A BELGA QUE SE MATOU PELO CREDO MACHISTA DO CRESCENTE
Sucedeu já há uns dias, mas nem por isso se trata de uma notícia desactualizada - pelo contrário: ou muito me engano, ou tornar-se-á cada vez mais actual. Refiro-me ao atentado suicida cometido no Iraque por um cidadã belga de trinta e oito anos, de origem perfeitamente europeia mas convertida ao Islão e casada com um terrorista muçulmano.
Que uma pessoa nascida num dos países mais pacatos e economicamente mais confortáveis do planeta, e, ainda para mais, dominado, como o resto do bloco civilizacional de que faz parte, por uma mentalidade racionalista, humanista, materialista, consumista, tendencialmente irreligiosa e onde a elite intelectual é de há muito militantemente céptica relativamente a tudo o que sejam ideais transpessoais (Religião e Nacionalismo), que uma pessoa nestas condições, e, ainda para mais, do sexo feminino (normalmente mais prudente, mais equilibrado e menos violento do que o masculino), se disponha a sacrificar a própria vida em nome de um credo totalitário, simples e violento - que isto suceda, é, como costumo dizer, um péssimo sinal para o Ocidente.
E não se pense que o caso desta vítima belga é único e se exemplo. Pelo contrário: há na Europa mais esposas de muçulmanos dispostas a cometer ataques suicidas, embora sejam, na sua maioria, de ascendência não europeia.
Talvez a simplicidade absoluta do Islão, bem como a sua atitude descarada e resolutamente imperialista, juntamente com a convicção absoluta dos seus crentes, talvez isto impressione alguns dos amolecidos ocidentais, mergulhados num marasmo de águas mornas e comida insípida; a modorra dos meios termos sem sabor e da vidinha sossegada, atafulhada de centros comerciais e de programas televisivos, deprime demasiada gente, que, em reacção, se entrega a radicalismos dos mais variados, quer para se vingar da «sociedade dos meios termos» (ao fim ao cabo, uma das características do verdadeiro Ocidente, já Platão dizia que a medida era a melhor coisa do mundo), quer para sentir a adrenalina, quer porque o consumo e a ausência de problemas sérios crie angústias existenciais que anseiam por uma resposta brutal e maior do que a vida - maior do que a vidinha que têm, pelo menos.
Ora, radicalismo por radicalismo, nenhum é tão total e absorvente como uma religião.
A Religião tudo vence, tarde ou cedo, e quem não se apercebeu disso, lixou-se – lixaram-se os Americanos que pensavam poder usar os islâmicos como peões na guerra contra a União Soviética, lixaram-se os Soviéticos porque o seu regime formalmente ateu caiu estrondosamente, grassando agora no seu antigo território mais do que um fundamentalismo religioso, lixaram-se até os republicanos da Esquerda anti-clerical portugueses, que julgavam conseguir deitar abaixo a Igreja e acabaram por criar um caos social tão grande que em 1928 se deu o golpe militar que impôs um regime ditatorial de Direita conservadora e beata de todo, tendo algo de mais ou menos semelhante sucedido em Espanha, uns anos depois.
A posição da actual Europa perante os muçulmanos parece-se demasiadamente com a da Europa pagã perante os primeiros cristãos. Os Europeus da Antiguidade não tiveram, em grande parte, a presença de espírito e a visão global que permitiu aos Orientais amarelos (Chineses e, sobretudo, Japoneses) travarem a tempo as hostes da religião universalista do crucificado judeu.
A ingenuidade individualista dos Europeus faz prenunciar um desastre sem precedentes, maior ainda do que o da cristianização do continente – maior porque o Islão é muitíssimo mais radical, mutilador e violento.
A noite aproxima-se e os archotes acesos são poucos. E são poucos porque muitos dos que os deviam acender e erguer, ou estão já a dormir, ou ainda não acordaram ou, pior ainda, nem sequer nasceram.
Que uma pessoa nascida num dos países mais pacatos e economicamente mais confortáveis do planeta, e, ainda para mais, dominado, como o resto do bloco civilizacional de que faz parte, por uma mentalidade racionalista, humanista, materialista, consumista, tendencialmente irreligiosa e onde a elite intelectual é de há muito militantemente céptica relativamente a tudo o que sejam ideais transpessoais (Religião e Nacionalismo), que uma pessoa nestas condições, e, ainda para mais, do sexo feminino (normalmente mais prudente, mais equilibrado e menos violento do que o masculino), se disponha a sacrificar a própria vida em nome de um credo totalitário, simples e violento - que isto suceda, é, como costumo dizer, um péssimo sinal para o Ocidente.
E não se pense que o caso desta vítima belga é único e se exemplo. Pelo contrário: há na Europa mais esposas de muçulmanos dispostas a cometer ataques suicidas, embora sejam, na sua maioria, de ascendência não europeia.
Talvez a simplicidade absoluta do Islão, bem como a sua atitude descarada e resolutamente imperialista, juntamente com a convicção absoluta dos seus crentes, talvez isto impressione alguns dos amolecidos ocidentais, mergulhados num marasmo de águas mornas e comida insípida; a modorra dos meios termos sem sabor e da vidinha sossegada, atafulhada de centros comerciais e de programas televisivos, deprime demasiada gente, que, em reacção, se entrega a radicalismos dos mais variados, quer para se vingar da «sociedade dos meios termos» (ao fim ao cabo, uma das características do verdadeiro Ocidente, já Platão dizia que a medida era a melhor coisa do mundo), quer para sentir a adrenalina, quer porque o consumo e a ausência de problemas sérios crie angústias existenciais que anseiam por uma resposta brutal e maior do que a vida - maior do que a vidinha que têm, pelo menos.
