DOCUMENTO HISTÓRICO CINEMATOGRÁFICO - MEMÓRIA GIRA
Ainda ontem, enquanto pensava se jantava ou não, vislumbrei umas cenas televisivas que achei engraçadíssimas: uns excertos cinematográficos do filme Rambo III, em que o herói arrasa que se farta em terras afegãs - contra os Russos, auxiliado pelos rebeldes afegãos... os Mujahedin...
Se a obra fosse filmada hoje, o João Rambo, personagem interpretada pelo monocórdico e imbatível Silvestre Caparrudo, estaria provavelmente acompanhada de um sargento negro e de um qualquer outro soldado de raça indeterminada, a combater uma horda de fanáticos islâmicos, tendo como aliados, contra os intermináveis milhares de mafométicos, um grupo de russos bêbados (bêbados porque os Americanos adoram estereótipos, e também porque, falando de Russos, não convém deixá-los demasiadamente bem vistos, ao fim ao cabo os E.U.A. e a Rússia ainda são rivais...).
Mas, na altura em que o filme foi feito, meados dos anos oitenta, ainda os islâmicos que lutavam contra as forças comunistas eram os bons e a máquina propagandística yanke mostrava-os de cara simpática, quais Robins dos Bosques de turbante na mona. Os comunas é que eram os maus da fita e valia tudo para os deitar abaixo.
Só que os comunas soviéticos, com todos os seus defeitos, tinham entretanto um modo de ver muito terra-a-terra, «burguês» colectivista, isto é, preocupado com o seu bem-estar físico antes de mais nada, com a variante da ausência de propriedade privada - ao fim ao cabo, o Comunismo é um materialismo e nada mais quer permitir para além do mundo da carne, do suor e do ouro. O comunista dificilmente dará a sua própria vida à «Causa» num ataque suicida.
Com os muçulmanos, já se viu que é ao contrário...
Os yankes queriam matar um rato dos canos, já moribundo, e, para isso, alimentaram uma serpente anaconda. Ou foi estupidez pura e ignorância da natureza das forças em confronto, ou então foi tacanhez de quem só vê o agora e depois amanhã vê outra coisa.
Por estas e por outras é que se torna perigoso ter o Caubói a determinar as escolhas do Ocidente.
Se a obra fosse filmada hoje, o João Rambo, personagem interpretada pelo monocórdico e imbatível Silvestre Caparrudo, estaria provavelmente acompanhada de um sargento negro e de um qualquer outro soldado de raça indeterminada, a combater uma horda de fanáticos islâmicos, tendo como aliados, contra os intermináveis milhares de mafométicos, um grupo de russos bêbados (bêbados porque os Americanos adoram estereótipos, e também porque, falando de Russos, não convém deixá-los demasiadamente bem vistos, ao fim ao cabo os E.U.A. e a Rússia ainda são rivais...).
Mas, na altura em que o filme foi feito, meados dos anos oitenta, ainda os islâmicos que lutavam contra as forças comunistas eram os bons e a máquina propagandística yanke mostrava-os de cara simpática, quais Robins dos Bosques de turbante na mona. Os comunas é que eram os maus da fita e valia tudo para os deitar abaixo.
Só que os comunas soviéticos, com todos os seus defeitos, tinham entretanto um modo de ver muito terra-a-terra, «burguês» colectivista, isto é, preocupado com o seu bem-estar físico antes de mais nada, com a variante da ausência de propriedade privada - ao fim ao cabo, o Comunismo é um materialismo e nada mais quer permitir para além do mundo da carne, do suor e do ouro. O comunista dificilmente dará a sua própria vida à «Causa» num ataque suicida.
Com os muçulmanos, já se viu que é ao contrário...
Os yankes queriam matar um rato dos canos, já moribundo, e, para isso, alimentaram uma serpente anaconda. Ou foi estupidez pura e ignorância da natureza das forças em confronto, ou então foi tacanhez de quem só vê o agora e depois amanhã vê outra coisa.
Por estas e por outras é que se torna perigoso ter o Caubói a determinar as escolhas do Ocidente.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home