quarta-feira, setembro 28, 2005

SEMI-DIMITUDE IANQUE

A administração Bush não quer confrontar a Turquia com a questão do genocídio cometido pelos Turcos contra os Arménios entre 1915 e 1923.

Diz Robert Spencer do Jihad Watch que esta atitude se explica pela lógica de estimular o caminho da paz e da tolerância dos muçulmanos, convencendo-os de que sempre foram gente boazinha e amante do «outro», para que os seus povos não se sintam oprimidos pelas imposições ocidentais no sentido do combate ao extremismo islâmico. Spencer discorda de tal estratégia porque não acredita que basear uma construção numa mentira possa dar bom resultado; acresce que tal actuação não tem dado resultado, porque a intolerância relativamente aos não muçulmanos, aumenta nos países do Islão.

De uma maneira ou doutra, o que é facto é que, neste caso concreto, esta política norte-americana pró-turca já vem de há muito e tem sido explicada, quer pelo objectivo americano de ter aliados na zona do Médio Oriente (a Turquia faz fronteira com o norte do Iraque), de ajudar a proteger Israel contra a cambada árabe que rodeia o Estado da Magen David, e, ao mesmo tempo, de enfraquecer a Europa por meio da divisão, quer pela introdução no seio da U.E. de um país que entrará em conflito com várias nações europeias, quer pelo afastamento relativamente à Rússia, porque as relações entre o Urso Eslavo e o Otomano foram sempre hostis, especialmente nas Balcãs, onde, recorde-se, os Ianques andaram a favorecer os muçulmanos e os Croatas contra o poder sérvio, aliado incondicional de Moscovo.

É nestas coisas que a Europa não se pode entregar por completo aos E.U.A. nem sequer pode continuar a aceitar a liderança político-militar dos caubóis de vistas curtas. O pior é que na Europa o «partido» pró-islâmico é tão ou mais forte do que o norte-americano e talvez mais perigoso, porque, mais ideológico, é por isso mesmo mais sinceramente dimiesco, isto é, pronto a dar a outra face ao muçulmano.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

«É nestas coisas que a Europa não se pode entregar por completo aos E.U.A. nem sequer pode continuar a aceitar a liderança político-militar dos caubóis de vistas curtas.»

Nem parece a mesma pessoa que defende, ainda, a oportunidade e a razão da intervenção Americana no Iraque.

28 de setembro de 2005 às 13:53:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Nem parece a mesma pessoa que defende, ainda, a oportunidade e a razão da intervenção Americana no Iraque.

Não percebeu que o que afirmei é que os Norte-Americanos, relativamente ao terrorismo, fazem menos mal do que os Europeus, o que não quer dizer que procedam sempre bem, pelo contrário. Já expliquei o que faria relativamente ao Médio Oriente.

28 de setembro de 2005 às 14:26:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

O que eu não percebo é porque é que continua a achar que esta Guerra de vistas-curtas é, afinal, de vistas longas!...

28 de setembro de 2005 às 14:39:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Porque vale mais esta guerra do que nenhuma, salvo seja... e porque quem a faz está de algum modo a combater o terrorismo e a exercer a força ocidental contra o inimigo maior da Europa.

28 de setembro de 2005 às 15:29:00 WEST  

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