quarta-feira, agosto 17, 2005

RELATIVISMOS E VERSÕES DA HISTÓRIA

O «mayor» de Londres, Ken Livingstone, proferiu afirmações nas quais equiparou os terroristas muçulmanos aos fundadores dos E.U.A. e aos de Israel, nua medida em que todos eles, e outros, tiveram comportamentos que foram nalguma fase da História considerados como inaceitáveis.

Dizer uma coisa destas no actual contexto, em que o seu próprio povo vive o terror do ataque cobarde muçulmano repentino e sem rosto, é especialmente característico do nojento relativismo cultural e moral esquerdista, que, nestas ocasiões, gosta de armar em tolerante e compreensivo, e, quando está perante crimes racistas cometidos por «nazis», esquece por completo esta «abertura de espírito» e até se dispõe a condenar como cúmplice do Nazismo quem quer que use nesses casos o mesmo raciocínio moral que os esquerdistas aplicam a situações em que os autores do crime não são europeus.

Nem vou perder tempo com as diferenças que possam existir entre as acções dos diferentes fundadores. Prefiro chamar a atenção para algo que me parece muito significativo do papel da Esquerda no desenrolar dos acontecimentos e nos ventos da História - a comparação que Livingstone (e muitos outros, não haja dúvidas) faz entre os fundadores americanos e judeus por um lado e os «jihadistas» por outro, evidencia que essa gente amante do Outro prepara-se para reconhecer nos terroristas muçulmanos os fundadores de uma nova ordem, de um novo poder, reconhecido, tarde ou cedo, por todo o mundo. Os Livingstones e quejandos, vão ter na História um papel vagamente parecido com aquele que tiveram as autoridades romanas mais desleixadas perante o avanço do Cristianismo. Digo «vagamente parecido», porque a diferença entre ambos os grupos é por demais evidente - de facto, essa doença do masoquismo etno-civilizacional, da vontade de dar a outra face, do desejo de abraçar apaziguar por meio do abraço fraterno um Outro que está apostado em nos agredir, todo este estado de espírito, não pode de modo algum ser comparado à tolerância desavisada de alguns Romanos que não souberam perceber a tempo até que ponto era o Cristianismo perigoso para a Roma pagã. Neste caso, há apenas laxismo e ingenuidade; naquele, há uma simpatia inegável pelo inimigo, aquilo a que se chama «síndrome de Estocolmo» (isto é, a tendência das vítimas de rapto para gostarem dos seus raptores).

Já tenho pensado algumas vezes que Osama bin Laden e sua escumalha serão um dia considerados tão heróicos como os mártires cristãos o foram na Idade Média. Isto porque quem faz a História, são os vencedores. E se quisermos evitar que os nossos vindouros aprendam na escola que a «gloriosa» Alcaida conquistou os «decadentes» Ocidentais e impôs a boa moral (do mesmo modo que se ensinou no Ocidente que os cristãos primitivos traziam «A Virtude» para corrigir e punir os «decadentes Romanos»), temos de combater agora.

36 Comments:

Blogger João said...

Completamente de acordo. De resto, penso que o conhecimento da história Romana é fundamental para percebermos o que se passa hoje e estabelecermos algumas analogias, de modo a não se repetirem erros idênticos. Já agora, para os interessados, o clássico "Vidas dos doze Césares" começou finalmente a ser traduzido para português. Já saiu o primeiro de três volumes. Edições Sílabo.

17 de agosto de 2005 às 17:08:00 WEST  
Blogger Luis Gaspar said...

"Essa batalha nada teve a ver com o Cristianismo. Foi uma luta entre Nações."

Cristãs. Cujos soldados passaram dias em vigília, oração, mortificação antes do combate. Que pediam a Deus que os ajudasse. Que achavam estar a combater - embora estivessem errados - em nome de Deus.

"cujo Pai é supostamente perfeito e omnipotente e no entanto cria certas pessoas sabendo de antemão que as vai condenar ao inferno (ou então, não é omnisciente)"

Essa falácia é recorrente, mas até esperava mais de si. O livre-arbítrio humano é coerente com a ominsciência de Deus. Tal como se descubriu recentemente que afinal Euclides estava errado e, no infinito, duas rectas paralelas tocam-se. Repare bem: uma coisa é saber, a outra é provocar. O facto de Deus ser omnipotente não significa que todas as acçõs do mundo sejam consequência da acção Dele. Se detesta tanto o Cristianismo e se odeia tanto judeus, começe por se informar do que é o pecado original.

"Já lhe disse que depende da noção de Lusitânia de que esteja a falar. A Lusitânia romana, incluía uma parte de Castela; mas a Lusitânia dos Lusitanos, nem por isso... "

Então e qual é a sua? E porquê? Repare bem: se defende a legitimidade de determinada raça
em viver em determinado sítio é porque acha que quem chega primeiro ganha; logo, é você que quer voltar tudo ao passado. Se raça x tem legitimidade para estar em país y porque foi assim há uns milénios, então tudo o resto que existia há alguns milénios também tem legitimidade para existir hoje. Tudo o resto. Fronteiras - quais são? -, deusas com buço e sinais nojentos na fuça, imolações, etc...
Quanto ao resto, se perguntar a uma pessoa na rua o que a preocupa, garanto-lhe que ela só fala dos problemas do país se lhe tocar a eles pessoalmente; porque não falam dos problemas da recessão quando havia o Euro; não falam da raça branca se não lhes entrar um preto pela taxi adentro e os roubar. Os problemas abstractos não existem. Têm que se consubstanciar.

