O DIA DOS OITO MIL MILHÕES
A população mundial ultrapassou hoje a cifra dos oito mil milhões de pessoas, ou oito «biliões», como dizem os Anglo-Saxónicos. Constitui vivo contraste com o alarmismo que se faz há uns anitos sobre a alegada desgraça que é a baixa natalidade europeia...
Os sete ou oito países que encabeçam o aumento populacional são quase todos africanos e/ou muçulmanos. A excepção, nesse grupo, é a Índia - mas, aí, a população que mais aumenta parece ser a muçulmana...
A Nigéria, por exemplo, poderá ter em 2050 cerca de 400 milhões de pessoas, o dobro da sua população actual. Nem os países mais ricos e poderosos do Ocidente poderiam lidar com um crescimento demográfico destes; as suas economias colapsavam.
Quem alimenta então o crescimento demográfico no terceiro-mundo? Quem envia para lá milhões e milhões de euros a fundo perdido em auxílio alimentar e médico? Não se pode sequer esperar que essa gente use métodos anti-conceptivos, e o aborto está fora de questão, por conseguinte os governantes de tais países já sabem, é só deixar correr o marfim, ou o ébano, filharada aos milhões, que depois o branco paga. Se entretanto a população estiver a morrer à míngua, «amanda-se» com ela para a Europa e já 'tá, assunto resolvido, «os Europeus» agradecem.
Que «europeus» é que agradecem?
Não são seguramente as gentes das classes populares europeias que agradecem - aliás, estas votam é cada vez mais em partidos anti-imigração...
Que «europeus» então é que agradecem?
A situação é particularmente conveniente para as forças do grande capital, para a Esquerda e para a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR): estes três polos político-ideológicos querem a imigração maciça do terceiro-mundo pela Europa adentro, porque tal massa humana permite estagnar os salários das classes baixas europeias, aumentar o número de assalariados e assim fomentar o conflito de classes, abater as fronteiras e os «racismos!» e voltar a encher as igrejas em solo europeu, pois que os imigrantes terceiro-mundistas são muito mais convertíveis e religiosos que os Europeus actuais.
Não se engane pois o cidadão europeu sobre o que está em causa e saiba exigir à sua classe política o que é mais urgente fazer-se: defender o espaço europeu contra uma avalanche demográfica oriunda de fora da Europa e saber dosear racionalmente o colossal apoio humanitário que os países europeus enviam para as Áfricas. Já basta de políticas suicidárias, a Europa quer viver.
16 Comments:
Concordo a 90 % com a análise. Só discordo neste ponto:
«Constitui vivo contraste com o alarmismo que se faz há uns anitos sobre a alegada desgraça que é a baixa natalidade europeia...»
Não percebo, muito sinceramente, como é que se pode diagnosticar tão acertadamente que a população africana está a aumentar desmesuradamente e depois não ver nenhum problema em que a população branca diminua.
Usando Portugal como exemplo, as taxas de fecundidade das nossas ex-colónias de acordo com as estimativas do Fundo de População das Nações Unidas para 2022 são, respectivamente: Angola (5,2 filhos/mulher), Moçambique (4,6 filhos/mulher), Guiné-Bissau (4,2 filhos/mulher), São Tomé e Príncipe (4,1 filhos/mulher), Cabo Verde (2,2 filhos/mulher), Timor-Leste (3,7 filhos/mulher), Brasil (1,7 filhos/mulher).
https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_sovereign_states_and_dependencies_by_total_fertility_rate#Country_ranking_by_most_recent_year
Ou seja, só o Brasil está abaixo do nível mínimo de substituição populacional (2,1 filhos/mulher).
A estes países juntam-se as novas origens da imigração para Portugal, nomeadamente: Afeganistão (3,9 filhos/mulher), Paquistão (3,3 filhos/mulher), Israel (3,0 filhos/mulher), Marrocos (2,3 filhos/mulher), Índia (2,1 filhos/mulher).
Ora, perante este aumento desmesurado da população não-portuguesa, o decréscimo da população portuguesa (1,3 filhos/mulher, segundo a mesma fonte) não pode ser visto como algo de menor importância. Desde logo porque a maioria dos portugueses é a favor da imigração – não adianta dizer que não é a favor da imigração em sondagens de opinião se depois, em termos práticos, elege partidos políticos que favorecem a imigração. O que interessa, nestas coisas, não é o que se diz, mas sim o que se faz.
Além disso, não há nenhum país europeu que tenha conseguido fechar as suas fronteiras de uma forma consequente, nem mesmo os EUA de Trump, a Hungria de Orbán ou a Itália de Salvini e agora de Meloni. E não há nenhuma razão para acreditar que isso vai acontecer num futuro próximo, nem mesmo num futuro a médio prazo, porque isso implica uma tomada total (ou quase total) das instituições por parte das forças anti-imigração, algo que, em democracia, só poderá acontecer a várias gerações de distância.
Ora, enquanto as fronteiras não se fecharem, os imigrantes vão continuar a entrar. É inevitável, porque a decisão de fechar as fronteiras, neste momento, não é nossa. E à medida que a proporção de estrangeiros continuar a crescer entre o eleitorado português (quantos já foram naturalizados só desde 1990?), mais difícil se tornará aos portugueses étnicos eleger um partido anti-imigração, fenómeno que será agravado se os portugueses tiverem menos filhos do que os imigrantes naturalizados e seus descendentes, porque o peso eleitoral dos portugueses no total da população será cada vez mais reduzido, mesmo sendo ainda maioritário (faço notar que não basta ser maioria para vencer umas eleições, é preciso também que essa maioria vote efectivamente de um forma homogénea).
