quarta-feira, março 08, 2023

SOBRE O APROVEITAMENTO ESQUERDISTA A PARTIR DA ALEGADA INSURREIÇÃO DE 6 DE JANEIRO DE 2020 QUE NUNCA FOI PROVADA

Qual era o objectivo da farsa dos democratas a 6 de Janeiro? Agora que Tucker Carlson forneceu confirmação abundante (com mais a caminho) de que não houve “insurreição” a 6 de Janeiro de 2021 e que a liderança democrata sabia muito bem que não havia, mesmo quando avançou a todo o vapor com a sua narrativa, a pergunta é inevitável: porquê? O que esperavam os esquerdistas realizar? Algumas respostas óbvias são que eles esperavam destruir Donald Trump como força política de uma vez por todas e desacreditar e desmoralizar os seus apoiantes. Mas também havia claramente um objectivo maior e mais insidioso: os democratas esperavam, com a sua “insurreição” forjada de 6 de Janeiro, criar o pretexto para fazer nada menos que destruir a sua oposição legítima, não retoricamente, mas em sentido real, de maneira a que a América funcionasse doravante como Estado de um só partido, no qual só um ponto de vista seria permitido.
No meu novo livro,  The Sumter Gambit: How the Left Is Trying to Foment A Civil War, exponho toda a estratégia, que não é apenas política, mas também cultural. A esquerda já faz algum tempo que está a usar aquilo a que chamo “gambito de Sumter”, ou seja, tentando provocar os patriotas para um acto de resistência que eles possam usar como pretexto para começar nada menos que uma nova guerra civil. (Crianças, a primeira guerra civil começou quando as forças da Confederação, os Estados que tinham declarado a sua independência dos Estados Unidos, dispararam contra tropas federais em Fort Sumter, que fica em Charleston Harbor, SC, em Abril de 1861.)
Como explico no livro, os esquerdistas esperam usar o próprio acto de resistência patriótica como pretexto para uma repressão autoritária aos supostos “insurreccionistas”. Assim, eles acreditam ter criado uma situação ganha-ganha para si mesmos: ou concordamos com a sua agenda cultural cada vez mais insana e destrutiva, ou se nos opusermos com muita veemência, eles podem usar essa oposição como oportunidade para avançar com o autoritarismo que, neste ponto, eles continuam a tentar esconder.
Os esquerdistas, no entanto, ficaram impacientes ou viram uma grande oportunidade no comício “Stop the Steal” de Trump a 6 de Janeiro de 2021, que eles achavam que não poderiam deixar passar. À medida que as revelações de Tucker continuam a ser difundidas, pode ficar claro que eles planearam tudo de antemão; a filmagem de polícias a escoltar calmamente o célebre Homem com Chifres de Viking ao redor do prédio do Capitólio sugere certamente isto. Aparentemente, os democratas cansaram-se de esperar que Trump provasse ser o ditador autoritário que afirmavam querer ser e decidiram incriminá-lo mais uma vez, criando uma “insurreição” com o presidente do America-First como líder. Uma vez que tivessem a sua “insurreição”, eles poderiam usá-la para reprimir os “insurreccionistas”, e é aí que as coisas ficam realmente insidiosas.
A 1 de Setembro de 2022, em discurso transmitido pela televisão nacional, o velho Joe Biden revelou a próxima parte da estratégia da esquerda. Em discurso sombrio e ameaçador diante de um sinistro fundo vermelho e preto e ladeado por dois fuzileiros navais em uniforme de gala, Biden declarou que “Donald Trump e os republicanos do MAGA representam um extremismo que ameaça os próprios alicerces da nossa república”. A mensagem não poderia ser mais clara: a esquerda estabelecida, entrincheirada no poder nos Estados Unidos, mas com muito medo de perdê-lo, pretendia criminalizar a oposição política. Se se discordar da agenda de Biden, poder-se-á acabar com a polícia do pensamento a arrombar portas às quatro da manhã.
“Muito do que está a acontecer no nosso país hoje não é normal”, reclamou Biden. “Donald Trump e os republicanos do MAGA representam um extremismo que ameaça os próprios fundamentos da nossa república.” Depois de fazer esta declaração francamente autoritária, o mentiroso corrupto e senil da Casa Branca teve a audácia indescritível de acrescentar: “Mas eu sou um presidente americano – não o presidente da América vermelha ou da América azul, mas de toda a América”.
Não, isto é exactamente o que ele não representa - já não, se é que algum dia o fez. Renunciou efectivamente a este cargo com aquele discurso de 1 de Setembro de 2022. Não era o presidente dos americanos que queria ver uma América forte, independente e auto-suficiente e um líder que colocava a América e seus cidadãos em primeiro lugar. Ele estava em guerra com aqueles americanos, e ainda está.
A 23 de Março de 1933, antes de se tornar o símbolo universal do mundo para a personificação do mal, o chanceler alemão Adolf Hitler falou perante o Reichstag, instando-o a aprovar a Lei de Habilitação, que lhe daria poderes ditatoriais. Ele disse que isso era necessário com urgência devido a uma ameaça iminente à nação. Hitler afirmou que, em 1918, as organizações marxistas tinham tomado o poder na Alemanha, levando a “uma época de infortúnio sem limites para a Alemanha, ou seja, para o Volk [povo] trabalhador alemão”. Mas ele assegurou aos deputados do Reichstag que “o próprio Volk alemão se afastou cada vez mais de conceitos, partidos e associações que, a seu ver, são responsáveis ​​por estas condições”.
Soa familiar? Estas foram as mesmas notas retóricas que Biden emitiu durante o seu discurso ameaçador, marcando Trump e seus apoiadores como inimigos do Estado. As ressonâncias eram reais e sinistras. Pela primeira vez em mais de duzentos anos de história americana, um presidente declarou que a sua principal oposição política estava fora dos limites do discurso político aceitável. O próximo passo lógico foi o que Hitler deu: ele culpou um dos seus adversários mais fortes, o Partido Comunista, pelo incêndio do Reichstag e proibiu a sua existência. Com os deputados comunistas impedidos de estar presentes, o Reichstag aprovou a Lei de Habilitação, e a infeliz experiência de catorze anos da Alemanha com uma república representativa acabou.
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Fonte: https://pjmedia.com/columns/robert-spencer/2023/03/07/what-the-jan-6-revelations-confirm-about-the-lefts-ominous-agenda-n1676381