SOBRE UM EXCERTO DE CARTA DA IGREJA CATÓLICA AO PRESIDENTE DOS EUA A 22 DE JUNHO DE 1943, SOBRE A IDA DE JUDEUS PARA A PALESTINA
(...) Católicos do mundo inteiro são piedosamente devotos desta terra [Palestina], santificada como foi pela presença do Redentor e estimada como o berço do Cristianismo. Se a maior parte da Palestina for entregue ao Povo Judeu, isso representará um duro golpe para o apego religioso dos católicos a esta terra. Ter o Povo Judeu como maioria seria interferir no exercício pacífico desses direitos na Terra Santa, já investidos pelos católicos.
É verdade que em certa época a Palestina foi habitada pela raça hebraica, mas não há axioma na história que comprove a necessidade de um Povo retornar a um país que deixou dezanove séculos antes.
Se um "Lar Hebreu" for desejado, não será muito difícil encontrar um território mais adequado do que a Palestina. Com o aumento da população judaica ali, novos e graves problemas internacionais surgiriam. Católicos de todo o mundo ficariam indignados. A Santa Sé ficaria triste, e com razão, com tal medida, pois não estaria em consonância com a assistência caritativa que os não-arianos receberam e continuarão a receber das mãos do Vaticano.
Estou confiante de que, a partir destes pontos, Vossa Excelência compreenderá a posição da Santa Sé nesta matéria. (...)
- Esta carta foi escrita pelo delegado apostólico em Washington, Arcebispo AG Cicognani, ao enviado especial do Presidente Roosevelt ao Vaticano, Embaixador Myron Taylor.
Eis, novamente, o veneno doutrinal universalista que o Cristianismo impôs na Europa a ameaçar o direito natural de um Povo à sua terra ancestral. Quando a carta diz que os católicos ficariam afectados no seu apego à Palestina caso esta estivesse nas mãos dos Judeus, seus detentores originários, está a afirmar despudoradamente a prioridade de um credo universalista alegadamente dono da verdade sobre o direito natural de um Povo que lá vivia antes de todos os Povos existentes na época. Quando, mais à frente, critica o «axioma» do direito de um Povo a retornar à sua terra ancestral, aí então atesta a profundidade da natureza anti-nacionalista desta moral cristã, passando por cima do pormenor de que os Judeus só abandonaram o território porque foram aí invadidos e oprimidos durante séculos.
É pois aqui que reside a quinta-essência da moral das actuais elites contra o Nacionalismo. O moderno anti-racismo e anti-nacionalismo esquerdista é, no seu âmago, Cristianismo sem Deus, versão laica e ateia dos mandamentos do carpinteiro Próximo-Oriental crucificado há 2025 anos.
É precisamente a mesma base moral e emocional que leva uns quantos alegados «nacionalistas» europeus a darem-se ao disfrute palerma de condenar a simples existência actual de Israel na área do Próximo Oriente que a Judiaria herda dos seus ancestrais.
Etiquetas: Nacionalismo X Cristianismo
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