É por isso que a natalidade é importante: quanto menos filhos tivermos, mais fácil será aos estrangeiros aumentar a sua proporção populacional, subverter o processo democrático e, com o tempo, ocupar o lugar dos filhos que não tivemos. Ninguém está a pedir que se aumente significativamente a população portuguesa, apenas que se mantenha a população genuinamente portuguesa nos níveis actuais ou, preferencialmente, se aumente ligeiramente.
«Não percebo, muito sinceramente, como é que se pode diagnosticar tão acertadamente que a população africana está a aumentar desmesuradamente e depois não ver nenhum problema em que a população branca diminua.»
Falo obviamente no sentido teórico, mas não exclusivamente teórico, porque o futuro é uma incógnita.
Ou seja, a Europa não precisa de mais gente. Não deve, até, ter um aumento populacional, seja de que espécie for - os recursos não esticam, e há quem anuncie a eventualidade de vir a faltar água no sul de Portugal e na Grécia durante os próximos Verões. Quem será tão masoquista ou «pouco exigente» que queira um país com mais gente e menos água? Não será um tormento análogo a uma distopia como a do filme «Soylent Green»?
Os recursos e, por conseguinte, a população, não podem ser geridos de acordo com a lógica capitalista do sempre mais. Nunca a Europa teve tanta gente como agora, é claro, é necessário, é saudável, que o seu crescimento populacional comece a estagnar, pois que a possibilidade de colonização doutros planetas ainda vem longe...
O mais significativo é que esta redução populacional se harmoniza perfeitamente com o desenvolvimento tecnológico - casa-se perfeitamente, calha às mil maravilhas com a automatização do trabalho, que irá eliminar milhares, depois milhões, de postos de trabalho no mundo civilizado, deixando milhares, depois milhões, de autóctones a viver permanente e vitaliciamente à conta do Estado, com um RBI (Rendimento Básico Incondicional), o qual, note-se, terá de ser mais do que um simples «ordenado mínimo» ou então toda a sociedade de consumo colapsa e isso vai dar cabo da vida ao grande patronato, e aqui a coisa pia fino, pois que forem só as classes baixas a ficarem sufocadas com F grande, pois enfim, «a vida é mesmo assim, sempre foi, sempre será...», mas, a partir do momento em que a gentinha das classes altas comece a ficar limitada nos seus luxos, ui, aí a conversa é séria, essa gente não vai aguentar isso.
Agora, em termos práticos, é verdade que em grande medida as portas da Europa continuam abertas, mas não é verdade, ao contrário do que dizes, que a maior parte da população seja a favor da imigração. Dizer que a maioria continua a votar nos partidos que trazem imigração é o que algum pessoal de fora continua a dizer, mas de ti esperava outra coisa. É óbvio que Roma e Pavia não se fizeram num dia, por isso é obviamente necessário ter em mente o contexto e a evolução – repito o que tenho dito até à exaustão: numa sociedade em que o grosso dos poderes instituídos,
- sejam os partidos quase todos,
- a esmagadora maioria dos mé(r)dia dominantes,
- as universidades e a intelectualidade «mainstream»,
- as igrejas praticamente todas,
estão todos de pedra e cal contra o racismo e a favor da imigração, pois que numa sociedade destas, e
apesar
de tudo isto,
os partidos nacionalistas crescem nas urnas de voto, e crescem a olhos vistos, tendo-se tornado, em menos de vinte anos, em algumas das principais forças partidárias dos seus países – segunda posição no parlamento francês (com todas as aldrabices despudoradas atiradas contra a FN/RN), presença no governo sueco, terceira posição na Alemanha, segunda ou terceira posição na Áustria, direcção do governo italiano, do governo húngaro e do governo polaco, porra, é obra, e ignorar tudo isto só porque não está no auge é como a história dos dois malucos a fugir do hospício tendo de percorrer cem metros a nado, e às tantas um diz para o outro «Foram 95 metros, já não aguento mais, vamos voltar para trás, falhámos!»
Aplicar isto ao caso de Portugal, como fazes, é especialmente grave. Andei anos a dizer que Portugal era um país europeu como outro qualquer, e que um estudo de opinião de há uns quinze ou vinte anos mostrava que os Portugueses eram dos mais adversos à imigração em toda a Europa, mas à minha volta todo o pessoal das hostes nacionalistas dizia que «Ai, isso é lá noutros países mais civilizados, cá o povinho tem outra mentalidade…»
A brutal ascensão do Chega deu-me razão à força toda, a mim, só a mim, a mais ninguém senão a mim (no contexto nacionalista, noto), e olha que o Chega ainda mal fala da imigração – ainda que saiba já mandar as devidas farpas, valha isso – não podendo todavia esquecer-se que o cerne da sua popularidade se deve ao discurso contra os Ciganos, ou seja, contra o «Outro», ou pelo menos «um dos outros», o que, em termos de tendência política, vai praticamente dar ao mesmo. Quem não quer ciganos, dificilmente quer africanos e/ou brasileiros. É só falar com algum plácido português das classes populares e referir a pretalhada, ou os brasucas, sem parecer que se lhe está a preparar uma armadilha, e em coisa de minutos só é só uma pessoa reclinar-se e ficar a ouvir que o plácido popular português faz o resto e diz tudo. Quando Ventura arrancou nos bastiões alentejanos do Comunismo votações presidenciais de mais de 30%, o sinal foi claríssimo. O povo autóctone da região só votara no PCP porque tinha sido tratado como merda pelo grande capital durante décadas, não porque alguma vez tivesse estado a favor de qualquer espécie de internacionalismo fraternal (aliás, se calhar nem Estaline o era, mas deixemos isso).