Ora, radicalismo por radicalismo, nenhum é tão total e absorvente como uma religião.
A Religião tudo vence, tarde ou cedo, e quem não se apercebeu disso, lixou-se – lixaram-se os Americanos que pensavam poder usar os islâmicos como peões na guerra contra a União Soviética, lixaram-se os Soviéticos porque o seu regime formalmente ateu caiu estrondosamente, grassando agora no seu antigo território mais do que um fundamentalismo religioso, lixaram-se até os republicanos da Esquerda anti-clerical portugueses, que julgavam conseguir deitar abaixo a Igreja e acabaram por criar um caos social tão grande que em 1928 se deu o golpe militar que impôs um regime ditatorial de Direita conservadora e beata de todo, tendo algo de mais ou menos semelhante sucedido em Espanha, uns anos depois.
A posição da actual Europa perante os muçulmanos parece-se demasiadamente com a da Europa pagã perante os primeiros cristãos. Os Europeus da Antiguidade não tiveram, em grande parte, a presença de espírito e a visão global que permitiu aos Orientais amarelos (Chineses e, sobretudo, Japoneses) travarem a tempo as hostes da religião universalista do crucificado judeu.
A ingenuidade individualista dos Europeus faz prenunciar um desastre sem precedentes, maior ainda do que o da cristianização do continente – maior porque o Islão é muitíssimo mais radical, mutilador e violento.
A noite aproxima-se e os archotes acesos são poucos. E são poucos porque muitos dos que os deviam acender e erguer, ou estão já a dormir, ou ainda não acordaram ou, pior ainda, nem sequer nasceram.
6 Comments:
Belgian Red Haired
Meu caro tem toda a razão!
Mas agora veja:
alguém que vê a sua nação ocupada por americanos e judeus,
o consumismo,
os panascas,
a invasão da imigração,
a violencia,
a destruição sistematica da sua cultura,
a miseria e a falta de emprego,
entre outros...
So se pode é "passar"!
E responsabiliza como é óbvio quem manda! Ou seja os mesmos "Amies" e os "judas".
Neste ambiente, ir atrás de uma religião por mais doentia que seja (e que é), e de um macaco imigrante que acaba por lhe dar atenção (no meio da frieza e despresos gerais) acaba por ser a aparente solução!
É esse o grande perigo na nossa europa, os novos ditadores só nos querem deixar optar entre as escumalhas !
Caturo, desculpa lá trazer para aqui uma discussão iniciada no Pasquim mas o Corcunda apagou os teus posts e fiquei sem resposta.
Escreveste lá:
«mas também porque, depois do Europeu experimentar a liberdade e a independência individual, já não tem vontade de se espojar aos pés do líder iluminado e abdicar da sua própria capacidade de JULGAR.»
E eu argumentei:
«Sim, mas a liberdade e a independência individual não podem ser os valores últimos, absolutos, de um nacionalista, a ideia de interesse nacional ou defesa da identidade da comunidade não se compadece com individualismos radicais.É preciso por isso cultivar valores primordiais,encontrados na História, na tradição,que se sobreponham ao indivíduo.Caso contrário estamos a assumir uma visão do mundo que é própria do liberalismo filosófico.»
Isto não significa que não concorde com o que afirmas em relação ao líder iluminado mas gostaria que esclarecesses quais os limites, se é que consideras existirem, dessa liberdade e individualismo e o que é que os justifica.
Grazie :)
É um comediante, o Corcunda...;)
Em referência ao que disseste,
«É preciso por isso cultivar valores primordiais,encontrados na História, na tradição,que se sobreponham ao indivíduo.»
Sim, evidentemente. Mas isto tem de suceder numa sociedade em que o indivíduo não se veja como separado, na sua identidade, do Povo de que faz parte.
A salvaguarda da identidade nacional é por isso algo que está acima do livre arbítrio de qualquer um, como é evidente, tão somente porque, uma vez que a liberdade de um indivíduo termina onde começa a liberdade do outro, tem-se que um indivíduo não pode pôr em risco o que aos outros também pertence, a saber, neste caso, a Nação.
E é assim que o Génio Nacional deve ter um direito soberano em cada Estado.
O Corcunda é de facto um comediante, mas o humor dele é demasiado NEGRO para o meu gosto :)
Mesmo para rir prefiro outro tipo de leituras.
«uma vez que a liberdade de um indivíduo termina onde começa a liberdade do outro, tem-se que um indivíduo não pode pôr em risco o que aos outros também pertence, a saber, neste caso, a Nação.»
Lembro-me de ter lido um comentário do Caturo no Fascismo Em Rede, no qual dizia que a liberdade era um valor supremo; e mesmo confrontado com a pergunta de um camarada sobre se, um Portugal nacionalista, se deveria permitir o Bloco de Esterco, manteve a sua dama, dizendo que sim, que mesmo num Estado Nacionalista, o Bloco de Esterco devia tet voz.
Em que ficamos?
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