17 de agosto de 2005 às 18:50:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caturo :

Que eu saiba nao foram exercitos Cristaos que derrotaram os Romanos Pagaos , mas sim a elevacao o exemplo e a coragem demonstrada pelos Cristaos nas Arenas defronte dos Leoes . E a verdade e que foi a Roma Paga que atirou os Cristaos as feras ! O exemplo e a coragem Crista foi determinante na progressiva conversao ao Cristianismo que se foi verificando no seio do Imperio Romano !
E finalmente , nao deixa de ser verdade que o Imperio Romano, ja convertido, foi determinante na expansao do Cristianismo !

Hoje o Glorioso Imperio Romano existe na Superior dimensao espiritual presente na Igreja Catolica Apostolica e ROMANA !

Ass: Pedro Cacorino Dias

17 de agosto de 2005 às 19:19:00 WEST  
Blogger Caturo said...

"Essa batalha nada teve a ver com o Cristianismo. Foi uma luta entre Nações."

Cristãs

Dominadas pelo Cristianismo.



Cujos soldados passaram dias em vigília, oração, mortificação antes do combate

Isso. Antes de se lançarem contra outros cristãos. Não pensavam que esses outros cristãos fossem hereges, ou que fossem doutra religião... nunca houve dúvidas que ambos os lados eram tementes a Deus.
Por conseguinte, o seu argumento é inteiramente destituído de valor.


Que achavam estar a combater - embora estivessem errados - em nome de Deus.

Outra mentira imbecil. Nem os Castelhanos nem os Portugueses combatiam em nome de Deus nessa batalha, porque ambos adoravam o mesmo Deus.
A respeito disso, até houve um episódio engraçado... é que, até então, o santo padroeiro de Portugal, era Santiago... mas, como os Castelhanos também invocavam Santiago, então os Portugueses passaram desde então a invocar São Jorge (o dos aliados ingleses), o que mostra bem como o Nacionalismo condicionou a tal devoção imperturbável de que você fala...



"cujo Pai é supostamente perfeito e omnipotente e no entanto cria certas pessoas sabendo de antemão que as vai condenar ao inferno (ou então, não é omnisciente)"

Repare bem: uma coisa é saber, a outra é provocar. O facto de Deus ser omnipotente não significa que todas as acçõs do mundo sejam consequência da acção Dele

Não se baralhe nem fuja para a frente. Eu falei também de omnisciência. Ora, omnisciência, é saber tudo, sem excepção: conhecer o passado, o presente e o futuro; logo, Deus já sabia tudo o que ia acontecer no Universo mesmo antes de o criar. Sendo assim, antes de criar o Universo, já sabia que algumas criaturas suas iriam ser condenadas ao sofrimento eterno. E, mesmo assim, criou-as... pode dizer-se que nem ao diabo lembrava tal tipo de crueldade.


Se detesta tanto o Cristianismo e se odeia tanto judeus, começe por se informar do que é o pecado original.

O querer conhecer - recusar a ignorância que mantinha o homem na submissão.



"Já lhe disse que depende da noção de Lusitânia de que esteja a falar. A Lusitânia romana, incluía uma parte de Castela; mas a Lusitânia dos Lusitanos, nem por isso... "

Então e qual é a sua?

Sendo luso-romano, sou herdeiro da Lusitânia dos Lusitanos e da influência romana posterior. Mas isso não implica que não reconheça que na Lusitânia romana, estavam incluídos povos que não eram propriamente lusitanos, e sim Vetões (ancestrais de Castela).
Entretanto, essa Lusitânia foi tomada pelos Germanos e, posteriormente, pela Moirama. Posteriormente, os Hispano-Romano-Germanos reconquistaram este território e, curiosamente, as fronteiras orientais de Portugal coincidem quase por completo com as da Lusitânia.
Agora, falta explicar qual é a sua objecção.



E porquê? Repare bem: se defende a legitimidade de determinada raça
em viver em determinado sítio é porque acha que quem chega primeiro ganha; logo, é você que quer voltar tudo ao passado.


Não preciso, porque, neste caso, o povo que está no Portugal de hoje, é essencialmente descendente do povo que ocupava esse mesmo território há dois mil e cem anos.



Se raça x tem legitimidade para estar em país y porque foi assim há uns milénios, então tudo o resto que existia há alguns milénios também tem legitimidade para existir hoje. Tudo o resto.

Em princípio, sim. E?...



Deusas com buço e sinais nojentos na fuça, imolações, etc...

E?... Isso só o incomoda a si, não a mim. Você prefere prostrar-se perante um judeu com cinco chagas pustulentas no coiro.



Quanto ao resto, se perguntar a uma pessoa na rua o que a preocupa, garanto-lhe que ela só fala dos problemas do país se lhe tocar a eles pessoalmente

Há muitas pessoas na rua. Nem todas pensam o mesmo. Mas garanto-lhe que a maioria é directamente afectada pelos problemas maiores que afectam o país.


não falam da raça branca se não lhes entrar um preto pela taxi adentro e os roubar.

