TACANHEZ SUICIDA - O COMPORTAMENTO AMERICANO NO MUNDO

Um extenso mas completo artigo sobre o panorama histórico das relações entre os E.U.A. e o Islão - no essencial, afirma o que tenho dito deste há muito: os Americanos, com uma miopia suicida, andaram a fortalecer o poder islâmico em todo o mundo (no Egipto, na Arábia Saudita, no norte de África, até na Palestina, nas Balcãs, na Turquia) porque julgaram que os de Mafoma, por serem anti-comunistas, eram aliados do Ocidente, e, agora, depois da queda do Comunismo, sofrem as consequências, pois que os motivos pelos quais o Islão combatia a tosca e grosseira doutrina do foi-se-o-martelo eram radicalmente diferentes das razões que levavam o mundo livre, ocidental, a opôr-se à mesma corrente ideológica.

E, na verdade, o perigo representado pelas forças de Mafoma sempre foi mil vezes mais elevado do que alguma vez foi a ameaça comunista.

Efectivamente, o inimigo do meu inimigo não é necessariamente meu amigo. Raramente há só dois lados num conflito político mundial da modernidade...

O autor do texto para o qual apresento, acima, uma ligação, apresenta uma solução com a qual não concordo - quer ele que aumentem as pressões ocidentais sobre o mundo islâmico para que este se democratize a sério; e discordo, não só porque tal projecto me parece utópico, mas sobretudo porque creio que cada povo deve ser deixado a si próprio e, assim, uma vez que os muçulmanos não dão mostras de poderem respeitar verdadeiramente as diferenças culturais, há que pura e simplesmente isolá-los do contacto com o Ocidente.