segunda-feira, novembro 14, 2005

UMA VOZ PELA LIBERDADE OCIDENTAL

Hirsi Ali quer a integração plena dos imigrantes não europeus (como ela própria) na Europa. Eu, não. Sou um nacionalista racial.

E é sintomático que, de tantos bloguistas e comentadores, seja eu um dos poucos a falar de Hirsi Ali... porque será?

Ayann Hirsi Ali é mulher, de raça negra, conseguiu ser deputada num dos paises mais desenvolvidos do Ocidente, mesmo sendo de origem africana, luta pelos direitos das mulheres.

Ou seja, tinha TUDO para ser a maior heroína da Esquerda ocidental.

Mas a Esquerda quer outras heroínas....

Porque é que ninguém fala dela em Portugal?

É que a senhora... fala mal do Islão... e a Esquerda mete-nojo não quer que o Povo Europeu se aperceba disso....

A Esquerda mete-nojo não quer que o Povo acorde e perceba o PERIGO MORTAL que é deixar entrar mais imigrantes muçulmanos na Europa.

Hirsi Ali auxiliou Theo van Gogh, mártir da liberdade europeia, símbolo de uma Europa livre que está lentamente a ser assassinada pelo fanatismo islâmico e pela ESCUMALHA esquerdista que colabora com o invasor muçulmano.


Do Expresso, entrevista a Ayaan Hirsi Ali:

Ayaan Hirsi Ali é a deputada holandesa-somali que trabalhou com Theo van Gogh num filme sobre as mulheres e o Islão. Faz um ano esta semana que van Gogh foi assassinado numa rua de Amesterdão por um terrorista islâmico que era contra o filme. Hirsi Ali foi entrevistada recentemente por Andrea Seibel, vice-chefe de redacção do «Die Welt».

Global Viewpoint: Arrepende-se do filme «Submission», que causou a morte de van Gogh, especialmente quando você era a primeira visada?

Ayaan Hirsi Ali: Lamento o assassinato, mas aprendi uma lição: o nome do realizador não será revelado no próximo filme. Mas não me arrependo do conteúdo do filme.

GV:É verdade que continua a receber ameaças de morte?

A.H.A.: Sim, é verdade, principalmente vindas de jovens, por vezes de raparigas, que são em geral holandesas que se converteram ao islamismo. Pessoalmente, vejo tudo isto como parte de um movimento histórico mais amplo que é preciso ultrapassar.

GV:Como lida com essas ameaças?

A.H.A.: Nasci num país muito pobre, a Somália, onde nunca soube o que era liberdade de opinião. Continuo a achar extraordinário poder dizer o que penso e o que sinto. Além disso, o facto de o meu governo me proteger dá-me força. Em qualquer país muçulmano, eu seria decapitada por aquilo que tenho dito: na Somália, no Paquistão, na Arábia Saudita e até na própria Jordânia.

GV: Utiliza repetidamente a palavra luta.

A.H.A.: A minha vida transformou-se até certo ponto numa missão. Sou provavelmente a primeira mulher muçulmana da minha geração que foi submetida a coisas como a excisão do clítoris e a um casamento forçado e que diz em público a sua opinião, num mundo que está interligado através dos meios de informação modernos.

GV: Considera-se uma espécie de congénere feminina de Salman Rushdie?

A.H.A.: Somos certamente aliados. Ele foi o primeiro a passar por este inferno de ter de viver num medo constante. Sinto-me feliz por ele se ter mantido firme. É corajoso e é o meu herói.

GV: Ele aconselhou-a a ir para os Estados Unidos, tal como ele, porque se sentia mais seguro lá. Casou-se porque não queria estar só.

A.H.A.: Isso é verdade. Não é bom estar só. Contudo, um potencial companheiro teria de viver comigo, com uma pessoa que vive em perigo permanente. Não sei. Seria muito difícil ter de tomar decisões também pelo companheiro. Rushdie disse-me que eu seria sempre bem vinda na América. Respondi-lhe que agora sou deputada do Parlamento holandês. Este é o meu país. Levo muito a sério as minhas funções parlamentares e tenciono ficar na política até ao fim do meu mandato, em 2007. Depois verei o que acontece. Escrever, fazer cinema, dar aulas, talvez.

