têm feito uma nova luz sobre esses escritos antigos, dando a entender que há ali pano para mangas. Sobretudo em Estrabão, digo eu.



«qual é o seu termo de comparação»

Não são comparações

Então se não são comparações, são rematadas palermices de quem não percebe corno da matéria.



é hermenêutica, aquela coisinha ue se aprende em Tipologia de Fontes Históricas ao fim de 3 aulas.

Pelos vistos, aprende-se mal, a julgar pela sua deficiência a falar no assunto. Bem pode limpar as mãos à parede com as suas três aulas - pau que nasce torto, tarde ou nunca se endireita. Mas volte a tentar, pode ser que da próxima vez tire um curso a sério.




"Nunca lhe explicaram o que era hermemêutica"

«Tenha mas é juízo e deixe-se de armar ao pingarelho. Até você já deve ter percebido que esse ar afectado de quem manda para o ar com coisas que não têm nada a ver»

Então a hermenêutica não tem nada a ver com o assunto?

Não. Não tem nada a ver com Estrabão ser mais ou menos medíocre. A hermenêutica trata de extrair o significado do que dizem os autores, sem os classificar numa escala valorativa idioticamente anacrónica. O Estrabão estava-se borrifando para as suas necessidades de compreensão. Não foi para si que ele escreveu.



Como conta você fazer a mais mísera investigação histórica sem a fazer, logo depois da heurística?

Outra bojarda para se fazer erudito. Ó sujeito, já se topou que você é um estudante pedante, embora ignorante, mas nem por isso menos petulante, que empina sem compreender, que se fica pelo palavreado que melhor condiz com a sua roupa e que o aplica a torto e a direito. A referência à hermenêutica e à heurística só servem para mostrar que você até «sabe umas coisitas» e até tirou o curso todo, mesmo que depois não se lembre do mais importante (se é que o aprendeu).



«Portanto, tem mesmo de se cingir ao que lhe agradava e não ao que lhe agrada a si.»

"A mim, tanto se me dá."

«Olha, já recua»

Você afirma que eu disse que os nortenhos eram galaicos só porque isso me agradava: e eu disse-lhe que tanto se me dava se os nortenhos fossem galaicos,

Não, não foi nesse contexto que disse que tanto se lhe dava, mas sim a respeito de Estrabão ser uma das melhores fontes disponíveis.



O que afirmo não é porque me agrada, é porque é verdade

O que é que é verdade?



não estou a recuar, você é que está mandar fogo de artifício, a ver se se safa no meio da derrocada,

Não tenho de me safar duma derrocada que só cai em cima de si, submergindo-o numa avalanche de pedregulhos que quis mandar para o ar e que agora lhe caem em cima da mona, com você a esbracejar debaixo dos rochedos e a gritar «Aqui d'el rei que me partem a hermenêutica! Acudam-me a heurística!».



e até paraece que está a ganhar uma discussão

Não é «parecer», é «ser». Aprenda a usar as palavras.




Não estou a falar com base no que me é agradável, ao contrário de uns e outros que até gostavam de pertencer a um povo"

«Ao contrário desses, há quem queira demonstrar que ninguém pertence a povo nenhum, porque, metendo-se os pés pelas mãos e baralhando as cartas, chega-se à conclusão de que «somos todos uma grande misturada...».»

Mas quem tal afirma é uma besta. E eu não afirmo isso, repudio-o com veemência, se quer saber.

Ah bom.

13 de dezembro de 2005 às 12:19:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

«Informe-se sobre a semelhança entre Lusitanos e Galaicos e sobre os Celtici do Alentejo e de parte do Algarve.»

"Informo-me"?

«Sim. Faz-se com uma coisa composta de folhas chamada «livro». Não é demonstrada com duas palavras.»

Nem com as duas palavras, ou três, ou poucas mais, da fonte onde leu essa baboseira

«Baboseiras diz você, como se tem provado.»

A ver vamos. Provado, não sei por quem nem onde.