Também não é verdade que Trump não tenha reduzido a imigração. Reduziu-a em cerca de 50%, o que não foi nada mau, para quatro anos de governação. Na Hungria, a imigração também se tem reduzido. Em Itália, uma semana ou duas depois da eleição do novo governo, centos de alógenos foram pura e simplesmente impedidos de desembarcar em solo italiano. Isto está a ser feito com o apoio da população, porque foi mesmo por isto que a população, décadas depois do início de marcha das forças partidárias nacionalistas, acabou por lhes dar a vitória, como eu sempre disse que poderia acontecer.
O resto faz-se com o tempo e/ou talvez com alguma condição genética que venha por aí. O covid é, além de uma horrível doença, uma oportunidade para ajudar a travar a iminvasão e só eu é que não percebo porque é que tanto pessoal dito nacionalista prefere ser negacionista do vírus do que aproveitar a deixa para exigir o encerramento de fronteiras, que isso é o que mais interessa mais a um nacionalista coerente, não é lá o andar de focinho sem açaime para ladrar pelo direito de ir tomar um café com a merda dos amigos.
«há quem anuncie a eventualidade de vir a faltar água no sul de Portugal e na Grécia durante os próximos Verões»
Tal como havia quem anunciasse, há vinte anos, que o mundo iria estar todo alagado por esta altura devido ao derretimento das calotas polares.
Mas mesmo admitindo que vai faltar água, pior ainda é faltar água em certas regiões e termos de dividir a água do resto do país com cada vez mais não-portugueses.
«Os recursos e, por conseguinte, a população, não podem ser geridos de acordo com a lógica capitalista do sempre mais.»
Mas não é disso que se trata, mas sim de manter a população autóctone existente. Uma taxa de fertilidade de 1,3 filhos por mulher, a manter-se inalterada, implica uma redução populacional muito significativa. Estamos a falar de uma diminuição do nível actual, 10,3 milhões de habitantes, para apenas 6-7 milhões em 25-30 anos. Com a agravante de termos cada vez mais emigração de portugueses e cada vez mais imigração de não-portugueses.
«a automatização do trabalho, que irá eliminar milhares, depois milhões, de postos de trabalho no mundo civilizado, deixando milhares, depois milhões, de autóctones a viver permanente e vitaliciamente à conta do Estado, com um RBI (Rendimento Básico Incondicional)»
Essa automatização dificilmente virá no nosso tempo de vida, se vier de todo. É relativamente fácil criar máquinas que nos sirvam cafés e nos limpem partes da casa, se bem que nem mesmo isso exista no presente, pelo menos, de uma forma massificada. Mas criar máquinas que construam prédios inteiros, ou que se substituam às escolas, aos tribunais e aos hospitais, ou que tomem o lugar dos seres humanos nas diversas linhas de montagem industrial, sistemas de energia e centros de investigação… isso ainda é um futuro muito distante.
Faço notar que há 40 anos também se dizia que iríamos ter carros voadores e colónias nas luas de Júpiter. As previsões tecnológicas a longo prazo são quase sempre demasiado optimistas...
E depois há a questão de sabermos se termos tanta gente a viver à conta do Estado é desejável. Pessoas dependentes do Estado serão sempre pessoas submissas ao Estado, pelo menos, na sua maior parte.
«a partir do momento em que a gentinha das classes altas comece a ficar limitada nos seus luxos, ui, aí a conversa é séria, essa gente não vai aguentar isso.»
Isso nunca vai acontecer. Basta ver o que sucede nos países mais pobres, por muito extensa e paupérrima que seja a classe oprimida, os mais ricos arranjam sempre forma de continuar a enriquecer.
«Dizer que a maioria continua a votar nos partidos que trazem imigração é o que algum pessoal de fora continua a dizer, mas de ti esperava outra coisa.»
Mas é um facto. A maioria dos europeus (ainda) vota em partidos pró-imigração.
«os partidos nacionalistas crescem nas urnas de voto, e crescem a olhos vistos, tendo-se tornado, em menos de vinte anos, em algumas das principais forças partidárias dos seus países»
Mas o resultado prático desse crescimento - que não invalida o facto de que a maioria dos governos europeus é pró-imigração -, tem sido praticamente inconsequente. Em todos os países que mencionaste, a imigração continua a crescer.
«Andei anos a dizer que Portugal era um país europeu como outro qualquer, e que um estudo de opinião de há uns quinze ou vinte anos mostrava que os Portugueses eram dos mais adversos à imigração em toda a Europa»
Lá está, tu falas em estudos de opinião, enquanto eu falo nas acções concretas dos eleitores. De que adianta a uma fulana dizer que não quer ser gorda, se depois passar a vida a enfardar chocolates e toucinho? As intenções declaradas têm de ser confirmadas pela prática. Não é coerente afirmar ser contra a imigração e depois votar num monhé que disse abertamente que queria escancarar Portugal ao resto do mundo.
