quarta-feira, dezembro 08, 2021

NACIONALISMO - COERÊNCIAS E POSIÇÕES

Tenho para mim que um dos indícios menores da existência de algo além do mundo material é a prodigiosa e incontável quantidade  de ironias que se verificam ao longo da vida. Um mundo exclusivamnte material não teria, digo, tantas e tão constantes situações que parecem delineadas por escritores particularmente zombeteiros, trocistas por vezes da maneira mais primária e grosseira...

Ouve-se continuamente, no seio das hostes da Direita radical, o mantra de que «isto está cada vez pior» e que «os Europeus correm para o abismo!», ou que «a Europa está a cometer suicídio!» Ironicamente, é demasiadas vezes quem assim fala que mais evidencia um comportamento suicidário, ainda que não voluntariamente. 
Com efeito, observa-se-lhe o mais caricato dos comportamentos políticos na medida em que, tendo os melhores trunfos, opta frequentemente por pura e simplesmente os deitar fora ou por voluntariamente escolher os piores caminhos a respeito de vários temas: Democracia, LGBT, Cristianismo, Feminismo, covid-19...

Democracia
A Democracia é, de uma forma cada vez mais óbvia, a maior aliada do Nacionalismo nos tempos que correm, não apenas porque o apelo tribal, étnico, rácico, é o que tem mais potencial de crescimento no seio das massas populares, mas também porque, com toda a franqueza, não há mais nenhum instrumento de poder que se veja para ser usado pelas hostes nacionalistas, dado que estas não têm nem dinheiro nem sombra de influência no meios intelectuais, tampouco qualquer proximidade sólida das forças armadas (em Portugal pelo menos não) - pois bem, é ver-lhes as fuças discordantes, mesmo quando caladas, de cada vez que se lhes explica este raciocínio com a mais esforçada e simplificada das putas das clarezas; não gostam da Democracia porque não, porque o chefe de há oitenta anos disse que a Democracia é má e porque a Democracia «é lá deles, dos políticos e dessa gente toda!!!»...

LGBT
O LGBT é cada vez mais aceite pelo grosso da população europeia, até porque não faz mal a ninguém e diz respeito a meia dúzia de pessoas (para aí uns três ou quatro por cento da população total de cada país); sabe-se que o grosso da elite reinante o protege, mas, independentemente disso, também a população das classes baixas o aceita, como bem se tem visto nos referendos realizados a respeito do tema, como aquele que há uns anos deu na Irlanda (um dos países mais católicos da Europa) a vitória ao casamento gay sem que a Igreja tenha podido ou querido fazer alguma coisa contra isso...
A médio e longo prazo, os LGBT terão todo o interesse em evitar a iminvasão oriunda do terceiro-mundo, visto que constituem alvo fácil e evidente das populações mais selváticas e pouco ou nada abrandadas por décadas, séculos de educação para os direitos humanos entendidos à maneira europeia; tem-se aliás verificado, desde há anos, que em França há mais casais homossexuais a votar na Ultra-Direita (FN, agora RN) do que casais heterossexuais - ora mesmo assim, não se calam nas fileiras ditas nacionalistas as vozes contra os paneleiros e o «lóbi guei!» e demais fantochadas e bichos papões, o que só transmite à população uma imagem de agressão e intolerância, que obviamente assusta, na generalidade, os eleitores indecisos ou tendencialmente indiferentes; há, felizmente, boas excepções nacionalistas, nomeadamente a relativa tolerância da citada RN francesa para com os homossexuais e tolerância ainda maior dos Democratas Suecos (SD), que há anos tiveram a óbvia e genial ideia de realizar uma marcha de orgulho gay a passar por uma zona densamente habitada por muçulmanos em Estocolmo, o que deixou gagos e titubeantes de raiva os militantes esquerdistas LGBT, que espernearam contra este «aproveitamento!» político sem contudo serem capazes de negar ou rebater o cerne do argumento dos SD: se os LGBT não podem passar em zonas de muçulmanos, então não pode haver uma sociedade tolerante com presença muçulmana; de resto, revela-se com cada vez maior clareza que foi a própria Esquerda que desde sempre instrumentalizou a causa gay, subalternizando-a entretanto ao seu grande e supremo ideal esquerdista contemporâneo, o da sociedade multirracial, por isso é que mirra culatra e mete a viola pró-gay no saco de cada vez que se constata violência muçulmana contra homossexuais...

