RESPOSTA A UM INTERROGATÓRIO CULTURAL
O camarada escritor-espadachim Duarte Branquinho «amandou-me» com um questionário que é uma «chain letter», daquelas que percorre a internet do mesmo modo que as tradicionais «chain letters» de papel percorriam as caixas de correios.
Ora, a bem da cultura, da troca de ideias e até de impressões, nem que seja para a sórdida e mesquinha maledicência - «olha, este aproveita as recomendações livrescas para fazer propaganda da sua doutrina, aquele só lê imbecilidades, aqueloutro não perde uma oportunidade para armar aos cágados», etc. - cá ficam as minhas cobiçadas e mui ilustres respostas (eu, pelo menos, gosto):
1. Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Não me apetecia nada decorar um livro; prefiro dialogar do que empinar o que foi pensado por outros; mas, se fosse memorizar uma obra, acho que escolhia «Religiões da Lusitânia», de Leite de Vasconcellos (três volumes, haja memória...), porque o acervo de informações a respeito das tradições ancestrais é o que mais merece sobreviver para além das barreiras temporais.
2. Já alguma vez ficaste apanhado por uma personagem de ficção?
Já, mas era mais na infância, com a poderosa cambada de capa e máscara que mandava lume das gânfias e deitava um quarteirão abaixo à bordoada (sim, os super-heróis); também na infância, fiquei a gostar muito da Salta-Pocinhas, de Aquilino Ribeiro; mais recentemente, dei por mim quase apaixonado pela Nimue da obra «Crónicas dos Senhores da Guerra», de Bernard Cornwell - Nimue, uma mulher teimosa, solitária, misteriosa, caprichosa, louca e, sobretudo, integralmente fiel.
3. Qual foi o último livro que compraste?
«Os Filhos de Caim e Portugal», de João Ferreira do Amaral. O autor não é, que eu saiba, licenciado em História, mas pensa e escreve sobre o passado de um modo magistral, com erudição e clareza de raciocínio, embora o seu discurso seja por vezes um pouco denso.
Ou então foi «Sandman», de Neil Gaiman...
4. Qual o último que leste?
«As Crónicas dos Senhores da Guerra», de Bernard Cornwell, obra em três volumes que, em ficção bem escrita e dinâmica, aborda o mundo arturiano de uma perspectiva histórica. Entretanto, parece-me política e intelectualmente desonesto, mas isso é outra história. Já aqui falei sobre o tema.
5. Que livros estás a ler?
O acima citado «Os Filhos de Caim e Portugal», que sustenta a ideia de uma vinda de povos áricos mediterrânicos para Portugal há milhares de anos.
E, também, «Sandman», de Neil Gaiman, banda desenhada inglesa originalmente publicada numa editora dos E.U.A..
6. Que 5 livros levarias para uma ilha deserta?
Como seria de esperar, «Religiões da Lusitânia», de Leite de Vasconcellos (que são três volumes, mas que contam como só um, acabou-se), e mais quatro: os Lusíadas, a esplendorosa e luminosa Ilíada, «Contra os Galileus», de Juliano, e «Contra os Cristãos», de Celso, simplesmente porque são os livros mais fascinantes que conheço.
7. A que 3 pessoas vais passar este testemunho?
Ao Miazuria, ao Ricardo e ao Imperador. E, como isto tem de percorrer blogues, permita-se-me mais um leque de três escolhas: a Portvgvesa, o Corneliu do Lápis de Minas e o «fascista que conta as suas memórias», o autor do Batalha Final.
Ora, a bem da cultura, da troca de ideias e até de impressões, nem que seja para a sórdida e mesquinha maledicência - «olha, este aproveita as recomendações livrescas para fazer propaganda da sua doutrina, aquele só lê imbecilidades, aqueloutro não perde uma oportunidade para armar aos cágados», etc. - cá ficam as minhas cobiçadas e mui ilustres respostas (eu, pelo menos, gosto):
1. Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Não me apetecia nada decorar um livro; prefiro dialogar do que empinar o que foi pensado por outros; mas, se fosse memorizar uma obra, acho que escolhia «Religiões da Lusitânia», de Leite de Vasconcellos (três volumes, haja memória...), porque o acervo de informações a respeito das tradições ancestrais é o que mais merece sobreviver para além das barreiras temporais.
2. Já alguma vez ficaste apanhado por uma personagem de ficção?
Já, mas era mais na infância, com a poderosa cambada de capa e máscara que mandava lume das gânfias e deitava um quarteirão abaixo à bordoada (sim, os super-heróis); também na infância, fiquei a gostar muito da Salta-Pocinhas, de Aquilino Ribeiro; mais recentemente, dei por mim quase apaixonado pela Nimue da obra «Crónicas dos Senhores da Guerra», de Bernard Cornwell - Nimue, uma mulher teimosa, solitária, misteriosa, caprichosa, louca e, sobretudo, integralmente fiel.
3. Qual foi o último livro que compraste?
«Os Filhos de Caim e Portugal», de João Ferreira do Amaral. O autor não é, que eu saiba, licenciado em História, mas pensa e escreve sobre o passado de um modo magistral, com erudição e clareza de raciocínio, embora o seu discurso seja por vezes um pouco denso.
Ou então foi «Sandman», de Neil Gaiman...
4. Qual o último que leste?
«As Crónicas dos Senhores da Guerra», de Bernard Cornwell, obra em três volumes que, em ficção bem escrita e dinâmica, aborda o mundo arturiano de uma perspectiva histórica. Entretanto, parece-me política e intelectualmente desonesto, mas isso é outra história. Já aqui falei sobre o tema.
5. Que livros estás a ler?
O acima citado «Os Filhos de Caim e Portugal», que sustenta a ideia de uma vinda de povos áricos mediterrânicos para Portugal há milhares de anos.
E, também, «Sandman», de Neil Gaiman, banda desenhada inglesa originalmente publicada numa editora dos E.U.A..
6. Que 5 livros levarias para uma ilha deserta?
Como seria de esperar, «Religiões da Lusitânia», de Leite de Vasconcellos (que são três volumes, mas que contam como só um, acabou-se), e mais quatro: os Lusíadas, a esplendorosa e luminosa Ilíada, «Contra os Galileus», de Juliano, e «Contra os Cristãos», de Celso, simplesmente porque são os livros mais fascinantes que conheço.
7. A que 3 pessoas vais passar este testemunho?
Ao Miazuria, ao Ricardo e ao Imperador. E, como isto tem de percorrer blogues, permita-se-me mais um leque de três escolhas: a Portvgvesa, o Corneliu do Lápis de Minas e o «fascista que conta as suas memórias», o autor do Batalha Final.
4 Comments:
Não vale a pena, que eu não estou a ler nada agora!...
Imperador
Então, força nisso: mãos à obra.
Camarada Miazuria, pode responder nos comentários, ou mandar-me para o e-mail, que eu depois publico a mensagem como post autónomo.
Cá fico à espera, Corneliu Zelea...
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