NOÇÃO DAS DISTÂNCIAS E DOS PERIGOS
PÚBLICO - Domingo. 24 de Abril de 2005
( )
FACE AO COMPLEXO DO «COMPLEXO ANTI-ESPANHOL»
Teremos de ter consciência de que, em termos de relações internacionais,
Portugal e Espanha estarão juntos na maior parte das vezes. Mas,
possivelmente outras tantas, encontrar-se-ão em lados diferentes, na defesa
dos respectivos interesses, no intenso quadro competitivo de uma península
económica e até culturalmente multilateral
Actualmente, a propósito de qualquer análise sobre as relações entre
Portugal e Espanha que uma pessoa arrisque abordar, não se regozijando com
a atitude do nosso vizinho, mas culpando-o por nos ter prejudicado, é muito
«politicamente correcto» acusá-la de ter o «complexo anti-espanhol», ou
seja, de ver na Espanha a principal razão das nossas dificuldades. São
modas... O politicamente correcto aconselha, igualmente, a dizer mal dos
americanos, em quaisquer circunstâncias...
Existem comentadores que não resistem a navegar nesta onda. Para eles, é
premissa indiscutível que os nossos vizinhos são sagazes e activos, ao
mesmo tempo que solidários e bondosos, portanto incapazes de defender os
S.6US interesses com prejuízo dos nossos. Pelo contrário, os portugueses
são uns mal agradecidos que, ainda por cima, dizem mal de quem estaria
sempre preocupado em ajudá-los.
A simples ameaça de ganhar o rótulo de ter o «complexo anti-espanhol»,
repercute-se de várias formas nos portugueses: silêncio envergonhado sobre
o nosso relacionamento peninsular, radicado num indefinido sentimento de
culpa; atitude permanentemente masoquista, a propósito de tudo que respeite
as questões que afectem simultaneamente Portugal e Espanha; ou mesmo um
complexo de inferioridade face aos espanhóis, com a predisposição de ceder
à sua vontade, certamente mais sábia (?) e mais útil (?) aos nossos
interesses que a nossa...
Por vezes, este comportamento tem origem em motivos genuínos de quem pensa
que um único espaço político estatal alargado ao todo peninsular melhoraria
o bem-estar dos portugueses, ou então que nos seria benéfico serem outros a
governar-nos, em vez de nós próprios. Em outras ocasiões, trata-se
simplesmente de fraqueza e falta de coragem. Frequentemente, tem por
justificação a barragem de acusações a que se sujeita quem tenha a «triste»
ideia de acusar os espanhóis de alguma coisa, por mínima que seja. Isto
conduziu a outro complexo, actualmente bem mais dominante do que o
«complexo anti-espanhol» - o complexo do «complexo anti-espanhol».
É claro que este complexo, incentivado pêlos espanhóis sempre que exista
oportunidade, é muito vantajoso para os empresários do país vizinho e para
certos empresários portugueses também beneficiados, assim como para a
direcção política espanhola em funções, cuja postura não se altera
significativamente com mudanças de governo: estilo mais soft com os
socialistas e mais hard com os populares. É curioso assistir à forma como
reage alguma imprensa do país vizinho, quando existe algum clamor público
em Portugal, à volta de queixas com o comportamento do seu governo ou de
alguma sua empresa.
Entre responsáveis portugueses, são inúmeros os exemplos deste complexo.
Tanto nas relações de natureza política, como nas económicas e até nas
culturais.
Tem sido comum o governo português fingir que não existem problemas. O caso
de Olivença é paradigmático. Sempre que alguém ousa levantá-lo, como a
Assembleia da República, legalmente forçada a pronunciar-se na sequência de
uma petição que lhe foi apresentada, o governo assobia para o lado, fazendo
de conta que o assunto não é com ele.
Ora, Olivença é um potencial foco de tensão entre os dois Estados ibéricos.
