segunda-feira, maio 16, 2005

SINAIS PREVISÍVEIS

Há uns anos atrás, discuti com um camarada a respeito da consciência racial existente no seio da nobreza portuguesa. Dizia eu que, devido ao peso esmagador do Catolicismo na educação dessa parte da sociedade, a maior parte dos seus membros acabariam por aceitar a miscigenação; e, afirmava eu, ainda bem que Portugal não é uma monarquia, ou então o amante de Minho-até-Timor D. Duarte Nuno de Bragança ainda havia de colocar no trono algum neto mulato...
Argumentava o meu camarada que isso não era verosímil, que ele conhecia bem a aristocracia nacional e os meninos betos das «famílias bem» de Sintra e arredores, que aquela gente toda era imensamente elitista e não aceitaria, nunca, cruzar-se com negros.
E eu dava-lhe com a mensagem universalista cristã, e que os Gonçalos da Câmara Pereira e afins até já andavam a apoiar a imigração originária de África; e ele tornava com o espírito de elite aristocrático, que não havia padre que, nesse aspecto, lhes desse a volta, etc...

Ora um dia destes, passava eu por um quiosque do bairro onde moro e dou de caras com uma revistola social qualquer («Caras» ou «Vip», não interessa) em cuja capa estava o príncipe Alberto do Mónaco com um mulato ao colo... mulato seu filho... o príncipe Alexandre...

Não é nobreza portuguesa, mas é nobreza, e a nobreza europeia anda toda ligada; e se isto pode acontecer num país lá mais próximo do centro europeu, quanto mais em Portugal, onde a propaganda oficial das elites é imensamente multiracial...

Confirma-se: numa sociedade onde a cultura dominante é xy, as pessoas terão tanto mais a ideologia xy quanto mais estiverem próximas do vértice superior dessa sociedade. Do mesmo modo que, no dealbar da Idade Média, a nobreza era mais cristã do que o povo dos campos, que, por estar mais afastado da cidade e da sua elite governativa, preservou melhor as suas raizes pagãs, também agora, na contemporaneidade, as elites sócio-culturais são mais anti-racistas do que o povo anónimo, pobre ou remediado.

E repito - ainda bem que Portugal já não é uma monarquia, livra!...

18 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Nem todos. Assim como nem todo o Povo é a favor de tal coisa...

17 de maio de 2005 às 13:40:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Além disso, é só um bastardo...

17 de maio de 2005 às 13:41:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Pior foi no Liechtenstein, onde o Príncipe alterou a Lei de Sucessão de forma a permitir que filhos de plebeias subissem ao Trono só porque um dos filhos casou com uma mulata do Panamá que, apesar de ter mais de 40 anos, por azar, gerou um filho... Mas também, é só um pequeno Principado...

17 de maio de 2005 às 14:05:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Mas diga-me lá sinceramente: acha mesmo que, depois de séculos a "discriminar" os plebeus iriam agora "render-se aos encantos" de plebeus doutros continentes?!...

17 de maio de 2005 às 14:10:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Coisa que nunca fizeram antes.
Mas pensando melhor, há ainda os casos da nora da Rainha da Dinamarca que é 1/4 chinesa e dum primo afastado da Rainha de Inglaterra que casou com uma nigeriana, felizmente sem descendência. Mas é esporádico. Houve o caso do 2.º Marquês de Milford Haven que, ao casar com uma descendente dum antigo escravo negro do Czar Pedro o Grande, foi alvo dos receios de muitos que temiam que tivesse filhos negros...

17 de maio de 2005 às 14:24:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Devo ainda lembrar o caso do Baronete Mosley, Líder do British Union of Fascists, do Conde Ciano e de grande parte dos Nacionalistas Espanhóis.

17 de maio de 2005 às 14:31:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Seia uma vergonha se na realidade a ultima monarquia barbara existente misturasse o seu sangue com essas gentes....mas ja se veio a provar que n é filho dele e esta a decorrer um processo contra a suposta mãe.
M.

17 de maio de 2005 às 15:18:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Pelo que li há uns anos, até os godos de veias azuis da Casa Real de Saxe-Coburgo Goethe - isto, é, a casa de Windsor, da Rainha de Ingltarra, tem sangue do Profeta Maomé! Aparentemente, um dos reis espanhóis tomou como esposa uma princesa moura, e os seus descendentes entraram no sangue real inglês. Assim, os monarcas árabes (sempre descendentes da tribo de Maomé) vêem-na com especial afecto e consideram-na um "dos seus". Depois disto, algum destes disparates rácicos aqui faz algum sentido? Claro que não.