«A brutal ascensão do Chega deu-me razão à força toda, a mim, só a mim, a mais ninguém senão a mim (no contexto nacionalista, noto), e olha que o Chega ainda mal fala da imigração – ainda que saiba já mandar as devidas farpas, valha isso – não podendo todavia esquecer-se que o cerne da sua popularidade se deve ao discurso contra os Ciganos»
Não posso concordar inteiramente. Desde logo porque o Ergue-te/PNR sempre teve esse discurso e não foi capaz do mesmo sucesso, pelo que logo aqui tem de haver mais qualquer coisa.
Mas também porque o Chega sempre foi muito mais minho-timorista do que o Ergue-te/PNR, tendo levado inclusivamente vários candidatos negros às eleições. Aliás, o primeiro grande ideólogo do partido, o Diogo Pacheco Amorim, deixou isso bem claro no primeiro programa eleitoral do Chega, no qual se defendia um maior aprofundamento dos laços entre os países da CPLP. É-me difícil atribuir o sucesso do partido apenas ao discurso anti-cigano. Parece-me que o sucesso se deve também -e talvez, até, sobretudo- ao enorme carisma do André Ventura, e também à bandeira da luta contra a corrupção.
«O povo autóctone da região só votara no PCP porque tinha sido tratado como merda pelo grande capital durante décadas, não porque alguma vez tivesse estado a favor de qualquer espécie de internacionalismo fraternal»
Mas depois, nas legislativas – que são as eleições que realmente interessam – o PS ganhou o distrito de Évora com 43,95%. E o distrito de Beja com 43,73%. E, em ambos os distritos, o PCP ficou à frente do Chega. Ora repare-se:
Évora
PS 43,95 % (34 693 votos, 2 mandatos)
PPD/PSD 21,41 %, (16 902, 1 mandato)
PCP-PEV 14,56 %, (11 494 votos)
CH 9,15 %, (7 222 votos)
Beja
PS 43,73 % (29 533 votos, 2 mandatos)
PCP-PEV 18,42 % (12 442 votos, 1 mandato)
PPD/PSD 15,94 % (10 767 votos)
CH 10,27 % (6 932 votos)
https://www.eleicoes.mai.gov.pt/legislativas2022/resultados/globais
«Também não é verdade que Trump não tenha reduzido a imigração.»
Mas eu não disse que não tinha havido redução, mas sim que essa redução não era consequente. E, de facto, todos os países mencionados continuam com níveis de imigração significativos.
«não percebo porque é que tanto pessoal dito nacionalista prefere ser negacionista do vírus do que aproveitar a deixa para exigir o encerramento de fronteiras, que isso é o que mais interessa mais a um nacionalista coerente»
Por dois motivos: (1) porque o encerramento das fronteiras a pretexto da covid seria sempre sol de pouca dura, uma vez que as pandemias não são eternas; (2) porque, juntamente com o encerramento das fronteiras a pretexto da covid veio uma série de restrições à liberdade de expressão e de movimento que são pura e simplesmente inadmissíveis numa sociedade livre, sobretudo quando o tempo veio dar razão a muitos do que foram censurados ou privados de se movimentar. Um nacionalista coerente também sabe que um estado abusador é meio caminho andado para um estado totalitário. E que um estado totalitário terá muito mais facilidade em impor a imigração de fronteiras escancaradas do que um estado democrático.
O que nos leva novamente à questão da natalidade. Filho de pais democratas, tende a ser também democrata. Filho de pais antidemocratas, tende a ser também antidemocrata. Quantos menos filhos tivermos, mais eleitores potencialmente antidemocráticos haverá na população.
Concordo com ambos em quase tudo o que referiram, mas neste ponto, mais com o Caturo, nunca a Europa teve tanta população como tem hoje, nunca Portugal teve tantos habitantes também, é só ver que em 1500 ou 1600 Portugal tinha 1 milhão de habitantes e hoje tem 10 vezes mais. O problema é evidentemente as fronteiras abertas com os países de fora da Europa, ora não vamos entrar numa competição para ver quem tem mais filhos com a África subsariana, ou com o Brasil, ou países muçulmanos, nem é sustentável numa sociedade que dá condições aos europeus que nascem.
Um indicador de renovação de gerações de portugueses nativos era bom, mas não acontecer, não seria catastrófico, o ponto é que estamos a ser substituídos, ou inversamente colonizados. A natalidade portuguesa nunca faria grande coisa quando quem nos desgoverna naturaliza dezenas milhares de extra.europeus ao ano. O foco tem que ser em travar e reverter - remigração e faze-lo em cooperação com toda a Europa
Sobre o crescimento dos partidos de ultra direita, ou nacionalistas, ou populistas e anti-imigração, parece-me clara ascensão na última década, ao ponto de a sociedade de países como a França, já quase partir em dois, entre 1)os anti-imigração e 2) os imigracionistas e os novos colonos. O crescimento do Chega, deveu-se aos seus lideres dizerem aquilo que o povo pensa, mas que não pode dizer por uma variedade de razões.