Algumas sim, outras não. Mas, mesmo as que não falavam nisso, é porque nem sequer perceberam o que estava a acontecer. Agora, percebem, porque sentem as consequências na pele. Entendem portanto o erro que cometeram em não estar atentos. Ou seja, percebem que o seu desleixo para com a Nação levou ao actual estado de coisas.
E assim, uma vez mais, demonstra-se que os problemas maiores da Nação são também os problemas maiores dos indivíduos que dela fazem parte.

Ainda a respeito das raças, não é verdade que as pessoas não se preocupassem com a raça branca antes dos assaltos. Pelo contrário - é bem sabido que qualquer português comum, mesmo que diga que não é racista, afirma quase sempre a sua repulsa em que uma filha sua case com um negro. E isso nunca teve nada a ver com os assaltos.


Os problemas abstractos não existem. Têm que se consubstanciar.

A Nação é já por si consubstanciada.

17 de agosto de 2005 às 19:53:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Que eu saiba nao foram exercitos Cristaos que derrotaram os Romanos Pagaos

Pois não. Foi o crescimento numérico dos cristãos que em alguns séculos, lhes permitiu ter força suficiente para destruir templos pagãos e massacrar pagãos em larga escala.



mas sim a elevacao o exemplo e a coragem demonstrada pelos Cristaos nas Arenas defronte dos Leoes

Nem por isso. Também havia gladiadores que enfrentavam as feras com bravura e não foi por isso que os romanos quiseram ser todos gladiadores...



E a verdade e que foi a Roma Paga que atirou os Cristaos as feras !

Claro - como gesto de auto-defesa.

17 de agosto de 2005 às 19:57:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caturo :

Que raio de coisa ... os Romanos nao se tornaram Gladiadores pq isso nao e nenhuma Religiao ! A Fe dos Cristaos na Arena ... a certeza da Vida eterna , essa sim converteu os Pagaos !

E ate acredito que a Coragem, a Valentia e a Combatividade dos Gladiadores tenha contagiado positivamente muito Romano, e tambem muitos Povos subalternizados ao Imperio !

Como diziam os proprios Romanos :

" As palavras voam , a Escrita permanece ... O Exemplo Arrasta ! "

Um Abraco

Pedro Cacorino Dias

17 de agosto de 2005 às 20:14:00 WEST  
Blogger vs said...

Esse Livingstone não passa de um reservatório de esterco, de um sepulcro caiado.
É um Ken com menos miolos que o célebre companheiro da Barbie.

"...equiparou os terroristas muçulmanos aos fundadores dos E.U.A. e aos de Israel."

ganda filho da puta.

17 de agosto de 2005 às 21:35:00 WEST  
Blogger vs said...

"Já tenho pensado algumas vezes que Osama bin Laden e sua escumalha serão um dia considerados tão heróicos como os mártires cristãos o foram na Idade Média. Isto porque quem faz a História, são os vencedores."

Não, não vão.....exactamente pelo facto de que quem 'faz' a História são os vencedores.

No final: non praevalebunt

17 de agosto de 2005 às 21:38:00 WEST  
Blogger vs said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

17 de agosto de 2005 às 21:42:00 WEST  
Blogger vs said...

Nunca pensei dizer isto, mas começo a ter saudades dos tempos da URSS e do governo comunista do Afeganistão.

Esses merdas que agora têm muita coragem amdavam todos nalinha.
nem um peido davam.
Recordo que no Afeganistão, por exemplo, a Religião foi completamente interditada pelo governo marxista-leninista.

E na URSS, durante 74 anos, bateram a bola bem baixinha.
Ai não...

Estão a precisar de um Lavrenti Pavlovitch Beria para os 'reeducar'

eheheheheh
;)


nota: não se pode confundir a mundivisão da actual esquerda pós-moderna-perfumada-bem-pensante com o austero e espartano regime soviético-estalinista.
Defendem coisas bem diferentes, malgré tout.

17 de agosto de 2005 às 21:45:00 WEST  
Blogger Luis Gaspar said...

Essa batalha nada teve a ver com o Cristianismo. Foi uma luta entre Nações.

"Cristãs"

"Dominadas pelo Cristianismo."

Ah, então a Europa não é da raça branca, a raça branca é que a dominou durante os séculos que há história escrita; a Europa nunca foi pagã, foi dominada pelo paganismo; você não é nazi, é dominado pelo nazismo; etc...

"Isso. Antes de se lançarem contra outros cristãos."

Ainda bem que não nega que os soldados que glorifica, bem como todos aqueles dos últimos 1500 anos Portugueses, se mortificavam, oravavam, faziam vigílias, em suma, regiam as suas vidas pelo Cristianismo.

"nunca houve dúvidas que ambos os lados eram tementes a Deus."

Não percebeu mesmo. O livre-arbítrio faz com que cada um possa estar convencido que está a fazer o melhor, mesmo que o melhor seja lutar um contra o outro - neste caso, estariam errados por violarem um dos mandamentos. Os jogadores de futebol rezarem não é incoerente. Regir a vida por Cristo implica oferecer o melhor de nós mesmos, fazendo nós mesmos o que quer que façamos. Todas as acções gloriosas que você fala foram precedidas de intensa oração e do oferecimento de toda a glória a Deus.

