segunda-feira, junho 27, 2005

BOCAS NA IMPRENSA...

Dois comentários breves a duas prosas espetadas nos jornais por dois escrevinhadores...
Ricardo Araújo Pereira, um dos humoristas mais conhecidos em Portugal, achou por bem tentar demonstrar a sua verve jocosa a respeito dos nacionalistas portugueses. O teor da sua arenga não me surpreende nada. O sujeito é muito típico do seu meio sócio-cultural (jovenzinhos urbanos americanizados de esquerda liberal). De admirar seria que pensasse de modo diferente.

Repare-se que, numa sociedade em que a moral dominante é X, os indivíduos serão tanto mais acérrimos defensores de X quanto mais se encontrem próximos do centro dessa sociedade. E o centro das sociedades ocidentais, é a tropa intelectual de esquerda que domina a comunicação sucial, a produção cultural, as universidades, etc.. É por isso que boa parte do povo que apoia os Nacionalismos, pertence aos estratos relativamente pobres da sociedade, ou ao mundo rural - porque a influência do centro difusor é menor sobre essa parcela da população.

Efectivamente, o ricardito diz todos os lugares-comum que a escumalha de esquerda intelectual tem andado a propagandear desde há décadas: que não se pode ser racista porque não, que ser racista é ser criminoso (delito de opinião, coisa curiosa numa sociedade onde os palhaços de serviço gritam pela «Liberdade!» e pela «Tolerância!» a todo o momento); e que «o nosso povo é muito mestiço, por isso, não tem nada a ver com os povos realmente brancos».

O mais engraçado é que este último argumento é aplicado em praticamente todos os países europeus... o ricardo arasujo achou piada a estabelecer um contraste entre portugueses e ingleses, dizendo que os segundos é que eram «brancos a sério», mas, em Inglaterra, os ricardos arasujos lá do sítio também se esforçam por provar que os Ingleses são uma amálgama, uma mixórdia. E até na Alemanha há disso - acreditem que os anti-racistas nórdicos gostam de salientar o facto de os Romanos terem levado para a Germânia uma série de soldados de raça negra, legionários romanos de origem etíope, e por isso, reparem bem, os Alemães também têm sangue negro.

Há poucos anos, descobriu-se também que a quantidade de sangue negro existente nas populações indígenas da Bélgica e da Holanda, supostamente nórdicas, é equivalente «à que existe em Portugal(sic)».

O RAP fala em atletismo... diz que os negros são bons em corridas de fundo, enquanto os brancos ganham é em natação e em hipismo... e, segundo ele, os Portugueses só conseguem medalhas em atletismo... ora o Ricardo esquece-se de que, além dos negros, os escandinavos também costumam ficar bem representados nessas provas - porque tanto os escandinavos como os negros, têm a zona das pernas bem desenvolvida.

Em hipismo, também já Portugal teve boas classificações. Tal como em tiro. Já agora, veja-se aqui uma lista das medalhas portuguesas ganhas nos Jogos Olímpicos - as do atletismo nem a metade chegam; três delas, são da maratona, pelo que não contam, já que nessas provas, há tantos brancos como negros a conseguirem bons resultados. A medalha de Obikwelu, também não conta, por motivos óbvios... e, no ano em que o africano alcançou a de prata, o português Sérgio Paulinho ganhou também uma do mesmo metal, mas em ciclismo, modalidade em que os negros também são raríssimos. Assim, ficam cinco medalhas de corridas de fundo para três de hipismo... ora, tendo em conta que em qualquer país há muito mais desportistas a correr pelo seu pé do que montados a cavalo, o cômputo geral até nem é «negróide» de todo...

Portugal obteve também boas classificações em esgrima e em vela, mais dois desportos em os atletas negros praticamente não aparecem.

Fora dos Jogos Olímpicos, Portugal é o melhor país do mundo na modalidade desportiva de hóquei em patins - um desporto em que quase não existem negros. E as outras equipes dominantes (Espanha, Itália, Argentina), também não têm selecções com negros. A mulataria e a negralhada desportivas que abundam em França e na Holanda, não fazem deste países grandes potências do hóquei.