Só o facto de dizerem isto:
https://sicnoticias.pt/pais/2022-10-15-Esse-tipo-e-tao-portugues-como-eu-sou-transexual-b6cdfe04
https://observador.pt/opiniao/vamos-falar-sobre-a-imigracao/
Lei da Mobilidade da CPLP: Abrimos as fronteiras a todos e não têm onde dormir
https://www.youtube.com/watch?v=8KS9VOYvLtQ
CHEGA enfrenta esquerda no Parlamento e pede travão à substituição demográfica
https://www.youtube.com/watch?v=LM4-5Ifla0Y
Já é algo que seria quase impensável há meia dúzia de anos ouvir no parlamento português.
Podia haver quem anunciasse, há vinte anos, que o mundo iria estar todo alagado por esta altura devido ao derretimento das calotas polares, isso não está em questão - a verdade é que neste momento já há sinais claros de grave carência de água no sul de Portugal durante o Verão. Termos de dividir a água do resto do país com cada vez mais não-portugueses só agrava a situação e só confirma que não há urgência alguma em aumentar a população, pelo contrário.
Assegurar a existência população autóctone está por isso longe de se mostrar inviável, no que mais interessa. Projecção populacional por projecção populacional, pois há uma a indicar que Portugal terá «apenas» sete milhões de pessoas em 2100; mas, ainda que esta redução se verifique em 2050, Portugal não morre por causa disso, sobretudo numa época em que se vive cada vez mais tempo e a ciência genética permite, não só teoricamente mas tendencialmente na prática, colmatar qualquer eventual défice populacional.
Quanto à automatização do trabalho, já está a acontecer. Um estudo de 2017 indicou, eventualmente com excessivo optimismo, que, por volta de 2030, cerca de oitocentos milhões de postos de trabalho terão desaparecido em todo o mundo. Qual mundo? O mais desenvolvido, já se vê - Japão, Europa do Norte, América do Norte, mas também, provavelmente, Europa do Sul. Mesmo que o número pareça irrealista, pois de facto já se está a caminho de algo assim.
Falas de linhas de montagem industrial? Em 2015 - há sete anos, portanto - uma fábrica chinesa substituiu noventa por cento - 90% - do seu pessoal por máquinas. Os custos diminuíram notoriamente, a produção de artigos com defeito também diminuiu, a produção válida aumentou. Olha isto: «A Changying Precision Technology Company (CPTC), empresa que fabrica smartphones, substituiu 590 funcionários por robôs automatizados. O resultado: um aumento de 250% na produtividade e apenas 5% de produtos defeituosos. Além disso, com a queda no número de funcionários de carne e osso, as falhas humanas diminuíram em 80%. Segundo o Monetary Watch, a fábrica mantém 60 funcionários para tomar conta das instalações e fazer a manutenção das máquinas, mas o quadro deve diminuir em 2017. De acordo com Luo Weiqiang, gerente da companhia, o plano é manter apenas 20 empregados no futuro.» https://adrenaline.com.br/noticias/v/48280/fabrica-chinesa-aumenta-a-produtividade-em-250-apos-substituir-humanos-por-maquinas
Também já podem substituir locutores, por exemplo: https://www.washingtonpost.com/business/2018/11/09/these-news-anchors-are-professional-efficient-theyre-also-not-human/
Por cá, pode ser que isso ainda demore a acontecer, porque há sindicatos e etc., mas já foi por exemplo inaugurada uma loja em Lisboa que nem nas caixas tem empregados: https://www.timeout.pt/lisboa/pt/noticias/a-primeira-loja-sem-caixas-do-pais-ja-abriu-em-lisboa-052621
No que toca a haver cada vez mais gente a viver à conta do Estado, a questão inicial nem é sobre a sua desejabilidade, só sobre a sua eventual inevitabilidade, a menos que a população retorne em massa a uma economia de auto-subsistência, cada qual a cultivar batatas no seu quintal e a trocar leite e manteiga por sal ou algo assim. Nada disto garante que as pessoas tenham de ficar submetidas ao Estado, pelo contrário - podem e devem é dele exigir o que é seu de direito, o que inclui a liberdade individual. Actualmente, é talvez maior a liberdade de expressão de um funcionário público, por exemplo, do que a de um trabalhador do sector privado que precise de ocultar as suas opiniões porque o patrão pode facilmente não gostar delas ou porque o seu negócio pode ser afectado por isso, devido à cintura de boicote que se lhe imponha. Aliás, na internet actual, é precisamente nas redes sociais, posse de privados, que há mais censura, precisamente porque estas podem ter a sua própria política de publicações, o que não aconteceria se pertencessem a um Estado como o norte-americano, onde a liberdade de expressão é de tal modo garantida que até pode haver pessoal do KKK a dizer nas ruas, em campanhas, «não gostamos dos pretos porque eles existem». No Facebook, o KKK nem sequer pode aparecer em fotos, quanto mais no resto... Trump foi expulso do Twitter, que é privado, mas, devido ao facto de a internet ser regida pelo Estado, o mesmo Trump tem a sua própria rede social, a GETTR.
É verdade que, nos países mais pobres, os ricos arranjam sempre forma de continuar a enriquecer, mas só porque confiam também na repressão armada a um nível que seria impensável no Ocidente branco - e também têm a muleta ocidental, a qual por sua vez assenta em grande medida nas sociedades de consumo ocidentais. Nenhuma elite do grande capital ocidental vai aceitar perder a sua maior fonte de rendimento, que é a sociedade de consumo. Entre continuar a enriquecer tendo para isso de empobrecer e, subsequentemente, hostilizar a população, ou continuar a enriquecer tendo o apoio da população, a escolha é óbvia.