Cristianismo
Dizem-me que, por um motivo táctico, há que não atacar o Cristianismo, o que tem imensa piada vindo de quem vem, pois que comentários destes são proferidos por pessoal cujo modus operandi, ou pensandi ou o caralho, é do mais «anti-táctico» que pode haver. Ora o culto de um Judeu Morto crucificado lá para trás do sol posto, nomeadamente em cu de Judas ou lá perto, tem como cerne doutrinário uma moral visceral e diametralmente oposta ao Nacionalismo - a moral militantemente universalista, que manda amar tudo e todos sem fronteiras, pois que diz «foi-vos dito que devíeis amar o próximo, eu porém vos digo, se amais apenas os vossos parentes, que recompensa merecereis?», a tal ponto que o termo «próximo», que no contexto original judaico designava o parente étnico (o próximo do judeu é outro judeu), significa hoje, no linguajar católico e pós-católico, já não o propriamente próximo mas sim qualquer gajo que vá ali a passar; isto para além de suscitar o ódio dentro da Estirpe - o que pode parecer contraditório quando não se percebe que o amor sem limites implica o rompimento com a prioridade que a ética tradicional manda dar à lealdade ao sangue - pois, para além de suscitar o ódio dentro da Estirpe, também a desvaloriza como entidade em si. Dizia Yeshua, filho de Miriam e de uma pomba branca, que quem não odeia os próprios pais e a si mesmo não é digno de o seguir, tal como também dizia que vinha trazer o conflito dentro de cada casa, de maneira a virar pai contra filho, sogra contra nora, até que em todas as famílias estivessem uns contra outros, a fazer lembrar um moderno slogan comunista «Paz entre as Nações, guerra entre as classes» (o que, de resto, nunca resultou: falhou na Polónia, por isso a URSS de Lenine e Trotski foi derrotada na Grande Guerra Patriótica polaca, por isso Estaline recorreu ao apelo à Pátria, quinze anos depois, para mobilizar a população russa em vez de se pôr a falar do comunismo ou da luta de classes); aliás, quando em certa ocasião a própria mãe lhe dirige a palavra, responde ele «Mulher, que tenho eu contigo?», é que nem foi «Ó mãe, silêncio», sequer um semi-familiar ainda que reles «Charápe, velha», mas sim «Mulher», como se nada houvesse a ligá-la a ele, ou como se a ligação, a do sangue, nada interessasse... o que é aliás confirmado noutra ocasião, quando está ele a pregar a uma multidão e alguém lhe diz «Mestre, a tua mãe e os teus irmãos estão ali e querem ver-te», ele nem sequer responde, e à segunda vez que lhe repetem o recado, responde então «Quem são a minha mãe e os meus irmãos? A minha mãe e os meus irmãos são estes que me seguem» enquanto apontava para os que o tinham ido ouvir, o que consagra a dissolução dos laços de sangue em proveito dos laços doutrinais, base do internacionalismo militante, confirmado um século e meio depois quando Justino o Mártir escreveu «nós, que dantes vivíamos separados uns dos outros devido às nossas diferenças de raça, agora, depois da vinda de Cristo, vivemos todos juntos», o que constitui o sonho cuspido e escarrado de qualquer moderno anti-racista, tirando a referência a Cristo, que a maioria dos antirras é contra a religião e acha que é contra o Cristianismo; não surpreende por isso que já no século XIX a Ortodoxia Cristã tenha condenado o racismo (filetismo) como heresia incompatível com o espírito cristão e que a Igreja Católica tenha no século XX sido o único Estado a opôr-se ideologicamente ao racismo nazi (nunca o cerne do discurso de Churchill, de de Gaulle, de Roosevelt ou sequer de Estaline atacou o ideário racial NS) e, coerentemente, incita todos os dias à imigração em massa pela Europa adentro. Ora a verdade é que o Cristianismo está a morrer entre os Europeus, como bem se constata pelo esvaziamento e até abate de igrejas em solo da Europa Ocidental, pelo que o pessoal nacionalista podia simplesmente calar-se e deixar correr o marfim, mas não, em nome do seu conservadorismo não são raras as vezes que enche a boca com «as nossas raízes cristãs europeias», depois admira-se muito por «este papa!» apoiar constantemente a imigração, geme que o «outro papa!» é que era bom, ainda que também o outro, e todos os outros, tenham sido apoiantes da imigração...

