ALEMANHA - MAIOR PARTIDO DE DIREITA DIZ AGORA QUERER EXPULSAR CRIMINOSOS ALÓGENOS...
Figuras proeminentes na União Democrata Cristã (CDU) de Centro-Direita da Alemanha — que deve-se tornar no maior partido do país após as eleições do mês que vem — confirmaram uma proposta política para deportar requerentes de asilo uma vez que tenham sido condenados por dois crimes. No entanto, a rival Alternativa para a Alemanha (AfD) já criticou a medida como uma proposta fraca que fará pouco para conter a crise de crimes envolvendo estrangeiros.
A medida foi criada para sinalizar uma postura mais dura em relação à política de imigração, com o secretário-geral da CDU, Carsten Linnemann, a dizer à WELT TV que o país precisa de agir decisivamente contra criminosos com autorização de residência, defendendo mudanças na Lei de Residência da Alemanha para garantir que cometer um crime resulte em expulsão automática após uma segunda infracção.
“Precisamos de acabar com o ciclo de reincidentes”, declarou Linnemann, referindo-se a ataques recentes, incluindo o massacre do mercado de Natal no mês passado em Magdeburg, que reacendeu os apelos por medidas mais rigorosas.
Crimes como roubo, agressão, delitos de drogas e sonegação de tarifas em transporte público seriam considerados atos intencionais que justificariam deportação, acrescentou.
Linnemann esclareceu que estas medidas se aplicariam a indivíduos com autorizações de residência válidas, não àqueles já obrigados a deixar o país.
A proposta de reforma migratória da CDU se estende além da deportação de criminosos. O candidato a chanceler da União, Friedrich Merz, ecoou a posição de Linnemann, defendendo a deportação para países instáveis como Síria e Afeganistão. Embora reconhecendo a instabilidade da Síria, Merz argumentou que as excepções não deveriam proteger criminosos, incluindo membros do regime de Assad ou suas milícias, de serem mandados de volta para fora das fronteiras da Alemanha. “Não podemos permitir que a Alemanha se torne num porto seguro para aqueles que cometeram atrocidades em outros lugares”, disse Merz, enfatizando a importância da triagem de imigrantes na fronteira. Ele também criticou a pressão actual sobre a infraestrutura da Alemanha, citando municípios sobrecarregados e pedindo uma separação entre migração laboral e imigração de asilo.
A Alternativa para a Alemanha (AfD) de Direita, no entanto, criticou as propostas da CDU como postura política. A candidata a chanceler da AfD, Alice Weidel, acusou Merz de não agir apesar de uma maioria potencial no Bundestag, destacando a recusa da União em colaborar com a AfD, apesar da sua crescente popularidade e crescente sucesso eleitoral em nível estadual e ganhos esperados na eleição federal de Fevereiro.
O partido também escreveu em comunicado que “o martelo de deportação é uma cortina de fumaça da CDU: connosco, os criminosos nem poderão entrar no país”.
“O impulso da CDU para a reforma ocorre no contexto da crescente frustração pública sobre a imigração e o crescente apoio a políticas mais rigorosas, com a AfD a ganhar força como voz alternativa. Porque com fronteiras consistentemente protegidas, garantiremos que a importação em massa de criminosos já seja prevenida com antecedência. A CDU teria tido a chance de implementar tais medidas há muito tempo se tivesse concordado com as iniciativas correspondentes da AfD — mas é apenas sobre espectáculo de campanha, para então formar uma coligação com os Verdes após a eleição e deixar tudo para a velha política de Merkel”, dizia a declaração.
O partido também levanta a questão do porquê de a CDU só estar à espera para agir após a segunda infracção: “É de se perguntar com que base o Sr. Linnemann quer que o direito de residência seja abolido somente durante a segunda infracção. Porque não depois da primeira? Se você não aderir à nossa cultura e valores e se destacar devido aos seus crimes, não podemos usá-los – e eles nem deveriam vir até nós. Da CDU, um membro da qual foi o primeiro-ministro na Saxónia-Anhalt por mais de 20 anos, e quando, no ano passado, apenas 449 pessoas foram deportadas de mais de 5000 pessoas ordenadas a sair, não temos nada a esperar para a nossa segurança.”
O partido anti-imigração em massa ganhou apoio notável de vozes influentes, como o bilionário americano Elon Musk, nos últimos tempos, que recentemente afirmou que a AfD é a "única chance" da Alemanha de virar o jogo na mudança demográfica e cultural que envolve o país.
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Fonte: https://rmx.news/article/deportation-after-two-crimes-the-cdus-new-plan-to-combat-repeat-migrant-offenders-slammed-as-weak/
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O costume... os maiores partidos da «Direitinha» só se dispõem a falar grosso contra a imigração depois de constatarem que não há maneira de travar a ascensão das forças nacionalistas autenticamente contrárias à imigração...
Pode, claro, dar-se o caso de haver também nessas grandes formações partidárias gente que se opõe à imigração. Até em partidos de pequena dimensão pode haver mais de uma posição ideológica, quanto mais nos grandes, e pode também acontecer que, nestas condições, esses que se opõem à imigração no seio dos seus partidos grandes encontrem aí lastro para se afirmarem e puxarem a brasa à sua sardinha, por assim dizer. De um modo ou doutro, com ou sem sinceridade, nenhuma CDU deste tipo oferece reais garantias de segurança à população autóctone que diz querer defender...
Pode, claro, dar-se o caso de haver também nessas grandes formações partidárias gente que se opõe à imigração. Até em partidos de pequena dimensão pode haver mais de uma posição ideológica, quanto mais nos grandes, e pode também acontecer que, nestas condições, esses que se opõem à imigração no seio dos seus partidos grandes encontrem aí lastro para se afirmarem e puxarem a brasa à sua sardinha, por assim dizer. De um modo ou doutro, com ou sem sinceridade, nenhuma CDU deste tipo oferece reais garantias de segurança à população autóctone que diz querer defender...
1 Comments:
Perto das eleições falam mas depois vao pó poder e nada, ainda pioram. O PSD fez o mesmo, disse que ia baixar a imigração e já quer aumentar outra X.
Enganam o povinho burro e lá continua a Europa de mal a pior
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