«Vá ler os autores antigos - vá ler Plínio, para o qual os Celtici do Alentejo vieram da Lusitânia»

Lerei.

«vá ler Estrabão»

Já li, já falei sobre ele com historiadores a sério (desses que sabem mesmo o que é hermenêutica, mas sobre isso falamos daqui a pouco)

«segundo o qual as populações da margem norte do Douro foram em tempo chamadas lusitanas, antes de, quando os Romanos chegaram, serem chamadas galaicas.»

Isso nunca aconteceu: você mente mais do que Estrabão.

«Você já demonstrou não perceber peva de antropologia pré-romana»

Você já demonstrou só perceber de mentiras. Mente descaradamente em todas as direcções, sobre todos os temas.Mente como Estrabão, e defende-o como o defende por puro corporativismo.

«mas, como a ignorância é atrevida, continua a largar imbecilidades.»

Fala um mestre na matéria de ser ignorante, atrevido, lançando postas de pescada a torto e direito, para no fim ficar a chuchar espinhas todo contente porque até parece que se mostrou saber alguma coisa.
E nem tudo o que parece é.

"A sua incapacidade de memorizar as fontes onde vê as coisas que apregoa chega a ter qualquer coisa de patológico... Tome cápsulas de fósforo, homem, que esse miolo está fraco"

«Mais fraco está o seu...»

Deixe-se lá da imbecilidade pueril do "tu é que és". É que num homem feito isso fica feio, para não dizer confrangedor.

«é que eu, pelo menos, não me engano nas referências nem meto os pés pelas mãos»

Graças a Deus, não é contorcionista. Fica-se por ser palhaço, não vá ter um torcicolo.

«nem dou mostras de ignorância crassa a respeito das coisas de que falo»

Você diz que ser lusitano é o mesmo que ser Galaico. Isso é o exemplo acabado de ignorância crassa.

13 de dezembro de 2005 às 21:01:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Isto escrito, em desespero de causa,"

«Está-se a ver que o desespero é todo seu, apanhado em falso mais de uma vez.»

Resta saber onde, e por quem.

"por uma pessoa que não consegue explicar como é que sendo as diferenças entre lusitanos e galaicos residuais se reuniram estes em dois povos distintos"

«Do mesmo modo que também havia similitude entre Lusitanos e Vetões, e, no entanto, eram dois povos distintos; do mesmo modo que também havia similitude entre Lusitanos, Celtici e Celtiberos (leia Plínio) e, no entanto, eram povos distintos, embora a proximidade entre Lusitanos e Galaicos fosse provavelmente bem maior do que entre Lusitanos e Celtiberos. O facto de serem povos similares não significa que fossem os mesmos. E até no seio desses povos havia tribos diferentes. Quanto ao que separava Galaicos de Lusitanos, é ainda hoje pouco claro - em termos linguísticos, por exemplo, pouco ou nada os distingue.»

Isso é telenovelesco: o mesmo grupo antropológico não se constitui em duas nações distintas porque "acha giro"; tem de haver - e no caso presente, há - grandes diferenças etno-culturais para que duas nações surjam.
Vá lá buscar quantos Estrabões quiser.

"só não é ridículo porque é grotesco."

«Ridículo é você, e também grotesco, duas palavras que até são sinónimas.»

Ah sim? Então quando ouvir dizer que a pedofilia é uma prática grotesca devo depreender que lhe chama ridícula; ou então, quando disserem que os programas da TVI são ridículos, devo achar que são grotescos.
Oh homem, minta à vontade, mas não abuse...

«Já é a segunda vez que usa essa expressão mentecapta»

Gosto dela.

«num estilo copiado de algum dos seus mentores, ou mentecaptores»

Não se preocupe com os meus mentores. Cuide nos seus, que não souberam ensinar-lhe patavina.

«Nessa onda»

Que onda...

«garanto-lhe»

Não garante nada, você não tem pinta para garantir seja o que for.

