quinta-feira, fevereiro 17, 2005

O CERNE DA QUESTÃO

Recomendo muito vivamente o artigo do Lápis de Minas, explicando, com clareza demolidora, a diferença entre o PNR e o PND (como se não fosse evidente...).
Todas as linhas do artigo devem ser lidas com especial atenção, particularmente estas:
2) O PND não ousa pôr o dedo na ferida no que diz respeito à imigração e não se atreve a denunciar as consequências profundas para a identidade nacional que uma imigração extra-europeia acarreta. Esta não-posição deriva de uma concepção de identidade nacional frágil e dúbia, podendo variar ao sabor dos tempos e das circunstâncias. O PNR tem uma concepção de identidade nacional mais estreita e fixa. Para o PNR, ser português é muito mais do que nascer dentro da circunscrição das fronteiras nacionais ou balbuciar um «português palopiano». Para o PNR, a nacionalidade não se compra ou negoceia: herda-se.

3) O PND é mais africanista/atlantista enquanto que o PNR, sendo veementemente anti-federalista, é muito mais europeísta, pois defende a «Europa das Nações», num concerto de mútuo apoio entre povos irmãos. O PNR, ao mesmo tempo que irá recuperar a soberania/liberdade nacional, irá também reaproximar Portugal das suas raízes europeias. O PND é pró-americano, ao passo que o PNR aposta numa Europa forte, capaz de concorrer em igualdade de circunstâncias com os nossos primos americanos. O PND não se importa de manter a Europa sob o guarda-chuva militar/nuclear americano, sobretudo através de um reforço da OTAN. O PNR quer alternativas de defesa estritamente europeias.