COMUNAGEM TUGA CONTINUA ESTÁVEL

Claro que o PCP não se digna condenar o Hamas, refugiando-se em vez disso num despudoradamente palerma relativismo moral, dando por adquirido que um movimento que viola e mata civis às centenas é a mesma coisa que as forças armadas de um País que até chega ao ponto de avisar as populações das áreas prestes a ser bombardeadas.

Não surpreende. Depois de toda a vida ter apoiado, sem vergonha nem sequer arrependimento, o totalitarismo soviético, o esmagamento dos Povos debaixo da pata do Kremlin, e depois de, mais recentemente, apoiar a invasão russa da Ucrânia, pois a seguir a tudo isto, o PCP nem pareceria o PCP se não apoiasse implicitamente o Hamas, com a sonsice saloia que o caracteriza. Pudera. O PCP, pela sua própria natureza internacionalista, ignora o direito das Nações enquanto Nações. Quando com agreste e constante clamor, ou peixeirada justiceira, condenou repetidamente as intervenções americanas no Iraque e não só, nunca o fez pela «auto-determinação dos Povos», que isso para o PCP não tem qualquer sentido, pelo menos no que respeita a Povo no seu significado propriamente étnico, nacional, significado este que ao PCP nada diz. A sua causa é a do proletariado sem fronteiras, sem ou até contra, contra as fronteiras nacionais, as quais são pela comunagem consideradas como restos do passado nacional que deve ser «ultrapassado». Assim se explica o que a obra «Arquivo Mitrokhin» diz numa nota de rodapé da página 200 ou 204 ou coisa que o valha, a saber, que militantes do PCP, incluindo Álvaro Cunhal, entregaram em 1974 (depois do 25 de Abril) documentos militares da OTAN ao Pacto de Varsóvia, o que configurou um crime de traição à Pátria (e à Democracia, que até os direitinhas guincham que também deve muito ao PCP...). Só por isto já deveria ter sido ilegalizado, mas por cá fica tudo assim.

Tudo isto é coerente com quem não respeita nem Nações - nem sequer liberdades.

Quanto ao BE, afina nisto pelo mesmo diapasão, com o seu ódio aos Estados-Nação e o seu amor esquerda-caviar por rigorosamente tudo o que seja do terceiro-mundo e odeie o Ocidente. Etno-masoquismo e xenolatria é mesmo isto, passa por cima de tudo o resto, inclusivamente por cima das bandeiras sociais que o BE guincha defender, como o Feminismo e o LGBT, tratados abaixo de cão morto pelos Hamases e quejandos.