Qualquer líder populista com aceitação pública pode usar este assunto para
incendiar os ânimos. Aliás, um prestigiado diplomata espanhol retirado já
insinuou esta hipótese, quando afirmou a necessidade de coerência por parte
de Espanha, em relação a Gibraltar, Olivença e à situação de Ceuta e
Melilha. Embora a cada um destes casos correspondam níveis bem diferente de
preocupação e de intensidade conflitual
Existem outros exemplos políticos, alguns dos quais verdadeiramente lesivos
do interesse nacional português. Como o posicionamento de Portugal nas
sucessivas negociações, a propósito do caminho-de-ferro de elevada
velocidade: nos, aparentemente, predispostos a ceder, apresentando posições
de compromisso logo nas primeiras propostas; os vizinhos com posições
iniciais fortes, como se fossem factos consumados.
Ou na condescendência da participação na última cimeira ibérica das
lideranças políticas das regiões autónomas espanholas fronteiriças, criando
a imagem de que Portugal se rebaixava a este nível. É certo existirem temas
que aquelas regiões precisam de negociar com a sua contra-parte portuguesa.
Mas este problema tem outra solução - criar urgentemente regiões
administrativas, em Portugal, com base nas regiões de coordenação e
desenvolvimento regional, por um lado, e estabelecer reuniões periódicas
entre as regiões económicas existentes no conjunto peninsular (todas as
espanholas, os Açores, a Madeira e o continente português, este
representado por um ministro de Estado coordenador, como região económica),
onde se tratariam assuntos de ordenamento do território, comércio, turismo,
etc., que fossem da sua competência.
A cimeira política manter-se-ia no modelo tradicional - apenas com os
governos de Portugal e Espanha, a fim de debaterem os problemas que lhes
correspondem, com a autoridade soberana que detêm. Cada um procurando,
naturalmente, o reforço dos seus interesses, no sentido do aumento do
bem-estar e segurança dos respectivos povos, como é sua função. Isto não
obsta que, a título de assessoria e não como participantes políticos,
elementos de algumas regiões (de Espanha e de Portugal) apoiem os líderes
dos Estados, em pontos específicos da agenda.
Também no plano económico têm sido visíveis comportamentos timoratos e
atitudes de lamento e/ou submissão, em relação a interesses económicos
espanhóis. Se é certo que o lucro é um objectivo central de qualquer
actividade económica, não é menos certo que ele, além de não ser o único,
pode ser procurado com uma visão que considere o interesse nacional, a
exemplo do que fazem alguns dos nossos mais reputados e eficientes
empresários.
Estão a surgir indícios de que esta onda do politicamente correcto está a
mudar. No respeitante ao complexo do «complexo anti-espanhol», parece que a
profunda crise económica que o país atravessa está a despertar forcas
inusitadas no sentido de o limitar, senão eliminar. Passando o discurso e a
acção a basear-se apenas no interesse de Portugal, mesmo que ele seja visto
e proclamado pêlos nossos vizinhos como prejudicial ao interesse de
Espanha. É assim que os espanhóis procedem connosco.
Teremos de ter consciência de que, em termos de relações internacionais.
Portugal e Espanha estarão juntos na maior parte das vezes. Mas,
possivelmente outras tantas, encontrar-se-ão em lados diferentes, na defesa
dos respectivos interesses, no intenso quadro competitivo de uma península
económica e até culturalmente multilateral, de uma União Europeia a
expandir-se e a ser progressivamente mais exigente, e de uma organização
mundial do comércio onde aumentam os produtores com vantagens comparativas
superiores às nossas.
Entre os sinais, refiro a crescente abordagem objectiva, sem «complexo do
complexo», de problemas que se colocam aos dois vizinhos ibéricos. Tanto
por jornalistas, como por comentadores, empresários e economistas.
Mas o mais significativo, a manter-se o rumo iniciado, sem exageros
continentalistas desequilibrados composições atlantistas indispensáveis
para nós (América do Norte, América do Sul e África são áreas vitais na
nossa política externa), é o sinal político transmitido pelas recentes
viagens a Espanha do Presidente da República e do primeiro-ministro de
Portugal.