17 de maio de 2005 às 15:46:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Claro que sim! Esse mesmo sangue diluiu-se, da mesma forma que se diluiria o nosso numa quantidade ainda maior de sangue estranho, que é o que nós tememos e nos fartamos de avisar...

17 de maio de 2005 às 15:54:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Dizia eu que, devido ao peso esmagador do Catolicismo na educação dessa parte da sociedade, a maior parte dos seus membros acabariam por aceitar a miscigenação»

E o que é que o cu tem que ver com as calças? Só porque se deve ser amigo doutras raças e respeitar os mestiços, e a mestiçagem não ser proibida, não é por isso que se transforma numa virtude... Também seria igualmente incorrecto "discriminar" os plebeus e o que é certo é que sempre se fez, e ainda se faz e fará. Enfim, nem todos, bem entendido.

17 de maio de 2005 às 16:17:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Tal coisa seria ridícula! Onde é que a Bíblia ou Jesus Cristo dizem isso?... Alguém iria para o Inferno por não ter fornicado (!!!) com outras Raças?! Especialmente se tivesse levado uma conduta recta para com todos durante toda a vida?! Acasalar não está incluído no bem que se pode e deve fazer aos outros!

17 de maio de 2005 às 16:22:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

A verdadeira Nobreza, que não se nega a si própria através do suicídio nunca fará tal coisa!

17 de maio de 2005 às 16:26:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«as elites sócio-culturais são mais anti-racistas do que o povo anónimo, pobre ou remediado»

Quando deveria ser exactamente o oposto: serem eles os Guardiões e Servidores da Nação e da Raça, que é para isso que eles servem!

17 de maio de 2005 às 17:46:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

De resto, só tenho certezas e algumas suspeitas sobre casamentos com africanas de membros da Realeza e alta Nobreza Europeia. E o Duque de Adis Abebba, que casou com uma Princesa do Vietname...

17 de maio de 2005 às 17:48:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«as elites sócio-culturais são mais anti-racistas do que o povo anónimo, pobre ou remediado»

Quando deveria ser exactamente o oposto: serem eles os Guardiões e Servidores da Nação e da Raça, que é para isso que eles servem!

E porque é que não são, Imperador?
Pense. Porque é que não são?

JC não manda fornicar com outras raças, mas manda tratar todos por igual. E talvez proibisse que se fizesse discriminações de direitos com base na diferenciação racial...

Perante um caso em que um cidadão queira casar com uma negra, o que faz um cristão?
Permite, se houver amor.

E um nacionalista autêntico?
Permite... se forem casar longe e não voltarem à Pátria.

18 de maio de 2005 às 01:16:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

ao anonimo das 3:46 PM : esse comentário apenas revela a sua ignorancia no campo da genealogia / hieraldica: é muito vulgar que as monarquias ligassem as suas origens a figuras religiosas, como é o caso que voce referiu (do profeta maomé, o que nunca corresponde a realidade...era apenas uma forma de mostrar a sua legitidade perante o povo.
M.

18 de maio de 2005 às 20:19:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Quem é que lhe disse que eu era o Imperador? Essa agora, só ele é que escreve, não?

«JC não manda fornicar com outras raças, mas manda tratar todos por igual. E talvez proibisse que se fizesse discriminações de direitos com base na diferenciação racial...»

Só no campo da moral. E alguém tem direitos sobre nós e os nossos corpos?


«Perante um caso em que um cidadão queira casar com uma negra, o que faz um cristão?
Permite, se houver amor.

E um nacionalista autêntico?
Permite... se forem casar longe e não voltarem à Pátria.»

Tal proibição não afecta o indivíduo ou os dez mandamentos. O amor não é um valor moral. Nem tão pouco os afecta irem casar e viver para outro lado.

19 de maio de 2005 às 10:23:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Toda a vida os casamentos foram combinados e nunca a Igreja o proibiu, antes pelo contrário: apenas era necessário o consentimento com tal aliança combinada.

19 de maio de 2005 às 13:48:00 WEST  

Enviar um comentário

<< Home