quarta-feira, maio 14, 2025

Lues, 09 de Junho de 2778 AUC

«OS IMIGRANTES NÃO TÊM DE RESPEITAR A NOSSA CULTURA»

O artigo cuja apresentação aqui se vê já é de Janeiro, mas o que a seu respeito interessa dizer há-de ser actual por quantos anitos. Foi apenas uma das vozes me(r)diáticas a querer confrontar o senso comum «direitista» segundo o qual os alógenos têm de respeitar a cultura nacional, algo que até o principal líder da oposição de Esquerda acabou por ecoar, ou num assomo de bom senso, ou para ver se não perdia demasiados votos para os «fachos»...

Nenhuma descrição de foto disponível.

Ora o fulano não disse exactamente o que está escrito na imagem mas pouco faltou. No artigo original, foi isto que escreveu: «Não, os imigrantes não têm de respeitar qualquer cultura, valor ou modo de vida português.» https://archive.ph/WjsKH#selection-997.0-997.90
Antes de mais nada, repare-se no contexto em que usa o termo «respeitar» - uma gentinha de um quadrante ideológico que passa a vida a guinchar que é preciso respeitar tudo e todos!, tem agora o descaramento de declarar literalmente o contrário. Não é preciso grande esforço de imaginação para adivinhar qual seria a sua reacção se alguma figura de Direita - ou mesmo de Esquerda - dissesse abertamente, por exemplo, que «não é preciso respeitar a cultura cigana ou africana», caíam 43 Carmos e 76 Trindades, aqui d'el «rei» que o nazi está a incitar ao ódio, até dava direito a processo em tribunal. Aos gonçalotelles, entretanto, nada acontece. Por aqui se pode ter uma noção do que é a impunidade moral desta maralha.
Tirando isso, o cerne da sua argumentação é só esperteza saloia que redunda em ampla parvoíce. Crê porventura quem a usa que está a ser mui objectivo, quiçá sofisticadamente subtil e preciso, mas não, é só mesmo palermice desonesta. Em toda e qualquer lei, há uma coisa que se chama «espírito da lei», o qual é determinado pela cultura do Povo que a gera. A expressão «contornar a lei» designa sempre uma forma subtil de violar o espírito da lei sem contudo negar a letra da lei. Tarde ou cedo, pode-se fazer isso contra toda e qualquer letra de lei - a menos que se respeite a cultura que a elabora.
Claro que os escribas da imprensa antirra nem se aperceberam desta evidência ou nem dela quiseram saber, o que actua neles é algo bem diferente de qualquer sentido de Justiça equitativo. Não perdem uma oportunidade de se afirmarem contra o seu próprio Povo, pondo-se ao lado de todo e qualquer potencial agressor alógeno. É isso que os anima, pois que toda a sua sensibilidade está formatada pelo anti-racismo etno-masoquista, endofóbico, eurofóbico, leucofóbico, a traição militante instituída como ética, em suma, a mais abjecta doença moral de que se tem notícia pelo menos desde a invenção da escrita.