Foi possível ver firmeza, acção dinâmica e ofensiva, juntamente com a
habilidade diplomática e a cortesia adequadas a vizinhos, aliados e amigos.
E não uma posição defensiva, estática e apenas reactiva. Duas das
declarações de Sócrates ao El País sintetiza na linha de rumo que nos é
conveniente. Por um lado, Espanha é a nossa primeira prioridade em política
externa, o que é uma verdade que a História confirma exaustivamente. Sendo
a Espanha o nosso primeiro problema e maior preocupação, seria muito
estranho que não fosse a primeira prioridade. Por outro lado, foi dito
claramente aquilo que há muito deveria ter sido dito pelo primeiro-ministro
(já tinha sido afirmado pelo PR): «o que queremos é que o mercado espanhol
se abra da mesma maneira» que o nosso se tem aberto.
(JOSÉ LOUREIRO DOS SANTOS - GENERAL)
Coloquei aqui este texto, que me foi enviado por e-mail, porque me parece que é preciso ter-se um certo equilíbrio nas relações com Castela, sobretudo no que respeita a Olivença. Neste momento, temos um povo que foi habituado a ser subserviente e maldizente contra si próprio (desde quando é que os Portugueses são assim?... Não eram assim na época dos Descobrimentos...) perante um dos povos mais altivos (por vezes, arrogantes) da Europa - os Castelhanos. Os Castelhanos, não necessariamente todos os Espanhóis. É nisto que muitos portugueses falham na sua observação de Espanha: tanto os pró-espanhóis como os anti-espanhóis, admiram ou temem um gigante colossal, mas não olham para os seus pés de barro, a saber, para o potencial de divisão que há por aquelas paragens, sobretudo agora, que os socialistas estão no poder e os nacionalismos - basco, catalão, galego - crescem a olhos vistos.
No entanto, creio que o general Loureiro dos Santos se engana ao considerar os Espanhóis como a maior ameaça externa. Na verdade, nos tempos que correm, os Espanhóis, Castelhanos incluídos, são mais aliados do que inimigos: os Hispânicos, e todos os outros Europeus, estão do mesmo lado perante as verdadeiras e mortais ameaças
- a iminvasão e, no seu seio, o maior perigo, o Islão;
- a globalização;
- o oriente amarelo, especialmente no caso da China.
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FACE AO COMPLEXO DO «COMPLEXO ANTI-ESPANHOL»
Teremos de ter consciência de que, em termos de relações internacionais,
Portugal e Espanha estarão juntos na maior parte das vezes. Mas,
possivelmente outras tantas, encontrar-se-ão em lados diferentes, na defesa
dos respectivos interesses, no intenso quadro competitivo de uma península
económica e até culturalmente multilateral
Actualmente, a propósito de qualquer análise sobre as relações entre
Portugal e Espanha que uma pessoa arrisque abordar, não se regozijando com
a atitude do nosso vizinho, mas culpando-o por nos ter prejudicado, é muito
«politicamente correcto» acusá-la de ter o «complexo anti-espanhol», ou
seja, de ver na Espanha a principal razão das nossas dificuldades. São
modas... O politicamente correcto aconselha, igualmente, a dizer mal dos
americanos, em quaisquer circunstâncias...
Existem comentadores que não resistem a navegar nesta onda. Para eles, é
premissa indiscutível que os nossos vizinhos são sagazes e activos, ao
mesmo tempo que solidários e bondosos, portanto incapazes de defender os
S.6US interesses com prejuízo dos nossos. Pelo contrário, os portugueses
são uns mal agradecidos que, ainda por cima, dizem mal de quem estaria
sempre preocupado em ajudá-los.
A simples ameaça de ganhar o rótulo de ter o «complexo anti-espanhol»,
repercute-se de várias formas nos portugueses: silêncio envergonhado sobre
o nosso relacionamento peninsular, radicado num indefinido sentimento de
culpa; atitude permanentemente masoquista, a propósito de tudo que respeite
as questões que afectem simultaneamente Portugal e Espanha; ou mesmo um
complexo de inferioridade face aos espanhóis, com a predisposição de ceder
à sua vontade, certamente mais sábia (?) e mais útil (?) aos nossos
interesses que a nossa...