«você seria um desonesto e pouco instruído desinformador»

Nem desinformador, nem informador, nem nada que tenha que ver com informação.
Pela enésima vez - que será tão in+util como s restantes - lhe peço que não tente mudar o rumo da discussão.

«se não fosse tão evidentemente ignorante»

Como você mente a cada passo, essa é mais uma.

«(aprenda ao menos como é que se usa o «seria... se não fosse...»).»

Veja se aprendi: você seria um cromo se não fosse um postal. Está bem?

13 de dezembro de 2005 às 21:14:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

«Não é uma questão de imaginação, é uma questão de conhecimento.»

"Uma coisa decorre da outra."

«Não, a imaginação não é para aqui chamada.»

Pois não, mas você é que diferenciou as duas coisas, sabendo (creio eu, que o não considero assim tão lerdo) que sem conhecimentos não se pode seer imaginativo.

«Tenha paciência, mas não pode meter aqui a sua colherada «relativista».»

Posso metê-la aqui ou onde quiser. A colherada é minha...

«Se um povo fala uma língua similar, se não a mesma»

"Essa diferença faz toda a diferença: ou se fala a mesma língua, e se é do mesmo povo, ou se fala outra língua, e é-se dum povo diferente."

«Precisamente. Deve ser a única coisa certa que você disse.»

Também já disse que você é um mentiroso e um postal. Portanto, esta já será a terceira.

«Ora as actuais investigações linguísticas a respeito do tema mostram a similitude essencial entre Galaicos e Lusitanos.»

Como disse alguém , similar não é igual. E isso faz toda a diferença.

«Untermann garante que a língua é a mesma, embora com diferenças dialectais.»

Ou é a mesma, ou tem diferenças dialectais. Francês não é romanche, italiano não é lombardo, alemão não é renano.

13 de dezembro de 2005 às 22:50:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Informe-se sobre a semelhança entre Lusitanos e Galaicos e sobre os Celtici do Alentejo e de parte do Algarve.»

"Informo-me"?

«Sim. Faz-se com uma coisa composta de folhas chamada «livro». Não é demonstrada com duas palavras.»

Nem com as duas palavras, ou três, ou poucas mais, da fonte onde leu essa baboseira

«Baboseiras diz você, como se tem provado.»

A ver vamos. Provado, não sei por quem nem onde.

«Não sabe» porque, além de ignorante e pedante, também é esquecido. Não se lembra certamente daquela, logo à primeira, em que, para mostrar que era tu-cá-tu-lá com a História Antiga, se pôs a tecer comentários saloios sobre as motivações da principal fonte escrita da Antiguidade sobre os Lusitanos, demonstrando assim a sua mediocridade de maneira dupla: primeiro, caiu na asneira de se referir à origem de Estrabão, estendendo-se ao comprido com a bacorada que proferiu; depois, quando se põe a dizer que ele «podia querer provar que havia uma homogeneidade étnica na Península», voltou a demonstrar ignorância, dado que, se tivesse ao menos lido o que ele escreveu (não lhe custava muito, aquilo tem menos de oitenta páginas, e numa encadernação pequenita, talvez não lhe doesse demasiado a cabeça se lesse pelo menos cinco páginas por dia), não largava mais uma inanidade dessas.

Ou seja, quis armar ao pingarelho, quis mostrar que tinha andado com o Estrabão na escola, e depois revelou que nem sequer o leu.

Significa isto que você não sabe do que fala e fala «com autoridade» do que não sabe.

Enfim, é um caso típico do que de pior há no ensino em Portugal - a mentalidade de rebanho combinada com uma preguiça atrofiadora da inteligência: baseia-se no «magister dixit» e nem ao menos tenta consultar uma fonte primária.

É por isso que eu digo que é mau sintoma que gajos como você tirem licenciaturas.

E o pior é que se calhar até pode dar aulas. O que significa que anda a atrofiar outras mentes para ficarem iguais à sua.




«Vá ler os autores antigos - vá ler Plínio, para o qual os Celtici do Alentejo vieram da Lusitânia»

Lerei.