Feminismo
O Feminismo tem sido desde há décadas instrumentalizado pela Esquerda, não é difícil perceber porquê; quanto à Direita conservadora, lida mal com isso e opta quase sempre por bater nas feministas em bloco, o que só serve de lenha para a fornalha esquerdista de dividir o Povo, virando as mulheres contra o seu próprio povo em nome do combate ao «heteropatriarcado» branco, diante do ridiculíssimo elefante na sala que é o facto de a civilização ocidental ser a mais propícia aos direitos das mulheres de que há memória histórica e o facto ainda mais gritante de que o grosso das populações que a própria Esquerda quer à viva força enfiar na Europa são portadoras dos mais violentos e radicais «heteropatriarcados» do planeta. Fica pois à vista que a mais sagrada das causas esquerdistas, a da imigração, é incompatível com o Feminismo, como de resto já neste blogue foi demonstrado à saciedade, com exemplos concretos, inclusivamente o despudorado caso em que feministas norte-americanas cancelaram uma manifestação porque esta ia ter poucos negros, ou seja, calou-se a voz das mulheres (brancas) porque não havia gente doutras raças em número suficiente para tranquilizar as consciências «feministas» - tudo isto é um brutal acervo de factos facilmente referíveis em qualquer discurso político nacionalista contra a imigração, mas nicles, a militância nacionalista cala-se sobre o assunto e, sobre o Feminismo, só tem bacoradas para dizer contra as mulheres que não baixam a cerviz (queriam submissas muçulmanas em vez das europeias que já são pespinetas há milénios?), ecoando o mais míopre e cretino chauvinismo grunho.

Covid
O vírus da China difunde-se pelo mundo inteiro e a ameaça que sugere e tantas vezes confirma é de tal ordem que põe todos os governos do mundo, de todos os quadrantes ideológicos, a tomar medidas para salvar os seus países do flagelo, chegando mesmo a prejudicar as respectivas economias nacionais; o caso é objectivamente grave e não interessa corno que morram «poucas» pessoas se a natureza da pandemia leva a que os hospitais fiquem cheios e pacientes com outras doenças não possam por isso ser devidamente tratados. Até o brutal e ex-tenente-coronel da KGB Vladimir Putin mandou o pessoal uma semana para casa, a ver se a coisa amaina, enquanto o quasi-nacionalista governo polaco já implementou a vacinação obrigatória, enquanto o governo igualmente nacionalista e anti-imigração da Hungria tornou já obrigatório o uso de máscaras faciais em todos os espaços públicos fechados, bem como a vacinação obrigatória do pessoal médico, mas isso não faz os negacionistas existentes na hoste nacionalista calarem-se por prudência, ou pelo menos por tacticismo, nada, pelo contrário, vociferam contra máscaras, vacinas e «isto tudo!» como se cada um deles fosse um cientista amplamente conhecedor do vírus chinês mesmo antes de este sair do Império do Meio (a China) para os arredores, é que podiam pelo menos - pelo menos - ficar calados e aproveitar a deixa para fazer ver a necessidade imperiosa de cerrar as fronteiras, é que há cem anos que não havia um caralho de uma oportunidade destas, mas não, resolvem marrar com as regras sanitárias só porque sim, porque não admitem andar de «açaime!» e porque as vacinas são do mal e porque o covid não é nada importante, e porquê?, porque juram que isto é uma conspiração qualquer «lá deles!» (dos políticos  etc.) e pronto, não há maneira de calarem a matraca sobre isso, e assim se afastam da generalidade da população, que aceita em quase toda a parte, e de forma geral, as medidas restritivas que estão a ser adoptadas. Aliás, não duvido muito que um governo anti-democrático de Direita pura e simplesmente impusesse a vacinação obrigatória e acabava-se a conversa, quem guinchasse que não, levava na corneta e apanhava com o selo de inimigo subversivo da saúde da Pátria ou coisa assim. 
A covid oferecia e oferece simplesmente uma oportunidade de oiro para exigir publicamente o encerramento rigoroso e imediato das fronteiras europeias diante do terceiro-mundo, encerramento este que só interessa aos Nacionalistas e a mais ninguém, é que parece oferecido de bandeja ao Nacionalismo político, mas nicles, isso seria fácil demais....
Um dos principais partidos nacionalistas da Europa, o usualmente bom AfD, já se lixou ao tentar cavalgar a onda negacionista, como aqui se leu https://www.npr.org/2020/12/29/950860206/how-the-pandemic-dented-the-popularity-of-germanys-far-right-afd-party?t=1638998390285 e se verificou depois nas eleições deste ano (embora não tanto como diz o artigo) - pode ser que, entretanto, o descontentamento popular com o prolongamento das restrições venha a dar votos aos Nacionalistas, mas, até agora, nada disso se viu, antes pelo contrário... e, seja qual for o resultado, nada bate o valor das vidas europeias que entretanto se perderam devido à doença.