Por vezes, este comportamento tem origem em motivos genuínos de quem pensa
que um único espaço político estatal alargado ao todo peninsular melhoraria
o bem-estar dos portugueses, ou então que nos seria benéfico serem outros a
governar-nos, em vez de nós próprios. Em outras ocasiões, trata-se
simplesmente de fraqueza e falta de coragem. Frequentemente, tem por
justificação a barragem de acusações a que se sujeita quem tenha a «triste»
ideia de acusar os espanhóis de alguma coisa, por mínima que seja. Isto
conduziu a outro complexo, actualmente bem mais dominante do que o
«complexo anti-espanhol» - o complexo do «complexo anti-espanhol».
É claro que este complexo, incentivado pêlos espanhóis sempre que exista
oportunidade, é muito vantajoso para os empresários do país vizinho e para
certos empresários portugueses também beneficiados, assim como para a
direcção política espanhola em funções, cuja postura não se altera
significativamente com mudanças de governo: estilo mais soft com os
socialistas e mais hard com os populares. É curioso assistir à forma como
reage alguma imprensa do país vizinho, quando existe algum clamor público
em Portugal, à volta de queixas com o comportamento do seu governo ou de
alguma sua empresa.
Entre responsáveis portugueses, são inúmeros os exemplos deste complexo.
Tanto nas relações de natureza política, como nas económicas e até nas
culturais.
Tem sido comum o governo português fingir que não existem problemas. O caso
de Olivença é paradigmático. Sempre que alguém ousa levantá-lo, como a
Assembleia da República, legalmente forçada a pronunciar-se na sequência de
uma petição que lhe foi apresentada, o governo assobia para o lado, fazendo
de conta que o assunto não é com ele.
Ora, Olivença é um potencial foco de tensão entre os dois Estados ibéricos.
Qualquer líder populista com aceitação pública pode usar este assunto para
incendiar os ânimos. Aliás, um prestigiado diplomata espanhol retirado já
insinuou esta hipótese, quando afirmou a necessidade de coerência por parte
de Espanha, em relação a Gibraltar, Olivença e à situação de Ceuta e
Melilha. Embora a cada um destes casos correspondam níveis bem diferente de
preocupação e de intensidade conflitual
Existem outros exemplos políticos, alguns dos quais verdadeiramente lesivos
do interesse nacional português. Como o posicionamento de Portugal nas
sucessivas negociações, a propósito do caminho-de-ferro de elevada
velocidade: nos, aparentemente, predispostos a ceder, apresentando posições
de compromisso logo nas primeiras propostas; os vizinhos com posições
iniciais fortes, como se fossem factos consumados.
Ou na condescendência da participação na última cimeira ibérica das
lideranças políticas das regiões autónomas espanholas fronteiriças, criando
a imagem de que Portugal se rebaixava a este nível. É certo existirem temas
que aquelas regiões precisam de negociar com a sua contra-parte portuguesa.
Mas este problema tem outra solução - criar urgentemente regiões
administrativas, em Portugal, com base nas regiões de coordenação e
desenvolvimento regional, por um lado, e estabelecer reuniões periódicas
entre as regiões económicas existentes no conjunto peninsular (todas as
espanholas, os Açores, a Madeira e o continente português, este
representado por um ministro de Estado coordenador, como região económica),
onde se tratariam assuntos de ordenamento do território, comércio, turismo,
etc., que fossem da sua competência.
A cimeira política manter-se-ia no modelo tradicional - apenas com os
governos de Portugal e Espanha, a fim de debaterem os problemas que lhes
correspondem, com a autoridade soberana que detêm. Cada um procurando,
naturalmente, o reforço dos seus interesses, no sentido do aumento do
bem-estar e segurança dos respectivos povos, como é sua função. Isto não
obsta que, a título de assessoria e não como participantes políticos,
elementos de algumas regiões (de Espanha e de Portugal) apoiem os líderes
dos Estados, em pontos específicos da agenda.