GV: Porque é que tantos muçulmanos que vivem na Europa parecem ter desprezo pela Europa?

A.H.A.: Na América, é-se americano desde que se lá entra. Na Europa, a maioria dos imigrantes quer sempre regressar à sua terra natal. Em consequência, são sempre acolhidos como meros «visitantes» nas suas novas sociedades. Se uma pessoa não se defende sozinha na América, se não ganha o seu dinheiro, está literalmente morto e fracassará. Na Europa, o estado social distribuiu dinheiro generosamente, deixando os imigrantes num estado de espírito passivo. O seu «modo de ser diferente» é encorajado pelos sacerdotes islâmicos importados, que lhes dizem que não têm nada de comum com os infiéis.

GV: Qual é o próximo passo depois do multiculturalismo?

A.H.A.: Chegou a altura de tratarmos os imigrantes como cidadãos genuínos. O governo tem de agir mais claramente, por vezes com maior dureza, e tem de exigir mais. Veja os crimes de honra contra as mulheres turcas, que são um problema aqui na Holanda. Não apenas o homicida tem de ser punido, mas também toda a família, até a mulher que serve o chá enquanto o conselho de família se reúne para preparar este acto sangrento. Precisamos de enviar um sinal: não é permitido fazer estas coisas. Nos casos de excisão do clítoris precisamos também de um sistema de controlo. Na Holanda, temos esse sistema, mas ainda funciona numa base de voluntariado. Contudo, já é um começo.

GV: Porque é que as nossas sociedades europeias não são capazes de actuar mais vigorosamente contra injustiças óbvias e a opressão da mulher muçulmana?

A.H.A.: Quando vamos às comunidades turcas e falamos sobre os valores e códigos de comportamento que são incompatíveis com a liberdade e a democracia, muitas vezes ouço o argumento de que, na Europa, os judeus foram mortos e que isto é também o que está destinado para os muçulmanos - eliminá-los culturalmente. Estes são argumentos assassinos que paralisam qualquer europeu. Pela minha parte, na minha qualidade de nova mulher europeia, digo-lhes: não se deixem enganar! O que essas pessoas estão a dizer é simplesmente, «deixem-nos em paz e deixem-nos continuar a oprimir as nossas mulheres». Nenhuma sociedade civil nem nenhum governo têm de aceitar isto.

GV: A ordem e a opressão vivem melhor num sistema fechado do que numa sociedade democrática e aberta. A liberdade encoraja a dúvida.

A.H.A.: A dúvida de si próprio é positiva, mas não quando estamos a lidar com princípios. Um corpo não mutilado, a própria vida e a liberdade individual não são negociáveis. Se alguém quer ser fumador, tudo bem, só se está a prejudicar a si próprio. Mas não pode matar uma irmã ou uma filha; não a pode trancar dentro de casa, cortar-lhe os seus órgãos genitais ou casá-la contra sua vontade. Os marroquinos daqui estão a enviar as filhas e as mulheres de novo para Marrocos; tiram-nas da escola. Este desrespeito pelas mulheres é simplesmente inaceitável.

GV: Ainda não há muito tempo essas práticas eram comuns mesmo entre os europeus.

A.H.A.: A educação levou à emancipação das mulheres. Os homens também mudaram de atitude. Lembro-me de um artigo escrito por John Stuart Mill em 1869, em que ele dizia: as sociedades que oprimem as mulheres são sociedades pobres. Estas sociedades são também mais propensas à violência. Isto é ainda hoje verdade. A Europa tomou demasiadas coisas por adquiridas desde o fim da Segunda Guerra Mundial, e especialmente desde o fim da Guerra Fria. Julga-se que as coisas foram sempre tão abundantes e pacíficas. Os imigrantes ficavam livres para fazerem o que queriam. Sentia-se que até certo ponto isso estava certo, por amor da paz, da alegria e da felicidade. Perdemos as atitudes das gerações mais velhas, o seu respeito pela liberdade, pela democracia e por um Estado de direito como sendo algo especial, precioso, não uma coisa para ser tomada por adquirida.

