«OS IMIGRANTES NÃO TÊM DE RESPEITAR A NOSSA CULTURA»
O artigo cuja apresentação aqui se vê já é de Janeiro, mas o que a seu respeito interessa dizer há-de ser actual por quantos anitos. Foi apenas uma das vozes me(r)diáticas a querer confrontar o senso comum «direitista» segundo o qual os alógenos têm de respeitar a cultura nacional, algo que até o principal líder da oposição de Esquerda acabou por ecoar, ou num assomo de bom senso, ou para ver se não perdia demasiados votos para os «fachos»...

Ora o fulano não disse exactamente o que está escrito na imagem mas pouco faltou. No artigo original, foi isto que escreveu: «Não, os imigrantes não têm de respeitar qualquer cultura, valor ou modo de vida português.» https://archive.ph/WjsKH#selection-997.0-997.90
Antes de mais nada, repare-se no contexto em que usa o termo «respeitar» - uma gentinha de um quadrante ideológico que passa a vida a guinchar que é preciso respeitar tudo e todos!, tem agora o descaramento de declarar literalmente o contrário. Não é preciso grande esforço de imaginação para adivinhar qual seria a sua reacção se alguma figura de Direita - ou mesmo de Esquerda - dissesse abertamente, por exemplo, que «não é preciso respeitar a cultura cigana ou africana», caíam 43 Carmos e 76 Trindades, aqui d'el «rei» que o nazi está a incitar ao ódio, até dava direito a processo em tribunal. Aos gonçalotelles, entretanto, nada acontece. Por aqui se pode ter uma noção do que é a impunidade moral desta maralha.
Tirando isso, o cerne da sua argumentação é só esperteza saloia que redunda em ampla parvoíce. Crê porventura quem a usa que está a ser mui objectivo, quiçá sofisticadamente subtil e preciso, mas não, é só mesmo palermice desonesta. Em toda e qualquer lei, há uma coisa que se chama «espírito da lei», o qual é determinado pela cultura do Povo que a gera. A expressão «contornar a lei» designa sempre uma forma subtil de violar o espírito da lei sem contudo negar a letra da lei. Tarde ou cedo, pode-se fazer isso contra toda e qualquer letra de lei - a menos que se respeite a cultura que a elabora.
Claro que os escribas da imprensa antirra nem se aperceberam desta evidência ou nem dela quiseram saber, o que actua neles é algo bem diferente de qualquer sentido de Justiça equitativo. Não perdem uma oportunidade de se afirmarem contra o seu próprio Povo, pondo-se ao lado de todo e qualquer potencial agressor alógeno. É isso que os anima, pois que toda a sua sensibilidade está formatada pelo anti-racismo etno-masoquista, endofóbico, eurofóbico, leucofóbico, a traição militante instituída como ética, em suma, a mais abjecta doença moral de que se tem notícia pelo menos desde a invenção da escrita.
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