A maioria dos Europeus ainda vota em partidos pró-imigração... do mesmo modo, a esmagadora maioria dos habitantes da Europa ainda é de origem europeia, no entanto estamos alerta sobre a tendência para a alteração disso, certo?
Do mesmo modo, a alteração da votação está flagrantemente à vista, basta recordar que há escassos vinte anos (2002) ainda era uma surpresa «chocante» que um candidato nacionalista passasse à segunda volta de umas eleições presidenciais europeias e, actualmente, isso já é regra nesse mesmo país, além de também já ter acontecido na Áustria. Até em Portugal esteve tal coisa próximo de suceder, recentemente.
A maioria não deixa subitamente de votar num partido para votar noutro. As coisas levam tempo. Há entretanto obstáculos que precisam de ser ultrapassados. A maioria não vota num partido só por um motivo, embora em muitos casos devesse fazê-lo. Há gente contra a imigração em Portugal, por exemplo, que não vota nem no Ergue-te nem no Chega.
O resultado prático da actual evolução eleitoral nacionalista não é inconsequente, como disseste. Já valeu a diminuição do fluxo de alógenos pela Europa adentro, a qual seria muitíssimo maior se não houvesse potentados partidários nacionalistas a meter medo aos governos eleitos. Já serviu para alcançar um bloqueio de alegados «refugiados», levado a cabo no parlamento europeu, com uma vitória da Ultra-Direita de Salvini que pôs a esquerdalha tuga a lamentar-se. A imigração não está a crescer nem na Itália nem na Hungria, pelo contrário, tem vindo a descer neste último país.
É verdade que não faz sentido ser contra a imigração e depois votar num partido que a apoia. Não é menos verdade que a coerência das massas em política demora a fazer-se, porque há obstáculos ideológicos e pessoais. Se assim não fosse, mestres como Marine Le Pen e Jimmie Åkesson não andavam décadas a lutar para afastar a sombra anti-democrática e «extremista» dos seus partidos. O Povo Francês já é contra a imigração há décadas mas só agora deu o segundo lugar no parlamento à RN - só agora deu, mas deu, quando ainda há exactamente vinte anos (2002) era «milagre» que um nacionalista passasse à segunda volta das eleições presidenciais francesas.
A respeito de o PNR/Ergue-te sempre ter tido esse discurso e não ter todavia entrado na A.R., mais uma vez surpreendes. Tu estiveste pelo menos temporariamente no partido, sabes como é difícil fazer ouvir a mensagem seja por quem for fora da sala de reuniões do partido, pelo simples motivo imediato de que sem dinheiro não há voz pública.
Chegou-se ao cúmulo do ridículo de uma das mais visíveis profissionais da RTP estar a perguntar ao cabeça de lista do PNR às europeias (2013, acho) algo como «Então o que é que o partido tem feito, porque é que só aparece na altura das eleições?», ao que o representante do partido respondeu o óbvio «O PNR está constantemente em campanha, leva a cabo centenas de acções por ano, mas nada disso passa na comunicação social, e o único motivo pelo qual a senhora está agora a entrevistar-me é o facto de a lei eleitoral a obrigar a isso.»
A questão nem é tanto o profissionalismo da jornalista; podia-se ter informado, é certo, podia ter pelo menos ido ao site e ver o que tinha sido feito, estava lá tudo, mas pronto, eventualmente isso nem lhe passou pela cabeça, se calhar nem sabia que o partido tinha um site pura e simplesmente porque nunca via o partido em lado nenhum, pura e simplesmente porque os seus colegas não deixavam que o partido fosse visto ou nem perdiam tempo a referi-lo - e a questão é exactamente esta, a impossibilidade quase total de alcançar grande visibilidade popular quando não se tem dinheiro, algo que o Chega consegue contrariar porque vem de outro patamar económico e mediático. Em Portugal (e noutros países, provavelmente), o sistema está feito de maneira tal que só é ouvido na política quem conseguir agradar a quem tem dinheiro para lhe financiar o partido.
O Ventura, para além de ser comentador desportivo em defesa do Benfica (o que, teoricamente lhe dá à partida a simpatia de seis milhões de portugueses...), pois além disto, ele já era do PSD, o maior partido português, e salientou-se pelo que disse, em nome deste mesmo colosso partidário, sobre os Ciganos. A mesma coisa dita por qualquer indivíduo do PNR quase nunca foi ouvida, ou porque havia forma de a abafar, ou porque ninguém se interessa pelo que diz um «partideco» que nem assento parlamentar tem. Se o Trump declara «fora com a mexicanagem», cai o Carmo e a Trindade porque ele é um tipo importante e a notícia dá para vender jornais e para armar barracada me(r)diática contra a maior força partidária da Direita americana, mas um hillbilly da América profunda pode dizer isso todos os dias de megafone na mão que «ninguém» quer saber.
O «mais qualquer coisa» que referes é, portanto, uma questão de dinheiro e relevância política.
É também uma questão de atitude ideológica, claro - um democrata é um democrata, e o Ventura, com todos os defeitos que possa ter, é, sem dúvida, um democrata, e está como peixe na água em Democracia.