Mas leia mesmo, não é deixar para depois de devorar o seu Gabriel Garcia Marquez. E só depois pode falar.




«vá ler Estrabão»

Já li,

Pior ainda. É pior sobre pior - leu e não entendeu.




já falei sobre ele com historiadores a sério

Você não reconhece um historiador a sério nem que ele lhe caia em cima. Por conseguinte, falar ou não com um historiador a sério, é para si igual ao litro - não apreende nada de valor.



(desses que sabem mesmo o que é hermenêutica,

Traduzindo: desses que o cumprimentam por meter a «hermenêutica» a talhe de foice no meio da conversa para mostrar que não é burro de todo.




«segundo o qual as populações da margem norte do Douro foram em tempo chamadas lusitanas, antes de, quando os Romanos chegaram, serem chamadas galaicas.»

Isso nunca aconteceu: você mente

E você é realmente ignorante.

Leia e aprenda:
«É certo que Estrabão (III, 4,20) afirma que os habitantes do norte do rio Douro eram, também, lusitanos e que somente depois da conquista romana passaram a chamar-se Calaicos.»
História de Portugal, José Mattoso, A II Idade do Ferro, página 191, Editorial Estampa.

O autor diz a seguir que a informação é ambígua, que Estrabão podia estar a generalizar devido ao facto de não distinguir bem os povos do setentrião hispânico; mas que Estrabão o disse, é fora de dúvida.

Para quem conhece a obra de José Mattoso de trás para a frente (mesmo que esta parte seja escrita por Carlos Fabião), está a falhar mais do que seria de esperar.



«Você já demonstrou não perceber peva de antropologia pré-romana»

Você já demonstrou só perceber de mentiras

Você não apontou mentira alguma. Eu é que o apanhei em falsidades (embora se devam à pura ignorância).



Mente descaradamente em todas as direcções,

Prove que eu tenha mentido uma vez que seja ou então fica dado automaticamente como mentiroso, caluniador e cobarde.




sobre todos os temas.Mente como Estrabão,

Não diga imbecilidades (recomendação de pura retórica, quando aplicada a si...). Ainda não apresentou nenhum motivo para que Estrabão seja dado como mentiroso relativamente à Ibéria.




e defende-o

Nem por isso. Eu não o defendo, eu ataco é a sua ignorância erigida em argumentação.




«mas, como a ignorância é atrevida, continua a largar imbecilidades.»

Fala um mestre na matéria de ser ignorante, atrevido, lançando postas de pescada a torto e direito,

Sim, fala esse mestre - foi o que eu disse. Já mostrou ignorância que chegasse; já mostrou um pedantismo atrevido, prontamente punido; já mostrou que lança postas de pescada para as quais não tem sustentação.



para no fim ficar a chuchar espinhas todo contente porque até parece que se mostrou saber alguma coisa.

Exacto, por isso é que, a despropósito, se põe a exibir o seu conhecimento do significado de «hermenêutica» e «heurística». O seu raciocínio é simples e topa-se à distância: «eu posso não perceber peva do que estou a dizer, posso ser apanhado em flagrante delito de pedantismo sem pernas para andar quando me ponho a tecer comentários de índole pessoal sem conhecimento de causa, mas mostro que tenho um bom dicionário aqui ao pé e que sei o que é hermenêutica e heurística, fica-me bem, como licenciado em Antropologia, mostrar que o dinheiro que gastei me serviu para agora aplicar «vocabulário técnico»».



"A sua incapacidade de memorizar as fontes onde vê as coisas que apregoa chega a ter qualquer coisa de patológico... Tome cápsulas de fósforo, homem, que esse miolo está fraco"

«Mais fraco está o seu...»

Deixe-se lá da imbecilidade pueril do "tu é que és"

Isso digo eu a si, quando logo acima se pôs com aquela do «fala o mestre...».

De resto, eu até posso dizer «tu é que és».
É que, como se tem visto, quando lhe chamo ignorante, tenho razão; quando você me chama ignorante, não tem razão.