"Eu falei também de omnisciência. Ora, omnisciência, é saber tudo, sem excepção: conhecer o passado, o presente e o futuro; logo, Deus já sabia tudo o que ia acontecer no Universo mesmo antes de o criar. "

Você não percebeu mesmo. Deus ser ominsciente e omnipotente não implica determinismo. Deus não se rege pelas mesmas associações mentais que nós fazemos entre causa e efeito. O que você não entende é o grande mistério do Amor de Deus: Deus ama-nos tanto que nos dá o direito de nos rebeliarmos contra o Criador; Deus ama-nos tanto que não pôde fazer outra coisa que não fosse criar-nos; o nosso livre-arbítrio é total, o conhecimento de Deus também. Ou seja, as nossas decisões são totalmente livres, tal como é o conhcimento Dele.

"O querer conhecer - recusar a ignorância que mantinha o homem na submissão."

Submissão? Deus criou o Homem, deu-lhe toda a liberdade e impôs apenas uma condição. Você acha a Cinderella uma escrava, só porque tinha que chegar a casa antes da meia noite? Não foi pelo conhecimento que Adão cometeu o pecado original. Foi pela ignorância do que se seguiria.


"Entretanto, essa Lusitânia foi tomada pelos Germanos e, posteriormente, pela Moirama."

Então, porque raio acha que umas fronteiras são mais legítimas que outras? Se não achar que as primeiras fronteiras são as mais legítimas, todo o seu raciocínio cai por terra, porque deixa de ter um padrão de legitimidade; e nesse caso a Europa pode ser de qualquer raça. Mas, se é a primeira fronteira que conta,... qual é ela? (E porque é que esse padrão é melhor que qualquer outro...?)
"Mas garanto-lhe que a maioria é directamente afectada pelos problemas maiores que afectam o país."

Daí preocupar-se com esses "problemas do País". Se não os afectassem pessoalmente não se preocupavam. Ninguém se preocupou com o défice durante o Euro.

"Pelo contrário - é bem sabido que qualquer português comum, mesmo que diga que não é racista, afirma quase sempre a sua repulsa em que uma filha sua case com um negro."

Por ignorância e por medo do desconhecido. Os Portugueses também achavam que haviam monstros para lá do cabo das tormentas.

"A Nação é já por si consubstanciada."

Não. Só enquanto a soma dos indivíduos assim o achar. De outra forma gera-se uma revolução ou qualquer outra mudança que muda radicalmente o rumo.

17 de agosto de 2005 às 21:59:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Que raio de coisa ... os Romanos nao se tornaram Gladiadores pq isso nao e nenhuma Religiao !

Falava-se de exemplos de conduta e de ontologia - de modos de ser.



A Fe dos Cristaos na Arena ... a certeza da Vida eterna , essa sim converteu os Pagaos !

Certezas, ninguém tem. Mas já antes do Cristianismo, havia a crença na vida eterna.

18 de agosto de 2005 às 00:58:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Esses merdas que agora têm muita coragem amdavam todos nalinha.
nem um peido davam.
Recordo que no Afeganistão, por exemplo, a Religião foi completamente interditada pelo governo marxista-leninista.
E na URSS, durante 74 anos, bateram a bola bem baixinha.


Pois aí é que residiu uma boa parte do problema. Nenhuma religião pode ser vencida por um regime ateu. E ter reprimido a religião, só a tornou mais forte.

18 de agosto de 2005 às 01:00:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Essa batalha nada teve a ver com o Cristianismo. Foi uma luta entre Nações.

"Cristãs"

"Dominadas pelo Cristianismo."

Ah, então a Europa não é da raça branca, a raça branca é que a dominou durante os séculos que há história escrita;

Errado, como sempre. A Europa é da raça branca porque nasceu como continente habitado pela raça branca e foi inteiramente povoada, e dividida, por essa raça.

O Cristianismo, pelo contrário, não existe desde que existem Hispano-Romanos. O Cristianismo foi imposto aos Hispano-Romanos.



a Europa nunca foi pagã, foi dominada pelo paganismo;

A Europa foi (e é...) pagã porque o Paganismo a domina desde a sua origem étnica. Os Paganismos são as religiões nacionais, nativas, dos povos; o Cristianismo, bem como o Islão, pelo contrário, são religiões de conversão, internacionalistas, que visam dominar os povos, isto é, destruir-lhes a religião nacional, natural, e substitui-la por dogmas ditados num determinado momento da História a um determinado homem de um determinado povo.



"Isso. Antes de se lançarem contra outros cristãos."

Ainda bem que não nega que os soldados que glorifica,

Ainda bem que não nega que os soldados que você glorifica se lançaram à matança dos soldados que você glorifica.



bem como todos aqueles dos últimos 1500 anos Portugueses, se mortificavam, oravavam, faziam vigílias, em suma, regiam as suas vidas pelo Cristianismo.

Pois... mas lá diz o povo, não há mal que sempre dure. Até porque, como a verdade vem sempre ao de cima, a verdade do Ocidente também poderá vir ao de cima (se o Ocidente não morrer entretanto), processo que já começou a desenhar-se com o Renascimento, isto é, o retorno, parcial mas progressivo, do espírito Antiguidade não cristã. E, nessa altura, esses 1500 anos pouco ou nada valerão perante os dois mil ou mais anos de Paganismo, que tiveram a prerrogativa de serem anteriores.