O RAP, fala nas idas à praia e no efeito que isso tem sobre a pele dos diferentes povos. Esquece-se, ou ignora por completo, que a cor da pele é um elemento secundário na definição racial, e que todos os povos do Mediterrâneo são de tez naturalmente morena; esquece-se que em Portugal, a maioria fica escaldada quando passa demasiado tempo ao Sol, e mesmo alguns dos portugueses mais morenos, ficam avermelhados; que, entre os ingleses, alguns ficam realmente vermelhinhos, mas outros acabam por ficar acastanhados. Quem nunca viu isso nos ingleses que visitam o Algarve, é porque andou, no mínimo, distraído. Ou então, é parvo. Ou então reparou mas é desonesto.



No Expresso, o cronista satírico que assina com o nome de Marques de Correia, deu uma inesperada prova de ignorância, ao dizer coisas como, pasme-se, «se as coisas fossem como a FN queria, o Mantorras ainda era português»; e «dizem que se opõem a Salazar porque querem uma comunidade de Portugal a Vladivostok e não do Minho até Timor, mas não convencem ninguém.»
O senhor ainda não percebeu que nem todos os nacionalistas são colonialistas. Não percebeu que os verdadeiros nacionalistas portugueses não reconhecem nenhuma ligação de Portugal a África. Ele é daqueles que metem automaticamente toda a extrema-direita no mesmo saco e por isso acreditam, com aquele ar cínico e gozão, que quando os nacionalistas actuais dizem discordar de Salazar, é porque estão a querer fingir-se modernos e tolerantes.

Até onde vai a ignorância desta gente...

9 Comments:

Blogger Luis Gaspar said...

E o que aconteceria a um humorista como o RAP se escrevesse aquilo, e existisse um Governo... "nacionalista à la gladios"?

27 de junho de 2005 às 15:38:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Seria desmentido e desmascarado por outros escribas que teriam possibilidade de ser lidos por vários milhares, e não apenas por um relativamente escasso número de pessoas.

27 de junho de 2005 às 16:19:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

http://www.bnp.org.uk/news_detail.php?newsId=368

The trouble with "hate" laws

27th June 2005

News article filed by BNP news team










The Labour regime is pressing for the passage of a new "religious hate" law which would make it an offence to criticise, insult or defame a person because of that person's religious beliefs.

That even the Home Secretary, the Fidel Castro admirer, Charles Clarke himself is unable to provide a definition of "religion" indicates that the proposed law is not just irrelevant but fundamentally flawed in its legal premise.

The proposed law received its Second Reading in the House of Commons on June 21st.

In a particularly erudite analysis of that Reading, BNP Press Officer brings some common sense to the discussion over in Doc's Diary.


http://www.bnp.org.uk/columnists/docdiary2.php?docId=40



Press Officer Dr. Edwards with his commentary of current affairs and a look at the dark side of the media.

Back to Doc's Diary Intro




Incitement to religious Hatred - Parliamentary Debate and the BNP
27th June 2005

The debate about a new law to prohibit so called "incitement to religious hatred" has really put the cat amongst the pigeons - principally because the government know that the spread of Islam into Britain is, to put it mildly, causing concern amongst ordinary law abiding people who see Britain as essentially Christian and would prefer it to stay that way. The "race laws" which already exist have just about prevented any useful debate on the wisdom, or otherwise, of turning Britain from a racially homogeneous nation, populated almost entirely by people of white European ancestry, into a multiracial society, with some towns and cities having a minority of white people, and the entire UK population predicted, on current levels of immigration and reproduction, to be minority white around 2050.

Ten commandments

You don't need to be a regular church goer to appreciate that the Ten Commandments are well worth observing (don't steal, don't covet your neighbour's ox (or new Mercedes), don't ruin your marriage through adultery, look after your parents, do not give false witness etc). Many non-church goers still prefer to be married, christened and buried in a Christian church.

British people are also aware of the mayhem caused in parts of the world by Islam and the use of violence by Muslims to spread their cause - 9/11 being a particularly horrific example. If law abiding people are concerned about the increasing spread of Islam in Britain, should not a decent government take their worries on board by at least conducting a true, open and honest debate on all sides of the argument?

