quarta-feira, setembro 28, 2005

QUEM DEFINE QUEM SÃO OS MAUS DA FITA?...


Debbie Schlussel

A colunista Debbie Schlussel critica um filme acabado de estrear, «Flight Plan», no qual um grupo de árabes muçulmanos são suspeitos de planearem um atentado terrorista no avião em que viajam, mas depois acabam por se revelar inocentes, porque afinal os terroristas eram dois gajos da tripulação...

A opinante senhora acerta em cheio ao considerar esta película como uma obscena peça de propaganda pró-islâmica politicamente correcta; e, embora exagerando um pouco, afirma que se esta produção é uma ofensa para as duas hospedeiras dos aviões usados no ataque terrorista de 11 de Setembro que, no seu último contacto com as autoridades do seu país, deram um contributo decisivo para identificar os terroristas islâmicos, o que constitui nobre exemplo de abnegação e heroísmo.
Parece-me especialmente pertinente a observação de Debbie Schlussel quando revela qual é, a seu ver, a intenção de quem faz o filme no momento em que se revela a inocência dos muçulmanos - fazer o espectador ocidental sentir-se culpado por ter desconfiado dos pobres muçulmanos...

Ora uma obra ficcional destas, não surge nesta altura por acaso.

É manifestação ideológica da tropa islamófila, de Esquerda liberal, que adora dar razão ao seu amado «outro», o alienígena, o inimigo, que luta contra nós, os «maus da fita», os «culpados», os que têm sempre a obrigação de dar a outra face.

É, também, uma demonstração de que Solzhenitsyn tinha toda a razão quando denunciou, na sua palestra «O Declínio da Coragem», a atitude cobarde dos ocidentais que preferem exibir a sua feroz «indignação!» contra os que os não prejudicam, enquanto silenciam por completo a sua verve quando é preciso confrontar os seus verdadeiros inimigos.

Há muito que digo que o mais poderoso meio de propaganda não é a campanha política, nem sequer o documentário televisivo desonesto - é, e sempre foi, a ficção, a saber, a representação ficcionada de uma realidade concreta, envolvendo personagens concretas e pejadas de emotividade. E, quando os produtores de tal tipo de propaganda são todos ou quase todos da Esquerda liberal, o resultado só pode ser o alastramento da alienação xenófila.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

É caso para dizer: bela, inteligente e atenta!

28 de setembro de 2005 às 17:57:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

E você, que de cada vez que vir o "Cisco Kid" tenho que me lembrar de si? Serve para já não o ir ver, que eu não vejo filmes explicita ou impliticamente políticos, e para isso vale a pena e já não faz mal saber. É que já são filmes a mais: o "Crash" está em cartaz há mais de 12 semanas, quando filmes mais giros às vezes nem chegam aos dois meses; filmes de terror ou outros em que lá aproveitam para meter a sua colherada de misturada racial; o "Kingdom of Heaven", etc, etc, etc. E ainda pergunta para que quero eu a Santa Inquisição!... Santa Paciência!...

28 de setembro de 2005 às 18:42:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«E realmente, este filme e' mesmo baseado em fantasia: onde ja se viu muculmanos a andarem de aviao e no final da viagem... nao serem terroristas! Ficcao no seu melhor.»

Não é a situação, é o contexto: é óbvio que há Muçulmanos em viagem que não são terroristas; mas fazer passar a imagem de que são todos seguros e de que, imagine-se, há terroristas que trabalham para os Muçulmanos entre os nossos, e que é injusto ter receios perfeitamente legítimos e fundados, numa altura em que se verifica o oposto do retratado, é que é irresonsável, não só para quem o faz como para terceiros. A simples referência é que assume contornos políticos, bem como a intenção e o efeito esperado em quem vê: o de acusar os que têm medo de não terem razão e de, ainda para mais, transferir a culpa de quem é terrorista do "outro" para cima de nós, que nada fizemos, tal é a mania do "outro"!...

30 de setembro de 2005 às 16:42:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Estava obviamente a brincar, nao vejo este tipo de filmes, sao demasiado previsiveis e sim, demasiado politicamente correctos. O ultimo filme americano que vi, o "Interprete" foi de vomitar.»

E é verdade, especialmente aquela parte da suposta prática de não punir os criminosos (em geral!!!) e aceitar os crimes como partem da vida!!! Esta loucura nunca poderá durar, quanto mais não seja porque estão cá os que são fortes, terroristas ou não, para abater os gajos que se armam em Mártires do "Outro"!...

30 de setembro de 2005 às 16:45:00 WEST  

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