"nunca houve dúvidas que ambos os lados eram tementes a Deus."

Não percebeu mesmo. O livre-arbítrio faz com que cada um possa estar convencido que está a fazer o melhor, mesmo que o melhor seja lutar um contra o outro

Você é que não percebeu, ou então quer que quem o lê não perceba - eles não estavam a fazer «o melhor» em nome de religião alguma, mas sim em nome do rei e da Pátria. Nada disto tem a ver com religião. Nunca foi um combate cristão porque nunca foi motivado pela ideologia.
Aí, confirma-se que a sua fraqueza de pensamento vai ao ponto de confundir motivações com inspirações pessoais. Daí que não distinga a oração antes da batalha relativamente à luta pelo ideal ao qual essa oração é dirigida. Ou seja, não distingue entre a invocação de um santo e um combate pela crença nesse santo.



Os jogadores de futebol rezarem não é incoerente.

Mas quem é que disse que era incoerente?
Bem lhe disse que não se baralhasse, mas não me deu «ouvidos».



"Eu falei também de omnisciência. Ora, omnisciência, é saber tudo, sem excepção: conhecer o passado, o presente e o futuro; logo, Deus já sabia tudo o que ia acontecer no Universo mesmo antes de o criar. "

Deus ser ominsciente e omnipotente não implica determinismo. Deus não se rege pelas mesmas associações mentais que nós fazemos entre causa e efeito. O que você não entende é o grande mistério do Amor de Deus: Deus ama-nos tanto que nos dá o direito de nos rebeliarmos contra o Criador; Deus ama-nos tanto que não pôde fazer outra coisa que não fosse criar-nos; o nosso livre-arbítrio é total, o conhecimento de Deus também. Ou seja, as nossas decisões são totalmente livres, tal como é o conhcimento Dele.

Ou seja, areia para os olhos em versão de filosofia barata. Citou uma parte do meu discurso, mas parou a tempo, não fosse o diabo tecê-las... e, assim, não respondeu a um argumento simples e lógico (e logo você, um suposto amante da razão...), por isso eu vou repeti-lo a itálico carregado, para lhe chamar mais à atenção:
omnisciência, é saber tudo, sem excepção: conhecer o passado, o presente e o futuro; logo, Deus já sabia tudo o que ia acontecer no Universo mesmo antes de o criar. Sendo assim, antes de criar o Universo, já sabia que algumas criaturas suas iriam ser condenadas ao sofrimento eterno. E, mesmo assim, criou-as... pode dizer-se que nem ao diabo lembrava tal tipo de crueldade.



"O querer conhecer - recusar a ignorância que mantinha o homem na submissão."

Submissão? Deus criou o Homem, deu-lhe toda a liberdade e impôs apenas uma condição.

A condição, era submeter-se às Suas ordens e não procurar o conhecimento.
Além do mais, há-de explicar o que é que este assunto do pecado original tem a ver com a conversa...



"Entretanto, essa Lusitânia foi tomada pelos Germanos e, posteriormente, pela Moirama."

Então, porque raio acha que umas fronteiras são mais legítimas que outras?

Não fui eu que comecei a falar em legitimidade de fronteiras, foi você... eu, pelo contrário, tenho relativizado a importância das fronteiras territoriais entre o povo do extremo-ocidente da Ibéria e os Castelhanos.
Enfim, o Luís Gaspar está de tal maneira que já faz a festa e deita os foguetes; e depois quando não gosta de alguns dos seus próprios foguetes, quer que seja eu a dispará-los.

Ou isso, ou então está a querer fugir à conversa, desviando as atenções das suas incoerências.



Mas, se é a primeira fronteira que conta,...

A fronteira que conta, agora e sempre, é a que separa povos diferentes uns dos outros. Se a conformação étnica do território mudou, então as fronteiras mudaram também. Se um povo deixou de existir, então não faz sentido criar um território para esse povo não existente, ou faz?
Ora, por relativa boa vontade do Destino, as fronteiras actuais de Portugal são até bastante condizentes com a autêntica identidade nacional, excepto, talvez, a norte, dado que, com os actuais conhecimentos de que disponho, creio que a Galiza é uma sequência natural de Portugal, ou vice-versa.



"Mas garanto-lhe que a maioria é directamente afectada pelos problemas maiores que afectam o país."

Daí preocupar-se com esses "problemas do País". Se não os afectassem pessoalmente não se preocupavam.

Só não os afectavam particularmente, se eles fossem bastardos neo-liberais e apátridas ou se estivessem desatentos.



Ninguém se preocupou com o défice durante o Euro.

Agora, você já é capaz de ler as mentes de dez milhões de portugueses... e criticava-me por falar das mentalidades de há mil e setecentos anos...
Mais uma incoerência das suas...



"Pelo contrário - é bem sabido que qualquer português comum, mesmo que diga que não é racista, afirma quase sempre a sua repulsa em que uma filha sua case com um negro."

Por ignorância e por medo do desconhecido.

