CHOQUE DE CIVILIZAÇÕES? GUERRA DE CIVILIZAÇÃO
Mais um artigo em que Hugh Fitzgerald diz o mesmo que eu tenho dito há já algum tempo - o chamado «choque de civilizações», não é, como alguns pensam, um confronto entre vários blocos civilizacionais, mas sim o confronto do Islão contra todos os outros blocos civilizacionais ao mesmo tempo, onde quer que o Islão tenha força suficiente para empreender tal conflito.
Nisto, Fitzgerald discorda do famoso Samuel Huntington, conhecido professor universitário de Harvard que escreveu polémica obra sobre o tema. Não tive ainda o tempo e o prazer de ler tão conhecido livro, mas, em discussão com camaradas meus que o leram, sempre os contestei quando os ouvia afirmar que no presente momento da História do mundo, há várias civilizações em confronto - e contestei-os porque, de facto, não vejo qualquer ameaça séria entre as outras civilizações, tirando o Islão. Fitzgerald explica bem porque é que um eventual conflito entre os E.U.A. e a China não seria uma guerra civilizacional, mas meramente entre potências rivais, com os mesmos objectivos e sem diferenças substanciais em termos de valores (a China já não luta para impor o Comunismo em todo o mundo, pelo contrário, até se torna mais e mais capitalista).
Quanto ao resto, creio que se pode estabelecer uma perfeita equivalência microcosmos-macrocosmos entre a política mundial intercontinental e a vivência nas sociedades multiculturais do Ocidente, isto é, o que acontece em termos de política mundial é em tudo semelhante ao que se passa no seio da sociedade ocidental dos países mais poderosos e/ou multiculturais da Europa e da América. Com efeito, em Inglaterra, em França, na Holanda, na Alemanha, na Itália, nos E.U.A., no Canadá, na Austrália, observa-se um inequívoco crescimento da tensão entre muçulmanos e seus «hóspedes» (ou seja, os ocidentais que ainda são donos dos seus próprios Estados). A respeito disto, arranjam-se explicações diversas, a maior parte delas não passando de meros pretextos para enfiar a cabeça na areia, evitando o confronto real e arranjando em vez disso um confronto fictício, fácil e que, inevitavelmente, não só não tem grande importância como, muito pior do que isso, desvia as atenções do verdadeiro problema. Assim, uns quantos analistas político-sociais gostam, por exemplo, de dizer que o grande problema da tensão entre muçulmanos e não muçulmanos nas sociedades ocidentais, deriva do excesso de liberdade tipicamente anglo-saxónico, que permite a cada um vestir-se como lhe apetece e usar o que lhe dá na real gana. Quem assim fala, quer situar a questão no velho debate entre liberdade anglo-saxónica e igualdade forçada francesa (há quem afirme que, enquanto as democracias latinas têm posto a tónica no valor da «igualdade», os anglo-saxónicos preferem valorizar a Liberdade).
Ora, o que acontece na realidade, é que as democracias anglo-saxónicas nunca tiveram, na época contemporânea, qualquer espécie de problema com hindus, siques, budistas, católicos, protestantes (o caso da Irlanda do Norte parte de uma oposição de ordem nacional, isto é, Irlandeses vs. Ingleses), ortodoxos, etc..
Os problemas só começam a acontecer agora, quando as comunidades muçulmanas começam a aumentar de número. E todos os problemas ocorrem em torno dessa minoria islâmica a viver em solo ocidental.
É tão simples como isto.
E a tropa politicamente correcta, agarrada aos seus estupidificantes dogmas de igualdade, e de que «todas as religiões são pacíficas», faz todos os possíveis para ignorar este facto incontornável.
Por outro lado, é preciso ser-se pior do que ingénuo para acreditar que o problema em França com o tchádor já acabou...
Como bem nota Fitzgerald, o Islão está tanto em guerra contra o Ocidente, como está contra os hindus, os budistas, os Chineses, os Russos, os Judeus, os pagãos africanos, etc.. E todos estes não estão em guerra entre si (pelo menos, não declaradamente, se não tivermos em mente o que se passa na Índia, onde grupos de missionários cristãos andam há muito a querer destruir o Hinduísmo...). E, se a Alcaida e quejandos amaldiçoam mais os Norte-Americanos do que quaisquer outros, é só porque os E.U.A., sendo a maior potência do mundo, são igualmente o maior obstáculo militar e político ao triunfo do Islão. Mas a cegueira suicida, ou desonestidade ideológica, de certos observadores europeus e norte-americanos, faz por ocultar esta realidade.