Já era tempo de a hoste nacionalista ceder menos às emoções e mostrar mais prudência. 

15 Comments:

Blogger mensagensnanett said...

As décadas XX-XXI são décadas de um grande esclarecimento histórico:
- O CIDADANISMO DE ROMA É UM FACTO INCONTORNÁVEL NA EUROPA.
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O cidadão de Roma gosta de projectar uma economia partido do pressuposto da existência de outros como fornecedores de abundância de mão-de-obra servil.
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Políticos do tipo D. Trump colocam o cidadão de Roma XX-XXI em pânico: 'sem os trabalhadores imigrantes morremos à fome' ("sem os trabalhadores imigrantes as parteleiras dos supermercados ficam vazias").
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9 de dezembro de 2021 às 14:50:00 WET  
Blogger Afonso de Portugal said...

Ó Caturo, não leves a mal, mas tenho de te confessar que, depois de ler esta tua longa posta, eu não consigo compreender, muito sinceramente, como é que alguém como tu pode ser militante do Ergue-te!...

É que, exceptuando a parte sobre Democracia, este texto é a antítese de tudo aquilo que o Partido tem defendido ao longo dos anos, pelo menos oficialmente.

Mais: o Chega, ainda mais do que o Ergue-te, é um partido assumidamente cristão, o seu líder, André Ventura, faz referências a Deus constantemente... e, logo no nas primeiras eleições legislativas em que concorreu, teve muitos mais votos do que o Ergue-te conseguiu obter em qualquer um dos actos eleitorais em que participou ao longo dos seus 21 anos de existência! Ou seja, de um ponto de vista estritamente eleitoralista, o Cristianismo não parece ser um entrave ao crescimento do Nacionalismo, pelo menos aqui, em Portugal. A questão é saber até que ponto não será antes um incentivo…

Quanto aos outros temas, a situação parece-me bastante mais complexa do que aquilo que escreveste. No caso da Covid-19, por exemplo, eu não conheço nenhum nacionalista que não tenha falado na questão das fronteiras escancaradas. Pelo contrário, foi dos comentários mais repetidos pelos nacionalistas quando a Covid-19 chegou a Portugal. E foi precisamente por ter sido repetido ad nauseam que perdeu rapidamente o efeito: a partir do momento em que o vírus estava cá dentro, já não havia nada a fazer senão sofrer, pelo que andar a culpar as fronteiras (ou falta delas) por esse sofrimento não vinha ao encontro da principal preocupação das pessoas, que era o combate à doença.

10 de dezembro de 2021 às 00:04:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

pois bozo se diz nacionalista mas so pensa em economia dai deixa tudo aberto quanto aos gays a parte red deles adota aliens e fica babando sexualmente o ovo de aliens mas a outra metade é esteticamente nazi e so curte os ditos "padroes" o que exclui aliens e os aliens da comunidade deles ficam putos pois estão acostumados a metade red dizendo que eles sao deuses na terra

10 de dezembro de 2021 às 18:49:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

mas infelizmente economia tem peso uma raça passando fome nao sobrevive a nivel evolutivo dai dizem que melhor pra economia deixar fronteiras abertas o problema é que nao existe um sistema socio economico fechado nacional auto suficiente os maiores pibs e indices vem dessas economias do norte socio liberais o leste é menos podre e a china ta ate conseguindo bons resultados mas a russia quando anexou a crimeia recebeu sanções do oeste e perdeu grana o reich tentou um regime auto suficiente fechado e tava indo bem enquanto depender desse modelo de economia aberta que os nazis associam aos judeus ta dificil pra causa nacional

10 de dezembro de 2021 às 18:53:00 WET  
Blogger Caturo said...