Yes.

But "our" government does no such thing and instead seeks to criminalise such sensible debate on the matter and call it "hate" and "incitement to religious hatred".

What is Islamophobia?

Strictly speaking, Islamophobia means "fear of Islam", not necessarily a "hatred" or even a dislike of Islam. Many people fear fireworks but still enjoy watching them go off.

On June 21st Parliament debated the proposed new law with copious mentions of the BNP - it's well worth taking a look at the debate at the Hansard website if only to see just how disingenuous and ignorant our MPs really are. They are like that fictitious bird (the name of which escapes me) which flies round and round in ever decreasing circles and eventually disappears up its own back side - eg The Secretary of State for the Home Department (Mr. Charles Clarke) said: "I cite the legislation on race hatred, which has existed for some time. Such legislation has changed conduct in certain respects and for the benefit of society".

For the benefit of society? A society which, according to the Commission for Racial Equality, is "racist", where our institutions - police forces, fire brigades, civil servants etc are "institutionally racist", where violent crime and antisocial behaviour are at epidemic levels, asylum seekers flooding in and ordinary British people are too scared to talk about the role of mass immigration in creating this mess (if indeed it did) because of the "legislation on race hatred" much admired by Mr Clarke!

Mr. David Winnick (Walsall, North) (Lab) said: "Is it not the case, however, that 40 years ago there was strenuous opposition—particularly, as I witnessed, from Conservative Members—to the proposed law, which came into effect, to stop incitement to racial hatred? Time and again we were warned that it would undermine democracy, free speech and so forth, yet today not a single Member of Parliament, to my knowledge, would want a change in the law on incitement to racial hatred. It is quite likely that in years to come, this law will be no more controversial than that law".

I will let my readers draw their own conclusions on that statement.

Red Herring

The popular notion that Jews and Sikhs, unlike Muslims, "are covered by the law which prevents incitement to racial hatred" is a Red Herring - Jews I speak with go out of their way to deny that they are a racial group but are instead a religious group - neither do they appear in government census data under "Racial Groups" but, as with Sikhs, appear under "Religious Groups".

What Is "Hate"?

Modern Britain is like Wonderland in Lewis Carroll's famous book, Alice in Wonderland, where Humpty Dumpty said "words mean what I want them to mean". Similarly the press, that source of so much that is vile, decadent and anti British, have taken a broad spectrum of negative feelings – from mere mild disapproval, through dislike right through to pathological detestation - and bundled them all up into that one all compassing word - "hate". So, any dissent from embracing the new multicultural, multiracial Britain is "hate", no further debate is allowed and ultimately, dissenters will be prosecuted .

We must resist this word "hate" and descriptions of "haters" and "racists" in our fight against this new act.

An Example Of "Hate"

Sir Gerald Kaufman (Manchester, Gorton) (Lab): gave an example of what he considers to be "hate" (and Charles Clarke agreed with him) - he said:

"A Mrs. Shahzada, a constituent of mine went to a shop in central Manchester soon after 9/11. She wears a veil over her face, and the shopkeeper refused to serve her because she was, to his perception, a Muslim. That was hatred against an individual, not a criticism of Islam"

Mr. Clarke: "My right hon. Friend makes his point and gives his example very clearly." Whilst it wasn't particularly polite on the part of the shop keeper, he was making a point in his own way and on his own premises - not good business - but "hate"? No, I don't think so - not if refusal of service was all the incident entailed. The trouble with people like Kaufman is that they want even the tiniest opposition towards multiculturalism snuffed out completely - that's nearer to an expression of "hate" than his original example.

The Debate

In the same debate Tory MP Dominic Grieve suggested that "hatred" means "intense dislike", but asked why shouldn't people have the right to intensely dislike the beliefs of others [or be worried about the effect, say, Islam may have upon our Christian based society?] He added that some say that hatred is like carrying out an assault or violence on an individual, activities already well covered by the criminal law. Whilst not wishing intentionally to stir up hatred, the amendment to the 1986 Act introduces the concept that one may commit this offence without intent, simply because "having regard to all the circumstances the words, behaviour or material are . . . likely to be heard or seen by any person in whom they are . . . likely to stir up racial or religious hatred."

