quarta-feira, maio 14, 2025

Soles, 08 de Junho de 2778 AUC

UCRÂNIA - CRESCE O SEU PODER DE RESISTÊNCIA MILITAR AO IMPÉRIO MULTIRRACIAL DE PUTIN

Estudantes de História sabem que começar uma guerra é sempre fácil; o difícil é terminá-la. A actual guerra na Ucrânia não é exceção.
O problema é que o presidente russo Vladimir Putin, o homem que começou esta guerra, também acreditava que sabia como terminá-la.
Mais de três anos depois, fica claro que ele é tão ignorante quanto qualquer um nesse aspecto. E esse alguém também inclui o presidente dos EUA, Donald Trump, que acreditava sinceramente que poderia acabar com a guerra com alguns telefonemas para os dois Vladimires, cujos nomes são escritos de forma diferente.
Com a opinião pública global mais interessada no que pode acontecer do que no que realmente está a acontecer, a história real, que neste caso significa as últimas reviravoltas na guerra, passa despercebida.
Esta guerra começou como manda o figurino, com tanques e veículos blindados russos a avançar sobre o território ucraniano como se estivessem em desfile. Muitos presumiram que o rolo compressor marcado com "Z" chegaria em breve à capital ucraniana, Kiev, aceitaria a rendição incondicional dos líderes ucranianos, instalaria um novo governo e restauraria a fraternidade pan-eslava.
Bem, isso não aconteceu.
O conflito transformou-se em guerra por procuração entre os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a Rússia, timidamente apoiada por meia dúzia de países, incluindo Bielorrússia, Irão e Coreia do Norte.
O retorno de Trump à Casa Branca e o declínio do apoio público a Kiev na Europa provocaram novas discussões sobre um fim negociado para a guerra, com a Ucrânia a perder outro pedaço de território além da Crimeia.
No entanto, o que acontecia fora do radar era diferente. A partir do início de 2023, os líderes ucranianos decidiram que a sua melhor chance de sair do calvário nacional era transformar o conflito em guerra de atrito, o que conseguiram ao desacelerar o rolo compressor russo. Eles sabiam que um invasor não tem o mesmo nível de paciência que o lado defensor e, portanto, está fadado a não conseguir garantir a resistência necessária para uma guerra aparentemente interminável.
Apesar do grande sofrimento infligido aos Ucranianos, 2024 testemunhou um grande sucesso para eles, que não recebeu a atenção pública merecida. Com a ajuda parcial da Marinha Britânica, os Ucranianos conseguiram conter a Marinha Russa em Azov — um remanso no Mar Negro — afundando vários navios de Putin, incluindo a sua nau capitânia.
A próxima reviravolta na estratégia ucraniana ocorreu quando o presidente Volodymyr Zelenskiy aprovou um plano para desenvolver uma capacidade de guerra assimétrica, usando uma mistura de tácticas de guerrilha e guerra tecnológica.
A ofensiva surpresa da Ucrânia em Kursk não cumpriu tudo o que tinha prometido em termos do trio de "captura, limpeza e controle" do território. Mas serviu de alerta para o facto de que pelo menos partes do território russo, em toda a sua vastidão, já não podiam ser vistas como santuários.
Na semana passada, a mesma mensagem foi transmitida com maior vigor quando um ataque de drone ucraniano forçou os quatro aeroportos de Moscovo a interromper as suas operações por mais de 14 horas. Um ataque anterior ao gigantesco complexo de fabricação de armas da Rússia em Briansk enviou uma mensagem semelhante.
Ao mesmo tempo, a Ucrânia tentou compensar a escassez de mão-de-obra, que partilha com a Rússia, não contratando mercenários norte-coreanos ou africanos, mas desenvolvendo uma grande indústria de fabricação de drones de ataque. No último ano, a Ucrânia produziu mais de 200000 drones por mês e deve atingir a meta de 2,5 milhões por ano antes do final do Verão. Em comparação, o Irão, o principal fornecedor da Rússia, não produz mais de 400000 drones por ano.
Centenas de tecnólogos europeus, canadianos e americanos estão a ajudar a transformar a Ucrânia num vasto laboratório de equipamentos militares de alta tecnologia, incluindo veículos não tripulados para transportar pessoal médico e vítimas do campo de batalha.
Um número crescente de startups também está a ajudar a Ucrânia a usar a realidade virtual (RV) e a inteligência artificial (IA) no desenvolvimento de tácticas, sugerindo diferentes combinações de armas, métodos e alocação de recursos. Determinada a tornar-se numa vanguarda em pesquisa e desenvolvimento tecnológico militar, a Ucrânia destinou um terço do seu orçamento de defesa ao programa.
O progresso de alta tecnologia numa extremidade do espectro é complementado pelo treinamento clássico de guerrilha na outra. Os Ucranianos lembram que a Operação Barbarossa, do Marechal de Campo Friedrich von Paulus, em 1941, varreu o seu território em apenas duas semanas, mas tiveram de travar uma batalha perdida por mais dois anos quando as operações de guerrilha contra o invasor nazi se tornaram realidade.
O ano actual ainda pode testemunhar a história a repetir-se com novos ataques da guerrilha ucraniana à infraestrutura russa essencial, começando com a ponte construída por Putin, ao custo de biliões de dólares, para conectar a Crimeia ao continente russo.
Como laboratório para o desenvolvimento de novos armamentos e tácticas de guerra, a Ucrânia pode ser útil à OTAN, ao mesmo tempo em que controla mais da metade da capacidade militar não nuclear da Rússia numa guerra impossível de vencer. A tentação de deixar as coisas acontecerem como estão a acontecer pode ser grande, mas o facto é que todos os dias pessoas morrem nesta guerra desnecessária, indesejada e impossível de vencer.
Portanto, um aumento na capacidade da Ucrânia de se defender deve ser visto como um argumento a favor de uma paz negociada em vez de uma guerra prolongada.
Desta vez, Trump deveria reavivar a sua tentativa de paz, admitindo que, embora Putin ainda tenha mais cartas para jogar neste jogo mortal, Zelenskiy não está tão de mãos vazias quanto alguns pensavam.
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Amir Taheri foi editor-chefe executivo do jornal diário Kayhan no Irão de 1972 a 1979. Trabalhou ou escreveu para inúmeras publicações, publicou onze livros e é colunista do Asharq Al-Awsat desde 1987.
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Fonte: https://www.gatestoneinstitute.org/21608/ukraine-war-next-phase 