Uma coisa é fechar as fronteiras comerciais; outra, bem diferente, é não deixar entrar alógenos. Ao contrário do que o discurso dominante quer dar por adquirido, a livre circulação de mercadorias não implica livre circulação de populações em massa.

10 de dezembro de 2021 às 23:14:00 WET  
Blogger Caturo said...

Raramente oiço o Chega a falar em religião, mas, se o faz, arrisca-se a que lhe peguem por aí, porque em Portugal a lei proíbe-o, tanto que a sigla do PDC foi sempre inconstitucional e que uma das farpas atiradas contra o MAN em tribunal foi uma simples frase de um documento ou texto de uma revista sua a pura e simplesmente referir uma intervenção de um «Poder do Alto» ou coisa assim. De qualquer modo repara que eu não disse que o Cristianismo é, a esse nível, um obstáculo ao crescimento - é-o, contudo, a médio e longo prazo, uma autêntica armadilha, e apoiá-lo é uma espécie de «pacto com o diabo», salvo seja, porque depois há «cobranças». Noutros países também há lideres nacionalistas bem sucedidos a apostar na beatice, desde o Salvini a discursar de terço na mão ao húngaro a dizer que quer defender as «raízes» cristãs da Europa, e o partido do governo polaco que faz outro tanto, e mais o Wilders que também fala nisso. Está bem. Dá um ar de família e de solidez moral e social, dá sim, ir à missa ainda é, em muitos sítios, um tranquilizante hábito social. A questão é que, a médio e/ou longo prazo, quem é que achas que, na consciência de um católico, vai ter mais peso, as bocas do Orban, do Salvini, do Wilders, de todos eles juntos, ou as do papa? Ainda a procissão antirra beata vai no adro e já o papa vai atirando para o ar uns estalidos contra «o populismo». Em Inglaterra, o BNP também apostava na via beata, até tinha um padre do seu lado, para depois a própria Igreja Anglicana proibir aos seus sacerdotes a pertença a este partido, facto inédito na história britânica, creio. A Igreja de Inglaterra falava activamente contra o BNP. Espero que seja só uma coincidência o facto de o BNP ter despencado por completo da posição que ocupava, chegando a praticamente desaparecer da cena política. Sabes entretanto que, em Portugal, o PNR era rejeitado em muitos locais onde havia igreja católica activa, do tipo revistas e coisas assim? Pois foi.

Claro que há muitos cristãos patriotas e sinceramente contrários à imigração - sinceramente mas, também, incoerentemente, por motivos óbvios. Quanto tempo mais durará essa incoerência? Aliás, o beatismo do regime do Estado Novo, no que deu? Nada impediu a instituição do lusotropicalismo como política de Estado a partir da necessidade imperialista de justificar moralmente a posse de colónias africanas e a igreja serviu para cimentar a «coisa».

Quanto ao covid, já vieram mais variantes de outros países, ainda por cima de fora da Europa, como agora a omicron que vem mesmo de África, e mesmo assim não oiço nem leio nacionalistas a dizer o óbvio sobre o encerramento de fronteiras com os países da África austral, encerramento esse que o Costa critica, fornecendo assim aos Nacionalistas portugueses o melhor pretexto para focar os seus argumentos nisto mesmo - mas, em vez disso, opta por exigir «as nossas liberdades!» e debitar teorias pacóvias e mal urdidas contra as vacinas.

10 de dezembro de 2021 às 23:39:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O casamento gay é uma palhaçada. Tal como aceitar que um gajo é uma gaja, e vice-versa.

11 de dezembro de 2021 às 15:08:00 WET  
Blogger Caturo said...