Pois, agora já reconhece que, afinal, os Portugueses estavam mesmo preocupados com a presença dos negros e com a preservação da sua linhagem... sim senhor, nunca vi uma mudança de opinião tão rápida da sua parte...
Claro que foi uma mudança de opinião manchada pela tacanhez e pela parvoíce presunçosa de quem se atreve a considerar que os valores dos outros são «ignorância». Também já o tinha castigado por isso, nos fóruns do sapo, mas estou a ver que o correctivo não surtiu efeito duradouro - é tal coisa, pau que nasce torto, tarde ou nunca se endireita.

Ora, de facto, não se trata de «ignorância» ou de «medo do desconhecido», mas sim de natural tendência para querer a preservação da sua estirpe, tendência esta sem a qual não há verdadeira dignidade humana, mas apenas um espírito de pária, de sem casta, de coisa desenraizada.


Os Portugueses também achavam que haviam monstros para lá do cabo das tormentas.

E havia - o mar foi muito duro para com os Portugueses... quantos antepassados nossos não morreram afogados, brutalmente aterrorizados antes da última centelha de vida deles se esvair.

Mais tarde, descobriram que era possível cruzar esse mar sem encontrar muitos desses monstros.
Mas não é por isso que o mar deixa de ser mortalmente perigoso.

Além do mais, o facto de conseguirem atravessar o mar não implica que tenham necessariamente de deixar de respeitar as distâncias raciais. Assim, o seu argumento é uma clássica falácia lógica.



"A Nação é já por si consubstanciada."

Não. Só enquanto a soma dos indivíduos assim o achar.

Não. Não é preciso que todos os indivíduos assim o achem. Basta que uma quantidade apreciável assim pense. E, se essa quantidade desaparecer, é porque a Nação, antes consubstanciada, deixou de ter força nas mentes no ser das pessoas que a formavam. É por isso que algumas nações morrem, enquanto outras perduram no tempo. Ou seja, o problema parte de cima, da fraqueza da Nação, e não das necessidades das pessoas. Porque se o princípio da Nação for suficientemente forte, as pessoas sacrificam todas as suas necessidades pessoais e até as suas próprias vidas em prol da Nação.

18 de agosto de 2005 às 01:40:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Quanto ao resto, se perguntar a uma pessoa na rua o que a preocupa, garanto-lhe que ela só fala dos problemas do país se lhe tocar a eles pessoalmente; porque não falam dos problemas da recessão quando havia o Euro; não falam da raça branca se não lhes entrar um preto pela taxi adentro e os roubar. Os problemas abstractos não existem. Têm que se consubstanciar.»
Oh, sua besta! Como é que você pode dizer que o desaparecimento da NOSSA RAÇA, ou seja, DE NÓS PRÓPRIOS, não é um problema pessoal? Ou acha que as pessoas trabalham para os pretos ficarem com tudo?

18 de agosto de 2005 às 15:04:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Claro - como gesto de auto-defesa.»
Ai o porco do Nero agiu em auto-defesa, quando os Cristãos não faziam mal a ninguém, e até os seus Condidadãos, habituados a brutalidades, achavam excessivas as que eles fez passar aos Cristãos? Caturo - o novo Nero NS dos tempos modernos!... Este é que será o famoso Governo a la Caturo!...

18 de agosto de 2005 às 15:05:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Concordo com o Nelson Buiça a 110%.

18 de agosto de 2005 às 15:06:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Não se baralhe nem fuja para a frente. Eu falei também de omnisciência. Ora, omnisciência, é saber tudo, sem excepção: conhecer o passado, o presente e o futuro; logo, Deus já sabia tudo o que ia acontecer no Universo mesmo antes de o criar. Sendo assim, antes de criar o Universo, já sabia que algumas criaturas suas iriam ser condenadas ao sofrimento eterno. E, mesmo assim, criou-as... pode dizer-se que nem ao diabo lembrava tal tipo de crueldade.»
Como já lhe disse, Deus só é omnisciente em relação ao Mundo físico, e não à Vontade Humana, que é da mesma natureza que Ele e, por ser Livre, é indeterminada. Capice?

18 de agosto de 2005 às 15:10:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Então e qual é a sua? E porquê? Repare bem: se defende a legitimidade de determinada raça
em viver em determinado sítio é porque acha que quem chega primeiro ganha; logo, é você que quer voltar tudo ao passado. Se raça x tem legitimidade para estar em país y porque foi assim há uns milénios, então tudo o resto que existia há alguns milénios também tem legitimidade para existir hoje. Tudo o resto. Fronteiras - quais são? -, deusas com buço e sinais nojentos na fuça, imolações, etc...»

Regra geral, os grupos étnicos do Mundo ainda vivem todos mais ou menos no mesmo sítio onde chegaram e foram pioneiros. Excepto, é claro, infelizmente, no continente Americano. E que cada um fique na sua terra não é mal nenhum, sempre vivemos assim, só é mau para quem acha que o Bem Absoluto é a misturada absoluta.

18 de agosto de 2005 às 15:11:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Então, porque raio acha que umas fronteiras são mais legítimas que outras? Se não achar que as primeiras fronteiras são as mais legítimas, todo o seu raciocínio cai por terra, porque deixa de ter um padrão de legitimidade; e nesse caso a Europa pode ser de qualquer raça. Mas, se é a primeira fronteira que conta,... qual é ela? (E porque é que esse padrão é melhor que qualquer outro...?)»