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O facto de a Ucrânia estar capaz de resistir deve servir para que se negoceie a paz, sim - mas, muito mais importante do que isso, se não for capaz de resistir, isto é, na verdade, o mais relevante argumento para a defender, isto numa sociedade em que não vigore a lei do mais forte, bem entendido... pelo que todos aqueles que, no Ocidente, dizem que já não vale a pena auxiliar o regime de Kyiv porque este «já perdeu a guerra», pois os que assim falam dizem muito mais sobre si mesmos do que imaginam.

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Os que dizem que não vale a pena resistir, são os que estão alinhados com o invasor globalista russo, normalmente bots estrangeiros, e outros de vistas curtas, andam há 3 anos em guerra e a Rússia nem o leste da Ucrânia consegue ter sob controlo

15 de maio de 2025 às 23:09:00 WEST  
Blogger mensagensnanett said...

Vocês são todos farinha do mesmo saco (uma mudança de retórica para que fique tudo na mesma: CÚMPLICES DA CIVILIZAÇÃO DOS 500 ANOS DE ROUBO&PILHAGEM):
- nacionalismos mainstream;
- "direitas' mainstream;
- 'esquerdas' mainstream.
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Todos em conluio (sim!!!) com os negócios de roubo&pilhagem, e negócios no caos, dos 'construtores de caravelas' (negócios transnacionais).
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Todos em conluio financiaram a Quadrilha-de-Kiev.
Esta quadrilha (antes de 2022 já referenciada como um dos povos mais corruptos do planeta):
-> fez-se passar por paladina dos valores soviéticos (para assim abocanhar regiões/territórios da Rússia);
-> mais, financiada pela civilização dos 500 anos de roubo&pilhagem, procurou executar o extermínio dos russófonos (das regiões em causa) que reivindicavam separatismo da Ucrânia (sim: reivindicavam a liberdade de decidir o regresso à Rússia: pois, a ditadura dos sovietes havia terminado);
- mais: ucranianos não-vendidos (à civilização dos 500 anos de roubo&pilhagem) foram/são caçados nas ruas como cães e enviados para o 'front' (bucha de canhão).
- mais: quando a guerra terminar vai ser feito um estudo exaustivo dos negócios feitos (no caos) pela Blackrock e outros 'construtores de caravelas'.

25 de maio de 2025 às 12:08:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Quadrilha-de-Kiev? Essa é qual? Toda a gente sabe - é uma extensão da máfia russa, a claque que na Ucrânia queria fazer o jogo à Rússia, tal como o presidente subserviente ao Kremlin que foi derrubado pelo povo em 2014.

Um dos Povos mais corruptos do planeta, na Ucrânia? Um bocado menos que a Rússia, que é, reconhecidamente, já referenciado como o país mais corrupto do continente europeu, claramente mais do que a Ucrânia.