Respostas:
https://www.blogger.com/comment.g?blogID=5935274&postID=7238397999164487777&page=1&token=1639267884651

12 de dezembro de 2021 às 00:13:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Anónimo Anónimo disse...
O casamento gay é uma palhaçada. Tal como aceitar que um gajo é uma gaja, e vice-versa.

11 de dezembro de 2021 às 15:08:00 WET

o engraçado é que eles fazem mil letras na sigla mas vc so ve eles promovendo a letra t e se for diversa dai vira deus

13 de dezembro de 2021 às 19:54:00 WET  
Blogger mensagensnanett said...

P.S.
A MIGRAÇÃO INVERSA DO CIDADÃO DE ROMA.
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O separatismo identitário vai originar a promoção/valorização social do europeu com disponibilidade de trabalhar como mão-de-obra servil... e vai originar a promoção/valorização social do europeu com disponibilidade para criar/educar crianças.
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Consequência:
- muito, muito, europeu (cidadão de Roma) vai migrar para sociedades aonde a disponibilidade para trabalhar como mão-de-obra servil (e a didponibilidade para criar/educar crianças) não sejam tão valorizadas socialmente.

14 de dezembro de 2021 às 13:37:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Jorge Jesus a dizer o óbvio, parecia discurso de nacionalista

"«Isto são sinais. Está a acontecer muito na Europa, principalmente. Em França, Inglaterra, muito, em Portugal nem tanto. Para mim temos de olhar muitas vezes para os sinais. Hoje, qualquer polícia que trabalhe na defesa do cidadão, na defesa de um momento, tiram-lhe uma fotografia, metem-lhe um processo disciplinar, despedem-no. Isto, na minha opinião, não é forma de liderar de um país. Acho que estamos a perder alguma autoridade"

https://www.abola.pt/nnh/2021-12-14/benfica-otamendi-esta-assustado-e-nem-vai-jogar/917912

São sinais pois são e cada vez vai acontecer mais e mais na Europa.
O Brasil e Estados Unidos passaram pelo mesmo. Foi aumentando até se tornar normal. Modifica se a população, mete se imensos imigrantes e depois da nisto

14 de dezembro de 2021 às 18:52:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Concordo de uma forma geral, no entanto acho que quanto ao feminismo, existe um pouco de tudo, sim pode ser um potencial de apoio, mas, a maioria das feministas, quer de facto desfragmentar a sociedade europeia branca. Quanto ao cristianismo a maior parte dos cristãos em Portugal ou no resto da Europa são cristãos/católicos por tradição/cultura e como qualquer outro cidadão comum, uns defendem a imigração, outros são contra a imigração. A religião em nada define o que quer que seja, nem as pessoas pensam nisso em termos de doutrina. Se é verdade que o Papa propagandea a imigração, quem define e o faz de forma massiva, e formata as massas há muito que deixou de ser a igreja ou o papa, as pessoas ligam lá ao Papa, é a TV, os jornais, a imprensa, as escolas, as "elites" globalistas, e os próprios imigrantes ou estrangeiros, é só ver o caso do Costa que fez as leis mais imigracionistas de sempre.

14 de dezembro de 2021 às 21:21:00 WET  
Blogger Caturo said...

A religião em nada define o que quer que seja? Não tenho muita certeza disso. É verdade que, actualmente, o que o padralhame diz já não interessa grande coisa aos Europeus, tanto que, na Europa, a Igreja perde todas as batalhas em que se mete desde há trinta e tal anos - preservativo, aborto, casamento gay, adopção gay, eutanásia, procriação medicamente assistida, são todas a eito - mas também creio ser verdade que o potencial do universalismo reside no âmago da doutrina cristã e que isto pode ser regado e dar frutos à medida que o papa vá repetindo a sua ladainha pró-imigração.
Quanto às feministas, pois de facto o modo como estão hoje orientadas leva a que as mais militantes se voltem contra o primado do homem branco, se calhar porque à doutrinação omnipresente nos seus meios somam as suas desavenças pessoais com os gajos (brancos) das suas vidas privadas, mas nada há na lógica feminista nada de verdadeiramente impeditivo de uma perspectiva nacionalista, pelo contrário - o que a iminvasão já está a ser e promete continuar a ser no que respeita ao quotidiano das mulheres em solo europeu acaba por se impor. Exemplo concreto disso é a irlandesa britânica Anne Marie Waters, lésbica e feminista que começou a sua vida política na Esquerda e hoje é co-fundadora de um dos partidos da Ultra-Direita britânica, o For Britain, além de ser também a directora do Sharia Watch UK, organização lançada em Abril de 2014. Ela atira precisamente à cara das feministas de Esquerda a sua corrupta incoerência quando se calam a respeito da violência exercida por imigrantes do terceiro-mundo - sobretudo muçulmanos - sobre as mulheres.

