LIBERDADES E CRITÉRIOS
Do Diário Digital:
Alemanha: julgamento de neonazi com início atribulado
Ernst Zuendel é acusado de instigação ao ódio racial e de ofensas e difamação da memória de falecidos, nos seus escritos neonazis.
O processo contra o neonazi alemão Ernst Zuendel, acusado de instigação ao ódio racial e de negar o genocídio nazi sobre seis milhões de judeus, começou hoje, em Mannheim, de forma atribulada.
Depois de uma acesa troca de palavras, o juiz-presidente, Ulrich Meinerzhagen, expulsou o advogado neonazi Horst Mahler da bancada da defesa.
O tribunal retirou ainda o mandato à advogada de defesa, Sylvia Stolz, que pouco antes tinha requerido que Mahler fosse seu assistente no processo.
Meinerzhagen justificou a decisão com o facto de a licença de Mahler ter sido cassada temporariamente pela Ordem dos Advogados, depois de uma condenação a oito meses de prisão, por delitos de propaganda neonazi.
O juiz começou por exigir a Mahler que abandonasse a bancada da defesa e ocupasse lugar no espaço reservado ao público.
O controverso advogado, que nos anos setenta cumpriu 10 anos de prisão por crimes praticados ao serviço da Fracção do Exército Vermelho (RAF), organização terrorista de extrema-esquerda, só obedeceu, no entanto, quando o magistrado mandou os ordenanças presentes na sala cumprir a ordem.
Juergen Rieger, o outro advogado de Zuendel, acusou por sua vez o tribunal de obstrução à actividade da defesa, e accionou um incidente de recusa do colectivo de juízes, obrigando à interrupção dos trabalhos durante uma semana.
Pouco antes, o juiz Meinerzhagen retirou o mandato a Sylvia Stolz, também advogada de Zuendel, que nas suas alegações escritas negou a existência do Holocausto, o genocídio de seis milhões de judeus pelos nazis, na II Guerra Mundial, "que está histórica e claramente provado", disse o magistrado.
Zuendel, 66 anos, é acusado de ter instigado ao ódio racial, e de ofensas e difamação da memória de falecidos, nos seus escritos neonazis, a partir de sites na Internet, ou de outras.
O arguido, de 66 anos, natural de Baden-Wuerttmeberg, no sul da Alemanha, emigrou em 1958 para o Canadá, mas começou a ser procurado pela justiça alemã a partir de 1996, e acabaria por ser extraditado e detido em Março deste ano, em Frankfurt.
Pouco antes, as autoridades canadianas, ao abrigo de novas leis anti-terroristas, decidiram considerar Zuendel um perigo para a segurança nacional.
Poucos dias antes de começar o julgamento, neonazis da Hungria e da República Checa manifestaram-se junto às embaixadas da Alemanha nestes países vizinhos, exigindo a libertação de Zuendel, personalidade bem conhecida no meio.
Chatices que se poderiam evitar se houvesse liberdade para todos e não apenas para alguns. Independentemente de os revisionistas dos campos de concentração terem ou não razão, porque cargas de água é que não podem defender as suas teorias?
Porque é que não se pode, em lado nenhum da Europa continental, pôr em dúvida o dito holocausto, mas, entretanto, as autoridades desse mesmo continente fecham por completo os olhos relativamente à negação turca do genocídio dos Arménios, ocorrido na segunda década do século XX?
Por estas e por outras é que louvo as liberdades anglo-saxónicas, que permitem ao inglês Irving a defesa pública da sua versão da História do holocausto sem estar ameaçado de ir malhar com os seus velhos ossos na pildra...
Alemanha: julgamento de neonazi com início atribulado
Ernst Zuendel é acusado de instigação ao ódio racial e de ofensas e difamação da memória de falecidos, nos seus escritos neonazis.
O processo contra o neonazi alemão Ernst Zuendel, acusado de instigação ao ódio racial e de negar o genocídio nazi sobre seis milhões de judeus, começou hoje, em Mannheim, de forma atribulada.
Depois de uma acesa troca de palavras, o juiz-presidente, Ulrich Meinerzhagen, expulsou o advogado neonazi Horst Mahler da bancada da defesa.
O tribunal retirou ainda o mandato à advogada de defesa, Sylvia Stolz, que pouco antes tinha requerido que Mahler fosse seu assistente no processo.
Meinerzhagen justificou a decisão com o facto de a licença de Mahler ter sido cassada temporariamente pela Ordem dos Advogados, depois de uma condenação a oito meses de prisão, por delitos de propaganda neonazi.
O juiz começou por exigir a Mahler que abandonasse a bancada da defesa e ocupasse lugar no espaço reservado ao público.
O controverso advogado, que nos anos setenta cumpriu 10 anos de prisão por crimes praticados ao serviço da Fracção do Exército Vermelho (RAF), organização terrorista de extrema-esquerda, só obedeceu, no entanto, quando o magistrado mandou os ordenanças presentes na sala cumprir a ordem.
Juergen Rieger, o outro advogado de Zuendel, acusou por sua vez o tribunal de obstrução à actividade da defesa, e accionou um incidente de recusa do colectivo de juízes, obrigando à interrupção dos trabalhos durante uma semana.
Pouco antes, o juiz Meinerzhagen retirou o mandato a Sylvia Stolz, também advogada de Zuendel, que nas suas alegações escritas negou a existência do Holocausto, o genocídio de seis milhões de judeus pelos nazis, na II Guerra Mundial, "que está histórica e claramente provado", disse o magistrado.
Zuendel, 66 anos, é acusado de ter instigado ao ódio racial, e de ofensas e difamação da memória de falecidos, nos seus escritos neonazis, a partir de sites na Internet, ou de outras.
O arguido, de 66 anos, natural de Baden-Wuerttmeberg, no sul da Alemanha, emigrou em 1958 para o Canadá, mas começou a ser procurado pela justiça alemã a partir de 1996, e acabaria por ser extraditado e detido em Março deste ano, em Frankfurt.
Pouco antes, as autoridades canadianas, ao abrigo de novas leis anti-terroristas, decidiram considerar Zuendel um perigo para a segurança nacional.
Poucos dias antes de começar o julgamento, neonazis da Hungria e da República Checa manifestaram-se junto às embaixadas da Alemanha nestes países vizinhos, exigindo a libertação de Zuendel, personalidade bem conhecida no meio.
Chatices que se poderiam evitar se houvesse liberdade para todos e não apenas para alguns. Independentemente de os revisionistas dos campos de concentração terem ou não razão, porque cargas de água é que não podem defender as suas teorias?
Porque é que não se pode, em lado nenhum da Europa continental, pôr em dúvida o dito holocausto, mas, entretanto, as autoridades desse mesmo continente fecham por completo os olhos relativamente à negação turca do genocídio dos Arménios, ocorrido na segunda década do século XX?
Por estas e por outras é que louvo as liberdades anglo-saxónicas, que permitem ao inglês Irving a defesa pública da sua versão da História do holocausto sem estar ameaçado de ir malhar com os seus velhos ossos na pildra...
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