sexta-feira, dezembro 05, 2003

EXÉRCITO EUROPEU E CENTRALIDADE EUROPEIA

Ontem, os E.U.A., pela voz do secretário de Estado Collin Powell, expressaram a sua vontade de que a O.T.A.N. se empenhasse mais no auxílio ao processo de pacificação do Iraque.

Ou seja, querem que os Europeus os sigam pela Mesopotâmia adentro. Compreende-se, e a legitimidade de tal auxílio é discutível, isto é, passível de discussão.

Mas, entretanto, os E.U.A. também mostraram desagrado pela eventual formação de um exército europeu, preferindo que os países da Europa continuem ligados exclusivamente à O.T.A.N. (é curioso, e sintomático, que os grandes poderes que lideram o mundo sejam cada vez mais expressos por siglas, isto é, por entidades compostas - O.N.U., U.E., U.S.A., C.E.I., O.T.A.N. - e não por nomes próprios, ou seja, entidades «puras», por assim dizer - sinal, na maior parte dos casos, da perda de terreno das forças étnicas mais próximas da sua raiz).

É claro que os E.U.A. não gostam da perspectiva de os Europeus se emanciparem militarmente. Preferem ter a Europa como lacaio.
E é também claro que os Europeus dignos das suas Pátrias, não podem aceitar tal subordinação das suas Nações milenares a um Estado que nasceu ontem, o dos Yankes. Os Europeus têm obrigatoriamente de se tomar como centro do seu mundo.