Grieve went in to say that whilst to threaten, abuse and insult is wrong (the term "insult" is very wide, deliberately in race relations legislation because there can be no grounds for insulting somebody on the basis of their race) there may well be perfectly good grounds for wishing to express views that could be construed as insulting.

"Yet all that is needed for the offence to have been committed is simply for someone to be insulted by these things, and stirred up to hatred as a result....people....will be the catalyst through which individual comments can be converted into criminal offences".

Mr Grieve further said that that is offensive to law-abiding people, leading to a state of uncertainty and creating the very climate in which demands will be made for the unjustified prosecution of individuals. "It will foment hatred rather than reduce it" he said.

How the New Law Will Work

Mr Grieve also said that the Government are creating a catch-all piece of legislation and then seeking to reassure people on the basis that no one will be caught very much because they will ensure that the Attorney-General exercises his discretion to stop it happening.

"First, a complaint must be made to and accepted by a police officer. Secondly, the police must investigate and acquire evidence. Thirdly, the case must be referred to the Crown Prosecution Service, which will assess it by applying evidential and public-interest tests. Fourthly, the case must be considered by the Attorney-General, who must consent to its continuation. Fifthly, in most cases it will also be considered by the Director of Public Prosecutions. Sixthly, prosecuting counsel must decide whether or not to proceed with the case. That is independent of the other stages. Seventhly, the judge must consider the case on the basis of all the elements that I have just listed. Everyone, including the Attorney-General, must have agreed that there is a case to answer, and the judge can then decide to throw the case out if it does not meet the standards set for it to proceed. Then a jury must consider the case put before it in court. If after all those steps the defendant is convicted, he or she can appeal.

Presumably the Attorney-General's "discretion" will mean prosecuting BNP members and supporters only.

27 de junho de 2005 às 17:16:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«O mais engraçado é que este último argumento é aplicado em praticamente todos os países europeus... o ricardo arasujo achou piada a estabelecer um contraste entre portugueses e ingleses, dizendo que os segundos é que eram «brancos a sério», mas, em Inglaterra, os ricardos arasujos lá do sítio também se esforçam por provar que os Ingleses são uma amálgama, uma mixórdia. E até na Alemanha há disso - acreditem que os anti-racistas nórdicos gostam de salientar o facto de os Romanos terem levado para a Germânia uma série de soldados de raça negra, legionários romanos de origem etíope, e por isso, reparem bem, os Alemães também têm sangue negro.»

Essa não conhecia, mas já li uma parecida a propósito da Roménia. Supostamente os romanos teriam levado para lá soldados africanos que por lá ficaram e foram absorvidos. Enfim, o costume...

Quanto à piadinha sobre os ingleses, será que RAP também acha que Sean Connery ou Colin Farell, não são brancos?

«Seria desmentido e desmascarado por outros escribas que teriam possibilidade de ser lidos por vários milhares, e não apenas por um relativamente escasso número de pessoas.»

Já num governo "nacionalista à la NC" partiam-lhe as pernas. ahahahahah

NC

28 de junho de 2005 às 21:53:00 WEST  
Blogger Caturo said...

E quem diz Sean Connery e Colin Farrel, ó NC, diz também Catherine Zeta-Jones, Tom Jones (um galês que, visto de repente, parece preto) e a Victoria das Spice Girls... quanto ao Rowan Atkinson (Mr. Bean/BlackAdder), ou é judeu ou então é mais uma prova de quem nem todo o britânico tem ar nórdico...

29 de junho de 2005 às 01:38:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

E o Timothy Dalton, não se esqueça, que tal como a Catherine Zeta-Jones e o Tom Jones, é Galês.

29 de junho de 2005 às 13:00:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Acho que o Dalton é irlandês... e esse, enfim, sempre tem olhos azuis.

29 de junho de 2005 às 15:09:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Não, é mesmo galês. E há muitos irlandeses com olhos castanhos.

30 de junho de 2005 às 11:35:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

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2 de março de 2007 às 04:34:00 WET  

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