Fez-se passar por quê, por «paladina dos valores soviéticos»? Então a Ucrânia é que foi invadida pela URSS em 1917, depois de, no século XIX, o czar russo chegar a proibir o uso da língua ucraniana - então o invadido é que tem culpa de ser invadido? Eu já tinha ouvido falar do acto de culpar a vítima, mas isto atinge um nível de total despudor, total falta de vergonha na cara, total falta de vértebras, isto é argumentação que dificilmente poderia ser elaborada por quem não fosse um criminoso.

Abocanhar território da Rússia? Mais uma - então a Rússia é que invade a Ucrânia desde sempre, a Rússia depois «oferece» território à Ucrânia porque confiava, com a arrogância imperial que a caracteriza, que tinha Kyiv segura debaixo da pata... e a culpa é da Ucrânia?

Extermínio de russófonos? O quê, as medidas de defesa da população contra as milícias russas criminosas que atacavam livremente as forças estatais, milícias estas cujo maior líder SE GABOU SE GABOU SE GABOU EM ENTREVISTA DE 2014 de ter começado a guerra na região, porque mais ninguém a queria senão ele e os seus?

Quem é que reivindicava o direito de regressar à Rússia e não o fez? Não tinham espaço russo que chegasse? Então a Rússia não é tão grande, sendo, aliás, o maior império do mundo, com mais de dezassete milhões de quilómetros quadrados, muito mais do que a Ucrânia?
Claro que levarem consigo o território do Donbass estava fora de questão, dado que este território foi dado pela Rússia, e dado é dado, acabou, se não queria não dava, não fosse arrogante, estudasse, e, além do mais, a maioria da população do Donbass é de etnia ucraniana...

Ucranianos são caçados para irem para a guerra? Como os europeus de toda a Europa foram sempre «caçados» pelos seus exércitos no tempo que havia serviço militar obrigatório? Pois como é que um país de 44 milhões se defende contra um país que tem mais de três vezes mais gente, 144 milhões, se não tiver serviço militar obrigatório pelo menos em estado de guerra?

Quando a guerra terminar... será que Putin e seus putineiros serão um dia julgados em tribunal pelos crimes abjectos que andaram a cometer contra os Ucranianos, alimentando assim o ódio étnico entre duas das maiores Nações da Europa e levando ao massacre de ,mais de um milhão de europeus? E a tumba de Putin, poderá ser facilmente encontrada por todos os ucranianos que no futuro lhe queiram escarrar em cima?

29 de maio de 2025 às 06:49:00 WEST  
Blogger mensagensnanett said...

CÚMPLICES DA CIVILIZAÇÃO DOS 500 ANOS DE ROUBO&PILHAGEM:
- nacionalismos mainstream;
- 'direitas' mainstream;
- 'esquerdas' mainstream (berloques de esquerda, etc).
E mais:
- os Supremacistas Demográficos (africanos mainstream, e etc) TAMBÉM são cúmplices da civilização 500 anos de roubo&pilhagem!!!
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Como é óbvio e natural, os Identitários reivindicam Liberdade/Distância/Separatismo de TODOS os cúmplices da civilização 500 anos de roubo&pilhagem.
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SIM:
-> os Identitários não estão interessados em ser cúmplices da civilização 500 anos de roubo&pilhagem.
-> mais: a História não começou há 500 anos!!!
[separatismo-50-50]
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FOI REALMENTE UMA GRANDE CHATICE:
-> se os napolianos não tivessem sido derrotados... e... os eslavos não oferecessem abundância de mão-de-obra servil/escrava... então... os napolianos (ocidentalismo mainstream) teriam feito aos eslavos a mesma 'coisa' que foi feita aos nativos norte-americanos e aos nativos australianos (milhões de mortos à fome, etc)... e... substituição populacional!
LOGO
tal seria uma oportunidade para os supremacistas demográficos... (fornecedores de abundância de mão-de-obra servil)... ocuparem e dominarem novos territórios.
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Resumindo:
--->>> A MÁSCARA CAIU... VÊ-SE QUEM ESTÁ EM CONLUIO!......
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P.S.
O que digo a ti, digo também aos berloques de esquerda.

31 de maio de 2025 às 18:15:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Substituição populacional dos Eslavos, como aquela que a Rússia pode OBRIGAR a Ucrânia a fazer, à medida que chacina ucranianos enquanto importa mercenários do terceiro-mundo, como se os asiáticos incluídos nas tropas russas não fossem alógenos que chegasse?

4 de junho de 2025 às 10:24:00 WEST  

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