Entende a diferença? Se não entende, eu explico.



«é que eu, pelo menos, não me engano nas referências nem meto os pés pelas mãos»

Graças a Deus, não é contorcionista. Fica-se por ser palhaço,

Por ser palhaço fica-se você, mas involuntariamente: primeiro, quis ser malabarista, e os objectos que lançou ao ar caíram-lhe todos em cima dessa atrofiada mona; depois, quis armar em ilusionista, mas caiu no seu próprio alçapão - ora esse espectáculo é perfeitamente risível (sim, ridículo e grotesco). Fica pois como palhaço - mas palhaço pobre, bem entendido.



«nem dou mostras de ignorância crassa a respeito das coisas de que falo»

Você diz que ser lusitano é o mesmo que ser Galaico

Não, não digo. Deixe-se de mentiras imbecis.

14 de dezembro de 2005 às 02:22:00 WET  
Blogger Caturo said...

"Isto escrito, em desespero de causa,"

«Está-se a ver que o desespero é todo seu, apanhado em falso mais de uma vez.»

Resta saber onde,

Aqui.



e por quem.

Por mim.




"por uma pessoa que não consegue explicar como é que sendo as diferenças entre lusitanos e galaicos residuais se reuniram estes em dois povos distintos"

«Do mesmo modo que também havia similitude entre Lusitanos e Vetões, e, no entanto, eram dois povos distintos; do mesmo modo que também havia similitude entre Lusitanos, Celtici e Celtiberos (leia Plínio) e, no entanto, eram povos distintos, embora a proximidade entre Lusitanos e Galaicos fosse provavelmente bem maior do que entre Lusitanos e Celtiberos. O facto de serem povos similares não significa que fossem os mesmos. E até no seio desses povos havia tribos diferentes. Quanto ao que separava Galaicos de Lusitanos, é ainda hoje pouco claro - em termos linguísticos, por exemplo, pouco ou nada os distingue.»

Isso é telenovelesco

Você é que é telenovelesco - e ao jeito mexicano, porque é tragicómico.



o mesmo grupo antropológico não se constitui em duas nações distintas porque "acha giro"

O mesmo grupo antropológico pode dar origem a nações diferentes consoante os seus diferentes agrupamentos vivam mais ou menos separados uns dos outros, ou sofrendo mais ou menos influências de povos diversos.



tem de haver - e no caso presente, há

Aponte-as - faça o que até agora se furtou fazer.


grandes diferenças etno-culturais para que duas nações surjam.

Quanto a isto, as suas próprias palavras sobre a diferenciação linguística o atraiçoam.



Vá lá buscar quantos Estrabões quiser.

Só mesmo eu, porque você nunca buscou nenhum.




"só não é ridículo porque é grotesco."

«Ridículo é você, e também grotesco, duas palavras que até são sinónimas.»

Ah sim? Então quando ouvir dizer que a pedofilia é uma prática grotesca devo depreender que lhe chama ridícula

Comparação cretina. O ridículo é grotesco; o grotesco é que pode não ser ridículo.

É que nem em Português se safa.



ou então, quando disserem que os programas da TVI são ridículos, devo achar que são grotescos.

Naturalmente.



«Já é a segunda vez que usa essa expressão mentecapta»

Gosto dela.

Ainda bem, porque se lhe aplica bem.



«num estilo copiado de algum dos seus mentores, ou mentecaptores»

Não se preocupe com os meus mentores.

Pois não. Isso é lá consigo. Só não o deixo é espalhar mentiras e confusionismos, tenha paciência.



«Nessa onda»

Que onda...

Aquela na qual você se afoga porque se atirou ao mar sem saber nadar.




«garanto-lhe»

Não garante nada,

Garanto-lhe tudo o que disse, sem que você o impeça - é que, espremendo bem esprimidinho tudo o que você disse, não há aí qualquer informação de jeito ou contra-argumentação bem sucedida. Nem uma só. E como escreve sempre três mensagens, consegue o milagre de triplicar o vazio.