15 de dezembro de 2021 às 03:42:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"A covid oferecia e oferece simplesmente uma oportunidade de oiro para exigir publicamente o encerramento rigoroso e imediato das fronteiras europeias diante do terceiro-mundo, encerramento este que só interessa aos Nacionalistas e a mais ninguém, é que parece oferecido de bandeja ao Nacionalismo político, mas nicles, isso seria fácil demais...."

Se paramos para pensar um pouco, quase todos os grandes problemas das últimas décadas na vida de 1 Europeu comum (e assimetrias dentro da UE á parte, isto são problemas que tanto um português como um alemão enfrentam) têm vindo do caralho da merda do segundo ou terceiro mundo Asiático e africano:

Covid/doenças infecciosas e fechamento de fábricas na eroupa (desemprego para europeus) devido aos salários mais baixos no leste: China

Deslocalização massiva de serviços financeiros e de IT para fora da Europa (salários mais baixos e desemprego para os europeus): India

Imigração em massa que provoca alta criminalididade, diluição étnica, salários mais baixos dentro da Europa: África, Ásia e tambem América Latrina

HIV: Africa

Como diria o outro "é só merda"

Depois se pensarmos mais um pouco, chegamos á conclusão que o "Kalergi!!!" e companhia nos deram a melhor ferramenta que já apareceu na historia da Europa, chamada União Europeia. Ora e qual é o grande pecado da UE para além de aproximar os povos europeus? É que também destrui aquilo que era a grande fonte de problemas para a vida do europeu comum antes dos terceiro mundistas serem um grande problema: as guerras entre nações europeias.

Fonix!! Que chatisse do caralho que temos uma UE a prevenir que os Alemães se matem em banhos de sangue com os franceses e vice-versa! Que chato! É também normal que os Nacionalistas sejam contra a UE. Ainda vão usar as tuas próprias palavras neste ou noutro post para dizerem que a UE é apenas um "totalitarismo" que serve para esconder décadas de frustração e tensão acumulada entre alemães e franceses lol

"Deus" de facto dá nozes a quem não tem dentes. Ou por outras palavras: a generalidade dos direitistas/Nacionalistas europeus são uns burros do caralho.

1 de janeiro de 2022 às 15:16:00 WET  
Blogger Caturo said...

«a melhor ferramenta que já apareceu na historia da Europa, chamada União Europeia. Ora e qual é o grande pecado da UE para além de aproximar os povos europeus? É que também destrui aquilo que era a grande fonte de problemas para a vida do europeu comum antes dos terceiro mundistas serem um grande problema: as guerras entre nações europeias.

Fonix!! Que chatisse do caralho que temos uma UE a prevenir que os Alemães se matem em banhos de sangue com os franceses e vice-versa!»

Pois, há demasiado pessoal que embarca em fanatismos gregários em todos os quadrantes políticos; e, quando é odiado por todos os outros, cerra fileiras da maneira mais tacanha, rejeitando por princípio tudo o que é dito por quem esteja fora da «fortaleza», o que os faz demorar tempo a entender coisas simples e óbvias. Felizmente que nacionalistas um bocadito mais adiantados já perceberam que a UE não é tão mau como a pintavam, a RN (FN) já nem diz que é preciso sair desta união, retém é uma posição de intransigência para negociar acordos comerciais, mas, tirando isso, ainda há muito pessoal nas hostes nacionalistas que continua a querer cortar a árvore para começar a deitar abaixo a floresta sem se aperceber que a árvore em questão está a segurar um dique.

1 de janeiro de 2022 às 22:32:00 WET  

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