É um abrilista convicto. Diz que Salazar atrasou o País e aparece de cravo na lapela, o que escandaliza os extremo-direitistas cá do burgo, que nunca são ouvidos por ninguém fora do seu círculo de amigos, ao passo que o Ventura já é conhecido por milhões de portugueses como «racista»; criticar Salazar e usar cravo na lapela nunca foi obstáculo a isso, mas há quem tenha entraves na cachola e não saia da cepa torta. Este é o motivo pelo qual o Chega me dá razão -
em mais de quarenta anos de movimentação política «Extremo-Direitista» neste País, a primeira vez que há representação deste sector político na A.R. é por via de um democrata abrilista.
Eu já «adivinhava» isto há colhões, e dizia-o todos os dias, mas falava para as putas das paredes. Só recebia ou silêncio entre o discordante e o desaprovador ou insultos, ou indiferença. Eu falava com base na lógica, e até nos resultados eleitorais europeus, explicava por a+b, na linguagem mais simples e primária que conseguia engendrar ou inventar, como quem tenta tirar água de uma pedra, porque é que a Democracia é aliada do Nacionalismo (até larguei a expressão «leva água ao moinho do», porque isto já são muitas palavras e a maior parte do pessoal fica só no «leva» e já não ouve o resto) mas o grosso do movimento nunca o percebia, porque nestas hostes o ódio à Democracia por princípio é uma das condições para se pertencer ao rebanho.
Ao argumento do crescimento nacionalista noutros países, respondiam-me «Ah, isso é lá fora, com povos mais evoluídos», e, ao da lógica, «Pois, bem se vê como as democracias estão cheias de pretos!», porque, na cabeça deste pessoal, Democracia é «uma coisa lá deles, dos políticos!», não é um sistema em si que, quanto mais propriamente democrático for, mais tira força aos governos e a dá aos povos, porque isto é uma abstracção complicada para quem quando ouve «Democracia» só pensa na cara do Mário Soares e dos «traidores abrileiros!» e acabou. Bem podem os activistas de longa data limpar as putas das mãos à parede com a merda do atraso de vida que andaram a fazer - nada do que alguma vez fizeram ajudou a que o povo votasse neles, evidentemente.
Se eu estiver na praça a discursar asperamente, emitindo uma mensagem cujo subtexto diz que, se eu for eleito, «isto vai andar tudo na linha, tu incluído, acaba-se com esta balbúrdia que Abril trouxe», só se tu fores masoquista é que votas em mim.
Se eu prometo, directa ou indirectamente, o fim da Democracia ou o retorno ao tempo «da outra senhora», só quatro ou cinco velhinhas da igreja e meia dúzia de hooligans da bola é que votam em mim, porque isto não é 1933 num país caótico e também não é o terceiro-mundo, isto é Europa e na Europa ninguém tem vontade de baixar a cerviz diante de um líder autoritário.
Quem estiver num partido destes, não percebe esta evidência porque automaticamente se vê a si mesmo a pôr os outros na linha (até na do comboio); não se vê a ser também posto na linha, e depois quando «acontecem» perseguições internas dentro do movimento, há pessoal desta área a ficar estupidamente chocado, não tinha percebido que os «fachos» também os podiam perseguir a ele. Lembra uma história de um tipo que morre e vai para o inferno, e, como esteve entre o Comunismo e o Fascismo, dão-lhe a escolher entre o inferno comunista, em que o Estaline está a chicotear os condenados, e o inferno fascista, em que o Mishima está em tórrida sessão de sexo com a Diana Mosley, esposa do fascista inglês Oswald Mosley. O tipo fica todo contente «Ah, eu prefiro o inferno fascista, claro, venha ele!», e então o diabo diz «Mishima, dá-lhe o mesmo tratamento que deste à inglesa». O poder «facho» tem estilo, mas é uma chatice estar do lado errado desse poder.
Que haja minho-timoristas no Chega não o ajudou em nada, pelo contrário. Minho-timoristas sempre os houve no PNR, que, note-se, foi criado por minho-timoristas, depois teve um relativo interregno na época dos skins, entretanto voltou em certa medida a um registo anterior depois de os skins serem presos ou fugirem ou pura e simplesmente saírem do partido porque já lá não estava o «chefe» (porque, independentemente das ideias, o comportamento de rebanho é comum em todos os quadrantes da política, de um extremo ao outro). Não deves ter notado que, no Ergue-te, a única capital de distrito que tem «branco» no nome teve recentemente um cabeça de lista negro – e o partido teve, desta vez, a sua pior votação de sempre, desde que foi fundado em 2000.
De resto, do Chega ninguém no seio do povo diz «Estes gajos não gostam dos Ciganos mas gostam da CPLP». O vulgo diz simplesmente: «O Chega é racista, não gosta da ciganada» - mais nada.
Quanto ao resto, é como tudo – um partido com alguma dimensão tem no seu seio uma variedade de tendências. Até o PNR sempre teve essa diversidade saco-de-gática, quanto mais o Chega, que é muito maior. Muito mais conhecido do que esse episódio do Amorim sobre o que escreveu no primeiro programa eleitoral do Chega foi o episódio em que o mesmíssimo Amorim, já deputado do Chega, disse que os Portugueses são brancos. Foi isto que o tornou conhecido e de que maneira… e o Ventura comentou que «dizer o contrário (do que disse Amorim) é absurdo». Para ti ou para mim, aquilo é só o óbvio, mas, para os mé(r)dia, e depois para as massas, é uma «g’anda boca» racista, para o bem ou para o mal, note-se: um elite ai-láife do eixo Lisboa-Cascais guincha em altos berros «ai o racista!»; um taxista, um desempregado ou um bófia, pensa «é cá dos meus».