Também no plano económico têm sido visíveis comportamentos timoratos e
atitudes de lamento e/ou submissão, em relação a interesses económicos
espanhóis. Se é certo que o lucro é um objectivo central de qualquer
actividade económica, não é menos certo que ele, além de não ser o único,
pode ser procurado com uma visão que considere o interesse nacional, a
exemplo do que fazem alguns dos nossos mais reputados e eficientes
empresários.
Estão a surgir indícios de que esta onda do politicamente correcto está a
mudar. No respeitante ao complexo do «complexo anti-espanhol», parece que a
profunda crise económica que o país atravessa está a despertar forcas
inusitadas no sentido de o limitar, senão eliminar. Passando o discurso e a
acção a basear-se apenas no interesse de Portugal, mesmo que ele seja visto
e proclamado pêlos nossos vizinhos como prejudicial ao interesse de
Espanha. É assim que os espanhóis procedem connosco.
Teremos de ter consciência de que, em termos de relações internacionais.
Portugal e Espanha estarão juntos na maior parte das vezes. Mas,
possivelmente outras tantas, encontrar-se-ão em lados diferentes, na defesa
dos respectivos interesses, no intenso quadro competitivo de uma península
económica e até culturalmente multilateral, de uma União Europeia a
expandir-se e a ser progressivamente mais exigente, e de uma organização
mundial do comércio onde aumentam os produtores com vantagens comparativas
superiores às nossas.
Entre os sinais, refiro a crescente abordagem objectiva, sem «complexo do
complexo», de problemas que se colocam aos dois vizinhos ibéricos. Tanto
por jornalistas, como por comentadores, empresários e economistas.
Mas o mais significativo, a manter-se o rumo iniciado, sem exageros
continentalistas desequilibrados composições atlantistas indispensáveis
para nós (América do Norte, América do Sul e África são áreas vitais na
nossa política externa), é o sinal político transmitido pelas recentes
viagens a Espanha do Presidente da República e do primeiro-ministro de
Portugal.
Foi possível ver firmeza, acção dinâmica e ofensiva, juntamente com a
habilidade diplomática e a cortesia adequadas a vizinhos, aliados e amigos.
E não uma posição defensiva, estática e apenas reactiva. Duas das
declarações de Sócrates ao El País sintetiza na linha de rumo que nos é
conveniente. Por um lado, Espanha é a nossa primeira prioridade em política
externa, o que é uma verdade que a História confirma exaustivamente. Sendo
a Espanha o nosso primeiro problema e maior preocupação, seria muito
estranho que não fosse a primeira prioridade. Por outro lado, foi dito
claramente aquilo que há muito deveria ter sido dito pelo primeiro-ministro
(já tinha sido afirmado pelo PR): «o que queremos é que o mercado espanhol
se abra da mesma maneira» que o nosso se tem aberto.
(JOSÉ LOUREIRO DOS SANTOS - GENERAL)
Coloquei aqui este texto, que me foi enviado por e-mail, porque me parece que é preciso ter-se um certo equilíbrio nas relações com Castela, sobretudo no que respeita a Olivença. Neste momento, temos um povo que foi habituado a ser subserviente e maldizente contra si próprio (desde quando é que os Portugueses são assim?... Não eram assim na época dos Descobrimentos...) perante um dos povos mais altivos (por vezes, arrogantes) da Europa - os Castelhanos. Os Castelhanos, não necessariamente todos os Espanhóis. É nisto que muitos portugueses falham na sua observação de Espanha: tanto os pró-espanhóis como os anti-espanhóis, admiram ou temem um gigante colossal, mas não olham para os seus pés de barro, a saber, para o potencial de divisão que há por aquelas paragens, sobretudo agora, que os socialistas estão no poder e os nacionalismos - basco, catalão, galego - crescem a olhos vistos.