GV: O seu feminismo tem a ver com os direitos humanos e o humanismo. O que pensa do feminismo ocidental?

A.H.A.: Sim, sou uma feminista que luta pela integridade do nosso corpo, pelo direito de todas as raparigas a frequentarem a escola, aprenderem, decidirem quando e com quem desejam casar, quando querem engravidar. Luto para que possam viver, amar e continuar a acreditar em Deus. Isto é tão básico! O feminismo ocidental? Olhe para a Alemanha. Creio que uma mulher chanceler podia ser um sinal para todo o mundo.

GV: Como está a Europa hoje, um ano depois da morte de van Gogh?

A.H.A.: A morte de Theo van Gogh foi avassaladora para mim e para todo o país. Perdi um amigo. Mas quero ser optimista, tenho de ser optimista. Aquilo sofrem hoje na Europa os africanos, os asiáticos e os muçulmanos, também os europeus já sofreram no seu passado, durante muitas transições do subdesenvolvimento para o desenvolvimento, da religião para a secularização, do meio rural para a cultura citadina. O multiculturalismo cristaliza o estado existente em vez de permitir maior desenvolvimento.

GV: Ser uma activista política é uma coisa, ser capaz de permanecer um ser humano é outra.

A.H.A.: Tenho amigos que por vezes me dizem que gostam de mim, com quem posso passar um serão agradável. Vamos ao cinema e falamos de tudo menos de política. Tenho alguma vida privada. Sei que não posso lutar constantemente e que tenho de pensar na minha vida privada. Mas realmente não se trata de uma obsessão. Contudo, quero aproveitar esta oportunidade, esta janela no tempo. Sei que a reforma do Islão começará na Europa, tal como aconteceu com a reforma do cristianismo, principalmente devido à liberdade de opinião.

GV: A sua família fez-lhe coisas terríveis. Como é que ainda ama o seu pai?

A.H.A.: Porque ele me deu a oportunidade de ir para a escola. E foi contra a minha excisão do clítoris. Esta acção foi feita secretamente e contra a sua vontade pela minha avó, quando eu tinha 5 anos e ele estava ainda na prisão na Somália. É muito importantes compreender isto. A opressão nas famílias muçulmanas é a maioria das vezes perpetrada pelas mulheres, pelas mães, pelas sogras. Somos nós, mulheres, que transformamos os homens em opressores.

GV: Quando falou com o seu pai pela última vez?

A.H.A.: Há um ano. Isto entristece-me profundamente. Sei que a minha família me ama, tal como eu os amo. Mas estamos separados por princípios. Espero que o tempo cure estas feridas.

GV: Porque é que o amor e as saudades não são mais fortes?

A.H.A.(rindo): Porque a família tem medo de ir para o Inferno. O meu pai acredita que tem de escolher entre mim e Deus. É tudo muito difícil. Eu própria tive de lutar para decidir que voz devia ouvir, a de Deus ou a do meu coração.

GV: Acha que o seu pai a teria mandado matar?

A.H.A.: Espero que não... acho que não.

GV: Se o Papa, que recentemente deu uma audiência a Hans Küng e Oriana Fallaci, se oferecesse para a receber, o que gostaria de discutir com ele?

A.H.A.: Pedir-lhe-ia para se reunir com representantes da fé muçulmana e tentasse convencê-los de que dar mais liberdade às mulheres não põe a fé em perigo. Também lhe pedia que permitisse o uso de preservativos como protecção contra a sida. Isso seria um passo importante.

GV: Santa, mártir, activista, gazela negra com uma atitude à John Wayne. Reconhece-se nestas descrições?

A.H.A.: Não posso evitar ser uma figura pública. Diria que sou uma pessoa que pensa em voz alta, talvez demasiado alta por vezes.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Porque ela é de direita.
Porque procurar respostas complexas quando existem as mais simples e sobretudo óbvias:)

15 de novembro de 2005 às 13:32:00 WET  
Blogger Caturo said...

De direita?

É dum partido liberal, de Esquerda, se não me engano muito.

Seja como for, até é a favor da integração das minorias étnicas...

15 de novembro de 2005 às 14:22:00 WET  

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