PORTUGAL DE SEMPRE E DE AGORA
Granito do extremo ocidente
Cinzento cravado de astros
Que a bruma não esconde, fulgente
Monte ao cimo, muro de castros
Costa firme de águas em frente
Céu perene foi sempre o seu lastro
Póvoa árdua, fria por dentro
Longe, ignota, mas sempre no centro
A Gente que é Portugal
Rocha velha na névoa do mar
Pedra clara, base da cal
Pobre ou não, é seu o seu lar
Face de bronze ou alva espectral
Cândida chama ainda a brilhar
Anos, centos, até mais atrás
Contá-los é coisa que apraz
De porto latino doutra era
Em antiga terra celta de Cale
Grei nórdica a seguir pouco altera
Invadido depois pelo mouro, mas mal
Horda do Norte a recupera
Reconquista até ao final
Expulsa enfim a tropa maura
E a Hispânia por fim se restaura
Mas hoje há nova gentalha
Toutas sem coluna nem vergonha
Cambada que muito nos ralha
Rasteja porém na peçonha
Quer fazer da gente a maralha
Malta com lama na fronha
Odeia a Nação em segredo
Por isso do Facho tem medo
O Facho é tocha a luzir
Acorda o Povo e alerta
Toca a rebate, firme a tinir
Quer fecho da porta aberta
Contra o breu que está a vir
Evitar morte certa
Diz hoje que é altura
De zelar por sua alvura
1 Comments:
Muito bom. E muito bom a transicao do passado para o que esta a acontecer actualmente com esta nojeira de gente que defende o nosso genocídio e usa todas as desculpas e fatalidades para isso
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