quinta-feira, dezembro 07, 2023

MARCO HISTÓRICO DA PERSEGUIÇÃO TOTALITÁRIA CRISTÃ À RELIGIÃO NACIONAL EUROPEIA - AS PROIBIÇÕES DE ARCÁDIO

Neste dia, em 396, Arcádio, imperador do Império Romano do Oriente, revogou todos os privilégios dos sacerdotes pagãos e declarou o Paganismo como «alta traição», conforme aqui se lê: http://www.societasviaromana.net/Collegium_Religionis/caldec.php

Nesta outra fonte,
há mais pormenores, compondo uma versão ligeiramente diferente, mas que no essencial confirmam a natureza totalitária do procedimento imperial romano nesta época. Já em 395 Arcádio tinha declarado a exclusão dos dias sagrados pagãos como dias santos. Alguns festivais pagãos, tais como o Navigium Isidis, sobreviviam todavia. Nesse mesmo ano, outra lei de Arcádio proibiu fosse quem fosse de ir a um santuário ou templo pagão ou de celebrar todo e qualquer tipo de sacrifício pagão. A julgar pelo texto, esta lei parece ter sido dirigida aos cristãos que apesar de tudo retornavam ao Paganismo, uma vez que refere «aqueles que estão a tentar distanciar-se do dogma da fé católica».
Em 396, continua a intolerante campanha de Arcádio em nome da chamada religião do amor (irmã mais velha da chamada «religião da paz», a do crescente verde, ainda mais intolerante...): o imperador ordenou que os templos pagãos no espaço rural fossem destruídos de modo a que não mais pudessem ser usados para ritos pagãos fora do alcance das autoridades, as quais estavam sobretudo centradas nos meios urbanos. Todavia, o grande número de pagãos que ainda vivia no Império como que forçou o imperador a permitir a realização de antigos festivais e jogos públicos, privando-os todavia dos ritos religiosos pagãos. Estima-se, efectivamente, que apesar das sucessivas leis de ataque oficial contra o Paganismo, cerca de metade da população imperial fosse ainda pagã.

É este pedaço relativamente pouco divulgado da História Europeia mais um testemunho de que, ao contrário do que diz a propaganda cristã, os Europeus não se converteram pacificamente ao Cristianismo e, sobretudo, não abandonaram «naturalmente» as suas crenças pagãs, pois que o Paganismo não estava, como alguns afirmam, moribundo, antes pelo contrário. O culto exclusivista ao Judeu Morto na cruz foi totalitariamente imposto com recurso a uma campanha persecutória constante, feita de leis, intimidação e força das armas. Note-se que a imposição foi levada a cabo com um forte sustento nos níveis mais baixos da sociedade, que eram feitos, não de indígenas, mas sim de escravos, de libertos e de outros desenraizados, usualmente estrangeiros, no seio dos quais o Cristianismo era particularmente popular, uma vez que, mercê da sua condição estranha a Roma, não se identificavam com a «álgida» Religião Nacional romana, de fundo étnico. Foi desta maneira que a população indígena romana, e também a grega, acabou por ser cristianizada: entalada entre uma elite apátrida, feita de bárbaros em ascensão social pela via militar, infiltrada de cristãos (originalmente escravos), obedecendo a critérios políticos, isto por um lado, e, por outro, uma massa de escravos adeptos de um culto escravo. Que, entretanto, um imperador cristão tenha tido o topete de chamar «alta traição» à salvaguarda das mais lídimas e sagradas tradições do Povo, só dá um brutal acréscimo de razão aos pagãos que um século antes souberam ver no Cristianismo uma muito moralmente ofensiva ameaça mortal às tradições ancestrais, no fundo, à identidade etno-espiritual do(s) Povo(s) - porque a conversão da Europa ao culto de um Judeu Morto do Próximo Oriente constituiu a mais aberrante e descomunal traição de que há memória em toda a história da humanidade conhecida.
Mas as condições para que tão monstruoso câmbio se desse não surgiram do ar, sem mais quê nem para quê - foram, em vez disso, criadas por diversas circunstâncias sócio-políticas, entre o imperialismo, a consequente centralidade romana e a escravatura em larga escala, que trouxe a Roma incontáveis orientais, quer como escravos quer como mercenários. E, assim, uma massa populacional que, ao longo de séculos. veio do Oriente e do Sul, trouxe à Europa um predomínio espiritual de tipo oriental-meridional, abraâmico, universalista, totalitário - na actualidade, uma migração rápida, oriunda, grosso modo, das mesmas áreas do mundo, volta a trazer à Europa uma força espiritual de tipo oriental-meridional, abraâmica, universalista, totalitária, irmã mais nova da primeira.

Paralelamente, e não obstante, os Europeus, que se tornam cada vez mais europeus à medida que o Cristianismo vai morrendo, dão ténues mas já constantes sinais, aqui e ali, de retorno ao culto dos Deuses da sua herança religiosa étnica milenar, o património religioso pagão, de raiz essencialmente indo-europeia. A pouco e pouco, acendem-se os faróis da verdadeira espiritualidade ocidental, à medida que vão surgindo mais e mais grupos que prestam culto às Divindades dos seus ancestrais europeus, sobretudo no leste do continente. A longo ou até médio prazo têm contudo a demografia imigrante contra si, uma vez que é pouco crível ver um dia altares a ZeusJúpiter, Lug, Odin ou Perun levantados pelos filhos de árabes, turcos ou africanos...