Enquanto esteve na Universidade, andou a brincar com a tropa e agora está metido em apuros. Enfim, tarde ou cedo tinha de acontecer, porque quem o alheio veste na praça o despe.




«você seria um desonesto e pouco instruído desinformador»

Nem desinformador, nem informador, nem nada que tenha que ver com informação.

Correcção: desinformador sim, informador não. Mas no essencial tem razão: a sua arenga não é nada que tenha a ver com informação.




Pela enésima vez - que será tão in+util como s restantes - lhe peço que não tente mudar o rumo da discussão.


Tenha paciência. A discussão original é sobre a semelhança e diferença entre Calaicos e Lusitanos. Eu apresento argumentos; você, apenas negações, mas mal feitas e assentes numa ignorância pretensiosa já inteiramente ridicularizada quando foi apanhado em flagrante delito de saloio a querer dar um passo maior do que a perna.
É simples.



«se não fosse tão evidentemente ignorante»

Como você mente

Você é que mente. E eu provei a sua ignorância. Você nunca provou que fosse o que fosse que eu tivesse dito estivesse errado.


«(aprenda ao menos como é que se usa o «seria... se não fosse...»).»

Veja se aprendi: você seria um cromo se não fosse um postal. Está bem?

Está. Agora, elogia-me. É que só com um postal é que se pode expor com um mínimo de inteligibilidade a fraude que você é. Neste caso, até sou um postal ilustrado.
Portanto, eu sou o postal, ou, até, a carta; e você, se tivesse pedalada, seria o selo, mas consigo nem selo nem já parecê-lo (você bem queria...) - é mesmo só cromo, de facto.

14 de dezembro de 2005 às 02:41:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Não é uma questão de imaginação, é uma questão de conhecimento.»

"Uma coisa decorre da outra."

«Não, a imaginação não é para aqui chamada.»

Pois não, mas você é que diferenciou as duas coisas,

Claro que diferenciei, porque uma coisa é para aqui chamada, a outra não (a este, é preciso explicar tudo...).




sabendo (creio eu, que o não considero assim tão lerdo) que sem conhecimentos não se pode seer imaginativo.

Pode-se ser imaginativo com poucos conhecimentos. Você sabe disso. Aliás, é por isso que continua aqui a escrever alarvidades - porque crê ainda que a sua imaginação pode mascarar a escassez de conhecimentos que o afecta.



«Tenha paciência, mas não pode meter aqui a sua colherada «relativista».»

Posso metê-la aqui ou onde quiser.

Não pode. A canja já acabou. E também não há aqui nenhuma papinha feita...



«Se um povo fala uma língua similar, se não a mesma»

"Essa diferença faz toda a diferença: ou se fala a mesma língua, e se é do mesmo povo, ou se fala outra língua, e é-se dum povo diferente."

«Precisamente. Deve ser a única coisa certa que você disse.»

Também já disse que você é um mentiroso e um postal. Portanto, esta já será a terceira.

A segunda, dado que, como se tem visto, mentiroso é você.
Ao menos, aprenda a contar. Mas enfim, uma desgraça nunca vem só e você tem dose completa.



«Ora as actuais investigações linguísticas a respeito do tema mostram a similitude essencial entre Galaicos e Lusitanos.»

Como disse alguém , similar não é igual

Nem eu disse que é igual.
Por conseguinte, você continua a zero.


«Untermann garante que a língua é a mesma, embora com diferenças dialectais.»

Ou é a mesma, ou tem diferenças dialectais

Ignorância crassa - um idioma pode ter vários dialectos. Continua no entanto a ser um idioma. Por isso é que havia quem afirmasse que o Mirandês era um dialecto do Português e não uma língua de pleno direito. Um dialecto é uma variante derivada de uma língua principal.

Portanto, pode deitar o curso por correspondência que tirou no Brasil e ir inscrever-se outra vez no nono ano de escolaridade.

14 de dezembro de 2005 às 02:49:00 WET  

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