No que toca à bandeira da luta contra a corrupção, pois isso também o PNR sempre teve, aliás, é o b a ba de qualquer discurso político hoje em dia, toda a gente bate na corrupção, os populistas fazem-no mais que os outros, mas só isso não chega para fazer um Chega. Contra a corrupção também falou, e muito bem, o candidato presidencial Paulo de Morais, e hoje já praticamente ninguém se lembra dele.
Apresentas os números das votações em eleições legislativas de Évora e de Beja. Agora é que é altura de falar no que disseste pouco antes disso, o carisma do Ventura. Eventualmente os seus candidatos por Évora e por Beja não são como ele. Não sei como são, sei apenas que a um ou outro candidato do Chega – noutras localidades, porventura – ouve-se cada uma que «fáchavor». Mesmo assim, os números das votações são notáveis, para um partido surgido ontem a lutar em área comunista.
Os países que referimos continuam com níveis de imigração altos; quer dizer, a Hungria não. Não se altera uma coisa destas de um dia para o outro – mas já está a tomar outra forma, como os números indicam, e atenção que isto está a acontecer contra todos os poderes instituídos, no país e no estrangeiro; todos os poderes excepto o governo nacionalista eleito pelo povo. Bem sabe o Orban e os gajos da Polónia a dificuldade que é lidar com a elite esquerdista alcandorada no sector da Justiça, tal como o Trump também teve de pugnar arduamente contra essa gente para conseguir impedir a entrada de milhares de alógenos oriundos de países árabes.
Agora, sobre a ausência de posicionamento coerente de grande parte dos nacionalistas a respeito do covid…
1) Claro que uma pandemia parece sol de pouca dura, mas enquanto o pau vai e vem folgam as costas, pelo que não aproveitar todas as oportunidades para encerrar fronteiras é criminoso. Ainda outro ditado popular, mauzinho e inaceitável hoje em dia se interpretado literalmente, mas que para o caso serve, em sentido figurado: «trabalho de criança é pouco, mas quem o não aproveita é louco».
Já há mais de dez anos que especialistas em Medicina alertam para o inevitável surgimento de grande epidemia; não era um «se», era um «quando», garantiam; creio que por volta de 2015 li uma notícia qualquer de um grupo de médicos que estava muito surpreendido por ainda não ter havido nenhuma grande doença a nível mundial. O encerramento de fronteiras é imprescindível para ajudar a travar a maleita a partir do momento em que é declarada.
Não saber politizar isto é coisa de amadores, para não dizer outra coisa.
2) Neste país, e provavelmente em todos os outros do Ocidente, o encerramento de fronteiras ou confinamento não tirou sequer um quarto de milímetro à liberdade de expressão, pelo contrário, há anos que não havia tanta gente a gritar por todos os poros e onde se pode fazer ouvir – nas redes sociais. Claro que uma quarentena populacional limita a liberdade de movimentos à gente do povo – mas se acontece só por causa de uma doença, então é como não poder andar numa rua que está em obras. Chamar-lhe limitação à liberdade é um absurdo. Que o facto de não poder ir ao café ou ter de usar máscara fosse sentido como um insulto, constituiu um dos mais ridículos exageros da história ocidental recente. Bem fez o Ventura que não alinhou nesses carnavais. De resto, nem confinamento nem máscara alguma vez impediram fosse quem fosse de dizer «Não quero cá pretos» ou «fora com a ciganada». Nenhum Antóniocosta declarou «Já que não podes dizer que as vacinas fazem mal (essa proibição existiu?), então agora também não podes dizer que não queres imigração.»
Entretanto, o confinamento só reduziu a criminalidade dos «««jovens»»». Depois do confinamento, continuou a aumentar como antes já aumentava (não, nenhum «««jovem»»» andou a esfaquear e a matar por ter tido de ficar em casa e só poder sair para ir às compras, isso foi areia para os olhos da parte dos «especialistas» merdiáticos que apareceram na têvê para «explicar» o fenómeno do aumento da violência nas ruas). Quem era como era, não deixou de o ser depois de andar uns mesitos sem poder ir à esquina com os «ménes» do seu grupelho.
É sabido que a juventude tem muito mais tendência para a violência que o resto da população, mas há juventudes e juventudes, consoante a sua origem étnica. A baixa natalidade só por si não agrava nenhum destes problemas, pelo contrário. A baixa natalidade em si não é um problema grave para nenhum país civilizado da actualidade excepto quando é empolada por quem quer justificar a entrada de milhões de alógenos nesse país.
«Já é algo que seria quase impensável há meia dúzia de anos ouvir no parlamento português.»
Precisamente - aliás, ouvia-se nas ruas até há mais tempo; mas, num sítio dominado pela elite, antro dos «ai-láifes», aí é que nem pensar; e não se ouvia aí, não porque o povo não quisesse que aí se ouvisse, mas sim porque não conhecia em quem votar para que isso sucedesse.
Nessa altura, comentava-se, aqui e noutros lados, que o PNR só ia ser ouvido lá para 2064. Estamos em 2022 e já o País ouve esta mensagem.
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