Nisto, Fitzgerald discorda do famoso Samuel Huntington, conhecido professor universitário de Harvard que escreveu polémica obra sobre o tema. Não tive ainda o tempo e o prazer de ler tão conhecido livro, mas, em discussão com camaradas meus que o leram, sempre os contestei quando os ouvia afirmar que no presente momento da História do mundo, há várias civilizações em confronto - e contestei-os porque, de facto, não vejo qualquer ameaça séria entre as outras civilizações, tirando o Islão. Fitzgerald explica bem porque é que um eventual conflito entre os E.U.A. e a China não seria uma guerra civilizacional, mas meramente entre potências rivais, com os mesmos objectivos e sem diferenças substanciais em termos de valores (a China já não luta para impor o Comunismo em todo o mundo, pelo contrário, até se torna mais e mais capitalista).
Quanto ao resto, creio que se pode estabelecer uma perfeita equivalência microcosmos-macrocosmos entre a política mundial intercontinental e a vivência nas sociedades multiculturais do Ocidente, isto é, o que acontece em termos de política mundial é em tudo semelhante ao que se passa no seio da sociedade ocidental dos países mais poderosos e/ou multiculturais da Europa e da América. Com efeito, em Inglaterra, em França, na Holanda, na Alemanha, na Itália, nos E.U.A., no Canadá, na Austrália, observa-se um inequívoco crescimento da tensão entre muçulmanos e seus «hóspedes» (ou seja, os ocidentais que ainda são donos dos seus próprios Estados). A respeito disto, arranjam-se explicações diversas, a maior parte delas não passando de meros pretextos para enfiar a cabeça na areia, evitando o confronto real e arranjando em vez disso um confronto fictício, fácil e que, inevitavelmente, não só não tem grande importância como, muito pior do que isso, desvia as atenções do verdadeiro problema. Assim, uns quantos analistas político-sociais gostam, por exemplo, de dizer que o grande problema da tensão entre muçulmanos e não muçulmanos nas sociedades ocidentais, deriva do excesso de liberdade tipicamente anglo-saxónico, que permite a cada um vestir-se como lhe apetece e usar o que lhe dá na real gana. Quem assim fala, quer situar a questão no velho debate entre liberdade anglo-saxónica e igualdade forçada francesa (há quem afirme que, enquanto as democracias latinas têm posto a tónica no valor da «igualdade», os anglo-saxónicos preferem valorizar a Liberdade).
Ora, o que acontece na realidade, é que as democracias anglo-saxónicas nunca tiveram, na época contemporânea, qualquer espécie de problema com hindus, siques, budistas, católicos, protestantes (o caso da Irlanda do Norte parte de uma oposição de ordem nacional, isto é, Irlandeses vs. Ingleses), ortodoxos, etc..
Os problemas só começam a acontecer agora, quando as comunidades muçulmanas começam a aumentar de número. E todos os problemas ocorrem em torno dessa minoria islâmica a viver em solo ocidental.
É tão simples como isto.
E a tropa politicamente correcta, agarrada aos seus estupidificantes dogmas de igualdade, e de que «todas as religiões são pacíficas», faz todos os possíveis para ignorar este facto incontornável.
Por outro lado, é preciso ser-se pior do que ingénuo para acreditar que o problema em França com o tchádor já acabou...
Como bem nota Fitzgerald, o Islão está tanto em guerra contra o Ocidente, como está contra os hindus, os budistas, os Chineses, os Russos, os Judeus, os pagãos africanos, etc.. E todos estes não estão em guerra entre si (pelo menos, não declaradamente, se não tivermos em mente o que se passa na Índia, onde grupos de missionários cristãos andam há muito a querer destruir o Hinduísmo...). E, se a Alcaida e quejandos amaldiçoam mais os Norte-Americanos do que quaisquer outros, é só porque os E.U.A., sendo a maior potência do mundo, são igualmente o maior obstáculo militar e político ao triunfo do Islão. Mas a cegueira suicida, ou desonestidade ideológica, de certos observadores europeus e norte-americanos, faz por ocultar esta realidade.
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