No entanto, creio que o general Loureiro dos Santos se engana ao considerar os Espanhóis como a maior ameaça externa. Na verdade, nos tempos que correm, os Espanhóis, Castelhanos incluídos, são mais aliados do que inimigos: os Hispânicos, e todos os outros Europeus, estão do mesmo lado perante as verdadeiras e mortais ameaças
- a iminvasão e, no seu seio, o maior perigo, o Islão;
- a globalização;
- o oriente amarelo, especialmente no caso da China.
4 Comments:
O único senão é o facto de, nesse campo, eles serem realmente já nossos inimigos!... Foram, e serão provavelmente os únicos a terem aprovado a Constituição Europeia, deixam entrar iminvasão - com o Aznar em entrevista a elogiar o facto de a Espanha rica que entretanto se tornou ser procurada por pessoas para usufruirem da sua prosperidade e de que só havia uns pequenos problemas de integração que iriam ser resolvidos e que de resto já o estavam - e praticamente não há vozes que se oponham a tal. Só essas vozes são nossas (inconsequentes) Aliadas. Mas, como diria o Führer, "os traidores hão-de morrer afogados no seu próprio sangue" - ainda que, ironicamente, sejam os nossos - e deles - inimigos e não nós a derramá-lo!...
Imperador
Foram, e serão provavelmente os únicos a terem aprovado a Constituição Europeia,
Os Castelhanos nacionalistas são contra essa Constituição. Se pelo facto de a maioria de um povo aprovar uma coisa, isso significa que esse povo é nosso inimigo, então quase se diria o mesmo do próprio povo Português, que ou vota no PSD ou no PS.
deixam entrar iminvasão
Todos os países ocidentais deixam entrar a iminvasão, Imperador... especialmente Portugal, já que toda a merda vem cá parar.
"Os Castelhanos nacionalistas são contra essa Constituição. Se pelo facto de a maioria de um povo aprovar uma coisa, isso significa que esse povo é nosso inimigo, então quase se diria o mesmo do próprio povo Português, que ou vota no PSD ou no PS."
E quem, quantos são eles?... Serão cerca de 30%!... E, de parte a parte, há Nacionalistas que se deixam levar pelo dito documento, e não Nacionalistas que, por outras razões, o rejeitam. E não são, de facto, inimigos? Todos os que nos possam arrastar consigo para a perdição, são inimigos!...
"Todos os países ocidentais deixam entrar a iminvasão, Imperador... especialmente Portugal, já que toda a merda vem cá parar."
Mas estes são particularmente permissivos, sem esquecer os Catalães que só são "Nacionalistas" do tipo ACR e que preferem iminvasores que não saibam falar Espanhol porque põem a sua Cultura à frente da sua sobrevivência, como naquele interessante texto se faz referência!... Aliás, parece que em termos de literatura e de certos factos e eventos, a vantagem está a ser do nosso lado. Assim como os anos 20 e 30 tiveram a sua literatura própria, nós também a estamos a ter, de forma a que abram os olhos.
Imperador
E quem, quantos são eles?... Serão cerca de 30%!...
E não são muitos?
E, de parte a parte, há Nacionalistas que se deixam levar pelo dito documento, e não Nacionalistas que, por outras razões, o rejeitam.
Isso, também há noutros países. Em Itália, creio que o MSR apoia esse documento.
E não são, de facto, inimigos? Todos os que nos possam arrastar consigo para a perdição, são inimigos!...
Sim, mas não como povo. Não são os Castelhanos que são nossos inimigos. Serão, isso sim, adversários, ou, mais cavalheirescamente;), rivais (os adversários, são os Americanos, como diria Miguel Jardim).
Há portanto rivais (Castelhanos), adversários (Americanos) e inimigos (Islâmicos).
"Todos os países ocidentais deixam entrar a iminvasão, Imperador... especialmente Portugal, já que toda a merda vem cá parar."
Mas estes são particularmente permissivos,
Nem por isso.
sem esquecer os Catalães que só são "Nacionalistas"
Nem todos. Ouviu falar de Ramon Bau, por exemplo, conhecido em toda a Europa?
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