As primeiras é que são legítimas! E o que conta aqui é que cada um, independentemente de ser primeiro ou segundo, ter o seu próprio espaço, só seu. Custa-lhe a perceber?


«Por ignorância e por medo do desconhecido. Os Portugueses também achavam que haviam monstros para lá do cabo das tormentas.»

Desconhecido?! Eu duvido que alguém desconheça o resultado final!... E ignorância de quê? Ou acha que quem não defende seres puros é porque ignora... mas ignora o quê?... Apenas gostam duma coisa, ou você também chama ignorante a quem defende, por exemplo, um determinado estilo artístico, ou a criação dum determinado animal, olhe, a quem defende aquilo de que você não gosta?


«Não. Só enquanto a soma dos indivíduos assim o achar. De outra forma gera-se uma revolução ou qualquer outra mudança que muda radicalmente o rumo.»
Mas a unidade étnica entre todos já existe e já é consubstanciada. Independentemente do resto. O que importa, pois, é conservá-la contra os idiotas que nos querem obrigar totalitariamente a abastardá-la.

18 de agosto de 2005 às 15:18:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Claro - como gesto de auto-defesa.»
Ai o porco do Nero agiu em auto-defesa,


Não foi só Nero que perseguiu os cristãos, mas sim alguns outros imperadores, porque perceberam o perigo que o Cristianismo representava para a Romanidade, uma vez que os cristãos queriam destruir o Paganismo.

18 de agosto de 2005 às 16:16:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Felizmente, a América não vai neste dhimmitude! Alguma vez os mafomas se esticavam como se esticam na Europa? É mesmo complexo de colonizador, que os Americanos não têm, mesmo em relação aos Índios. Alguma vez impunham que se retirassem as bandeiras ou que os modelos fotográficos se vestissem mais ou coisas dessas? E a América, como alberga gente de todo o Mundo, consegue ser guardiã da anti-dhimmitude sem com isso ser acusada de "Racismo"!

18 de agosto de 2005 às 16:17:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Como já lhe disse, Deus só é omnisciente em relação ao Mundo físico, e não à Vontade Humana,

Então, não é omnisciente nem absoluto.

18 de agosto de 2005 às 16:19:00 WEST  
Blogger Caturo said...

E já agora,

Ninguém se preocupou com o défice durante o Euro

Mas o problema do défice algum dia se compara ao problema do desaparecimento da Nação?
Você não distingue Estado de Nação.

18 de agosto de 2005 às 16:21:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Não foi só Nero que perseguiu os cristãos, mas sim alguns outros imperadores, porque perceberam o perigo que o Cristianismo representava para a Romanidade, uma vez que os cristãos queriam destruir o Paganismo.»
Mas deitar aos leões e animalidades do género foi mesmo o Nero, e sem que o provocassem, apenas porque queria bodes expiatórios e se divertia com tudo aquilo. Os outros limitaram-se a fazer o que se fez muita vez em todo o lado onde se queria viver duma forma e não doutra que não desejavam.

18 de agosto de 2005 às 16:58:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Mas note-se que as perseguições foram feitas quando ainda não havia Cristãos fanáticos a tentar impôr à força fosse o que fosse.

18 de agosto de 2005 às 16:58:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Então, não é omnisciente nem absoluto.»
Nesse ponto, não. Quando dizemos que é omnisciente e absoluto, subentende-se e exclui-se automaticamente essa parte, o que não significa que em tudo o resto não o seja.

18 de agosto de 2005 às 17:02:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Mas o problema do défice algum dia se compara ao problema do desaparecimento da Nação?
Você não distingue Estado de Nação.»
Mas o homem nem sequer distingue as Raças, quanto mais!... Chama-lhe ignorância!... Eu chamo-lhe mesmo é estupidez!...
Já aqui alguém disse inclusivamente que era irmão dum tal Carlos Gaspar, que era deficiente mental!...

18 de agosto de 2005 às 17:04:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Mas note-se que as perseguições foram feitas quando ainda não havia Cristãos fanáticos a tentar impôr à força fosse o que fosse.

Não é verdade. As perseguições começaram porque os Romanos perceberam que o Cristianismo queria destruir o Paganismo, neste caso, a Religio, ou Religião Nacional.

18 de agosto de 2005 às 17:23:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Então, não é omnisciente nem absoluto.»
Nesse ponto, não. Quando dizemos que é omnisciente e absoluto, subentende-se e exclui-se automaticamente essa parte,

Nunca li nada nesse sentido.



o que não significa que em tudo o resto não o seja.

Ou se é absoluto, ou não. Não se pode ser parcialmente absoluto.

Acresce que é criador de tudo. Sendo assim, também criou as almas, com todos os seus defeitos, e criou também o próprio mal, ou então o mal não poderia existir, porque não existia antes do Criador.

18 de agosto de 2005 às 17:25:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Querer queria, mas até então apenas pela livre conversão. Mas pronto, cada um defendia aquilo que entendia, como nós.

