GRANDESSÍSSIMOS MÉ(R)DIA A SEREM O QUE SÃO: «ALGUNS DOS PIORES RESULTADOS DO CHEGA ACONTECEM EM FREGUESIAS COM MAIORES NÍVEIS DE INSTRUÇÃO»

Eis pois mais um fartote me(r)diático - quem redige o polígrafo, púlpito da elite reinante descaradamente mal disfarçado de neutro, resolveu «apurar» a veracidade de uma coisa que algum dos seus colegas ou tutores comentou nalguma mesa de café de Starbuck ou do Tavares rico, «ai, este povinho está facho de todo, o povinho mais burro é o que vota mais no Chega!, é só ver onde é que o Chega tem mais votação!!!»

Fonte: https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/noite-eleitoral-alguns-dos-piores-resultados-do-chega-acontecem-em-freguesias-com-maiores-niveis-de-instrucao/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques

Isto é a maralha me(r)diaticamente dominante a ir deixando cair a máscara de «igualitária» e a mostrar o seu verdadeiro desprezo pelo «povinho», um desprezo classista que sempre a caracterizou mas que habilmente disfarçava... basta que os seus típicos representantes mais me(r)diaticamente visíveis sejam confrontados em primeira mão com um pedaço vivo da verdadeira opinião popular para perderem essa compostura soft e, involuntariamente, deixarem bem à vista, com esta inverstigação, precisa e rigorosamente o que só os Nacionalistas (e o governo social-democrata dinamarquês...) andam a dizer há anos: a imigração é uma imposição das elites ao povo, só beneficia as classes privilegiadas, enquanto desagrada à população dos níveis sócio-económicos mais baixos, e de que maneira, e o povo está farto, e revolta-se...

De resto, é natural que a população com mais alto grau de instrução seja em geral contrária à Ultra-Direita e que a população com mais baixo nível de instrução seja em geral favorável à Ultra-Direita - numa sociedade em que a elite reinante é de ideologia X, torna-se óbvio que quem mais receber instrução dada por essa elite, mais influência X dela receberá, pelo que terá mais probabilidades de ser também ideologicamente a favor de X.

Não é uma questão de intelecto propriamente dito, mas sim de influência cultural dominante, do mesmo modo que os cristãos de há dois mil anos eram parte do estrato mais miserável e iletrado da sociedade, enquanto há mil anos já se verificava que as classes mais elevadas eram as mais estritamente cristãs enquanto o Paganismo sobrevivia em práticas no seio das populações mais afastadas dos centros urbanos e da literacia. Ora, por motivos diversos, mas com uma só raiz crucial, a elite intelectual que hoje controla o Ocidente é desde há muito, desde antes da II Guerra Mundial, adepta do universalismo moralista em diversas facetas: cosmopolitismo, internacionalismo, globalismo, multiculturalismo, miscigenação, anti-racismo. É por isso natural que quem estiver perto desta elite, por via da instrução, mais ideologicamente seja por ela influenciada.

Topa-se, todavia, o que os polígrafos e quejandos propagandistas do sistema disfarçados de jornalistas andam a querer insinuar com o seu jornalismo de investigação ao grau de instrução de quem vota em quem - insinuação brotada da sua arrogância classista, mau perder, desprezo e ódio mal camuflados por baixo da sofisticada sonsice.