18 de agosto de 2005 às 17:26:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Nunca li nada nesse sentido.»
Mas é óbvio! Já se sabe que temos consciência e livre arbítrio. De resto, fala-se da Sua omnisciência, pelo que, pelo facto de dizerem ambas as coisas, se subentende que a omnisciência só não abrange este ponto. Simples.


«Ou se é absoluto, ou não. Não se pode ser parcialmente absoluto.»
E é, mas não em tudo.


«Acresce que é criador de tudo. Sendo assim, também criou as almas, com todos os seus defeitos, e criou também o próprio mal, ou então o mal não poderia existir, porque não existia antes do Criador.»
Os defeitos não são da alma. Sim, sabia que se poderia escolher um mau caminho, mas também sabia que todos podem escolher o melhor. E, como sabia que todos o podiam fazer e que é indeterminado saber quem é que o vai fazer ou não, porque é livre, não condenou ninguém ao Inferno irremediavelmente, visto que existe Liberdade, e esta é, por natureza, indeterminista.

19 de agosto de 2005 às 13:51:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Querer queria, mas até então apenas pela livre conversão.

Pudera - não tinha força para o fazer doutro modo... mas, quando passou a tê-la, passou a fazê-lo...


Mas pronto, cada um defendia aquilo que entendia, como nós.

E cada um se defendia como podia, como nós.

19 de agosto de 2005 às 16:19:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Mas é óbvio! Já se sabe que temos consciência e livre arbítrio.

Mas também «se sabe» que é Deus quem tudo cria e tudo sabe sobre a sua criação. Inclusivamente o seu futuro.



«Ou se é absoluto, ou não. Não se pode ser parcialmente absoluto.»
E é, mas não em tudo.
Então, não...



«Acresce que é criador de tudo. Sendo assim, também criou as almas, com todos os seus defeitos, e criou também o próprio mal, ou então o mal não poderia existir, porque não existia antes do Criador.»
Os defeitos não são da alma.

Então, porque é que é a alma que pode ser condenada para toda a eternidade?...



Sim, sabia que se poderia escolher um mau caminho, mas também sabia que todos podem escolher o melhor.

E criou o mau caminho; e criou almas suficientemente imperfeitas para o escolherem; e, se não soubesse o destino dessas almas, não seria omnisciente.

19 de agosto de 2005 às 16:23:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

O caturo não entende - não quer entender, é mais por aí - que Deus deu o livre-arbítrio ao Homem; este, pode arrepender-se dos seus erros a qualquer altura, pedir perdão a Deus, reconhecer que errou, mea culpa mea culpa mea maxima culpa, e está aí absolvido, como se nunca tivesse pecado em toda a vida: pode também pecar recalcitrantemente, pode errar, pode seguir um mau caminho e perder-se para sempre no fogo do inferno - é com o Homem. E isso em nada contradiz a omnisciência: Deus sabe tudo, mas MESMO tudo, até AS VÁRIAS OPÇÕES QUE O HOMEM PODE TOMAR EM FACE DE UM MESMO PROBLEMA(isto porque não há um fatum imutável, como nos delírios pagãos do blogger, mas sim livre-arbítrio, o Mundo não é tão linear como na sua mente dengenerada). Ora, o Homem pode escolher entre vários caminhos: os de Deus, e os do pecado - e nisto Deus não influi, de modo algum, apenas vê, sabe o que podemos fazer, mas limita-se a analisar, a ponderar, a julgar-nos. Pode até dizer que Deus sabe qual "o caminho" que vamos escolher: mas não existe O CAMINHO: existem vários, e escolhê-los está a cargo da nossa vontade, boa ou má.
Se quiser fazer da vida uma espécie de teste americano, Deus põe-nos diante questões com 10 ou mais possíveis respostas: e escolher a resposta certa não é sua função, mas nossa - não confunda catolicismo com calvinismo, que advoga o servo-arbítrio para justificar a devassidão.
Pelo amor de Deus :), isto é perfeitamente compreensível, até para si...

20 de agosto de 2005 às 01:27:00 WEST  
Blogger Caturo said...

que Deus deu o livre-arbítrio ao Homem;

O ourique finge que essa conversa da treta serve para iludir o que já foi dito. Pois eu repito:
- Deus foi o criador de tudo - logo, também é criador do mal;
- Deus criou todas as almas - logo, criou algumas almas suficientemente imperfeitas para se condenarem ao inferno para sempre;
- Deus é omnisciente - e, se é omnisciente, SABE TUDO O QUE VAI ACONTECER - ISTO É CRISTIANISMO, A CRENÇA DE QUE O MUNDO VAI PARA UM FIM DETERMINADO E QUE DEPOIS AS ALMAS SERÃO JULGADAS - E SE DEUS NÃO SOUBER TUDO O QUE VAI ACONTECER, ENTÃO NÃO É OMNISCIENTE. ASSIM, SABE QUE ALGUMAS DAS ALMAS QUE CRIOU SERÃO CONDENADAS AO INFERNO, E ELE CRIOU-AS MESMO COM ESSE INTUITO.

Assim se demonstra que, afinal, a degeneração mental é toda sua: daí lhe vem, ou a degradação cerebral que lhe veda a compreensão de algo tão simples, ou a podridão da desonestidade de quem está a querer enfiar o barrete a outrém.

25 de agosto de 2005 às 11:04:00 WEST  

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